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domingo, 30 de novembro de 2008

Catarina


Em visita ao blog do amigo Dus Infernus, li o post sobre a ajuda a Santa Catarina e nem tinha me dado conta que não toquei no assunto. Dessa forma, faço um copy&paste do Dus Infernus para ajudar o Estado que precisa de todo tipo de colaboração para se recuperar.

Li ainda hoje uma entrevista com o prefeito de Blumenau que disse que a cidade precisará ser reconstruída. Digo que, se o governo federal tem bilhões para investir em pré-sal, primeiro note que estamos pré-arcaicos em termos de infra-estrutura a ponto de ainda se deixar morrer gente por conta de chuva!!!


Nem a catástrofe do Katrina em New Orleans foi tão grave, nas devidas proporções, quanto os acontecimentos de Santa Catarina. Conheço Blumenau e só tenho a lamentar que a beleza da cidade está conspurcada. Não pela lama, que essa é uma consequência do desvario com a natureza. Mas, com a lama humana, que não tem barreiras que a segurem.

Abaixo, algumas dicas para quem quer contribuir de alguma forma para minimizar a tragédia do povo de Santa Catarina.


Os itens que podem ser enviados, preferencialmente, são:

- Água
- Leite em pó (lata)
- Alimentos não-perecíveis (latas ou pacotes de arroz, feijão etc.)
- Itens de higiene pessoal (fraldas, escovas, creme dental) e material de limpeza
- Roupas e sapatos
- Colchões e cobertores


As doações podem ser entregues nos seguintes postos de coletas em São Paulo:

- Bom Retiro - Rua Afonso Pena, 130 (Posto da Defesa Civil 24 Horas)
- Indianópolis - Avenida Moreira Guimarães, 699 (Posto da Cruz Vermelha 24 Horas)
- Jaguaré - Rua Marechal Mario Guedes, 301 (Fundo Social de Solidariedade - das 9 às 16 horas)
- Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (24 Horas) - qualquer posto


As doações em dinheiro podem ser feitas para a conta do Fundo Estadual da Defesa Civil, conforme os dados abaixo:

- Favorecido: Fundo Estadual da Defesa Civil
- CNPJ: 04.426.883/0001-57
- Banco: Banco do Brasil
- Agência: 3582-3
- Conta corrente: 80.000-7

ou

- Banco: Bradesco
- Agência: 0348-4
- Conta corrente: 160.000-1

Meu rugido dominical


Num pequeno percurso hoje, vi uma multidão de almas. Domingueiros que vão e vêm com sacolas, malas, crianças. Que perambulam de um ponto a outro da cidade. Movem-se.


Me pergunto quais são suas aflições, expectativas, cansaços. Todos têm faces de domingo. Pressupõe-se que, porque hoje é domingo, basta que se assente um sorriso à cara, escanhoada ou maquiada, e saia-se com a máscara, transfigurado para o carnaval semanal.

A multidão avança. Ora para o norte, ora para o sul. Esbarram-se. Aglutinam-se e dispersam-se. Centenas de almas a cruzar umas com as outras e donde se extrai uma coletividade, uma semelhança a despeito da diversidade.

Sempre que estou no meio das pessoas me interrogo para onde vão, o que pensam e o que desejam. Claro, vejo desejos pontuais: um olhar mais demorado de um passageiro que paira sobre a passageiro, ou de um homem para outro homem. De uma mulher que suspira, resignada, por outro que não o seu acompanhante. Vejo isso todos os dias.

Mas, em conjunto, o que querem as pessoas? Terão necessidades além das básicas? Vejo os meninos urbanos, em bandos de três ou quatro. Cabelos à moda punk. Óculos escuros, grandes correntes prateadas. Tênis reluzentes. O indefectível celular com o fio plugado ao ouvido.

As mulheres, em bandos maiores, equilibram o conjunto. Riem-se e misturam cores e modas, alheias às combinações possíveis e ridículas. Um esmalte azul, um grande relógio prateado e um óculos de grau que descombinam o figurino.

Ninguém teme o julgamento. É domingo. Famílias inteiras - duas, três crianças. A mãe sempre está com o mais novo no colo. O pai arrasta, ao invés de conduzir. Parecem estranhos, pais e mães. Ambos jovens, cada um pensa um mundo diferente. Vão ou vieram do almoço no caso dos sogros ou dos pais? Uma sacola pequena de bebê e outra, maior, quem sabe com as sobras do almoço, fecham o retrato.

Os velhos, na maior parte sozinhos, homens e mulheres, são os mais admiráveis. Saca-se facilmente que vão de visita. Que ninguém os visita e por isso vão por conta. Trôpegos, em frágil equilíbrio, querem a proximidade dos familiares. Ninguém foi lhes buscar. Que venham sozinhos!, devem exclamar, mau-humorados, os filhos e parentes.

