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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pôneis malditos

Malditos pôneis. A maldição dos pôneis é verdadeira. Postei no Facebook que os pôneis são criaturinhas so cute e so ready to be killed, os desgraçadinhos. Quem nunca? Vi a primeira vez no sábado e não me saíram da cabeça mais. Parece que eu os havia visto a vida toda.


O mais engraçado é a pegada gay: "que nojinho!", "te quiero!". Em apenas três dias, foram mais de 3 milhões de acessos.


Assista e preste atenção que tem continuação: aos 31 segundos começa aquilo que a TV não mostra. E tem mais até o fim. Odeio os pôneis! #PoneisMalditos

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Papiros digitais

Num dos primeiros artigos que escrevi, profissionalmente, sobre os tablets, eu os chamei de papiros digitais. À diferença de que, nos artefatos da escrita egípcia, os hieróglifos estavam encapsulados, eram informações fechadas em si mesmas e de conhecimento de um mui restrito grupo de doutos.


Os tablets são papiros digitais na medida em que se assemelham no formato. Não demora e teremos tablets dobráveis. No Japão, já está em desenvolvimento a tela flexível. E daí que a diferença entre o papiro egípcio e o tablet contemporâneo estará apenas (se é que se pode chamar de apenas bilhões de dados) no conteúdo.


Enquanto os tablets não se convertem em papiros digitais de fato, os fabricantes se esforçam para se destacar no setor dominado à larga pelo iPad, da Apple. São mais de 50 fabricantes mundiais que se lançam com fúria para conquistar o usuário.


Um desses fabricantes, a Toshiba, cujo dispositivo é o Toshiba Thrive Tablet, criou seis filmes publicitários, um para cada cor dos modelos. Não me convenceu (sou adepto do iPad e, quando testei um equipamento com o sistema operacional Android Honeycomb, não gostei). Mas, a ideia dos filmes diferentes é legal. Abaixo, os seis filmes:











terça-feira, 5 de abril de 2011

O moderno e o arcaico

Existem coisas que simplesmente respeitam o antigo para reescrever o novo. O Japão, cujo tremor em Fukushima sumiu com mais de 30 mil pessoas da face da Terra, é um país exemplar sob vários aspectos. E é ainda mais exemplar no respeito ao arcaico. E também, simultaneamente, nos terremotos ou em casos mais banais, como a publicidade, é pródigo no novo, moderno.


Veja a seguir um filme publicitário feito para o novo telefone celular com capa de madeira da NTT DoCoMo, a maior operadora móvel do mundo, que trabalha com um produto altamente tecnológico, e que foi beber na cantata 147 de Bach o antigo que dá sentido mesmo ao mais banal aparelho celular.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

R.I.P.

A morte faz parte da vida ou a vida é que está dentro da morte? Essa é uma questão muito semelhante àquela outra que interroga se o ovo veio antes da galinha ou se a galinha é que veio antes do ovo. Obviamente, ninguém sabe a resposta. E duvido que o saberá um dia, tamanha a ignorância que temos sobre nós mesmos. O que se sabe, da vida, em definitivo, é que a morte dela faz parte e, se para uns é o fim, para tantos outros é um reinício. Interpretações, claro, conforme a fé de cada um.


Para quem se questionar o que estou a falar de morte em período de natalidade (sob a ótica cristã, que fique claro), ninguém morreu. Quer dizer, um monte de gente deve ter morrido. Neste momento mesmo em que você ler o post, algumas centenas de seres humanos estarão a definhar, entre o mundo de cá e um outro, de lá, novamente para aqueles que contam com uma saída que leve a uma outra entrada.


Ninguém morreu. Não ao menos do meu círculo. O título - R.I.P. (rest in peace ou descanse em paz) é para chamar a atenção para um filme publicitário de uma funerária de Curitiba, no Paraná. Embora possa parecer grotesco, concordo que é melhor lidar com a morte, a foiçuda, assim, com humor. Porque é a ela que nos entregaremos, queiramos ou não. Que seja com humor então.


O anunciante é a Angelus Agência e a produção do filme é da C&R/Tambour Propaganda. Assista. É divertido.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aquele abraço!

Num belo trabalho idealizado pela agência Casanova, de Brasília, e executado pelo VJ Alexis (que entrevistei nesta sexta-feira), o Cristo Redentor abraça o mundo. Bonito, de verdade! Porque, às vezes, precisamos apenas de um braço, nada mais.



sábado, 2 de outubro de 2010

Brad, Trevor e Ryan: esses caras sabem absorver como ninguém

Assista e depois vote qual é o bofe que melhor te absorve. Ah! Você não entende nada em inglês? Who cares, by the way? OK, again: e quem se importa?







A dica é do blog Everything That Does In My Mind. Hipérion, é o que vai na minha mente também, sabe? É, Brad, Trevor e Ryan. Não necessariamente nessa sequência. Meu voto vai para o Trevor.


