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sábado, 27 de novembro de 2010

Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós

Uma moradora, singelamente, se aproximou da repórter e lhe entregou uma caixa de fósforos. Não quis se identificar e saiu rapidamente. A repórter abriu a caixa de fósforos e dentro havia uma carta de agradecimento aos oficiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro e da Marinha e passagens do samba-enredo do Carnaval de 1989 da escola de samba Imperatriz Leopoldinense (veja vídeo da música abaixo).





Esse é o trecho, entre tantos, que destaco da ocupação das favelas cariocas pela polícia e Forças Armadas, ou seja, pelo Estado. Porque foi o Estado que deixou isso acontecer e agora precisa agir como se fossemos uma representação de Israel e Palestina, com ocupações de territórios e intifadas.


As pessoas, como a moradora acima, comemoram, agradecem, rezam e acreditam que, agora, o Rio de Janeiro estará livre da pestilência do narcotráfico. Em ação cinematográfica que já dura dias, a ação policial e militar tem sido chamada de "Tropa de Elite 3", como se fosse a continuação do filme que alça a polícia carioca - e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) - a patamares inimagináveis. O filme, aliás, consagra o comandante do Bope como um verdadeiro herói.


E herói foi uma das palavras escritas pela moradora no bilhete da caixa de fósforos. Mas, por que heróis, se são apenas agentes desde sempre destinados a nos proteger? E por que o Estado deixou a situação da cidade mais linda do Brasil (e quiçá do mundo) chegar neste estado?


Não vejo como heróicos os avanços no Rio de Janeiro. A imagem mais significativa até agora foi a da debandada de bandidos da Vila Cruzeiro para o Complexo do Alemão (que reúne 15 favelas): tudo registrado pelas câmeras da TV (vídeo abaixo). Os bandidos, longe de se constrangerem, acenavam com as armas para mostrar o eventual poder de fogo que têm.





A explicação para o estado de abandono em que se converteram as favelas do Rio (e de São Paulo, do Recife, Salvador, Fortaleza, Manaus...) é uma só: aonde o Estado não exerce o papel de Estado, outros o farão. No Rio, além dos bandidos do narcotráfico, as pessoas ainda convivem com as milícias, que, na minha opinião, não diferem em grau algum dos bandidos. Pois que milícias não são um poder constituído. São ilegais e, portanto, estão à margem do Estado de direito, assim como estão os marginais.


Não, não celebro ao ver a transmissão em tempo real dessa peculiar Guerra do Golfo brasileira. Me entristeço. Porque estamos a celebrar como se fosse um salvo-conduto para um novo mundo. Obviamente, isso não ocorrerá porque a raiz continua podre. A superfície pode até parecer limpa. Mas, se o subterrâneo que alimenta a raiz não for eliminado, nada mudará. Será apenas o clamor desta operação. Porque o fundamento tem raízes profundas em toda a estrutura desta que se quer uma Nação, que se quer um ator global, com influência no mundo civilizado.


Trabalho ao lado de um outro complexo de favelas em São Paulo. São as favelas do Jaguaré - Rocinha, Moinho, Diogo Pires, Nova Jaguaré (considerada a maior de São Paulo) e outras que nem se sabe ao certo os nomes. É o Complexo do Jaguaré. Eventualmente, à tarde, ouve-se o pipocar de fogos na região das favelas. No Brasil, qualquer um de nós sabe que é o sinal para avisar que novos carregamentos de drogas chegaram. Isso acontece em qualquer lugar do País, inclusive na minha cidade natal que tem, ela própria, a rua do narcotráfico.


