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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Folhinha

Antigamente, chama-se folhinha ao calendário que invariavelmente ficava pregado na porta da cozinha ou num móvel. Alguns o colocavam na porta do banheiro para, não sei bem porque, talvez lembrar-se de datas enquanto satisfazia as necessidades básicas que costumam se satisfazer no banheiro. Ou, ainda, durante a secagem pós-banho, olhar a folhinha e ver que banho após banho, as células enrugavam-se tal qual se aproximava o fim ou começo de mais um ano.


As folhinhas são mais raras e todo mundo tem um calendário no celular ou no talão de cheques. Raros são os que consultam os calendários de papel. A folhinha, como muitas outras coisas, está em extinção.


Talvez por isso, a empresa italiana Pirelli, que publica o famoso Calendário Pirelli, tenha mudado a folhinha de modelos nuas que estampavam, notadamente, as oficinas mecânicas e os bastidores dos postos de gasolina, e passou a dar tratamento de arte a um objeto que, por si mesmo, perdeu a função original. O calendário da Pirelli começou a ser produzido em 1964. Mas, somente a partir de 1985 é que começou a colocar top models nos meses. Depois disso, tornou-se cult. E, depois ainda, as mulheres passaram a dividir as páginas mensais com os homens.


Para a edição de 2011, que urge aí na porta, a Pirelli fez festa de estreia em Moscou. A 38ª. edição da folhinha mais luxuosa do mundo, "The Cal", como é chamado pela empresa, foi assinada pelo estilista Karl Lagerfeld. No estúdio que mantém em Paris, Lagerfeld criou o calendário "Mithology". São 36 imagens que retratam 24 temas de divindades, heróis e mitos. São 21 protagonistas (15 mulheres e 5 homens), entre os quais a atriz Julianne Moore e a modelo brasileira Isabeli Fontana. Abaixo, 12 imagens  da edição 2011.














quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Picture



segunda-feira, 19 de julho de 2010

Capoeira em bolas

A capoeira é, sobretudo, uma expressão cultural de escravos africanos do Brasil. O movimento mistura dança, música, luta e cultura popular. Portanto, nada mais correto do que expressar essa liberdade de movimentos sem nada que segure o corpo. É só uma manifestação de liberdade da minha parte, nada mais! O vídeo mostra a prática de uma capoeira bem mais libertária.





segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mise en place ou mise en scène?

Mise en place é, em gastronomia, a etapa na qual se separam os utensílios e ingredientes que se usarão para preparar uma produção (ou prato). Os ingredientes são descascados, cortados e reservados para o uso futuro da produção. Mise en scène é, no teatro, a expressão que descreve os aspectos de desenho de uma produção.


Em comum, os dois conceitos, além de virem do francês, têm o mesmo objetivo final: a produção (de um prato, no caso do primeiro, e de uma peça, no caso do segundo). No backstage (ou bastidor), no entanto, tanto a produção do prato quanto da peça ocultam a parte, digamos, sem glamour da cozinha e do teatro. A cozinha é um lugar quente, com cheiros fortes, pessoas irritadiças, nervosas e ansiosas ao extremo porque lidam com o tempo. No teatro, as coxias são quase que valas de guerra por onde transitam outros tantos de pessoas nervosas, ansiosas e nada amistosas entre si.




Ao final, prato e peça estrearão e chegarão ao consumidor em dois diferentes patamares mas que, ainda no âmbito do denominador comum que os une, em plataformas quase equivalentes: na mesa e no palco. Esses dois tablados, na verdade, servem ao mesmo interesse: no caso da mesa, de apresentação do prato-assinatura-grife do chef da casa. No teatro, o palco sustentará a representação do autor, do diretor, dos camareiros, dos carpinteiros, eletricistas, serventes e todos aqueles que estão envolvidos para que apenas o ator ou a atriz brilhe. Ao final, ambos são, de alguma forma, egoístas e tiram a glória das mãos que os prepararam para o ato final. Ou seja, a mise en place ou mise en scène são apenas e tão-somente os cavaletes que sustentam a estrela final.


