Blog Widget by LinkWithin
Connect with Facebook

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Meu rugido dominical



"Um corpo somente permanece em movimento se, sobre ele, atuar uma força", disse o grego Aristóteles lá naquela época em que conversavam, filósofos e aprendizes, à sombra das árvores da secular Atenas. Esse princípio, estabelecido por Aristóteles no século IX a.C., foi aceito, pelo menos, até o Renascimento, no século XVII.


Aí chegou a vez de Galileu Galilei, que começou a fazer experimentos. Entre esses testes, Galileu descobriu que, ao empurrar um livro, havia uma força contrária ao movimento do corpo (o livro), a qual foi chamada de "força de atrito". De forma que, se não houvesse atrito, o livro não pararia nunca, desde que não houvesse obstáculo. Ao chegar a essa conclusão, Galileu acabou com a tese de Aristóteles.


Pelo novo princípio de Galileu, se um corpo estiver em repouso, é necessário que seja aplicada uma força para que esse corpo passe do estado de repouso para o estado de movimento. Uma vez iniciado o movimento e cessada a aplicação da força e, desde que livre de quaisquer atritos, o corpo permanecerá em movimento retilíneo uniforme indefinidamente.


Ao formular assim a descoberta, Galileu estabeleceu a propriedade física da matéria, mais conhecida como "inércia". Assim, se um corpo está em repouso e o resultado das forças que atuam sobre esse corpo for nulo, o corpo permanecerá em repouso. Ao contrário, se estiver em movimento e nada (atrito) o detiver, esse corpo continuará em movimento retilíneo uniforme.


Passaram-se mais algumas dezenas de anos e Isaac Newton meteu a colher nesta história: à lei de Galileu, acrescentou algumas outras. Uma dessas foi a chamada "Lei da Inércia": "na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um corpo em movimento continua em movimento retilíneo uniforme". É quase a mesma coisa que disse Galileu. A diferença é que Newton registrou a lei e assim ficou estabelecido para os fundamentos da física. O fato é que tanto pelas conclusões de Galileu quanto de Newton, um corpo pode se movimentar sem que nenhuma força atue sobre ele.


Outras dezenas de anos se interpõem entre mim e Isaac Newton e declaro, neste momento, que estou pronto a formular uma nova lei e me unir a esses doutos senhores no estabelecimento de movimentos, repousos e corpos que ora sofrem força de atrito, ora deslizam sem que atrito nenhum os detenham.


Chamarei minha lei de "Lei de Bate-Estaca". Por essa lei, proponho às entidades mundiais de física que os cânones dessa ciência tão dura sejam revistos em função de minhas próprias observações. Que não são científicas, obviamente, mas que valem tanto quanto porque parto do pressuposto que domino muito bem a tríade que abrange a lei da inércia: movimento, repouso e atrito.


Pela Lei de Bate-Estaca, em algum dado momento, percebo que estou em pleno movimento. Quase num galope desenfreado. Não há atritos. Não há planaltos, rios ou abismos que me impeçam de seguir adiante. Sou como uma estaca a trespassar o coração de algum vampiro perdido ou como lança certeira a atingir o coração de eventuais são sebastiões que se coloquem no meu caminho. Sou uma flecha, reta, que não se desvia do traçado.


Bem, isso caracteriza o primeiro grau da Lei de Bate-Estaca: a estaca em movimento. Certeira, atinge o alvo. Que alvo? Não importa. Importa aqui a precisão do movimento: definição do alvo, menor caminho entre eu e o alvo e, finalmente, a operação em si, que consiste em fazer chegar a estaca ao destino inicialmente previsto.


Decorre que, pelas leis da natureza, imutáveis, há uma série de atritos entre eu e o alvo. Por mais cálculos que se façam, esses atritos podem ser tudo, desde previsíveis até totalmente surpreendentes. A estaca, portanto, sofrerá a ação da lei do atrito, independentemente da minha vontade ser inabalável. Ventos fortes, uma chuva gaiata ou até mesmo um pássaro em pleno voo poderão mudar o curso da estaca e, com isso, mandar para o beleléu todo o meu empenho em fazer chegar ao alvo a estaca.


Finalmente, suponha que a lei do atrito, por um fenômeno da natureza ou pela intervenção de um deus inopinado do Olimpo, não entre em funcionamento. Nunca. Portanto, tenho uma rodovia de alta velocidade altamente acessível. Reta, funcional. Logicamente, você supõe, e supõe corretamente, que a estaca, flecha ou lança, seja lá qual for o instrumento, chegará, incólume, ao destino final. E, ao chegar e, portanto, atingir o objetivo inicial, fecha-se a minha própria lei: a estaca bate. Portanto, bate-estaca.


A estaca bate e fica: não há mais movimento. Ao contrário, há repouso. Um absoluto repouso. Imóvel, parado sob qualquer circunstância. É a Lei de Bate-Estaca: do movimento foi ao repouso. Não há mais perspectiva e tampouco dúvidas. Entre eu e o alvo, o caminho foi percorrido e, atingida a meta, acabou a vontade.


Perguntei aos oráculos de Aristóteles, de Galileu e de Newton o que fazer quando, do movimento se passa ao estado absoluto de repouso (com ou sem lei de atrito). Me responderam, creio que de sobrancelhas arqueadas e de forma algo condescendente: "Escolha outro alvo". Simples assim. Porque é assim que estou. Sem alvo. Uma flecha sem atrito, num movimento retilíneo uniforme a percorrer indefinidamente o espaço sem esperança de que chegue a algum lugar. Os cientistas não me responderam, porém, o que fazer quando não há alvos a escolher e quando o princípio do repouso exerce sobre mim uma força tal a ponto de me paralisar. Sinto-me enterrado vivo, em repouso eterno.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pitito, Emanuelle y Nicolás por las calles de Barcelona

(uma amiga me pediu para divulgar o seguinte texto e peço, aos que puderem, para replicar a mensagem e transmitir para outras pessoas, principalmente da Espanha, que possam ajudar. O texto a seguir está em espanhol. Abaixo, em outro bloco, eu coloquei a versão em português, parcialmente.