Não importa para onde se olhe, portanto, a capilaridade da violência é superior a qualquer outro sistema no Brasil. A violência - drogas, armas, roubos, assassinatos - tem densidade mais alta do que a água, a luz, o telefone, os esgotos. É o maior feito desse País: a inclusão social pela violência. É apenas nesse nível que, verdadeiramente, somos, classes A, B, C, D e E, todos iguais, enfim, sob as asas que se querem da liberdade, mas são, verdadeiramente, da violência.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Safer Internet Day

Hoje, 9 de fevereiro, comemora-se o Safer Internet Day (Dia da Internet Segura). Os links são os seguintes: internacional e Brasil, respectivamente. O evento é realizado desde 2007 e o Brasil é um dos países participantes. O tema deste ano é "Think B4 U post" (pense antes de postar) e tem como objetivo alertar o blogueiro e quaisquer outros usuários de ferramentas da internet - sites, redes sociais, serviços de mensagens instantâneas - para os perigos das informações que são divulgadas, muitas vezes, de forma totalmente aleatória na rede mundial. Qualquer um de nós que está conectado à internet pode ser vítima de criminosos virtuais (como os hackers) ou, pior, ser objeto de intimidação virtual (a prática conhecida como "cyberbullying", sobre a qual comentei neste post).



O UOL fez um apanhado sobre postagens feitas de forma impulsiva e que causaram constrangimento posteriormente. Como não sei se o conteúdo está aberto a não-assinantes, reproduzo alguns casos apontados pelo portal:


- Twitter: ficou famoso o post de Xuxa - "Vocês não merecem falar comigo nem com meu anjo" -, em referência à filha Sasha (ô nome carniceiro!) que havia postado no Twitter a palavra "sena" ao invés de "cena". Os seguidores de Xuxa apontaram o erro e foi o que bastou para que Xuxa brigasse pelo Twitter e cunhasse a frase anterior, em que não há candura alguma. Depois disso, Xuxa e Sasha abandonaram o Twitter. #Peninha!


- Facebook: são cada vez mais comuns as postagens feitas no Facebook que, lidas pelas pessoas que não deveriam lê-las, provocam todo tipo de reação: da demissão ao divórcio, as pessoas literalmente lavam a roupa suja em público virtual e mundial. Houve quem foi capturado pela polícia via Facebook e também a família que soube da morte do filho/irmão pela rede social.


- MySpace: embora não tenha força alguma no Brasil e, inclusive, tenha abandonado quaisquer investimentos no País, nos EUA o MySpace continua forte. O caso mais polêmico que envolveu o MySpace foi o suicídio de uma garota de 13 anos, vitimada pela prática de cyberbullying.


- YouTube: na rede social de troca de arquivos de vídeo mais poderosa do mundo, uma mulher, também dos EUA, usou o serviço para atacar o marido após o divórcio. Nos vídeos postados no YouTube, a mulher deu sua própria versão sobre os fatos do casal. Claro que o juiz deu ganho de causa para o ex-marido. Ninguém merece ser devassado(a) em rede mundial.


De resto, os blogs são alvo fácil. Muitos comentaristas, por exemplo, escondem-se atrás do anonimato para xingar, deixar recados comerciais ou simplesmente se manifestar sem a menor consciência crítica, como já aconteceu com o meu próprio blog. Os blogs, que começaram, na essência, como diários pessoais, mantêm, muitos, essa abordagem pessoal. Muitas vezes, falamos (eu inclusive) de fatos íntimos que podem ser usados por pessoas de má fé.


Se você não é grande conhecedor(a) de maneiras de rastrear eventuais usuários(as) que te incomodam, como pela identificação do número IP (Internet Protocol), você pode, no mínimo, se precaver de outras formas ao navegar pela internet: 


- Troque regularmente suas senhas
- Somente abra anexos de e-mails e programas sobre os quais conheça o conteúdo
- Evite acessar sites de conteúdo obscuro
- Atualize seu antivírus sempre
- Mantenha um firewall atualizado no seu computador


E feliz Safer Internet Day para você, hoje, amanhã e sempre!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O que Sugar Baby Love encontrou através da vida

Trata-se, claro, de uma campanha de publicidade. Mas é tão divertida e, simultaneamente, dramática que, garanto, muitos se identificarão com o personagem. A campanha, de prevenção à AIDS (ou SIDA), é francesa e foi vencedora do Leão de Prata do Festival de Cannes 2006 na categoria saúde pública.