Estive a pensar sobre isso ao retornar agora há pouco de um evento que misturou palco e mesa. O mais prestigiado e badalado chef brasileiro, cujo restaurante D.O.M. recebeu, recentemente, a 18ª. classificação na lista da revista britânica "Restaurant", entre os 50 melhores do mundo, sucumbiu à produção (de novo, essa palavra) industrial da alimentação. A não menos conhecida marca Knorr, de caldos industrializados, que pertence à multinacional Unilever, conseguiu convencer Atala e mais uns dez chefs mundiais a autenticarem como legítimo um novo caldo lançado pela empresa.


Assisti ao lançamento do novo caldo (que recebeu o selo Minha Escolha) e, depois, uma pequena demonstração de Atala ao fogão (sobre o qual reclamou pelo fato de ter quatro bocas e ser muito doméstico). Atala bem que tentou nos convencer, aos presentes, mas a mim é que não me convenceu de que o novo caldo industrial é o mesmo que o caldo feito artesanalmente.


Fez um rápido caldo demi glace com os restos da asa de frango assada e adicionou um monte de ervas aromáticas (alecrim, tomilho e ervas amazônicas típicas) ao caldo e, por fim, colocou apenas uma pontinha de colher do novo caldo da Knorr nesse demi glace. Ao servir a asinha de frango acompanhada de ratatouille, se esqueceu (e foi, salvo engano, um ato falho, posto que era assistido por quase duas dúzias de pessoas atentas) de finalizar o prato com o caldo.




Claro que imediatamente lhe alertaram para o fato. Mas era tarde (time goes bye diria Madonna). O que ficou, na minha nem sempre generosa percepção, é que o chef-ator se rendeu mas meio envergonhado. Tornou-se garoto-propaganda de um caldo cujo processo industrial jamais lhe passará pelas portas do seu D.O.M. Não lhe perguntei isso mas ele tomou cuidado de separar o chef da pessoa Alex Atala. O caldo ficou restrito ao ambiente doméstico, assim ele nos disse, de alguma forma. No seu restaurante, ao que me consta, esse caldo não entra. De qualquer forma, Atala se rendeu à indústria e emprestará sua fama e face para o secular caldo inventado em 1838.


Não o critico, em absoluto, por querer auferir benefícios com a fama e nome que têm. É de seu direito e tenho visto com frequência chefs renomados (como Ferran Adrià) se valerem do mesmo princípio e lançarem azeites industriais com suas grifes. É que me ficou uma sensação de comida-espetáculo-indústria de massa que, no meu paladar, não me deixou um gosto muito bom. Sei lá, vai ver as pupilas gustativas tivessem sido afetadas pelo whisky 12 anos que eu tomei. Nesse sim eu aponho o selo de Minha Escolha.




Ao voltar para casa, sucedeu que folheei o jornal do dia, com atraso de umas 12 horas, e dei de cara (dei de olhos, talvez) com um artigo que se me encerra muito bem a noite e do qual reproduzo parte (originalmente, publicado pelo "New York Times" e reproduzido, no Brasil, pela Folha de S.Paulo):


"A comida não tem mais a ver apenas com sustento; é uma arte, um estilo de vida, uma oportunidade. E hoje é acompanhada de alta expectativa.


Os chefs, não mais atrás das portas fechadas da cozinha, são os curadores e artífices do espetáculo, e muitos deles têm mais do que apenas comida em seus pratos.


Os chefs estão capitalizando a teatralidade da experiência gastronômica. Grant Achatz, do Alinea, em Chicago, trata o Next, seu novo restaurante, como um teatro e venderá ingressos para a inauguração no próximo semestre. Os comensais pagarão adiantado em seu site, e os ingressos vão de US$ 45 a US$ 75 para uma refeição de cinco ou seis pratos.


'Você pode entrar, sentar-se, iniciar sua experiência e, quando terminar, apenas levantar-se e sair', disse Achatz." Ué! É teatro ou não?

quarta-feira, 17 de março de 2010

E o mundo fica verde

Fica verde por conta de um símbolo, e não porque, de repente, todo mundo resolveu sair e plantar árvores. E porque hoje não é sexta-feira, e sim quarta-feira, dia 17, também hoje é, sim, dia de celebrar. Claro que, no Brasil, vamos no arrastão porque onde há festa, há brasileiro no meio. E pode até ter a ver, já que o verde domina a bandeira nacional.