A migração massiva continua e, de tempos em tempos, novas levas vão e vêm. Repetem-se os biótipos, com pouca ou nenhuma variação. Os namorados apaixonados sempre os há. Como os há os solitários, os bravos, os apressados.

Reencontros, despedidas, uns partem e outros chegam. A procissão segue, interminável. Uns com fardos mais pesados - bagagens, crianças, uma pequena aglomeração. Outros, mais leves, desenvoltos, desfilam com o traje de domingo.

Quanto mais eu as vejo, aos domingos, mais eu formo a convicção de que navegar é preciso. Não parar. Para que se questionar o objetivo, se mover-se é um objetivo em si mesmo? E, depois, para que observar tanto e persistir na observação para constatar o óbvio? Que circula-se porque o tempo urge. Que cairá sobre todos feito um manto paralisador! Que caminhe, então, a multidão, com ou sem um fim. Importa que se está no meio.

E que eu caminhe junto com o fluxo, siga e me incorpore ao fluxo. Antes que a multidão, no primeiro momento desatenta, volte-se e mire com um gigante olho esse anônimo que ousa perscrutar suas almas, suas palmas e tecer véus com ideogramas para cada um. Caminhar é preciso porque se está e se é vivo.

sábado, 29 de novembro de 2008

Sagrado ou profano?


Os mórmons resolveram se despir. A exemplo de uma série de outros calendários bem-sucedidos - como os times de rugbi francês, britânico, australiano e mais uma penca de esportistas e outras causas (genericamente chamadas de 'Naked for a cause') -, os mórmons investem no Mormons Exposed.

Os católicos não ficaram atrás e, desde o ano passado, circula na internet uma versão de padres do Vaticano em pose sexy. OK! Os padres católicos não estão despidos. Mas, as fotos são perfeitamente cabíveis em editoriais de moda para gays e metrosexuais.

Já vi até mesmo fotos de chefs de cozinha pelados. Vou pensar em algo e posar eu mesmo nu. Parece que é quase obrigatório agora. Mas, vestido para matar também pega bem. Olhe as fotos dos padres e dos mórmons e me responda: isso pode ser considerado sagrado, profano ou é apenas terreno mesmo?

Agora, por favor, não seja tão volúvel a ponto de mudar de religião por conta das estampas. Quem tem boca vai a Roma, afinal! Ou a Salt Lake City, Utah, EUA, sede dos mórmons!

Os padres católicos


Os mórmons (tem até um brasileiro do Rio de Janeiro)


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 159


Acabou! Fim. Da penúltima fase. Acabaram as provas, todas. Tivemos a última nesta sexta-feira, 28. Agora, só falta a banca.


Mas, antes, passamos por um leve sobressalto. A prova era teórica, de Cozinha Oriental - China, Índia, Laos, Camboja, Tailândia, Filipinas, Vietnã, Coréia e Japão. O material era bastante extenso e os nomes, como você pode imaginar, não são de fácil memorização. Tampouco os significados: dahi (coalhada ou iogurte na Índia), lassi (bebida refrescante), paneer (queijo), ghee (manteiga clarificada), Peh Ching K'ao Ya (Pato de Pequim).


Claro que nem com a ajuda espiritual de Confúcio e de Buda é possível entranhar e reproduzir ingredientes, molhos, temperos e os mais diversos pratos orientais. E nem adianta prometer subir a Muralha da China de joelhos. Além de não significar nada para a cultura chinesa, lhe asseguro que a nada amistosa guarda chinesa lhe conduzirá por caminhos nada tranquilos.

O sobressalto a que me referi foi uma brincadeira: o professor nos separou, nos colocou a cada um bem distantes uns dos outros, distribuiu a prova, leu o enunciado e disse: podem fazer!


Como a prova de Cozinha Oriental já havia sido aplicada para outras turmas, sabíamos, de antemão, que havia sido com consulta. Portanto, estávamos tranquilos. Mas, surpresa! Ele somente disse: façam! Sem consulta!

A classe soltou um "Oh!" coletivo e pungente, mas, ele, ator, continuou e disse que era para fazer e pronto. A surpresa se manteve em suspenso por pelo menos um minuto. Tempo suficiente para ouvir com precisão sinais de taquicardia, dor-de-barriga, choro e ranger de dentes.


Depois, com a devida audiência aterrorizada, nos chamou de cretinos (típico) e disse que podíamos consultar a apostila. Outro "Oh!" coletivo, aliviado, se fez ouvir. Devo dizer que se não fosse por isso, teria o meu pior resultado nesses dois anos. Eu sabia apenas uma questão, do total de seis: a base da cozinha tailandesa, que é coco e pimenta. De resto, não tinha a mínima idéia.