Vote aqui para personalizar o seu próprio absorvente:


terça-feira, 22 de junho de 2010

Adam and Eve, a gay version

Vi no Facebook de um amigo de lá e não resisti a reproduzi-lo por aqui. O vídeo faz parte dos comerciais banidos da TV pela mensagem considerada preconceituosa, agressiva, violenta etc. etc. Depende da autorregulamentação publicitária de cada país. No caso, achei apenas engraçado e desmistifica aquela visão original do paraíso que muitos ainda têm.



terça-feira, 15 de junho de 2010

Gol 1.284

Naquele que é, até agora, o filme mais caro feito apenas para a internet no Brasil por um anunciante, o rei Pelé refez a trajetória do gol perdido: na Copa de 1970, Pelé chutou do meio do campo e a bola saiu pela linha de fundo no jogo contra a então seleção da Tchecoslováquia. É o mais famoso gol perdido do jogador. Durante a carreira, Pelé fez 1.283 gols. Esse, o grande gol que não aconteceu, seria o 1.284. E "1.284" é o nome desse curta feito para a internet.


Ontem, 14, fui à coletiva de imprensa em que a operadora apresentou o filme, uma superprodução que envolveu mais de 600 pessoas apenas da equipe (e mais milhares que lotaram o Estádio do Morumbi para o jogo fictício) e teve a produção do cineasta Fernando Meirelles. O filme publicitário equivale a uma produção cinematográfia: teve sequências equivalentes às que Meirelles usou no seu último filme - Blindness ou Ensaio Sobre a Cegueira.




Pelé, aos 70 anos, está impecável. É a segunda vez que tenho oportunidade de ficar cara a cara com o mais famoso jogador de futebol do mundo e a mim me impressiona a humildade e o trato com todos. Extremamente simpático, Pelé é, atualmente, o rosto recordista em publicidade no Brasil. Não sei dizer qual é o valor do contrato de Pelé com a operadora. Mas o filme é extraordinário. São pouco mais de sete minutos numa partida fictícia contra a arquirrival Argentina. E volto a dizer: eu, que sou uma nulidade no futebol, reconheço a qualidade em qualquer campo, inclusive num estádio.


Com a coletiva de Pelé, coleciono, até agora, quase meio time de famosos que tenho, a trabalho, encontrado por aí: Ronaldo, Romário, Robinho e Pelé, por duas vezes. Sinto que a minha relação com a bola se estreita a cada dia. Abaixo, o filme, que estreou hoje, 15, na internet (plataforma para a qual foi desenvolvido exclusivamente porque a operadora não patrocina as cotas na TV durante a Copa):





terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma cidade, um Estado, um País

Tenho comigo algumas opiniões que não são demolidas nem por decreto. Quando moldo, com esses pensamentos, uma massa, sinto que fabriquei um bloco de concreto. E daí que me saltam aos olhos a arbitrariedade dos diferentes níveis governamentais - município, Estado e União.


E que me provam, cada vez mais, o quão longe estão os governantes de nós, os 'consumidores finais', que somos a última milha desse encanamento que começa nas torneiras de águas transparentes do Palácio do Planalto em Brasília e se encerra nos esgotos do rio Tietê, em São Paulo. Somos avacalhados com tanto culeiforme fecal (para não dizer merda) que transborda e faz transbordar uma cidade inteira.





Somente para constatar:


Em uma cidade


O que se vende:


- Prefeitura de São Paulo: deverá gastar R$ 90 milhões em publicidade este ano (ante um orçamento inicial previsto de R$ 31 milhões). No ano que vem, a conta está orçada em R$ 126 milhões.


O que se compra:


- Cidade de São Paulo: em um dia de chuva, seis mortos. O prefeito, Gilberto Kassab, disse que foram investidos R$ 129 milhões contra as enchentes no município.





Em um Estado


O que se vende:


- Governo do Estado de São Paulo: pretende gastar R$ 120 milhões em publicidade em 2010, ano eleitoral no qual o governador José Serra desponta como um dos eventuais candidatos à presidência da República. O gasto corresponde a 158% mais do que o feito este ano, estimado em cerca de R$ 45 milhões. Esse gasto será de 0,1% do orçamento do Estado, de R$ 125,5 bilhões.


O que se compra:


- Em oito dias, 20 pessoas morreram no Estado em função das chuvas, 18 pessoas foram vítimas de deslizamentos de terra, três foram atingidas por raios e uma pessoa foi levada pela enxurrada. O governador, José Serra, se calou completamente e, twiteiro assíduo, não deu um pio.






Em um País


O que se vende:



- Até junho deste ano, o governo federal gastou R$ 616,2 milhões com publicidade. No ano passado, foi R$ 1.125,5 bilhão.


O que se compra:


- O Brasil está entre os cinco maiores emissores de gases na atmosfera e uma das principais causas dessa emissão de gás carbônico (CO2) é o desmatamento da Amazônia. Calcula-se que, para zerar o desmatamento da Amazônia até 2020 (em dez anos, portanto), sejam necessários aportes estimados entre US$ 7 bilhões e US$ 18 bilhões. Em abril desse ano, noticiou-se que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) tinha em caixa US$ 110 milhões para investir contra o desmatamento. Para criar uma esperança (hope, em inglês), vã, na minha opinião, um pouco antes de ter início a Conferência de Copenhague-Cop15, que pretende convencer o mundo de que Hopenhagen é possível, o presidente Lula anunciou que o Brasil se compromete a reduzir, voluntariamente, as emissões de gases causadores do efeito-estufa entre 36,1% a 38,9% até 2020 (em dez anos, portanto). Presume-se que o Brasil emita algo entre 2 bilhões a 2,3 bilhões de toneladas de gases-estufa ao ano. Em 2020, a previsão é de 2,7 bilhões de toneladas. Com a redução, poderia baixar a 1,6 bilhão de toneladas. Somente não se explicou com que recursos isso será viabilizado.