Se você conhece algum blog ou blogueiro espanhol, notadamente de Barcelona, compartilhe esta mensagem e a faça atingir o maior número de pessoas que puder.)


__________________________________________________________


Una amiga me pidió que revelara el texto siguiente y pedir, a los que desean, para replicar el mensaje y pasarlo a otras personas, principalmente de España, que pueden ayudar.




(Pitito con uno de sus dos monos - Foto: Pedro Madueño)

"Por favor, pido toda la atención posible para un verdadero drama. Un señor de casi 100 años - don Eduardo Gamir, conocido por "Pitito" -, que és un escritor e grand decorador reconecido por sus trabajos y no solamente en Espanã vive solo con sus animales - perros, gatos y dos monos que tienen 45 anõs.


Son sus compañeros todos, tratados con amor verdadero. Son sus bebes. Es todo lo que tiene. Hoy hechan a la calle a Pitito y a sus animales. La casa donde vive ya no le pertenece (Via Diagonal - Barcelona).


Ruego que divulguen esta nota para que alguien que pudea y le importe ayude a interrumpir esta condenación a muerte. No cabe la menor duda que ninguno soportara viver separado. No tiene quien le haga una pancarta implorando por su vida y de sus animales.


Las ramblas con sus flores no interrumpirian su belleza si estuviese una pancarta implorando ayuda para ese anciano Pitito y sus animales. Sea como sea, por favor, divulguen este pedido de ayuda. Gracias."

Con el fin de saber quién es Pitito, reproduzco a continuación un texto publicado en la prensa española sobre el escritor y decorador:

"Barcelona mon amour

Pitito, personaje irrepetible 

Fue compañero de viaje en las épocas doradas de la Gauche Divine, un personaje original y estrafalario, amigo de marquesas y divos del escenario, que alegró las noches bocaccianas con sus apariciones sorprendentes.

Asiduo de Bocaccio y protagonista en la mayoría de sus viajes, Pitito organizaba siempre en ellos su show particular. A Roma llegó con dos zorrinas color caoba claro (de la especie animal) que se perdieron en plena Vía Veneto y maravilló con su dinamismo en la larga noche pasada en el aeropuerto de Ciampino.

En Ajaccio cantó junto a Odile Versois. En el Royalty Theatre de Londres, una vez empezado Oh Calcutta, entró con un traje de cascabeles y paralizó el espectáculo. Al día siguiente, en Hair, llegó vestido con flecos y una capa de leopardo que le cubría de la cabeza a los pies y los artistas bajaron del escenario para obtener su autógrafo en medio de un aplauso colectivo y atronador.

En la incombustible ciudad de Nueva York pasó el control de aduana disfrazado de Cristóbal Colón, ante el estupor de los policías americanos.

De Bangkok regresó con una mona, Emanuelle, que todavía hoy le acompaña, y así sucesivamente, en San Francisco, Amsterdam, México, Rio de Janeiro, Bali o Puerto Rico... Incluso en un viaje a la Feria de Sevilla, su mono Espartaco o tal vez King Kong se colgó de la alarma parando el tren.

Toda una hazaña para el mundo de los simios. Sigue igual, fantasioso, divertido y entrañable. La otra noche, a sus espléndidos 86 años, apareció en la fiesta de Cartier vestido con una casaca de color turquesa resplandeciente y una barretina colocada en la cabeza.

Dice llamarse Eduardo José Federico Francisco María de Constantinopla Gamir y Pavessio de Molina-Martell Vargas y Fernández de Córdoba de Carvajal, pero tras esta larga hilera de nombres se le conoce simplemente por Pitito, y se autodefine así, «soltero por religión, sin profesión por adopción, impagador de letras por devoción, trotamundos por maldición y decorador en mis ratos de ocio».

Descendiente de una familia noble e hijo de diplomático, vivió sus primeros años en Tánger, Casablanca, París y Dakar. Ya de mayor, estudió Bellas Artes en París, trabajó en la ONU como traductor, decoró la Opera durante la presidencia de René Cotty, y organizó entonces las mejores y más grandes fiestas que se celebraban en la capital parisina, la más importante en Versalles, La Fête de Siècle, un acontecimiento realmente inolvidable al que llegaron a asistir más de 3.000 invitados.

Nunca se le conocieron amantes, ni nunca se enamoró, pero ha sido y sigue siendo un apasionado de la vida, de los animales y de sus amigos.

Hoy, este provocador incorregible vive en un entresuelo confortable y barroco, en plena Diagonal, acompañado de dos monos - Emanuelle y Nicolás -, 11 gatos, tres perrillos, más una reciente camada de seis cachorros, y rodeado de recuerdos, armarios llenos de disfraces, trajes imposibles y fotografías dedicadas por amigos del nivel de la Callas, los duques de Windsor, Charlie Chaplin, Maurice Chevalier, Dalí, Juliette Greco o Rubinstein.

Un pasado glamouroso y feliz que mantiene vivo en su mente y en su charla. “Si no se avanza en el recuerdo, se va al fracaso”, dice, “la nostalgia no es un error".

texto de Oriol Regás, publicado originalmente en El Mundo em 24/11/2002

___________________________________________________________

A seguir, o texto parcialmente vertido em português:

"Por favor, preste atenção tanto quanto possível para um verdadeiro drama. Um homem de quase 100 anos - Don Eduardo Gamir, conhecido como" Pitita "- que é um grande escritor e decorador, e não apenas na Espanha, vive sozinho com seus animais - cães, gatos e dois macacos de 45 anos.