A despeito do tema (prevenção e saúde), no entanto, eu chamo a atenção para as idas e vindas na vida do personagem que, se não fossem dramáticas, até poderiam ser cômicas.


Ou, dito de outra forma, se não fosse realidade, poderia ser risível. O fato é que, ainda que seja apenas uma representação em desenho animado, o vídeo é realista o bastante. Exceto o final com o qual discordo totalmente. Por que? Oras, então tá que a vida real é tão virtuosa assim!!! Vi o vídeo no informativo e divertido blog Cinema, Homens e Pipoca. Vale a pena assistir!



terça-feira, 18 de agosto de 2009

Muito prazer: faça sexo, mas não contraia DST

De vez em quando, dou a mão à palmatória: o governo consegue tomar algumas iniciativas que unem discernimento, tecnologia e sensibilidade. O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira, 18, a campanha "Muito prazer, sexo sem DST", com o objetivo de levar às pessoas mais informações sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST).


Com a campanha, o ministério colocou no ar um site de cartões virtuais que permite ao usuário enviar avisos a parceiros sexuais, anonimamente, sobre a possibilidade de ser portador de DST.


A pessoa que tem DST pode enviar o postal e o destinatário, se for responsável, fará, ele mesmo, um exame para constatar o contágio por DST. Segundo o ministério, as pessoas têm dificuldade de contar aos parceiros que têm DST e o fato de poder fazê-lo virtualmente deve facilitar essa comunicação. Mas, claro que o anonimato funciona muito bem se os dois (infectado e parceiro) tiverem várias relações sexuais. Não é o caso quando se trata de uma relação (mais ou menos) estável. Ou seja, em caso de traição entre um casal, equivale a uma confissão da traição, ainda que seja por meio de um aviso anônimo virtual.


Pesquisa do ministério revela que 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de DSTs como sífilis, HPV (papiloma), gonorreia e herpes genital. São, ao todo, 6,6 milhões de homens e 3,7 milhões de mulheres. Desses, 18% dos homens não procuraram tratamento e 11,4% das mulheres também não o fizeram. Essas DSTs, quando não tratadas, podem causar complicações e aumentar em 18 vezes o risco de infecção pelo vírus HIV (AIDS).

Abaixo, um vídeo bastante elucidativo sobre a transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus da AIDS e de outras DSTs:

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Como evitar as cumulus limbus que derrubam aviões

Cumulus limbus (CB) são as nuvens com tempestades dentro, capazes de derrubar aviões. Essa é uma das hipóteses levantadas para a queda do voo AF 447, da Air France, que, ao tudo indica, causou a morte das 228 pessoas que estavam a bordo (há notícias esparsas a respeito de sobreviventes resgatados por navios). Mas é apenas uma das hipóteses, em meio a um verdadeiro tornado de informações dissonantes que somente poderá ser contido se e quando for encontrada a caixa preta (que é laranja).

E ácidas, a propósito, são as atitudes dos envolvidos em acidentes como esse: muita desinformação e um longo calvário para os familiares dali em diante. Basta reler o histórico do voo JJ 3054 da TAM que caiu em Congonhas em julho de 2007 e matou 189 pessoas e até hoje carece de um fechamento que, se não arrefece a perda, ao menos conforta e encerra o pavoroso ciclo que se segue a uma tragédia dessas proporções.


Para responder ao questionamento que dá nome a este post, vou transcrever uma série de informações publicadas pelo G1 com as estatísticas sobre a queda de aviões. Em tempo: as cumulus limbus podem ser evitadas e há instrumentos, como os radares meteorológicos, que servem justamente para isso. Teoricamente, um avião entra numa CB somente quando tem certeza da sua intensidade, ou seja, o piloto, amparado pelos mais sofisticados equipamentos de ar e de solo, tem meios para saber se a aeronave suporta ou não a turbulência da CB.