Sabe-se que o desmatamento é uma das principais causas dessas mudanças climáticas. Portanto, a causa se dá por conta:


- De um País e suas emissões e desmatamentos
- De um Estado que não se previne contra as catástrofes anuais amplamente previsíveis
- De uma cidade que, sendo a maior do País, ainda não se deu conta de que "piscinões" são soluções arcaicas e que, sem a manutenção permanente da malha de esgotos e escoamento pluvial, estamos, na cidade de São Paulo, fadados a nos transformarmos em uma Veneza futurística e caótica aos moldes da Los Angeles decadente de "Blade Runner".




    sábado, 21 de novembro de 2009

    A construção de uma diva contemporânea, aka GaGamania

    Você já ouvir falar em Lady GaGa? Se não ouviu é porque:


    - Não acessa a internet
    - Não vê TV
    - Não conversa com ninguém
    - Não lê, não fala, não pensa, não ouve
    - Não vive na Terra


    Parece radical mas não é. Lady GaGa diz muito do nosso tempo. De como se constrói uma personalidade nos tempos em que uma celebridade acende-se e apaga-se mais rápido que velas aromáticas de tamanho reduzido.





    Abaixo, os clips de 'Bad Romance", "Paparazzi" e "Poker Face" e, mais abaixo, reproduzo um artigo (de autoria do articulista Paulo Nogueira, da revista Época) que achei extremamente pertinente sobre esse mito moderno que se constrói atualmente: tudo é calculado com precisão cirúrgica do marketing moderno. Frases que chocam, aparições especialmente articuladas, discurso agressivo, uso extremamente eficiente das diversas plataformas - internet, TV, mídia em geral. Somente tenho dúvidas sobre a permanência de Lady GaGa quando o fator 'inovação' for superado por uma outra 'celebridade' igualmente construída. Vivemos uma época não de bad romances, e sim de fakesbooks!
















    A seguir, a transcrição do artigo:


    "A fórmula do sucesso na música pop é a mesma desde que Michael Jackson e Madonna a definiram nos anos 80. A qualidade das canções e da voz, até ali o primeiro e decisivo ponto para o estrelato, tornou-se um item – importante, é verdade – entre vários. O aspirante ao estrelato tem de se vestir de forma extravagante, comportar-se de forma ainda mais extravagante, fazer chegar informações sensacionalmente fajutas às redações de revistas de fofocas, que as repercutirão, e, na hora da turnê, montar superproduções cheias de luzes, efeitos visuais, coreografias bizarras e demais itens que oscilam entre a breguice multicolorida e a arte inovadora de acordo com o olhar de cada um. Michael Jackson, o falecido Rei do Pop, obteve 10 com louvor em todos esses atributos. Para estar presente na mídia ubiquamente, chegou a plantar a lorota de que dormia numa câmara hiperbárica que lhe daria pelo menos o dobro dos anos que ele de fato viveu, ergueu uma casa com um zoológico notável e por algum tempo se fazia acompanhar, nas entrevistas, de Bubbles, um macaco que dançava razoavelmente o moonwalk. Lady Gaga, de 23 anos, seguindo as placas sem perder tempo em recriá-las ou muito menos desafiá-las, chegou, viu, copiou e venceu em 2009.


    Seu sucesso transatlântico, histérico, barulhento transformou os demais habitantes do mundo pop em figurantes, incluída aí Madonna, a mãe de todas as replicantes que vieram depois, de Britney Spears a Christina Aguilera. Na metade do ano, Perez Hilton, o fofoqueiro- -mor do showbiz americano, um blogueiro tão estridente quanto as pessoas sobre as quais escreve, disse que Lady Gaga era a Princesa do Pop. De lá para cá, os números formidáveis que cercam Stefani Germanotta, aliás Lady Gaga, nova-iorquina criada em Manhattan e filha de um pai músico, autorizam-na a reivindicar um título ainda mais retumbante: o de rainha.


    Pela primeira vez em 17 anos, desde que a revista Billboard lançou o Top 40 das músicas mais tocadas nas rádios americanas, alguém chega ao número 1 com quatro faixas do álbum de estreia. No caso, The fame, com o qual Lady Gaga se apresentou ao mundo, e cuja vendagem mundial ultrapassou 4 milhões de cópias. A primeira canção do quarteto mágico foi “Love game”, a segunda “Poker face”, a terceira “Just dance” e agora, na semana passada, “Paparazzi”. “Claro que chorei como um bebê ao receber a notícia”, disse ela. “Just dance” e “Poker face” foram baixadas mais de 4 milhões de vezes legalmente nos Estados Unidos e têm uma importância histórica na carreira de Lady Gaga: com uma ela virou notícia, “Just dance”, e com a outra, “Poker face”, conquistou as manchetes.