Hoje é o St. Patrick's Day (Dia de São Patrício), santo padroeiro da Irlanda e, consequentemente, feriado nacional irlandês. E o que temos a ver com isso? Temos a ver que o que era uma festa religiosa transformou-se numa das mais pagãs celebrações. O Saint Patrick's Day tornou-se o maior motivo para tomar cerveja. Na Irlanda, claro. E nos EUA, no Brasil, Argentina, Canadá e até mesmo no Extremo Oriente, na Coreia do Sul, todo mundo se reúne em bares (preferencialmente, pubs irlandeses) para comemorar a data. São Paulo, por exemplo, tem um excelente pub irlandês, onde é possível degustar a Guinness (somente no dia de hoje, em todo o mundo, estima-se que sejam consumidos mais de 7 milhões de litros da tradicional cerveja irlandesa): é o All Black Irish Pub. Eu já fui, justamente no Dia de São Patrício e avalizo.


Para comemorar o dia do santo que passou a ser da cerveja, o portal R7 postou alguns personagens de desenhos animados que adoram ser vistos na companhia de um bom copo (ou tulipa) de cerveja.




Em outro extremo, foi aberta uma mostra em Madri, "Cerveja e Arte", com pinturas, esculturas, colagens, fotografias e arte digital que têm a cerveja como inspiração. Há de tudo para celebrar essa "loura gelada" da qual a mais polêmica no Brasil ultimamente é uma devassa vendida pela Paris Hilton.




De minha parte, quero dizer que a cerveja e eu nos damos muito bem, sempre nos falamos e mantemos uma relação afetiva de dois amantes fogosos. Ora caímos juntos, ora caímos de novo, separados que somos pela minha falta de coordenação motora nesses momentos. O importante é que essa loura gelada não despreza. Ai que sede!

quinta-feira, 4 de março de 2010

O soldado e a bailarina

É universal o conto de Hans Chirstian Andersen, "O Soldadinho de Chumbo", segundo o qual o valente soldado de uma perna só apaixona-se pela bailarina da caixinha de música. Mas o universal sempre pode ser particular. E, se em Andersen, trata-se de ficção entre dois bonecos, a realidade sempre é mais audaciosa do que sonha a vã imaginação.




Era uma vez um menininho que nasceu em Shenyang, região Nordeste da China, em 1967, época em que o regime chinês estava longe da China mundial de hoje. A China era governada por Mao-Tse Tung e o menininho foi convocado pelo governo, aos 9 anos, para dançar no Exército de Libertação Popular. Antes, fizera greve de fome até que os pais lhe permitiram que participasse da escola de balé. Aos 17 anos, ganhou um prêmio de melhor dançarino nacional. 




Aos 19 anos, o menininho não era mais um soldadinho. Quer dizer, ainda era um soldadinho mas de alta patente: era coronel do maior exército do mundo. Aos 20 anos, tornou-se o primeiro bailarino chinês a ganhar uma bolsa para New York, onde estudou por quatro anos. Aos 24 anos, ganhou o prêmio de melhor coréografo do American Dance Festival e realizou um dos seus sonhos: foi ensinar dança em Roma. Em 1993, quando tinha 26 anos, voltou à China para ensinar dança moderna. E, por fim, derreteu o chumbo de uma vez por todas quando, em 1994, aos 27 anos, pediu baixa do posto de coronel que ocupava no Exército Popular de Libertação da China.




Mas a grande revolução viria no ano seguinte, quando tinha, portanto, 28 anos: o menininho, nascido Jin Xing, tornou-se uma mulher. Fez uma cirurgia oficial para mudar de sexo. No ano seguinte, estreou o primeiro trabalho na condição de transexual e foi aclamado. Era 1996, quando estabeleceu a Beijing Modern Dance Ensemble, primeiro grupo de dança moderna de Pequim (ou Beijing). Três anos depois, fundou a Shangai Jin Xing Dance Theatre, em Shangai.




De Jin Xing pode se falar muita coisa exceto que é convencional: em 2000, aprovou o filho, Dudu, na companhia. Em 2002, fez um filme coreano. Em 2005, casou-se com o alemão Gerd-Oidtmann. E, em 2006, criou o Shangai Dance Festival. Agora, aos 42 anos, Jin Xing apresenta-se com a Jin Xing Dance Theatre.