Os seus animais são tratados com amor verdadeiro. Eles são seus bebês. Isso é tudo que ele tem. Hoje, Pitita e seus animais estão na rua. A casa onde ele vive já não lhe pertence (Via Diagonal - Barcelona).

Rezo para que a divulgação desta nota chegue a alguém que se preocupa e pode ajudar a quebrar essa condenação à morte. Não há dúvida de que Pitito e os animais não suportarão viver separadamente. Ninguém fez um manifesto implorando por sua vida e seus animais.

Las Ramblas, com suas flores, não teriam sua beleza alterada se alguém portasse um cartaz e pedisse ajuda para Pitita e seus idosos animais. Enfim, por favor divulgar esse pedido de ajuda. Obrigado.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Por que eu passo a vida inteira com medo de viver?

Essa música reflete muito bem o meu atual estado de espírito e acrescento, à letra, a pergunta acima porque é assim que eu me sinto. A música é "Gospel", de Raul Seixas e Paulo Coelho, e permaneceu inédita desde 1974, quando foi proibida pelo regime militar que vigorava no País. Somente no ano passado, o produtor Marco Mazolla resgatou a canção e, graças à tecnologia, colocou a música na própria voz de Raul Seixas, morto em 1989. O arranjo é de Frejat, do grupo Barão Vermelho.


Abaixo, o vídeo. Mais abaixo, a letra.





Gospel


Por que que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que que tanta honestidade no espaço se perdeu?
Por que que Cristo não desceu lá do céu e o veneno só tem gosto de mel?
Por que que a água não matou a sede de quem bebeu?


Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho caneta e não consigo escrever? (escrever)


Por que que existem as canções e ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer tão bem já tem sempre ao seu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre, sempre a perguntar? (perguntar)


Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que tenho caneta e não consigo escrever? (escrever)


Por que que existem as canções e ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que sempre aquele que (você) quer tão bem já tem sempre ao seu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (perguntar)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Dois minutos, dezessete segundos e depois

Dois minutos e 17 segundos: é o tempo em que todos os habitantes da Terra ficam inconscientes no dia 29 de abril de 2010. A partir desse enredo, começa mais um seriado norte-americano que tenta convencer os telespectadores perdidos de "Lost" a seguir outros caminhos. É "FlashForward", que estreia amanhã, terça-feira, dia 23, no canal de TV paga AXN. Durante esses 137 segundos, as pessoas são capazes de ver cenas do futuro. E aí começa o caos: muitos vêem cenas desagradáveis e farão de tudo para impedir que essas cenas materializem-se. É a fantasia universal de ver o futuro e tentar mudá-lo.




O protagonista é o excelente Joseph Fiennes (que é, no seriado, o agente do FBI Mark Benford). Mark verá, nos 2:17 minutos à frente, que foi abandonado pela esposa, voltou a beber e que o parceiro foi assassinado. E ainda será caçado por um bando de mascarados. Para tentar explicar o fenômeno, Mark e equipe montarão colagens com as mais diversas visões para tentar evitar as cenas vistas pelas pessoas. "FlashForward" é baseada no romance original do escritor Robert J. Sawyer e é produzida pela TV norte-americana ABC, a mesma que produz "Lost". Como "Lost" acaba este ano, a ABC espera migrar a audiência de uma série para a outra.




Por definição, flashforward é a interrupção de uma sequência narrativa cronológica, mesmo recurso usado por "Lost", em que as pessoas voltam ao passado para (tentar) interferir no futuro. No final do post, há um vídeo de 18 minutos de "FlashForward", liberado pela ABC.




No entanto, a série, que está em intervalo nos EUA, onde já foram ao ar 10 episódios, corre o risco de ficar apenas na primeira temporada e esse é o grande problema das séries norte-americanas: a audiência caiu, cai a série. Os dois criadores do seriado foram afastados pela ABC exatamente por conta da queda de audiência. Ainda nos EUA, os episódios inéditos voltam ao ar no dia 18 de março e, inicialmente prevista para ter 25 episódios, "FlashForward" agora terá 22 episódios, o que é um mau sinal.




No Brasil, a estreia da sexta e última temporada de "Lost", no dia 9 de fevereiro, com dois episódios inéditos, foi cheia de problemas: retransmitida também pelo AXN, "Lost" estava completamente desfigurado: o pessoal da programação do AXN não teve o menor pudor de colocar no ar legendas com o português de Portugal (país em que estreou antes, como ocorre com "FlashForward") e algumas palavras simplesmente são irreconhecíveis no português corrente do Brasil. Houve uma série de reclamações e também amanhã, dia 23, às 21:00 horas, espero assistir ao 3º. capítulo da última temporada de "Lost" com alguma qualidade. Assim como a estreia de "FlashForward", às 22 horas.




A TV paga brasileira, repito, é cara e ruim: são 5 minutos de intervalos comerciais e alguns canais, como o próprio AXN, simplesmente enchem a programação de tralha na madrugada. Não é à toa, e os programadores que atentem para isso, que tem uma multidão que prefere baixar os seriados integralmente - e de graça - pela internet. #ficadica.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Meu rugido dominical



Saiu no jornal Folha de S.Paulo deste domingo um caderno especial - "Sexo" - inteiramente devotado a esse que é o assunto que mais - acho - toma conta de nossas mentes e corações. E corpos, claro. Esse caderno sai depois de 12 anos, quando o instituto Datafolha, ligado ao jornal, fez uma outra pesquisa sobre temas que voltam a essa edição.