    Uma única pessoa, até aqui, passou a fronteira dos 4 milhões de downloads com duas músicas, ela mesma. No momento em que esta reportagem é escrita, Lady Gaga já superou a marca de 20 milhões de singles vendidos no mundo. Uma dose colossal de Lady Gaga está reservada aos admiradores para breve: o álbum duplo The fame monster, com 25 faixas, das quais a primeira já está no ar e toca em todas as partes: “Bad romance”. O primeiro CD terá oito músicas novas, e o segundo é The fame reapresentado. Em 27 de novembro, começará em Montreal sua primeira turnê internacional, The monster ball.


    Princesa ou Rainha do Pop? Não são as únicas alternativas diante de Lady Gaga. Em sua curta e fulminante escalada, ela foi alvo de fortes rumores de que não seria, a rigor, mulher. Falou-se, e muito, que ela seria ele. A palavra hermafrodita apareceu com frequência nas reportagens sobre Lady Gaga, e não raro se deu um passo adiante para chamá-la, simplesmente, de homem. Há suspeitas de que ela própria tenha estimulado os boatos, na louca cavalgada em busca da publicidade, a exemplo de Michael Jackson com sua pretensa câmara hiperbárica. O certo é que, durante um bom tempo, Lady Gaga ficou em silêncio enquanto a especulação projetava formidavelmente seu nome. A discussão em torno do sexo começou logo depois que ela fez uma apresentação no Festival de Glastonbury, no verão inglês. A BBC, que promoveu o festival, filmou Lady Gaga. Num determinado momento, ela apareceu no palco deitada de costas numa espalhafatosa motocicleta, e vestida numa microssaia feita para mostrar e não esconder. Ao levantar- -se num gesto teatral da moto, sob gritos frenéticos da plateia jovem e alegre, Lady Gaga foi pilhada por uma câmera que mostrava sua intimidade. Não se viu, naquela fração de minuto, o que em geral se observa nessas ocasiões, mas um volume que, transformado em foto, pareceu suspeito. A foto varreu a internet em todo o mundo e foi exibida como uma suposta prova de que a princesa que se consagrava ali era, na verdade, um príncipe, ou uma mistura de ambos.


    O empresário de Lady Gaga atribuiu, sem muita repercussão, a suspeita a uma entrevista que ela concedera, pouco antes, à revista Rolling Stone. Nela, também numa declaração que é difícil precisar se é verdadeira ou apenas destinada à autopromoção, ela afirmara ser “bissexual”. Com um detalhe: jamais se apaixonara por uma mulher. Seu interesse era “puramente físico”, não de alma, mas o suficiente para incomodar e intimidar seus namorados, segundo ela. Daí, de acordo com o empresário, a origem da pergunta sobre se a diva era ou não mulher.


    Contribuiu também sua aparência física. Despojada de toda a parafernália que a cobre quase tanto quanto uma burca, Lady Gaga tem traços ligeiramente másculos, e um andar que não fica muito longe disso. Quase não tem pescoço, o que destaca o nariz que evoca o do beatle sobrevivente Ringo Starr. Uma paródia de “Poker face”, que virou sucesso instantâneo no YouTube, tinha o sugestivo nome de “Butterface”. “Não se iluda”, afirmava a letra mordaz. “Ela tem o corpo da Barbie mas o rosto do Ken.” Quando ela enfim apanhou o microfone para desmentir os rumores, suas palavras obedeceram à regra clássica do estrelato no mundo pop: máxima potência, para chocar. “Não fui insultada”, afirmou. “Ofendida foi minha bela vagina.” Ela não tem pretensões a ganhar concursos de beleza, mas diz que está estabelecendo um novo paradigma para a gostosura feminina.


    O nome artístico de Stefani Germanotta surgiu do acaso. Seu antigo produtor achava que havia algo do Queen nas composições de Stefi, como ele a chamava. Cantarolava às vezes para ela “Radio ga ga”, um clássico do Queen. Numa ocasião ela assinou uma mensagem para ele como Lady Gaga, e o resto você pode imaginar. Fora Madonna e Christina Aguilera, com cujo professor de canto teve aulas e para quem chegou a escrever canções, seus inspiradores incluem Beatles, David Bowie, Elton John, Queen e Led Zeppelin. Seu quinteto favorito de todos os tempos: “Oh darling”, dos Beatles, “Whole lotta love”, do Led Zeppelin, “Hold on”, de Wilson Philips, “TNT”, do AC/DC, e “Rebel, rebel”, de Bowie. A introdução ao rock veio do pai, Joseph, que tocou em bares e acabou se transformando num empreendedor digital. Foi Joseph quem pôs Lady Gaga para aprender piano ainda menina. Ela fala do pai com devoção. Diz que todo mundo pode chamá-la na rua de vagabunda e outras coisas sem que isso a incomode, mas se o pai fizer uma censura, ainda que branda, eis um problema.


