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domingo, 17 de julho de 2011

Meu rugido dominical



O jornalismo, brasileiro e mundial, enfrenta uma crise de identidade. No mundo todo, se debate o fim do jornalismo impresso e as migração dos veículos para o ambiente digital (internet, sites, iPad e tudo o que se relaciona ao espaço baseado no sistema de códigos binários). Não sou vidente. No entanto, por cobrir justamente esse setor, o que posso afirmar é que, a despeito das muitas disponibilidades da mídia digital, o papel ocupa, ainda, um lugar de destaque e, com raras exceções, em todo o globo, é considerado, no meio jornal, nobre.


Parte dessa nobreza, entretanto, foi destruída durante as duas últimas semanas quando começou a vir à tona a lama que encobre o mundo de Rupert Murdoch, um dos mais poderosos homens de mídia do mundo, proprietário da News Corporation, que controla mais de 200 veículos de mídia em todo o planeta (jornais, revistas, TV etc.).


O pivô foi o tabloide News of the World (conhecido no Reino Unido pela sigla NoW). A última edição do NoW foi às bancas no domingo passado, dia 10, e encerrou os 168 anos de existência do veículo. O escândalo que nem o jornal poderá mais enrolar em suas folhas abrange mais de 4 mil escutas ilegais que remontam ao início dos anos 2000 e envolvem tanto as vítimas do 11 de Setembro (2001) quanto o brasileiro Jean Charles Menezes, morto pela Scotland Yard em 2005.


Murdoch teve que sacrificar alguns cordeiros ante a pressão do governo britânico e do clamor público: demitiu a diretora da News International, a poderosa Rebekah Brooks, tida pelo próprio magnata como sua 'sétima filha'. Ainda, estão envolvidos no caso o ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico, o ex-diretor executivo do NoW, que trabalhou como consultor para a Scotland Yard e até a própria Polícia Metropolitana de Londres, acusada de receber subornos para amenizar investigações sobre o NoW. As escutas ilegais de celulares chegaram a atingir membros da realeza britânica. Por fim, outro diretor da News International, responsável pela Dow Jones, que publica o prestigiado The Wall Street Journal, também saiu do grupo. Rebekah foi presa neste domingo, 17, e solta após pagar fiança.


Na carta publicada nos principais jornais do Reino Unido na última sexta-feira, 15 (veja a foto abaixo), Murdoch pede desculpas pelos "danos causados às pessoas afetadas. Me dou conta de que pedir perdão não é suficiente", registrou o proprietário da News Corporation.




Aparentemente, o pano de fundo que originou a crise foi a pretensão de Murdoch de obter o controle total da mais importante operadora de TV por assinatura do Reino Unido, a British Sky Broadcasting (BSkyB), que tem mais de 10 milhões de assinantes. O empresário, que já tem 39% das ações da BSkyB, queria chegar aos 100%.


Murdoch é de origem australiana, naturalizado norte-americano. É considerado, pela revista Forbes, a 13ª. pessoa mais influente do mundo. O empresário é temido, admirado e odiado, creio que em iguais proporções.


Claro que as escutas ilegais, feitas desde 2000, não são o único motivo que deu início a esta onda imensa na mídia britânica, com respingos internacionais. Tenho para comigo que o governo britânico está muito pouco contente de ver um homem nascido numa ex-colônia dominar os meios de comunicação mais importantes da Grã-Bretanha. Há mais sujeira entre as gráficas do NoW e os corredores de Downing Street (residência do governo britânico) do que sonham as mais vãs filosofias.