Vou relacionar algumas questões que o jornal julga definidoras da sexualidade dos brasileiros. Não sem antes discordar do título da capa do caderno especial: "Fazer é Mais Fácil do que Falar". Não sei se sexo é como andar de bicicleta: depois que aprendemos, nunca mais esquecemos. Ao que parece, nunca aprendemos o suficiente sobre sexo. E quanto a fazer, tiro por mim: mais falo e escrevo sobre sexo do que faço, o que me torna, praticamente, um virgem. Pronto! Lá se foi o aprendizado da bicicleta!


Para reafirmar essa convicção de que mais falo sobre o assunto do que o pratico, em contraste com a chamada do caderno, começo com as questões. A pesquisa foi feita pelo Datafolha com 1.888 pessoas (obviamente, homens e mulheres) entre 18 e 60 anos em 125 municípios do Brasil:


Você já teve relações sexuais?


- Sim: 96%
- Não: 4%
- Eu: sim, no período cambriano


Seu interesse por sexo é:


- Muito grande: 18%
- Grande: 30%
- Médio: 40%
- Pequeno: 4%
- Não tem interesse: 7%
- Eu: tem iPhone novo?


Com que frequência você tem feito sexo?


- Todo dia: 18%
- 1 vez por semana: 50%
- 1 vez a cada 15 dias: 9%
- 1 vez por mês: 4%
- Menos de 1 vez por mês: 2%
- Não tem feito sexo: 15%
- Eu: vocês não merecem falar comigo nem com meu anjo (*)


Você diria que tem sexo:


- Tanto quanto deseja: 43%
- Mais do que deseja: 12%
- Menos do que deseja: 40%
- Eu: quando o cometa Halley passa pela Terra sinto uma estranha energia


Duração das relações sexuais:


- Entre 30 minutos e 1 hora: 41%
- Não respondeu: 4%
- Eu: que seja eterno enquanto duro


Você se masturba?


- Sim: 54% (homens) e 20% (mulheres)
- Não: 42% (homens) e 78% (mulheres)
- Eu: sou um ser evoluído


Total de parceiros(as) na vida


- Homens: 20,3 (média)
- Mulheres: 3,9 (média)
- Eu: postes contam?


Você pratica outras modalidades além do sexo convencional?


- Faz sexo oral: 81% (homens) e 72% (mulheres)
- Recebe sexo oral: 82% (homens) e 76% (mulheres)
- Faz sexo anal: 72% (homens) e 57% (mulheres)
- Eu: medito para levitar


Quando você tem orgasmo?


- Sempre: 76% (homens) e 39% (mulheres)
- Quase sempre: 16% (homens) e 37% (mulheres)
- Raramente: 3% (homens) e 15% (mulheres)
- Nunca: 1% (homens) e 5% (mulheres)
- Eu: quando sonho com um


Você já fingiu um?


- Sim: 26% (homens) e 50% (mulheres)
- Não: 71% (homens) e 47% (mulheres)
- Eu: espelho, espelho meu...


Com quantas pessoas fez sexo em 2009?


- 43%: uma
- 23%: de duas a dez
- 2%: mais de 11
- 23%: não transou
- Eu: joguei FarmVille


Quais são os maiores temores na hora do sexo?


- Não satisfazer o(a) outro(a): 56% (homens) e 53% (mulheres)
- Que o(a) outro(a) te ache gordo(a): 21% (homens) e 38% (mulheres)
- Demorar para começar a fazer sexo: 47% (homens) e 36% (mulheres)
- Ser considerado(a) ruim de cama: 40% (homens) e 42% (mulheres)
- Não despertar o desejo do(a) parceiro(a): 50% (homens) e 50% (mulheres)
- Ser considerado(a) depravado(a): 26% (homens) e 27% (mulheres)
- Ter ejaculação precoce (homens): 6%
- Não ter ereção (homens): 50%
- Engravidar a parceira (homens): 39%
- Ficar grávida (mulheres): 35%
- O homem não ter ereção (mulheres): 33%
- Eu: ser considerado um avatar


Que nota merece o(a) parceiro(a)?


- 35%: 10
- 11%: 9
- 15%: 8
- 7%: 7
- 3%: 6
- 4%: 5
- Eu: do ré mi fá sol lá si


O tamanho do pênis importa?


- Está satisfeito(a) com o tamanho: 65% (homens) e 59% (mulheres)
- Poderia ser um pouco maior: 12% (homens) e 5% (mulheres)
- Tamanho não é importante: 11% (homens) e 11% (mulheres)
- Preferia bem maior: 3% (homens) e 1% (mulheres)
- Eu: Será que vai chover para sempre?


Qual é o tamanho normal do pênis excitado segundo o homem e a mulher (a média brasileira é de 14 cm quando ereto e de 9,5 cm quando flácido)?


- De 10 cm a 14 cm: 12% (homens) e 11% (mulheres)
- De 15 cm a 16 cm: 26% (homens) e 17% (mulheres)
- De 17 cm a 18 cm: 26% (homens) e 13% (mulheres)
- 20 cm: 10% (homens) e 6% (mulheres)
- Mais de 20 cm: 3% (homens) e 1% (mulheres)
- Não sabe: 9% (homens) e 46% (mulheres)
- Eu: acho que vi um gatinho!


Quais são as fantasias mais comuns?


- Fazer sexo em locais públicos abertos: 23% (homens) e 15% (mulheres)
- Fazer sexo em locais públicos fechados: 21% (homens) e 8% (mulheres)
- Fazer sexo com duas ou mais mulheres: 17% (homens) e 1% (mulheres)
- Ser vendado(a), amarrado(a) ou amordaçado(a): 5% (homens) e 4% (mulheres)
- Eu: Fazer sexo. Ponto.


(*) Frase escrita por Xuxa no Twitter depois que a filhota Sasha foi achincalhada por escrever errado.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Em busca do tempo perdido

"Perdi tempo", digo, quando confrontado com um eventual fracasso. Qualquer fracasso: com uma pessoa, um projeto, uma expectativa. Tenho um argumento: não se perde aquilo que não se tem. Portanto, o tempo não se perde, porque não o domino. Como controlar uma abstração tão grandiosa quanto o tempo?