    Ele já fez, e foi pesada. Nos primórdios, Lady Gaga tocava em bares de Nova York com trajes que sugeriam mais uma stripper do que uma cantora. Drogava-se, bebia e produzia uma música que, em sua autoavaliação irônica, ela só ouvia porque era ela mesma quem cantava. O pai ficou sem falar com ela. Hoje, ele mostra com orgulho uma nova tatuagem, o raio que aparece no rosto da filha no vídeo de “Just dance”. Quando não está vestida de Lady Gaga, com toda a máquina a seu redor, a Princesa do Pop tem ares mais comuns do que majestosos. Há poucas semanas, ela compareceu a um espetáculo em benefício da comunidade gay e, apenas com o piano e um microfone, tocou “Imagine”, de John Lennon. Foi, com certeza, um dos piores tributos que Lennon recebeu. Ela errou o tempo, a letra e desafinou, como pode verificar quem quiser no YouTube. Não é um grande problema, porque Stefi Germanotta jamais se apresentará nos palcos, para valer, sem estar nos trajes de Maria Antonieta do pop, com um séquito de cortesões que lembra Versalhes pré-1789."







    quinta-feira, 19 de novembro de 2009

    Tudo que é sólido flutua no ar

    Uma cadeira flutua no ar como o monolito negro de "2001: Uma Odisseia no Espaço". Para obter o efeito, a Toshiba captou imagens por duas câmeras digitais de alta definição acopladas a um balão de gás hélio. A gravação foi feita em parceria com a Nasa, o que coloca a publicidade no plano da estratosfera.


    O objetivo da Toshiba foi divulgar tanto as câmeras digitais quanto o novo modelo de TV em alta definição que acabou de lançar. As imagens gravadas foram recebidas por um satélite terrestre e o sistema que gerenciou a captação era baseado em GPS. De 15 em 15 segundos, as imagens eram transmitidas para terra. Abaixo, o vídeo das gravações.


    O local em que o balão foi solto fica em um deserto de Nevada, EUA. Ao completar 1 hora e 23 minutos de voo e chegar a 30 mil metros de altura, a cadeira se soltou do balão e se desintegrou no espaço. O balão retornou à Terra em 24 minutos. Imagino o custo de um comercial desse nível. O filme será apresentado na TV europeia e a Toshiba já prepara um outro comercial do mesmo tipo para a linha de notebooks.




    domingo, 8 de novembro de 2009

    36 maneiras de ser um homem moderno, aka übersexual

    Da mesma forma como foram constatadas 236 razões pelas quais as pessoas fazem sexo, aparentemente, existem 36 maneiras de um homem ser moderno, aka übersexual. O conceito nem é tão novo assim (foi lançado pelos mesmos autores do termo 'metrossexual', que são, claro, publicitários, em 2005) mas sempre há tempo de tentar se modernizar, já que a demanda por atualizações faz parte da nossa época.


    Um übersexual (über, em alemão, significa 'acima') é um homem acima da média, quase um super-homem. É mais ou menos o conceito de super-homem de Nietzsche, definido em "Assim Falou Zaratustra, Um Livro Para Todos e Para Ninguém". A diferença é que, ao contrário do metrossexual, o übersexual não usa creme, roupas ou acessórios femininos, não se depila e não faz as unhas (pelo menos não as pinta).


    A mídia, imediatamente, definiu alguns homens como representantes desse conceito: Bono, George Clooney, Brad Pitt. Esses homens não são uns garanhões viris (não sei, não experimentei) mas emanam, pela aparência e comportamento, um resgate de uma masculinidade que havia sido relegada nos últimos anos. Übersexual é, pois, aquele homem que confia em si mesmo sem ser detestável, tem aspecto e comportamento de macho, tem estilo e é determinado. Na versão tupiniquim, o ator José Mayer cabe direitinho nessa definição.


    Ainda que não tenha herdado o legado do metrossexual, esse novo homem nem por isso deixa de se cuidar: o über também se preocupa com a aparência. Porém, ao contrário do metrossexual, não é narcisista e egocêntrico. Abaixo, fotos que, na minha opinião, representam os homens atuais - entre os conceitos de metrossexual e übersexual e muitos outros que, de fato, não precisam de tarjas a lhes colar nomes. Basta ser homem e pronto. Se é metro ou über, isso é lá com os publicitários. E porque sou leonino e dono deste blog, a primeira foto é minha (alô curiosos/as!!!). Será que sou über? Ou sou um retrossexual (aguarde, post futuro)? Mas achei por bem ficar na companhia desses caras aí debaixo. E, lá embaixo, bem lá embaixo, depois de todas essas fotos, as 36 maneiras de um homem ser moderno.
























    Vamos, portanto, a mais uma lista (este blog e respectivo blogueiro vivem de listas...). Para ser moderno, antes de começar a lista propriamente dita, o homem tem que, sempre, se adaptar: ao mundo, ao seu próprio mundo (bairro, colegas, amigos), ao seu ambiente (político, cultural) e ao(à) seu(sua) cônjuge. Isso pode soar simples mas é mais complicado do que parece à primeira vista.