Mas, no sentido local, já que a crise de Murdoch se reflete globalmente, o encerramento do NoW fornece combustão para apressar a queima dos veículos de papel. Depois de lançar o primeiro jornal exclusivo para iPad, The Daily, Murdoch começa a arruinar os títulos impressos. Não sei não. Lamento apenas que, junto com os jornais de papel, vão embora uma infinidade de empregos (nossos) e o antigo uso do jornal velho: embrulhar peixe. Tentei embrulhar um peixe no iPad e não combinaram, peixe e iPad, ambos escorregadios. Tal qual nosso futuro, o de jornalistas, que vejo mais liso do que nunca em plena descida de tobogã.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Juliana Paes, uma dalit brasileira

"Em tempo de guerra, a primeira vítima é a verdade", disse o jornalista norte-americano Boake Carter (pseudônimo de Harold Thomas Henry Carter). A mídia, em geral, vive em permanentes guerras com as celebridades ou proto, pseudo e aspirantes a famosos, seja por meio de críticas, perseguições (paparazzos) ou na cobertura oficial ou oficiosa (preferencialmente).


A mídia que cobre a classe artística e os artistas vivem uma ambígua relação de amor e ódio. A primeira fornece ao público, com exagero ou não, aquilo que as pessoas querem: a intimidade dos famosos. A segunda, formada pelas celebridades, morde e assopra: ora está em caso de amor com a mídia, ora entra em confronto.


Se, em tempo de guerra, a vítima é a verdade, eu acrescento que, se a vítima é a verdade, o meio, que é a imprensa, é o primeiro a ser calado. É o que acaba de acontecer com o colunista do jornal Folha de São Paulo José Simão. O jornalista mantém coluna diária na Folha e acaba de ser proibido por um juiz de fazer referências à atriz Juliana Paes (que vive a personagem Maya, de "Caminho das Índias", da Rede Globo), sob pena de ser multado em R$ 10 mil a cada nota em que veicular quaisquer dados sobre a protagonista indiana da novela global.


Juliana moveu duas ações de indenização: uma contra a Folha e outra contra o próprio José Simão, sob a alegação de que o colunista "publica reiteradamente nos meios de comunicação em que atua, sobretudo eletrônicos (internet), textos que têm ultrapassado os limites da ficção experimentada pela personagem e repercutido sobre a honra e moral da atriz e mulher e sua família", conforme detalha parte da ação.


Tudo partiu do fato do colunista ter falado sobre a 'poupança' (bunda, nádegas) de Juliana. Segundo o juiz, no entanto, José Simão teria extrapolado as observações sobre a atriz ao "jogar com a palavra 'casta'" ao dizer que Juliana "não é nada casta" e ofendido, assim, a moral da mulher Juliana Couto Paes, seu marido e família. Ao que Simão responde que "é censura. A pessoa não pode determinar quando e o que falar dela. Isso tolhe totalmente a liberdade de expressão".


Bem, para mim, é bastante semelhante quando o senador José Sarney (e #ForaSarney!) alegou que não podia ser julgado pelo Brasil ou quando aquele outro deputado (Sérgio Moraes - PTB-RS) disse que se lixava para a opinião pública. São, todos os três, casos equivalentes em cerceamento à liberdade de expressão: Juliana, Sarney e Moraes são pessoas públicas e não podem querer ficar acima do comum das pessoas. Não podem e não ficam. Ainda que se aferrem aos cargos (caso de Sarney e Moraes) como imãs presos em geladeiras.


Mas no caso de Juliana Paes, há uma diferença: a atriz ou a mulher, não fica claro, sentiu-se ofendida porque o colunista insiste em chamá-la de 'não casta' e de fazer referências aos seus glúteos, tão familiares ao público quanto o é o rosto da atriz.


O engraçado é que 'casta' designa justamente a divisão de classes sociais da Índia. Casta é também uma pessoa pura, virginal, uma donzela, enfim. E, nesse jogo de palavras, a Juliana atriz vive "Maya", uma indiana de casta superior (e não totalmente casta, já que fez sexo com outro homem antes de se casar com o atual marido), que se relacionou sexualmente exatamente com a única casta que lhe era interditada: o dalit Bahuan (vivido pelo ator Márcio Garcia).