Não somos nós que perdemos o tempo. Porque não temos. Nunca o temos, não é? Acreditamos, realmente, que temos o controle, as rédeas nas mãos. Ilusão. Lastima-se o tempo passado e o que está por vir. De tempos em tempos, eu mesmo me pego a mastigar reminiscências de que se pudesse voltar no tempo, faria diferente. Em que instâncias? Todas? Algumas? Picaria em pedaços os tempos certos e os errados? Ilusão. Ainda que o tempo retroagisse, duvido que eu fizesse algo muito diferente do que fiz naquele exato momento.




Acho que vivemos de remorsos, arrependimentos e tentativas de rearranjos para buscar um eventual tempo perdido com uma pessoa, uma vida, um ato. Mas, enquanto se está na situação e o tempo na linha da vida é o presente, naquele momento mesmo não julgamos que estamos a perder aquele tempo dedicado a tal pessoa, ato ou ação. Somente temos consciência, quando a temos, que "perdemos tempo" quando aquilo se foi, quando virou passado, página virada.


De forma que não haverá nunca uma busca bem sucedida do tempo perdido. Porque o tempo, a despeito de ser impreciso e abstrato, passa sim. E passa por nós, nos precede, nos sucede. Parados ficamos nós no tempo e nem nos damos conta disso. Ou talvez o tempo é que esteja parado e nós passamos. Eles (os tempos) passarão, eu passarinho! De passinho, a passos largos, a espaçados passos. Passa boi, passa boiada. E o tempo estendido como um tapete imóvel somente serve de suporte para nossos esquisitos passos que hesitam, titubeiam e, vão, enfim, passarada sem rumo.


Não há que se buscar no "tempo perdido" aquilo que não houve, na verdade. Por que tentar buscar o perdido? Se nem mesmo aquilo que se vê se crê?  É tempo de encerrar as buscas. Dar por perdido o que perdido está. Tempo demasiado foi passado, ultrapassado e ultrajado por tanto acúmulo para que se retire  o peso daquilo que é peso morto.


Tempo é presente, passado ou futuro? Qual é o seu tempo? Não temos, em português, a palavra "timing" para definir que tivemos o "timing" perfeito para tal coisa. Mais ou menos, dizemos que estávamos "" na hora certa. O "timing" é, pois, o agora. Não antes nem depois. Nem um segundo a mais ou a menos. Apenas já. É tempo, já foi. Assim. Feito a disparada de um coelho.


Não há tempo, suponho, portanto, para se fazer tanta onda com o tempo. Meu "timing", se é preciso ou não, é o único que tenho. Não disponho de máquinas para me colocar no antes ou no depois. E, assim, me resta apenas este tempo. Aqui e agora. Porque, ao acabar de escrever este post, o próprio tempo nele consumido já foi. Assim. Acabou.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Uma breve história do tempo

Antes que as cinzas viessem a mim, fui eu mesmo às cinzas. Entrei em recesso sem me dar conta de que, ao Carnaval, procede a quarta-feira de cinzas, em que tudo o mais é abafado pelo pó. Mas antes que a quarta-feira, que não foi cinzenta, e sim de cinzas, se me pegasse pela testa, a precedi e me despluguei. Parcialmente, mas me desconectei. Me dei um período sabático aqui no blog. Sabático é modo de dizer porque, na escala blogosférica, dois, três ou quatro dias sem postar tornam-se um período longo.




Mas eu queria, ao preceder as cinzas, o sol. A água. E tomei banhos consecutivos de sol e água. Foi um Carnaval diferente em que passei metade do tempo submerso pelas águas e a outra metade encoberto pelos raios solares ricos em emissões de UVA e UVB. Sem protetor que sou cascudo e macho pra caramba!


Raios que me partam - e não me partiram, não obstante eu me quedar na água sob um festival de relâmpagos - se sou cascudo o suficiente para não descascar. Sou como camarão exposto à água fervente (e aquecida era a piscina): a casca sai facilmente.


Nesse pequeno período de tempo em que estive ausente, coisas breves aconteceram: um lindo sobrinho nasceu (e hoje já faz uma semana!). Tive notícias anteriores ao Carnaval que farão com que eu tome outras direções. Nada muito traumático ou dramático. Mas são mudanças e, na maior das vezes, eu as acho, as mudanças, bastante produtivas.


Tive, ainda, preguiça. Uma preguiça que se estendeu da languidez dos dias quentes às noites ainda mais quentes talvez por falta de calor que as fizessem se acalmar. Se passa que à temperatura cotidiana se une a minha própria febre e eis que delírios costumam misturar-se à paisagem.


Estou calmo, ao contrário do que podes imaginar. Foi bom permanecer arisco e arredio. Não me isolei, o que já conta para mim mesmo como um alento. Costumo me enclausurar e fazer de conta que não é comigo. Que o mundo e eu mesmo não somos comigo. Coisas de leonino ensimesmado.


Tive por companhia pessoas agradáveis. Livros lindos que estou a devorar desde antes do Natal e cujas linhas percorro feito estradas que me ligam a outros mundos. O tempo é breve. É longo. Depende. Tem dia que é de uma brevidade que chega a soar falsa. Outro, parece que a linha que demarca as horas não cede a pressão alguma.


Falei muito por esses dias e talvez por isso me calei cá. Ouvi muito. Ando bastante analítico comigo mesmo. De um desnudamento que ainda persigo e que mais cedo ou mais tarde me mostrará alguma indicação. Estou certo disso. Não tenho vergonha da nudez, corpórea ou espiritual. Se eu puder me ver do jeito que sou, o tempo livre gasto nesse empreendimento não terá sido consumido em vão. E não serão apenas cinzas.


