Jornalista
Hoje, 7 de abril, é Dia do Jornalista. Portanto, caro bleader, faça o favor, me cumprimente porque o jornalismo me consome feito o fogo do inferno. Sou jornalista formado pela Cásper Libero e, na prática, trabalho com jornalismo desde 1993, quando ainda fazia o jornal corporativo do banco para o qual eu trabalhava. Aproveito para fazer o inverso e cumprimentar os meus amigos e colegas jornalistas, que os há mais do que formigas.
Eu, que no início da profissão já andei na boléia de caminhões na rodovia Régis Bittencourt na busca da informação, atualmente sou um jornalista "mil e uma utilidades": escrevo sobre telefonia (móvel e fixa), tecnologia da informação, TV digital, azeite, construção civil, motoboys, gastronomia, internet e tudo o mais que me cair nas mãos. Não tenho preconceitos. Só nunca fiz nada na área de esportes (a preguiça física se estende à mental). Como aquelas da profissão mais antiga do mundo, à beira de estradas para ganhar o pão do dia, já pedi e ganhei carona de caminhoneiros. Porque, de putas, todos, jornalistas, temos um pouco (às vezes, mais). Com a devida deferência pelas "meninas".
A profissão é tão desgastante que encontrei, pelo menos, duas orações para nos proteger, nós, que, em grupo, somos marimbondos e até abelhas africanas. O nosso santo padroeiro é São Francisco de Sales. Oremos:
"Deus não deixe eu chegar atrasado à redação. Que eu possa, Senhor, cumprir minha pauta, conseguindo informações corretas e úteis, sem aparecer mais do que o entrevistado. Que eu consiga uma boa fotografia. Que a câmera filmadora não falhe e o motorista esteja disponível. Senhor, tomara que a internet não saia do ar e que o meu editor não esteja de mau-humor. Peço-lhe Senhor, muita paz e tranqüilidade durante a entrevista e discernimento para fazer a matéria justa e bem elaborada. Que o tempo seja suficiente para cumprir a outra pauta que me aguarda, logo em seguida, do outro lado da cidade. E que o meu trabalho contribua para diminuir a desigualdade social, e ajude a melhorar a qualidade de vida do planeta. Que eu entregue tudo a tempo e não sofra nenhuma agressão. Ou pior, seja alvo de uma bala perdida, virando notícia. Que a matéria seja simples sem ser simplista. Que não seja prolixa, e sim criativa. Que eu não cometa nenhum erro de português, Senhor, para não ser massacrado pelos colegas. Principalmente Senhor, que eu não caia no pescoção... que possa pagar minhas contas com esse salário e que nenhum jabá me seduza. E, finalmente, meu Deus, me ajude para que eu possa entregar tudo revisado e no prazo do dead line. Assim seja!"
Mais uma:
"São Francisco de Sales que estais no céu, protetor dos jornalistas e dos escritores, santificadas sejam nossas matérias, venham a nós todas as nossas fontes, seja feita a vontade do vosso editor, assim como na foto quanto no texto. A boa pauta nossa de cada dia nos dai hoje, perdoai nossos textos ruins e mal escritos, assim como nós perdoamos as pautas ruins que nos são passadas. Não nos deixeis cair na parcialidade, e livrai-nos da falta de criatividade para escrever. Amém!!"
Tanta oração assim se faz necessária porque, segundo a organização Reporters Sans Frontières, numa lista de 167 países, estamos na posição 66 na classificação mundial de liberdade de imprensa.
4 Comentários:
parabéns pelo seu dia. será que rezar adianta?
será que ainda dá tempo de deixar mes félicitations monsieur?
bjão
Já estou com todas as velas acesas para São Francisco de Sales, São Pancrácio e quem mais puder me ajudar a cumprir meus prazos.
Felicidades, amore.
Ceila, nem de joelhos sobre grãos de milho! Beijo!
marco*, ainda que não desse, ainda assim daria. Beijo!
Patty, same to you! Beijo!
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