Na prática, acidentes decorrem de uma sucessão de eventos: erro humano, condições adversas do tempo, falhas elétricas e mecânicas e até interferências externas, como a colisão de um pássaro com as turbinas de um avião. O mesmo ocorre com um acidente de carro: há vários eventos que levam à tragédia. O erro nunca é apenas um, solitário. Esse é o princípio defendido pela teoria do caos.

Conforme o levantamento do G1, até agora, foram 47 acidentes com aviões apenas neste ano, com 569 vítimas fatais, segundo o escritório de Registros de Acidentes Aéreos (ACRO, na sigla em inglês). De 1918 para cá (91 anos), foram 17.369 acidentes na aviação mundial, com 121.870 pessoas mortas e 93.624 feridas.


As falhas foram causadas por:

- Erro humano: 65,57%
- Falha técnica: 20,72%
- Mau tempo:     5,95%
- Sabotagem:     3,25%
- Outros:           2,51%

Ao contrário do que se imagina, a maior parte dos acidentes (50,39%) ocorreu durante os procedimentos de aterrisagem (pouso), e não no ar. Disso eu já havia ouvido falar há tempos. Os acidentes no ar, em voo, são 27,73% do total e, em terceiro lugar, aparecem os acidentes na hora da decolagem, com 20,96% do total.


Historicamente, os acidentes acontecem próximos dos pontos de partida ou de chegada: 53,89% dos problemas ocorreram a menos de 10 Km do aeroporto de destino ou de chegada. A queda de aviões no mar aconteceu com 9,51% dos aviões. Antes, vêm as quedas em planícies (15,96%) e em montanhas (10,44%).

Numa análise superficial desses lados, eu, leigo em aviação, apenas eventual passageiro, creio que as cumulus limbus estão longe de ser uma ameaça aterradora quando se trata de tomar um avião. De fato, as cumulus limbus que derrubam aviões são bastante humanas. Algum tipo de tempestade ocorre com as pessoas das quais espera-se, basicamente, que estejam técnica e psicologicamente preparadas, por exemplo, para conduzir um avião em segurança. Mas, por algum processo interno, um primeiro comando equivocado acontece, uma reação irrefletida, um ato menor e pronto! Desencadeia-se a sucessão de eventos sobre a qual comentei acima.


Para evitar, pois, as cumulus limbus, não há o que se fazer a não ser torcer para que tudo dê certo. Porque, quando você está num avião e pega uma turbulência, você se sente o mais desamparado dos seres humanos. Não há chão, não há nada que garanta o próximo segundo. Eu já peguei uma tempestade na chegada a Congonhas, em São Paulo, e foi a pior turbulência pela qual passei até hoje. A passageira que estava ao meu lado agarrou a minha mão e me olhou aterrorizada. Quer dizer, entreolhamo-nos, aterrorizados, ambos. Víamos os reflexos das luzes dos relâmpagos pela janela e foi um tanto quanto pavoroso. Quando pousamos em segurança, simplesmente sorrimos um para o outro, cúmplices do nosso medo e aliviados pelo término daqueles segundos que foram longos.

Quando acontece um acidente dessas dimensões, como o da Air France e o da TAM, a parte mais dolorosa é ler sobre as vítimas. As tragédias dessas dimensões nos chocam mais do que a morte de um estranho ou mesmo um conhecido porque, atrás de cada passageiro, desdobram-se as mais diferentes vidas: uma pessoa que tem medo de avião e teve que viajar, outra que deixou de ir a semana passada e embarcou agora, mais um que antecipou a volta, um terceiro que esperou uma vida inteira para fazer a tão sonhada viagem e daí por diante. Choca sim. É como se o avião comportasse pequenos instantâneos de cada um de nós, e nos vemos na mesma situação, identificados com a tragédia global que, de repente, se torna a tragédia de nossas vidas também.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A bilionária galeria de arte da Interpol

Por um lance de pura sorte, as telas roubadas no domingo passado, dia 10 - "Figura em Azul" (Tarsila do Amaral, 1923), "Retrato de Maria" e "Cangaceiro" (Cândido Portinari, 1934 e 1956, respectivamente) e "Crucificação de Jesus" (Orlando Teruz), foram encontradas. Os quatro quadros estão avaliados em R$ 3 milhões e são de propriedade da família Maksoud.