Ao entrar com uma ação para que a imprensa se cale e tolher, uma vez mais, a liberdade de imprensa, Juliana Paes torna-se, ela própria (a mulher, e não a atriz), uma dalit: intocável. Não deve ser tocada e nem à sua fictícia personagem pelo jornalista. É uma dalit ao contrário. "Se você me tocar, você pagará por isso", diz, nas entrelinhas, a atriz. Portanto, voltamos, na imprensa, à época do regime militar, quando se intimidava a mídia com a censura velada ou não a qualquer tipo de expressão. Dessa vez, a censura reaparece por meio de um processo de 'dalitização' de uma (?)celebridade global que deve se colocar em casta muito superior à dos demais mortais que a cercam, uma espécie de deusa Lakshmi (ou Laxmi) e, mais uma vez, como deusa, inacessível e, dessa forma, intocável, como ela (a atriz e mulher Juliana Paes) assim o deseja.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Liberdade de impressão

Diz-se da liberdade de expressão que é o ato de manifestar livremente ideias, opiniões e pensamentos. Ato esse respaldado pelos regimes democráticos nos quais não cabe qualquer forma de censura. Digo que liberdade de impressão é usar a tecnologia para divulgar essas ideias, opiniões e pensamentos, seja por meio de livros, jornais, revistas ou quaisquer outros meios impressos. E um sueco disse, afinal, que liberdade, mesmo, é se exprimir e imprimir no próprio, à guisa de tatuagem, suas próprias ideias, opiniões e pensamentos.


Em 1450, Gutenberg imprimiu a Bíblia e foi registrado como o primeiro homem a dominar a técnica. No filme "O Livro de Cabeceira", de Peter Greenaway, uma jovem usa o corpo de seus amantes para escrever e fazer das peles - própria e alheias - verdadeiros pergaminhos.


Talvez inspirado por Gutenberg, o sueco Marc Strömberg levou a impressão ao limite e usou uma técnica da tattoo que remonta ao Egito antigo: tatuou a terceira edição do fanzine "Tare Lugnt" nas próprias coxas, depois de tê-lo impresso no tradicional papel.


O designer gráfico sueco afirmou que o próximo número da revista será tatuado nas costas. Abaixo, um vídeo registrado por Marc para mostrar a impressão da revista em sua própria pele. OK! É uma opção, digamos, artística e original. Nada contra a liberdade de expressão, de impressão e de tatuagem. Mas, não seria mais fácil publicar o fanzine num blog?

terça-feira, 6 de maio de 2008

Generácion Y

"Generácion Y é um blog inspirado em gente como eu, com nomes que começam ou contêm a letra "Y". Nascidos em Cuba nos anos 70 e 80, marcados pelas escolas ao ar livre, pelos russos, pelas saídas ilegais e pela frustração. Assim, convido especialmente Yanisleidi, Yoandri, Yusimí, Yuniesky e outros que arrastam seus "Y" para que me leiam e me escrevam".

Esse é convite para acessar o blog Generácion Y, feito por Yoani Sánchez, que é formada em Filologia e mora em Havana.

O blog Generácion Y é mantido em um servidor na Alemanha, o que garante sua permanência na blogosfera.

A autora, Yoani, acaba de ganhar o prêmio Ortega y Gasset de Jornalismo, dado pelo jornal espanhol "El País", mas, muito provavelmente, não terá permissão do governo de Cuba para deixar o país. Ela foi premiada na categoria Jornalismo Digital. O blog registra mais de um milhão de acessos por mês.

Também neste mês, Yoani foi incluída na lista das "100 pessoas mais influentes" do planeta, publicada pela revista americana Time.

Se a blogueira conseguir viajar para a Espanha, será um sinal dos tempos novos em Cuba. Se não, confirmará que a liberação da venda de celulares e computadores no país não passa de perfumaria para encobrir o cheiro de envelhecimento da ilha.