A história do tempo se faz assim, de pequenos retalhos, de grandes fios. De uma vida que floresce. De outras que fenecem. De conversas telefônicas que transmitem mais do que ruídos estáticos. Chamo de breve esse particular registro da história do tempo porque foram, olha só, apenas pouco mais de 100 horas. São apenas gotas no universo particular de cada tempo, o meu e o seu.


Na quarta-feira de cinzas, propriamente dita, releguei o sol a outros corpos e retomei o trabalho. Sempre me é árdua essa retomada porque, para cair no ócio, basta um recorte. Para sair do ócio, há que se escalar montanhas. E o tempo urge, ainda que breve. E lá se foi mais um Carnaval. Que pedi que não me levasse a mal porque sabia que ia me retirar em preguiçosa e malemolente alegoria de não ser nada, não fazer nada, não pensar nada.


O niilismo, no entanto, é fictício. Fiz sim. Bebi, comi, dormi, li, vi, fui visto. "Não me leve a mal, vou beijar-te agora, hoje é Carnaval", diz a marchinha. Reclamei que não beijei. Foi a cinza na profusão de tanta luz solar. Que, se não chegou a obscurecer os meus dias, também não os iluminou. Mas eis-me aqui. Fui pó, no sentido de retirar-me, e do pó volto, algo refeito (e talvez rarefeito também).

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Meu rugido dominical



Não me leve a mal. Hoje é Carnaval. Porém, sem beijos. Humpf!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Picture


Carnival, a festa da carne, está no ar do Brasil. Respira-se carnaval nesses dias. Goste-se ou não do carnaval (eu gosto, se for com uma ótima companhia e, de preferência, em camarote VIP), em todo o canto do País o que se vê, ouve, lê e sente é a maior festa popular brasileira.


Os principais centros carnavalescos do Brasil são Recife e Olinda, em Pernambuco; Salvador, Bahia; Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; São Paulo, São Paulo; e Florianópolis, Santa Catarina, para onde as aves migratórias gays revoam (ainda mais que para o Rio, acredite!).


Se a mim fosse dado escolher, eu preferia pular carnaval nos trios elétricos de Salvador, na Bahia, como os das cantoras Ivete Sangalo e Cláudia Leite. Como não me foi dada essa alternativa, meu carnaval está, praticamente, um dia de finados: morto. Abaixo, fotos das festas de Momo pelo Brasil - São Paulo, Rio, Floripa, Salvador, Recife e Olinda. E tome carnaval que hoje, sábado, é apenas o segundo dia. Tem mais quatro dias pela frente até que as cinzas apaguem essas fênix que renascem ano a ano e voam a despeito de asas e corações quebrados. Ah! Carnaval!


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Uma rosa é uma rosa é uma rosa... é um bebê

O famoso verso "Uma rosa é uma rosa é uma rosa", do poema "Sacred Emily", de Gertrude Stein, foi concebido porque a autora acreditava que a repetição revelava a verdade das coisas e das pessoas. Parece que isso funciona em outra concepção: nasceu neste dia 12 de fevereiro, um pouco antes das 12 horas, nesta sexta-feira de Carnaval no Brasil, não uma rosa, e sim um botão-gente, um ser humano que chega ao mundo. Pois que a repetição da humanidade em se eternizar na descendência acaba de se fazer novamente: minha irmã acabou de dar à luz Marco Aurélio e, sim, uma rosa é uma rosa é uma rosa e um bebê é fruto dessa replicação da natureza humana que concebe e concebe e concebe.


Rosa é o nome da minha avó materna. Dela sim posso dizer que "É uma Rosa é uma Rosa é uma Rosa", pois Rosa ela é, efetivamente, por quase tantas décadas quantos são os dedos das duas mãos. Já de Marco Aurélio, que respira há apenas alguns minutos o ar desse mundo cá fora, posso dizer que chega sob a égide do imperador romano correlato, cujo estoicismo guiou sua vida. Marcus Aurelius. Marcus deriva tanto do deus Marte (Mars, em latim), quanto da palavra grega "malakoz", que significa "suave, ameno". Aurelius também deriva do latim e significa "dourado, ouro". Ou seja, adaptado ao universo dos humanos, Marcus Aurelius é Humano Dourado. Esse Marco Aurélio nascedouro soma-se a outros dois Marco na família: o pai e o tio. É, pois, o terceiro Marco, a terceira geração.


Parabéns Marco Aurélio, parabéns Denise, minha irmã e agora mãe. Pois que, se uma rosa é uma rosa é uma rosa, o novo ser humano vale-se da repetição engendrada por todos os humanos para compor um novo verso desse mundo que se repete ad eternum.


Como homenagem ao meu mais novo sobrinho, posto as fotos dos bebês abaixo, feitas pela fotógrafa norte-americana Anne Geddes, que é especializada na fotografia de bebês. As fotos a seguir fazem parte do livro "Seja Delicado com os Pequenos", em que bebês mesclam-se às flores e, portanto, podem muito bem significar que um bebê é uma rosa é um bebê é uma rosa é um bebê.


As duas primeiras fotos, no entanto, são de autoria por mim desconhecida, feitas em laboratório por meio de ultrassonografia que nos trouxe, há alguns meses, a primeira imagem de Marco Aurélio, então no 5º. mês de existência:



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Peur(s) du noir

Vi na TV já há algum tempo e fiquei deveras surpreso com a qualidade gráfica desses curtas-metragens de animação. A técnica usada é lápis sobre papel e o projeto chama-se "Peur(s) Du Noir" (Medo(s) do Escuro), no qual dez artistas gráficos - modernos, arrojados, undergrounds e cults - criam pesadelos em preto e branco.