    Para se harmonizar com o seu eco-sistema, o homem moderno, obviamente, tem que se livrar do passado. Por definição, o passado é uma espécie de roupa velha que ata a pessoa ao antigo, ao fora da moda (dentro desse contexto, por favor). Essas 'roupas velhas' são valores que dificultam a adaptação ao novo. Vamos, finalmente, às 36 maneiras de ser moderno (ou tentar sê-lo, ao menos):


    1. Faça um esforço para manter uma conversa à mesa
    2. Mude os lençóis da cama antes de receber um(a) parceiro(a) no 'ninho'
    3. Não diga palavrões durante o sexo (ou diga, mas somente se solicitado a dizê-lo)
    4. Pense sobre o beijo durante o sexo (sem comentários!)
    5. Aceite que o(a) seu(sua) parceiro(a) decida quando fazer amor
    6. Mude os lençóis depois de fazer amor e também o ar (abra a janela, purifique etc.)
    7. Use meias esportes mesmo que você não pratique esportes (não fique de meias durante o sexo e... NUNCA, JAMAIS, fique de meias sociais)
    8. Jogue fora suas cuecas ou samba-canções de malha ou com desenhos de oncinha (é, tem homem que gosta)
    9. Evite correntes e colares com medalhões de ouro especialmente se o seu peito é cabeludo (a menos que você seja cigano, único homem a quem é permitido usar isso)
    10. Evite orelhas e nariz peludos (não é viril, é anti-higiênico mesmo)
    11. Mantenha as unhas das mãos e dos pés aparadas e impecáveis (não use base brilhante, é brega)
    12. Coma de forma frugal, sem achar que o(a) parceiro(a) vai roubar seu prato. Em resumo: dê 'bicadinhas'
    13. Não se surpreenda se o tempo de sua resistência para fazer sexo 'convencional' é estúpido (a mais ou a menos) em relação ao tempo para fazer sexo oral (faça os dois ao seu devido tempo)
    14. Concorde em ir ao cinema de vez em quando
    15. Você não é o único tema da conversa nem tampouco o mais emocionante; a pessoa amada também faz perguntas e quer respostas
    16. Pare de dizer 'estou certo porque sei que estou certo'
    17. Levante a tampa do vaso antes de fazer xixi (ou não, se for parceiro, são ambos porcos mesmo!)
    18. Faça xixi dentro do vaso sanitário e agite o bilau/pinto/pênis depois de 'usar'. Se, apesar de seus esforços, alguma gota cair na borda do vaso ou no chão, limpe (ou não, se for parceiro, são ambos porcos mesmo!)
    19. Lave as mãos depois de 'usar' o bilau/pinto/pênis.
    20. Retire as mãos da parte de cima ou de dentro das calças (que mania! sua mãe ensinou isso para você!)
    21. Lembre-se sempre que arrotar, soltar gases, escarrar e sugar os dentes não são atos bonitos
    22. Você não é obrigado a fazer sexo mas, de qualquer modo, faça e não obrigue o(a) parceiro(a) a dormir antes de fazê-lo
    23. Libere o controle remoto
    24. Nas esfregue as pontas dos seios com o pênis (se parceira) porque esfola
    25. Não esfregue o ânus do(a) parceiro(a) com o pênis; o pênis não é um pincel
    26. Não use a toalha do(a) outro(a) e não deixe o chão molhado após o banho
    27. Não use a escova de dentes do(a) outro(a)
    28. Guarde seus chinelos na prateleira
    29. Pare de perguntar se o(a) parceiro(a) já viu pênis mais bonito ou maior que o seu
    30. Acene com a cabeça se não quer falar, mas o faça honestamente
    31. Pare de usar os cremes do(a) seu(sua) parceiro(a) e compre os seus
    32. Entenda de uma vez por todas que a loção pós-barba não é a mesma coisa que cuidado total com a aparência
    33. Se o(a) parceiro(a) estiver bravo(a) e disser que não quer sexo, não seja imbecil de acreditar que, necessariamente, ele(ela) está com sono e quer dormir
    34. Dedique, ainda que sob ameaça e em silêncio, todo o seu tempo para o(a) parceiro(a)
    35. Compreenda que atravessar a porta antes do(a) parceiro(a) não é nenhuma evidência de bravura
    36. Medite acerca dessa citação: "Não existe amor, existe apenas prova de amor"





    Mas calma que não sou o Hermes da foto acima pronto para lhe entregar más notícias. Acima de tudo, aceite que não existem apenas 36 maneiras de ser um homem moderno, e sim milhões de meios de sê-lo. Nos adaptamos a uns ou outros meios conforme nosso próprio senso. O único fio condutor que reúne todas as maneiras de se ser moderno é um: a capacidade de ouvir a si mesmo. E, ao fazer isso, não hesite em desafiar os padrões convencionais mesmo que signifique romper com o tradicional e confortável passado.


    sexta-feira, 6 de novembro de 2009

    Keep walking

    Escrevi em post anterior que posso, de repente, me desnudar e talvez fazer um ensaio (não tenham medo, não o farei sem antes adverti-los!). Eu disse para um amigo blogueiro que não pretendo transformar este espaço em um blog pornô. No entanto, um soft pornô até que rola, sabe! Ué! Você acha que não?


    Outro dia, comparei São Paulo a Londres (obviamente, guardadas as devidas, justas e descabidas proporções). Me referia ao clima: ora frio, ora cinzento, ora chuvoso e até mesmo com um fog legítimo de Londres.