Aproveite para visitar o blog e os demais, indicados pela autora, como forma de conhecer o que se passa em Cuba. Lembro que um blogueiro cobriu o início da guerra do Iraque com muito mais precisão do que a mídia convencional e que muitos outros blogueiros em territórios de guerra ajudam o mundo a saber o que se passa, efetivamente, em seus respectivos países.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Jornalista


Hoje, 7 de abril, é Dia do Jornalista. Portanto, caro bleader, faça o favor, me cumprimente porque o jornalismo me consome feito o fogo do inferno. Sou jornalista formado pela Cásper Libero e, na prática, trabalho com jornalismo desde 1993, quando ainda fazia o jornal corporativo do banco para o qual eu trabalhava. Aproveito para fazer o inverso e cumprimentar os meus amigos e colegas jornalistas, que os há mais do que formigas.

Eu, que no início da profissão já andei na boléia de caminhões na rodovia Régis Bittencourt na busca da informação, atualmente sou um jornalista "mil e uma utilidades": escrevo sobre telefonia (móvel e fixa), tecnologia da informação, TV digital, azeite, construção civil, motoboys, gastronomia, internet e tudo o mais que me cair nas mãos. Não tenho preconceitos. Só nunca fiz nada na área de esportes (a preguiça física se estende à mental). Como aquelas da profissão mais antiga do mundo, à beira de estradas para ganhar o pão do dia, já pedi e ganhei carona de caminhoneiros. Porque, de putas, todos, jornalistas, temos um pouco (às vezes, mais). Com a devida deferência pelas "meninas".

A profissão é tão desgastante que encontrei, pelo menos, duas orações para nos proteger, nós, que, em grupo, somos marimbondos e até abelhas africanas. O nosso santo padroeiro é São Francisco de Sales. Oremos:

"Deus não deixe eu chegar atrasado à redação. Que eu possa, Senhor, cumprir minha pauta, conseguindo informações corretas e úteis, sem aparecer mais do que o entrevistado. Que eu consiga uma boa fotografia. Que a câmera filmadora não falhe e o motorista esteja disponível. Senhor, tomara que a internet não saia do ar e que o meu editor não esteja de mau-humor. Peço-lhe Senhor, muita paz e tranqüilidade durante a entrevista e discernimento para fazer a matéria justa e bem elaborada. Que o tempo seja suficiente para cumprir a outra pauta que me aguarda, logo em seguida, do outro lado da cidade. E que o meu trabalho contribua para diminuir a desigualdade social, e ajude a melhorar a qualidade de vida do planeta. Que eu entregue tudo a tempo e não sofra nenhuma agressão. Ou pior, seja alvo de uma bala perdida, virando notícia. Que a matéria seja simples sem ser simplista. Que não seja prolixa, e sim criativa. Que eu não cometa nenhum erro de português, Senhor, para não ser massacrado pelos colegas. Principalmente Senhor, que eu não caia no pescoção... que possa pagar minhas contas com esse salário e que nenhum jabá me seduza. E, finalmente, meu Deus, me ajude para que eu possa entregar tudo revisado e no prazo do dead line. Assim seja!"

Mais uma:

"São Francisco de Sales que estais no céu, protetor dos jornalistas e dos escritores, santificadas sejam nossas matérias, venham a nós todas as nossas fontes, seja feita a vontade do vosso editor, assim como na foto quanto no texto. A boa pauta nossa de cada dia nos dai hoje, perdoai nossos textos ruins e mal escritos, assim como nós perdoamos as pautas ruins que nos são passadas. Não nos deixeis cair na parcialidade, e livrai-nos da falta de criatividade para escrever. Amém!!"

Tanta oração assim se faz necessária porque, segundo a organização Reporters Sans Frontières, numa lista de 167 países, estamos na posição 66 na classificação mundial de liberdade de imprensa.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A imprensa subiu no telhado