São ao todo dez curtas que envolvem insetos, ruídos noturnos, uma grande casa vazia, a agulha de uma injeção, monstros e assassinos. É algo que mistura a literatura de Edgar Alan Poe com filmes do tipo "A Bruxa de Blair" e "Funny Games". "Peur(s) Du Noir" foi apresentado no festival Anima Mundi em São Paulo no ano passado. Se você puder e gostar de terror, assista todo o projeto. Abaixo, duas amostras.




quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nude do dia

O garoto da capa mais esperada da revista "Playgirl" norte-americana tem 19 anos e um filho que fará 2 anos. Ele é Levi Johnston, pai do neto de Sarah Palin (veja a ex-candidata na última foto deste post), a polêmica candidata republicana ao cargo de vice-presidente dos EUA, quando concorreu com Barack Obama.


Os bastidores da produção das fotos já estarão no site da revista a partir desta sexta, 12, mas a edição impressa chega às bancas dos EUA apenas no dia 23. Você pode conferir alguns teasers por aqui e (tentar) ver o que a filha de Sarah Palin, Bristol, viu em Levi. Ambos, Bristol e Levi, estavam com 17 anos quando Bristol ficou grávida e até ficaram juntos durante a gravidez. Depois que o filho nasceu, separaram-se. E Levi separou-se das roupas também. Desapego é assim...


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Safer Internet Day

Hoje, 9 de fevereiro, comemora-se o Safer Internet Day (Dia da Internet Segura). Os links são os seguintes: internacional e Brasil, respectivamente. O evento é realizado desde 2007 e o Brasil é um dos países participantes. O tema deste ano é "Think B4 U post" (pense antes de postar) e tem como objetivo alertar o blogueiro e quaisquer outros usuários de ferramentas da internet - sites, redes sociais, serviços de mensagens instantâneas - para os perigos das informações que são divulgadas, muitas vezes, de forma totalmente aleatória na rede mundial. Qualquer um de nós que está conectado à internet pode ser vítima de criminosos virtuais (como os hackers) ou, pior, ser objeto de intimidação virtual (a prática conhecida como "cyberbullying", sobre a qual comentei neste post).



O UOL fez um apanhado sobre postagens feitas de forma impulsiva e que causaram constrangimento posteriormente. Como não sei se o conteúdo está aberto a não-assinantes, reproduzo alguns casos apontados pelo portal:


- Twitter: ficou famoso o post de Xuxa - "Vocês não merecem falar comigo nem com meu anjo" -, em referência à filha Sasha (ô nome carniceiro!) que havia postado no Twitter a palavra "sena" ao invés de "cena". Os seguidores de Xuxa apontaram o erro e foi o que bastou para que Xuxa brigasse pelo Twitter e cunhasse a frase anterior, em que não há candura alguma. Depois disso, Xuxa e Sasha abandonaram o Twitter. #Peninha!


- Facebook: são cada vez mais comuns as postagens feitas no Facebook que, lidas pelas pessoas que não deveriam lê-las, provocam todo tipo de reação: da demissão ao divórcio, as pessoas literalmente lavam a roupa suja em público virtual e mundial. Houve quem foi capturado pela polícia via Facebook e também a família que soube da morte do filho/irmão pela rede social.


- MySpace: embora não tenha força alguma no Brasil e, inclusive, tenha abandonado quaisquer investimentos no País, nos EUA o MySpace continua forte. O caso mais polêmico que envolveu o MySpace foi o suicídio de uma garota de 13 anos, vitimada pela prática de cyberbullying.


- YouTube: na rede social de troca de arquivos de vídeo mais poderosa do mundo, uma mulher, também dos EUA, usou o serviço para atacar o marido após o divórcio. Nos vídeos postados no YouTube, a mulher deu sua própria versão sobre os fatos do casal. Claro que o juiz deu ganho de causa para o ex-marido. Ninguém merece ser devassado(a) em rede mundial.


De resto, os blogs são alvo fácil. Muitos comentaristas, por exemplo, escondem-se atrás do anonimato para xingar, deixar recados comerciais ou simplesmente se manifestar sem a menor consciência crítica, como já aconteceu com o meu próprio blog. Os blogs, que começaram, na essência, como diários pessoais, mantêm, muitos, essa abordagem pessoal. Muitas vezes, falamos (eu inclusive) de fatos íntimos que podem ser usados por pessoas de má fé.


Se você não é grande conhecedor(a) de maneiras de rastrear eventuais usuários(as) que te incomodam, como pela identificação do número IP (Internet Protocol), você pode, no mínimo, se precaver de outras formas ao navegar pela internet: 


- Troque regularmente suas senhas
- Somente abra anexos de e-mails e programas sobre os quais conheça o conteúdo
- Evite acessar sites de conteúdo obscuro
- Atualize seu antivírus sempre
- Mantenha um firewall atualizado no seu computador


E feliz Safer Internet Day para você, hoje, amanhã e sempre!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As 26 características que definem um retrossexual, aka bronco

O arcaico e o moderno costumam flertar entre si e ora prevalece um, ora o outro. Chego a afirmar que existe uma simbiose entre o que se convenciona chamar de "antigo" e de "novo". Dou de graça que de "novo" mesmo, não existe praticamente mais nada. Quase tudo já foi visitado, sentido, vivido. E as ondas de "modernidade" não passam disso: apenas ondas que, quando muito, deixam uma concha ali, outro marisco aqui e que, com o tempo, dissolvem-se feito as espumas que compõem a franja dessas mesmas ondas.




No ano passado, postei sobre as maneiras de um homem ser moderno (que a onda atual designa de übersexual). Agora, volto à tona (já que, aparentemente, estou no mar), e escrevo sobre as características que, teoricamente, fazem de um homem um retrossexual. Em bom português, um bronco, rude, grosseiro e torpe sujeito. Bem, exagero um pouco. Cada um é o que é e pronto. Se pode se dar a um homem o rótulo de "übersexual" ou de "retrossexual", realmente, não sei. A ninguém, de fato, pode ser indicada uma, duas, 20 características ou condições que, automaticamente, definem uma pessoa.