Jin Xing é, nos nossos dias, considerada (e agora passo a tratá-lo pelo sexo feminino) a maior coreógrafa e bailarina moderna da China. À mudança de sexo não sucedeu a troca de nome: em mandarim, Jin Xing significa "Estrela Dourada", o que é bastante apropriado para Jin, cujo jugo do sexo não o deteve. Jin é casada e mãe de três filhos adotivos e, este ano, celebra uma década de sua companhia. Neste ano, o grupo de Jin Xing apresentou-se pela primeira vez no Teatro Nacional de Pequim, um dos símbolos mais ostensivos do Partido Comunista.




Nem Andersen, tão criativo nos contos universais, imaginaria um universo particular assim desse tamanho. A história escrita pela "Estrela Dourada" vai muito além de um conto e, embora eu não creia no bordão "foram felizes para sempre", tenho certeza de que Jin Xing tem sido feliz de sair da condição de soldadinho para se inscrever na história chinesa e mundial como a primeira bailarina transexual. Por estes dias, até o dia 7, a companhia apresenta "Shangai Beauty", em Melbourne, Austrália. É ou não uma beleza essa dama de Shangai?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Gallery

O quadro tem dimensões pequenas - 39 x 29 cm - mas a dimensão humana retratada é grandiosa: o objetivo do pintor Pietro Perugino era articular, com a obra, um ideal de dignitas humanística. Dignitas, em latim, significa "valor pessoal, mérito, virtude, consideração, estima, honra". Na tela, estão retratados Apolo e Mársias (Apollo and Marsyas). A obra é duplamente mitológica, a despeito da leitura humana que se possa fazer: Apolo é o deus olímpico e Mársias é um sátiro. Mas ambos foram tornados humanos por Perugino que pretendia, assim, passar a ideia da dignitas.





Tradicionalmente, acredita-se que o quadro represente o confronto entre Apolo e Mársias. No entanto, a placidez e serenidade idílicas desmentem essa interpretação. "Apolo e Mársias" foi feito sob encomenda dos Médici.


Perugino, nascido Pietro di Cristoforo Vanucci (1450-1523), tornou-se Pietro Perugino porque nasceu em Città della Pieve, na Perugia, Itália. Foi um dos mais importantes pintores da Alta Renascença. Teve como mestres Benedetto Bonfigli, Fiorenzo di Lorenzo e Niccolò da Foligno. Trabalhou também com Leonardo da Vinci e foi um dos primeiros artistas a dominar a técnica da pintura a óleo.


Em 1480, foi a Roma trabalhar nos afrescos da Capela Sistina. Infelizmente, o trabalho feito por Perugino na Capela Sistina foi destruído para dar lugar ao "Julgamento Final" de Michelangelo. Os dois, inclusive, tiveram profundas divergências ao trabalharem sob o mesmo teto. Embora não confirmado oficialmente, Rafael teria sido seu aprendiz. Por fim, Perugino foi bastante desacreditado e dele se dizia que suas obras eram executadas pelos aprendizes.


O quadro "Apollo and Marsyas" faz parte do acervo do Museu de Louvre, em Paris, e consta, no catálogo, desde 1883, como uma obra de Rafael, e não do próprio Perugino. Por vaidade da curadoria do museu ou porque Perugino se apropriava, de fato, das obras feitas pelos aprendizes. São histórias da pintura - e da arte, em geral - que nunca serão definitivamente elucidadas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nude do dia

Por que os geeks (pessoas obcecadas por tecnologia e afins como games, redes sociais e novidades da internet) são associados a uma determinada atitude conservadora? Talvez essa concepção se explique pelo que essas pessoas, teoricamente, têm de aversão ao ambiente social já que, também na teoria, esses indivíduos passam a maior parte do tempo isolados e entretidos apenas com a realidade virtual.



Tanto isso não é verdade que um escritor geek (!) reuniu jovens que se entendem em linguagem de bits para posarem nus para o calendário beneficente (mais um) "Nude London Tech", cuja renda se destina ao programa "Take Heart India", que oferece capacitação de informática para portadores de deficiência daquele país.














O resultado foram 24 fotografias com alguns geeks que vivem em Londres numa total interação com notebooks e cabos de computador, como você pode ver nas fotos aqui postadas. No vídeo, o making of do calendário. O objetivo, além de arrecadar fundos, é acabar com a ideia de que os geeks são desinteressantes. De minha parte, nunca achei isso, deixo claro desde já. Basta tirar os óculos (se a pessoa os tiver) e, ai, nem sei... O calendário está à venda no site acima citado por cerca de R$ 30.




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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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