As telas não foram recuperadas pela polícia, e sim deixadas próximas da estação de metrô Barra Funda, provavelmente pelos próprios assaltantes que, ante a repercussão do assalto, ficaram com medo de ser identificados na eventual tentativa de colocar as telas à venda no mercado de arte. Claro que, até o momento, não há a menor pista de quem arquitetou e executou o assalto.


Entre o assalto e a devolução, foram apenas três dias e, portanto, nem houve tempo hábil para que a Interpol (Polícia Internacional) colocasse as telas na imensa galeria de que dispõe no site para identificar obras de arte roubadas no mundo todo. Quando a Interpol é acionada, portos e aeroportos são imediatamente avisados e ficam de prontidão para interceptar a remessa de obras como essas para o exterior.


"Mona Lisa", um dos quadros mais famosos e conhecidos pela humanidade, por exemplo, já foi roubado. O fato aconteceu em 1911, e foi praticado por um ex-funcionário do Museu do Louvre, de Paris. Calcula-se que 80% dos roubos de arte jamais são resolvidos.


O site da Interpol registra mais de 30 mil roubos de todos os tipos de arte, de pinturas famosas a esculturas, manuscritos, utensílios antigos e tem uma seção especial de obras roubadas do Afeganistão e do Iraque (como manuscritos cuneiformes, considerados, juntamente com os hieróglifos, uma das escritas mais antigas da humanidade, criada pelos sumérios em 3,5 mil a.C.).


Estima-se que os valores envolvidos com as obras roubadas anualmente girem em torno de 4 bilhões de euros (mais de R$ 11 bilhões) em todo o mundo. É o terceiro mercado mundial de atividades ilegais. O primeiro é o tráfico de drogas e o segundo, o tráfico de armas.


O artista mais popular entre os ladrões de obras de arte é o espanhol Pablo Picasso. Quase 700 obras de Picasso foram roubadas e cerca de apenas 20% foram recuperadas. Miró, espanhol da Catalunha, é o segundo mais roubado. Depois, o francês Marc Chagall. E, por fim, um outro espanhol se destaca na top 5 dos ladrões: Salvador Dali. As informações são do site da editora Artes.


O roubo de obras de arte e consequente pedido de resgate chama-se 'artnapping'  (art + kidnapping, ou seja, sequestro de arte). Esse conceito teria sido iniciado quando o Museu do Louvre acenou com a recompensa de 25 mil francos para quem desse pistas sobre a "Mona Lisa", roubada em 21 de agosto de 1911.


Quase 100 anos depois, o mercado de roubo de arte encontra-se em plena ascensão e opera nos mais variados países como Suíça, Bélgica, Brasil e sob as mais diversas formas, independentemente dos muros de segurança construídos por museus e residências mundo afora. As obras que estampam este post estão disponíveis para o acesso de qualquer usuário no site da Interpol, no caso de pistas ou para reconhecimento. Em geral, quando roubadas, as obras têm destino certo: vão para a mão de colecionadores particulares que dificilmente as farão circular em exposições, museus ou qualquer outro lugar que atraia a atenção do olhar público.


