Rastreio de cozinha - 34
Canseira! Estou podre! Hoje, segunda-feira, 14, tiveram início nossas primeiras provas bimestrais deste ano letivo, as chamadas P1. Aliás, no instante em que pisamos o chão da faculdade neste ano, no dia 25 de fevereiro, já ouvimos sobre as provas. Este fim de semana, fiz quatro provas online, via portal da faculdade, e dois trabalhos. Ainda tenho que fazer mais dois trabalhos (um para amanhã) e outra prova via portal. Além de tudo isso, ainda tem as provas práticas.
(eu com o dedo espetado na roca numa espera secular)
Somente na disciplina desta segunda-feira, de Cozinha Brasileira, fizemos duas provas: a primeira, das 19 às 21 horas, foi na cozinha, a prova prática. A segunda, a partir das 21 horas e até quase às 23 horas, foi a apresentação dos trabalhos (em versões Word e PowerPoint), com direito a apresentação para a classe. O nosso tema foi o Rio Grande do Sul (com foco no charque, churrasco, chimarrão e vinhos).
Com tudo isso, e mal começou, estou bastante cansado nesta segunda. Ainda mais que enrolei a tarde inteira, confesso, e não fiz nada do que deveria, além de conversar muiiiiiitttttoooooo. Não, não reclamo. Foi bom. É que quando estou sob pressão, perco completamente o foco!!! Não sei o que se passa: ou fico inerte, paralisado, ou minha atenção recai sobre outro tema (no caso, o de hoje era mais interessante do que falar sobre tomates e foie gras).
O resultado é que agora, a esta hora, vou me embriagar de uma força que não me pertence e fazer o trabalho de amanhã, de Confeitaria, que consiste em discorrer sobre a evolução das sobremesas no País nos últimos anos. É mole? Poderia até ser, se fosse calda fina. Mas, eu acho que está mais para chocolate ao ponto. Nem comecei e estou cansado.
Bem, chega de reclamar. Porque, enquanto umas pessoas dormem só porque o fuso horário assim o determina, outras nem entendem bem o que é isso de fuso, como eu. A única recorrência ao fuso que tenho é sobre aquela bela que picou o dedo na roca de tear e caiu adormecida até que o príncipe veio e, com um beijo, plumm!!!! despertou a fofa! Como é capaz de eu espetar o dedo e sangrar até morrer, deixo de lado essa minha tendência de "o belo adormecido" e vou fiar outras tessituras que ganho mais.
(Canjiquinha com Costela)
No caso, o único lugar no qual eu tenho que me (en)fiar agora é na cozinha e é para lá que eu vou. A prova prática de Cozinha Brasileira resultou de um sorteio de produções dadas em aula e à nossa bancada, desfalcada de dois vates, couberam duas produções: Cuscuz Paulista e Canjiquinha com Costela, ambos bastante suculentos (e os dois feitos nas aulas do dia 03 e 10/03/2008, respectivamente). Devo admitir que nosso cuscuz ficou assim, um luxo!
Cuscuz Paulista
Ingredientes
- 100 gr de farinha de milho
- 15 gr de farinha de mandioca
- sal a gosto
- óleo a gosto
- azeite a gosto
- cebola a gosto
- 1 dente de alho
- 200 gr de camarão fresco
- 4 tomates maduros
- água quente
- salsinha picada a gosto
- cebolinha picada a gosto
- molho de pimenta a gosto
- 100 gr de sardinha em conserva
- 50 gr de azeitonas verdes sem caroço
- 90 gr de palmito em conserva
- 60 gr de ervilha fresca
- 2 ovos cozidos
(Cuscuz Paulista)
Modo de Preparo
1. Misture as farinhas (de milho e de mandioca) com um pouco de sal e desfaça, com as mãos, os beijus (as lâminas ou gumos) e reserve. As farinhas devem ficar bem fininhas.
2. Cozinhe os ovos. Corte algumas rodelas para decorar e pique o resto em cubinhos.
3. Limpe os camarões, tempere com sal e salteie-os em óleo. Reserve.
4. Pique as azeitonas em lâminas e reserve algumas para decorar.
5. Tire as escamas e espinhas das sardinhas e reserve alguns filés para decorar. Reserve também o líquido que conserva as sardinhas porque será usado mais à frente.
6. Pique o palmito em cubos, mas, corte alguns pedaços em rodelas para decorar.
7. Prepare os tomates em concassé - retire a pele e as sementes e os corte em cubos pequenos.
8. Unte a forma para o cuscuz com óleo e a prepare com os ingredientes reservados: rodelas de ovos, camarões, lâminas de azeitona, filés de sardinha e rodelas de palmito. Reserve na geladeira.
9. Aqueça óleo ou azeite em panela grande.
10. Refogue, nessa ordem: alho, cebola e tomate. Deixe o tomate soltar o suco e amolecer e junte a salsa e a cebolinha.
11. Adicione água fervente e corrija com sal e molho de pimenta (nós usamos pimenta malagueta, da qual eu, agora, tenho pavor).
12. Adicione as sardinhas, o líquido das sardinhas e os camarões. Refogue por mais algum tempo. Se o molho ficar seco, adicione mais água fervente (pouca).
13. Junte a azeitona e teste, de vez em quando, o cozimento e o sal.
14. Junte os ovos, o palmito e, somente no fim, as ervilhas, porque, se forem realmente frescas, cozinharão rapidamente. Corrija os temperos - sal e molho de pimenta e desligue.
15. Acrescente, lentamente, as farinhas descansadas (de milho e de mandioca, temperadas com algum sal) e mexa bem. Não deixe que a massa fique grossa ou seu cuscuz ficará pesado e duro.
16. Molde a massa do cuscuz na forma previamente preparada (e decorada) com uma colher úmida. Aperte levemente de forma que a massa fique compacta o suficiente para sustentar a decoração.
17. Leve à geladeira por 30 minutos. Desenforme e sirva.
(Rastreie: se você ainda não conhece, recomendo. Depois de experimentar o cuscuz paulista, vá de cuscuz marroquino legítimo no "La Tartine". O restaurante fica na rua Fernando de Albuquerque, 267 - Consolação e é um simpático bistrô francês com toque marroquino, bem ali, ao ladinho do outro de que tanto gosto, "O Mestiço", baiano com toque tailandês. Olha que diversidade maravilhosa. O La Tartine funciona desde 1996, tem dois ambientes e capacidade para apenas 80 pessoas. No cardápio, quiches em seis versões, acompanhadas de salada verde. O chef e proprietário é Zaviê Le Blanc. Os pratos variam conforme a vontade de Le Blanc, mas, há alguns que são fixos como o Steak au Poivre, às quintas, e o Cuscuz Marroquino, às sextas. Para sobremesa, Torta de Maçã com Sorvete de Creme. Tem ainda Patê de Campana, Escargots e sopas especiais para cada estação do ano. Você, que não mora aqui, não tem uma invejinha de mim de vez em quando?)
Putz, não faço gastronomia.. Mas minha receita (que não é escrita) é praticamente a mesma.
Super aprovado!!!! Adoro cuscuz..
bj
Oi Mara, vamos qualquer dia no La Tartine, em busca do Cuscuz Marroquino. Beijo!
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