    Há uns três dias, estamos como o diabo gosta: no calor dos infernos. Eu adoro o calor, o sol, o verão. Isto é, o meu cérebro adora muito tudo isso. Porque o corpo se escandaliza e, revoltado, entra num estado de malemolência e dormência que nada tem a ver com o que me vai pela cabeça. Acho ridículo isso. É como se eu fosse duas entidades separadas no nascimento. Gêmeos em mórbida dessemelhança. Ontem à noite caiu uma refrescante chuva de verão. Um ventinho, mais ligeiro que uma brisa, me acalmou (ao corpo). Mas não à mente.





    Tive ímpetos de sair pelado na chuva. Juro! Estava ao telefone e até comentei com o interlocutor. Se eu estivesse no campo e não houvesse 87 mil olhos a me seguirem, eu teria saído em debandada feito um potro selvagem, totalmente revigorado pela água da chuva. Mas, cercado de prédios e com grande probabilidade de ser preso por atentado violento ao pudor (ui!), me contive e, no máximo, estirei o braço e a mão em direção às gotas. Não serviu para muita coisa. Mas, enfim, era o que tinha para o momento.


    Hoje estou até meio catatônico: fiquei o dia inteiro no computador e o sol derreteu tudo lá fora. Agora é noite e ainda assim o ar está espesso. Parado, quase que me levita. De novo, me vem o ímpeto de rodopiar feito um animal aquático. Estava a pensar nisso quando me recordei do comercial do whisky Johnnie Walker (hummm.... adoro!). Mas a lembrança se deveu à peça publicitária daqueles homens-peixes que saem do mar, convertidos, para caminhar sobre a terra. Keep walking - continue a caminhar, diz o mote.





    Eu continuo. Mas eu queria ir na direção contrária. Da terra para o mar. Às vezes, sou muito disperso. Me distraio e, de distração em distração, fujo completamente da primeira ideia para chegar a outra, lá no outro extremo. Ao buscar o vídeo dos homens-peixes, me deparei com outros que também posto aqui e que, de alguma maneira, fecham o círculo vontade de ficar nu/calor/água/comportamento primevo/chamado da natureza.


    Abaixo, pois, posto mais dois vídeos que mostram a nudez masculina. Não! Não precisa sair da sala. Não há nada explícito ou hardcore! São vídeos absolutamente despidos - sem trocadilho - dessas tão atuais e violentas exposições do corpo humano.


    É que, primeiro, num deles há a imagem que eu uso desde o início da criação deste blog como avatar da minha persona 'Redneck'. Por ora, me sinto, portanto, despido nesta figura e faço meu strip tease por meio desse quadro. O outro vídeo mostra obras de arte de todos os tipos com a figura do homem nu. Em ambos os vídeos, a trilha sonora é maravilhosa o bastante para que se mergulhe nessas águas. Com calor ou sem, convido você a tirar a própria roupa (de forma metafórica ou real, como queira), e divagar nessa diáfana nudez.







    quinta-feira, 29 de outubro de 2009

    Pour une seconde vie moins ordinaire

    Das mais criativas e engraçadas, abaixo, a peça publicitária (foto e vídeo) para TV da MaxHaus. Não era isso que eu ia postar aqui agora mas merece. Ah! E isso aqui (o post) não é merchandising e nem product placement (Google no conceito). É espontâneo mesmo. Tipo mídia espontânea, viral ou coisa que o valha.





    Em tempo: o filme (e as demais peças) é da agência Talent. Parabéns!




    quinta-feira, 10 de setembro de 2009

    Nude do dia

    A CNN, que administra monitores de TV com publicidade nos aeroportos norte-americanos, proibiu a veiculação do mais novo comercial da Peta, ONG de proteção a animais. Na peça, a atriz Pamela Anderson é a controladora do equipamento de raio-X do aeroporto que despe passageiros que tentam embarcar com roupas feitas com peles de animais.


    Pamela lamenta: "Eles (CNN) disseram que a propaganda era muito ousada. Acho que é porque é possível ver o traseiro de alguém. Não o meu. Se fosse, isso não haveria problema. Mas era o traseiro de outra pessoa." A propaganda entraria no ar a partir de hoje, 10, quando começa a New York Fashion Week. Com a restrição, a Peta desistiu de levar o anúncio a outros 45 aeroportos do país conforme pretendia fazer. Aqui neste blog você pode ver os traseiros de terceiros citados por Pamela.




    quarta-feira, 24 de junho de 2009

    As brumas puritanas devassadas por Brüno

    O nome Brüno (ou apenas Bruno) significa 'polido', que tem 'lustro', ou origem, nobreza. Em palavras caninas, pedigree. Nem uma coisa nem outra.


    O filme "Brüno", cujo personagem central é vivido pelo ator Sacha Baron Cohen, nem estreou de fato e tem provocado toda sorte de polêmica graças ao empenho do próprio ator na divulgação de Brüno, repórter gay afetado e exibicionista (explicação de rodapé = alguns repórteres brasileiros são iguais), especializado em moda, que alfineta, metafórica e literalmente, o universo fashion dos EUA.


    No Brasil, Brüno tem estreia prevista para o dia 31 de julho. Cohen, que fez o também irreverente "Borat" (no qual vivia o segundo melhor jornalista do Cazaquistão que viaja pela Inglaterra e EUA e comete atitudes e declarações ofensivas de cunho machista, homofóbico, anti-semita e ainda faz apologia à pedofilia e ao incesto), vem a público para causar barulho e provocar, de novo.