Realmente, o chamado quarto poder (a imprensa) não está com essa bola toda não. Pesquisa global divulgada pela rede de TV britânica BBC revela que 40% dos entrevistados consideram aceitável limitar a liberdade da imprensa de relatar as notícias de forma precisa. Para essas pessoas, a liberdade de imprensa é secundária, e é melhor manter a harmonia social e a paz do que permitir que a imprensa informe livremente. Entretanto, a maioria da população mundial (56%) diz que liberdade de imprensa é muito importante para uma sociedade livre. Foram ouvidas 11.344 pessoas em 14 países. Na maioria das nações, a liberdade de imprensa foi considerada mais importante do que a estabilidade social. O maior porcentual de apoio à liberdade de imprensa foi registrado nos países da América do Norte e da Europa Ocidental, com até 70% favoráveis à liberdade de imprensa em primeiro lugar. Com mais de 60%, aparecem três países mais conturbados: Venezuela, Quênia e África do Sul. Destaque para a Venezuela, que passa por uma série de restrições impostas pelo governo de Hugo Chávez às redes de TV e jornais contrários à sua política. Os países em que a população dá preferência à estabilidade social em detrimento da liberdade de imprensa são Rússia (onde há forte repressão da mídia), Índia e Cingapura. Nesses países, cerca de 48% disseram que preferem a estabilidade. Cerca de 40% disseram preferir uma mídia livre. O Brasil foi o terceiro colocado entre os países cujas populações consideram a imprensa "muito livre": 28% dos entrevistados acham isso, menos apenas que norte-americanos e venezuelanos, com 31%. Para 52% dos brasileiros, a liberdade de imprensa deve ser prioridade, enquanto 48% aceitam algumas restrições em nome da estabilidade social. Por outro lado, 43% dos entrevistados brasileiros avaliam que a atuação dos órgãos de imprensa públicos (como a Radiobrás, a nova TV Brasil, os Diários Oficiais etc.) é ruim. Foi o maior percentual entre todos. Fonte: Veja.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Jornalistas sem liberdade

A liberdade de expressão é cerceada o tempo todo no Brasil. Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, na classificação mundial de liberdade de imprensa 2007, o Brasil está em 84º. lugar, próximo a países como Camboja, Libéria e Albânia. Ou seja, somos totalmente ditatoriais quando o assunto é imprensa livre. A Associação Mundial de Jornais (WAN) contabiliza o assassinato de 106 jornalistas em todo o mundo desde janeiro deste ano - 45 deles só no Iraque, que continua sendo o país com mais mortes violentas de profissionais de imprensa. No ano passado, foram registradas 110 mortes de jornalistas por assassinato. Na América Latina e Central, sete profissionais foram mortos, três deles na Colômbia. E um no Brasil. Ontem, quinta-feira, 22, o radialista João Carlos Alckmin levou dois tiros em novo atentado (já havia sofrido outro atentado) em São José dos Campos, a 91 Km de São Paulo. Alckmin denunciou a máfia dos caça-níqueis que atua no município. O radialista é primo do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Felizmente, Alckmin não corre risco de morte. Este post é quase um contraponto ao post abaixo, que fala exatamente da liberdade de escritores e chega a ser irônico que, profissionalmente, nós, da imprensa, tenhamos que pagar com nossas vidas porque denunciamos maracutaias alheias. Não estou numa área de risco, no segmento em que atuo. Mas, solidarizo-me com todos os repórteres e jornalistas, em todo o mundo, que, diariamente, desnudam os algozes em todas as partes do mundo. No ano que vem, a China, por conta das Olimpíadas de Pequim, estará na mira do Repórteres sem Fronteiras. O país é um dos mais violentos repressores da liberdade de imprensa e de expressão (você deve se lembrar que até o Google dobrou-se às pressões chinesas). Quando fui ao consulado chinês em São Paulo para obter o visto para uma visita ao país, tive que escrever uma carta de próprio punho na qual eu garantia que não faria qualquer tipo de trabalho de imprensa (ainda que estivesse em viagem justamente de trabalho). Na carta, me descrevi como turista!!!! Também me comprometia a não levar equipamentos como filmadoras para não registrar nada lá. Engraçado que, quando cheguei a Pequim, a minha primeira parada foi a Praça da Paz Celestial, para me encontrar com outros colegas jornalistas. A primeira coisa que fiz foi comprar uma câmara fotográfia que, ironia, também filmava. Não fui parado por ninguém, em nenhum momento.

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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