Assim como eu escrevi no post sobre o homem moderno, reafirmo aqui: somos o que somos independentemente de definições e o fato de ter características antigas ou modernas não quer dizer nada e somente serve para empresas venderem produtos e serviços. De resto, tudo não passa de uma grande piada porque, entre arcaicos e modernos, somos, todos, homens. Abaixo, as 26 pretensas características que definiriam um retrossexual:




1. Um retrossexual não discute a relação (o famoso DR) com nenhuma mulher, em nenhuma circunstância, muito menos na presença de estranhos, principalmente se os estranhos forem terapeutas.


2. Existem poucos momentos na vida de um retrossexual em que é possível vê-lo chorar. Um deles é quando o seu time perde. O outro é a perda de algum ente (muito) querido.


3. Retrossexuais não descrevem objetos com termos como “adorável”, “lindo”, "divino" ou “maravilhoso".


4. Um retrossexual não se importa em aparecer sujo e descomposto em público. Um pouco de sujeira e desmazelo é indispensável na aparência geral de um retrossexual.


5. Um retrossexual é profundo conhecedor de esportes.


6. Um retrossexual é capaz de abrir uma garrafa de cerveja com todo tipo de ferramenta, inclusive com seu cinto ou boca, em menos de 10 segundos.


7. Um retrossexual não se importa em engordar. Regimes são definitivamente coisa de mulher.


8. Um retrossexual tem orgulho das “entradas” que inauguram a sua calvície, um dos símbolos mais evidentes da masculinidade, e não vai gastar rios de dinheiro para tentar recuperar seus cabelos.


9. Um retrossexual sabe cuidar de uma mulher, o que significa lhe oferecer proteção física e segurança financeira, que é, em última análise, o que toda mulher busca, apesar de toda a propaganda feminista contrária.


10. Um retrossexual sabe usar armas, tem sempre uma à mão e não hesita em usá-la para defender sua propriedade, mulher e filhos.


11. Um retrossexual não enfeita seu carro e jamais dirige um veículo cuja cor e a aparência não sejam inteiramente másculas.


12. Um retrossexual não se envergonha nem do cheiro nem dos sons emitidos pelo seu corpo. Ele não perde tempo em se limpar e muito menos em se produzir para parecer bem aos olhos dos outros.


13. Um retrossexual não perde tempo com essa coisa de ser “politicamente correto”. Diz o que pensa na cara de quem acha que deve dizer e se o cara não gostar é sempre uma oportunidade de uma boa briga, que é a forma de saber quem está com a razão.


14. Definitivamente, um retrossexual não se importa com a idade. Tenha oito ou oitenta anos, um homem é um homem para todas as ocasiões e funções. Idade é uma preocupação típica de mulher e de metrossexuais.


15. Um retrossexual vê com desprezo e combate ardorosamente todas as tentativas “boiolas” de liberalização de costumes na nossa sociedade. Sabe que isso é um complô para desmoralizar o homem e poluir a mente das nossas crianças com a feminilização dos costumes.


16. Um retrossexual é o primeiro a receber o namorado da filha na porta da sua casa e mostrar a ele com quem ele terá de se haver caso decida ir além das suas calcinhas...


17. Qualquer retrossexual sabe o que sexo é e não precisa de nenhum “especialista” para lhe dizer como é que se agrada uma mulher. Sobretudo se esse especialista for uma mulher.


18. Retrossexual não usa roupa da moda e nem de grife. No seu guarda-roupa só há lugar para roupas tradicionalmente usadas por homens, discretas e sem enfeites. Os únicos adereços permitidos a um retrossexual são a aliança de casamento e o relógio de pulso.


19. Retrossexual não usa nada rotulado como unisex: nem roupa, nem perfume, nem frequenta salão de cabeleiro que se intitula como tal. A marca da loção pós-barba usada pelo seu avô continua sendo muito boa para ele.


20. Retrossexuais não usam produtos de beleza de nenhuma espécie e sob nenhuma circunstância, nem quando trazem o rótulo "para homem". Shampoos, cremes e loções para homem são uma tentativa sutil de “afeminar” o homem.


21. Um retrossexual não apenas come carne vermelha, como mata o boi para fazer o seu próprio bife.


22. Comida vegetariana faz o homem perder a sua masculinidade.


23. Bebida de retrossexual é cerveja, whisky e cachaça. “Dry martinis” e “camparis” são bebidas típicas de metrossexuais afeminados.


24. Um retrossexual tem que ter, no mínimo, uma boa cicatriz para exibir em público.


25. Retrossexuais não assistem programas de TV produzidos ou estrelados por bichas afeminadas. Infelizmente, a maioria deles é assim hoje em dia.


26. Um retrossexual, não importa o quanto a mulher insista, jamais permite que ela pague a conta.


Bem, devo dizer que depois desse "contra-banho", posso ser um monte coisa mas, certamente, estou longe de ser retrossexual. Que coisa mais retrógrada!

Autor e redes sociais | About author & social media

Autor | Author

Minha foto
Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

De onde você vem? | From where are you?

Aniversário do blog | Blogoversary

Get your own free Blogoversary button!

Faça do ócio um ofício | Leisure craft

Está no seu momento de descanso né? Entao clique aqui!

NetworkedBlogs | NetworkedBlogs

Siga-me no Twitter | Twitter me

Quem passou hoje? | Who visited today?

O mundo não é o bastante | World is not enough

Chegadas e partidas | Arrivals and departures

Por uma Second Life menos ordinária © 2008 Template by Dicas Blogger Supplied by Best Blogger Templates

TOPO