    A última ação transgressora de 'Brüno' nos EUA se deu por um ensaio ousado para a revista 'GQ' (cujas fotos estampam este post), com Sacha 'Brüno' Baron Cohen nu na capa e que acaba de ser censurada nas bancas de Chicago. Nos EUA, o filme estreia no dia 10 de julho.


    Durante o MTV Movie Awards, 'Brüno' já havia provocado ruídos quando planou sobre a plateia suspenso por cabos de aço e aterrissou no palco com as nádegas sobre o rosto de Eminem, conhecido pelas declarações homofóbicas e preconceituosas, nas músicas e no discurso. A revista "GQ" disse que a atitude de alguns comerciantes de Chicago é isolada e evitou alimentar a polêmica.


    Ocorre que os EUA originam-se a partir de colonização britânica, cujo cerne moral é de forte influência calvinista. Precisamente, uma cultura que se denomina de 'puritanismo anglo-saxão'. Os ingleses são conhecidos por serem um povo vestuto, circunspecto, que, sobretudo, mantêm circunstância e pompa entrelaçadas, nos bons e maus momentos. Isso provem exatamente da moral rígida imposta, a princípio, pela formação calvinista (de Calvino) e depois acentuada com as eras vitoriana e elizabetana. Não por acaso, quando das colonizações africanas, não raro viam-se ingleses em trajes pomposos nas savanas da África.


    O puritanismo (cuja definição vem de puro, bons costumes, moral correta etc.) nasce para refutar o comportamento amoral do rei Henrique VIII (1509-1547), mais envolvido com escândalos sexuais do que com a política do Império Britânico. E é acentuado por João Calvino (1509-1564) que, embora formado por ideais iluministas, acaba por converter os puritanos nos primeiros protestantes ingleses que se tornariam um grupo bastante conservador em relação aos costumes.


    Calvino tornou-se a 'cabeça da Igreja da Inglaterra" e conseguiu expandir a Reforma Protestante pela Inglaterra. Mais tarde, seria perseguido, juntamente com seus seguidores, pela rainha Maria Tudor, rigorosa católica romana, que restauraria a religião católica na Inglaterra e, com isso, daria início a uma perseguição implacável aos protestantes, com consequências que se estenderam até os dias atuais entre os católicos e protestantes da Irlanda.


    Entre confrontos da nova fé professada por Calvino e a antiga igreja católica de Roma, a Inglaterra (e o Reino Unido) passou por diferentes escalas de crises, sempre com a mão dos soberanos ingleses a conduzirem a relação Estado-Igreja e nem sempre com as melhores consequências.


    Os EUA foram colonizados pelos britânicos a partir do século XVI e, em 1629,um grupo de colonos oriundos da Inglaterra estabeleceu-se em Massachusetts. Era o primeiro grupo de puritanos que chegava ao Novo Mundo com a intenção clara e objetiva de criar uma nova e pura igreja anglicana na colônia. Esse primeiro grupo contava 400 puritanos e, nos dois anos seguintes, chegaram mais 2 mil puritanos. Os puritanos não acreditavam em liberdade religiosa, e sim em dominação pela religião, que se estendia à moral e aos bons costumes (segundo seus próprios e rígidos cânones).


    A partir de Massachusetts, os puritanos estenderam seus laços por toda a Nova Inglaterra (região nordeste dos EUA), que abrange cidades como Boston e estados como Connecticut, Maine, New Hampshire, Rhode Island e Vermont.


    Chicago, cidade em que as bancas cobriram a nudez de Brüno, não fica nessa região. Capital de Illinois, estado quase central dos EUA, no entanto, a cidade, assim como outras regiões do país, notadamente os estados do centro e do nordeste do território norte-americano, é, tipicamente, baseada na cultura anglo-saxã, da qual é descendente.


    E daí porque o puritanismo assola o solo norte-americano. Com exceção talvez de Nova York e uma ou outra cidade com visão cosmopolita, as cidades norte-americanas guardam, na memória coletiva, a rígida e conservadora moral puritanista anglo-saxônica que, por ora, recai sobre a nudez de Brüno.


    Quando o ator Sacha Cohen incorpora o personagem Brüno, busca, antes de tudo, transgredir (como o fez com 'Borat') e justamente incitar a sociedade que, puritana e capitalista, se debate entre as brumas da devassidão pelas quais anseia e rejeita, simultaneamente. Tal qual os nada cândidos ingleses que enrustem comportamentos nada ortodoxos quando se trata de travar as batalhas de alcova, como o fazia o sensual rei Henrique VIII, porém, sem reservas.

    terça-feira, 16 de junho de 2009

    Uma imagem vale mais do que mil palavras?

    As palavras, por vezes, faltam para comunicar tudo ao mesmo tempo. E ninguém tem tempo. E, para ser atemporal, a imagem tem que marcar. Na cabeça e no coração. Porque, para mim, uma imagem vale, sim, mais do que mil palavras. A seguir, uma série de anúncios publicitários que encerram em si mesmos os significados. Sem mais palavras, vamos às imagens:
























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    Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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