O mundo do crime especializado no roubo de arte tem, do outro lado, comprador certo para o fruto dos saques. E isso ocorre desde os primórdios, como os saqueadores das pirâmides egípcias ou de importantes obras da Mesopotâmia, berço da humanidade, que, em nossa era contemporânea, é a área ocupada pelo Iraque.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Sexo excepcional

Casais que transam na lua, na caverna ou no fundo do mar. É o que eu chamaria de sexo em condições adversas. Na lua, porque não há gravidade e deve ser, no mínimo, difícil tentar fazer algumas posições do Kama Sutra. Na caverna, vá lá! Tudo bem que, com os morcegos, as pessoas podem sair com chupões a mais no pescoço ou levar uma estalactite na testa. E, no fundo do mar, por uma deficiência do ser humano, nós não temos os brônquios equivalentes aos dos peixes, o que sugere que, para se fazer sexo lá embaixo, há de se usar escafandros. Deve ficar tudo muito pesado.


Por enquanto, não passa tudo de ficção. Os três lugares insólitos - lua, caverna e fundo do mar - são temas dos outdoors da Secretaria Federal de Saúde e da organização Aids-Hilfe da Suíça, cuja campanha sobre o uso de camisinha é sempre polêmica.


A atual campanha suíça é considerada obscena e melindrosa. Mas, a Suíça já está acostumada. A campanha pública anti-Aids existe no país desde 1985. Em 2006, por exemplo, mostrou atletas de esgrima e jogadores de hóquei no gelo totalmente nus. Os outdoors e cartazes espalhados pelo país na semana passada focam o "sexo em situações excepcionais". As cenas de sexo anal são entre dois astronautas na lua, a cópula de um Tarzan, de um "pesquisador" de cavernas e de um mergulhador com suas respectivas parceiras. Segundo a Secretaria Federal de Saúde e a Aids-Hilfe, a função da mensagem é advertir as pessoas de que as regras do sexo seguro devem ser seguidas também nas férias, em viagens de negócios ou em festas.


Agora, a campanha é original ou obscena? Se for para atrair o interesse sobre o assunto, ainda que por outras vias (no caso, outros lugares), acho que tudo bem. Tem muita coisa pior por aí feita pelos publicitários.


Estima-se que na Suíça vivam atualmente 25 mil portadores do vírus da Aids. O risco de contrair a doença no país é considerado maior entre homens que mantêm relações homossexuais, entre pessoas oriundas da região do Subsaara e entre drogados que injetam drogas. Num estudo recente do Hospital Estadual de St-Gallen, 12% dos pacientes entrevistados disseram que foram infectados em férias ou viagens de negócios no exterior. Pessoas com boa informação sobre proteção deixaram de usar preservativos em determinadas situações, como por exemplo, quando estavam sob efeito de drogas ou álcool ou excessivamente apaixonadas (quer dizer, isso aqui é uma redundância, porque a paixão já é excessiva).


A campanha, que se chama "Love life, stop Aids", tenta - e consegue - atrair a atenção das pessoas para a importância de pensar no sexo seguro já antes de ir a uma festa ou começar uma viagem de férias ou de negócios. Não sei se você concorda comigo, mas, quando viajamos, tendemos a ficar soltinhos soltinhos. Cuidado, hein!

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Scotland Yard é condenada pela morte de Jean Charles

A Scotland Yard, polícia metropolitana de Londres, foi considerada culpada nesta quinta-feira, 1, por colocar a segurança do público em risco no episódio que resultou na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, em 2005. O eletricista foi morto a tiros pela polícia em 22 de julho de 2005, ao entrar em um vagão de metrô na estação de Stockwell, no sul de Londres, depois de ser confundido com um homem-bomba. A comandante da polícia que estava a cargo da operação, Cressida Dick, foi isenta de qualquer responsabilidade individual. A promotoria britânica identificou 19 falhas na operação policial nas horas anteriores à morte de Jean Charles. A polícia foi condenada a pagar uma multa de 175 mil libras (cerca de R$ 634 mil) e mais 385 mil libras (cerca de R$ 1,394 milhão) pelos custos do processo. A Scotland Yard poderá recorrer da sentença. Leia mais sobre o assunto no Estadão. É um primeiro passo, não é, depois de tantas mentiras e manipulações? De "new", a Scotland só tem o nome. A postura, como ocorre em outras polícias mundiais, continua a mesma, cheia de camuflagens e obscuridade.

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