Como os colegas e eu imaginávamos que seria uma prova sob consulta, em nenhum momento eu pensei seriamente em estudar a apostila. Apenas, durante o dia, fiz uma ligeira leitura, do tipo dinâmica: passei os olhos pelas páginas e pronto.


De qualquer forma, até mesmo esse olhar desatento me ajudou: eu estava familiarizado com a apostila e concluí a prova em menos de 30 minutos. Assim, se encerrou o capítulo "provas" do quarto módulo e último ano de gastronomia.

Não sei dizer com precisão se terei que passar pelos exames. Na semana que vem, teremos que apresentar o TCC (sexta-feira, dia 5 de dezembro, pontualmente às 20:40 horas). Exceto pelo TCC, não haverá mais compromissos.


No entanto, na outra semana, a partir do dia 8 de dezembro, teremos a semana inteira de devolutivas (de notas e faltas) e, se for o caso, o anúncio de exames (que é uma espécie de repescagem para quem não atingiu a nota média final, que é de 12 pontos no módulo inteiro).

Assim, oficialmente, minhas aulas terminam apenas no dia 12 de dezembro. Mesmo porque é obrigatória a presença das devolutivas, com direito, inclusive, a chamada e presença, ou falta.

Este Rastreio voltará a ser publicado apenas no dia 5 de dezembro, portanto, já que não terei relatos relativos à faculdade nos próximos dias. Isso não significa desvinculação com a faculdade. Nesse ínterim, preparo a apresentação do TCC (são, no máximo, dez slides em PowerPoint), o ensaio da apresentação (com todo o grupo) e a dose necessária de energia para, finalmente, nos submetermos à banca. Até lá, torçam por mim. Beijo, me liga!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 158


O fogo apagou, o fogo apagou!!! Conhece isso? É a onomatopéia da rolinha fogo-apagou ou rolinha cascavel (Scardafella squammata), pássaro cujo canto produz som semelhante à frase " o fogo apagou" e cuja farfalhar de asas, durante o vôo, reproduz o chocalho de uma cascavel, o que lhe dá os nomes.


Pois, sem fogo e sem cascavéis, tudo se apagou nesta quinta-feira.  Me refiro especificamente à bomba-propulsora de ontem, pronta para entrar em combustão. Sim, o combustível, inflável, correu solto pelos pacotes de dados da internet por meio de mais de uma dezena de e-mails.

Ao fim e ao cabo, soubemos que também as classes da manhã sofreram do mesmo dissabor e tiveram a mesma reação. Reação essa que, em cadeia, promoveu algum barulho e consequências, afinal.


Não sabemos o que se passou entre docente e coordenação. Mas, os agentes de gerenciamento de crises foram rápidos e, ao final da noite, a solução foi dada: a prova fatídica de ontem - Custos e todas as demais relacionadas ao TCC - são mais cinco - terão peso 1 e o TCC terá peso 2. Com isso, as provas foram rebaixadas na nota final.


Essa nota final era formada por três itens: prova (P2), TCC impresso e TCC - apresentação verbal em banca. Antes, cada um dos itens tinha peso equivalente e a nota final seria a soma dos três componentes e divisão por três. Agora, prova e TCC - apresentação terão peso 1 e o TCC impresso terá peso 2.

Para nós, uma ótima solução. De imediato, nos calou, a todos. Só tenho um senão quanto a isso: na minha banca estarão cinco avaliadores, entre os quais o professor que causou toda essa confusão. Como eu disse, não sei o que se passou entre docente e faculdade. Mas, tenho algum temor do que vem pela frente.


Por enquanto, isso serviu para apagar o fogo que ameaçava se alastrar feito rastilho de pólvora. Fizemos mais duas provas relativamente tranquilas nesta quinta-feira: de Marketing, bastante fácil, e de Projeto Interdisciplinar II (TCC), que foi um pouco mais elaborada, porém, sem grandes dificuldades.

Agora, falta apenas a prova de amanhã: a de Cozinha Oriental. Felizmente, pelas referências das demais classes que já a fizeram, não há o que temer. É tudo teoria e são matérias estudadas nas aulas práticas de cozinha.


O meu único temor nessa semana de provas era exatamente com a matéria de Custos e eu não estava nem um pouco equivocado: foi o diabo! Felizmente, os bombeiros entraram em ação e, entre batedores e contendores, ninguém, efetivamente, se machucou. Claro, algum chamusco sempre há. Mas, são apenas marcas indeléveis. No rescaldo final, portanto, que é na banca da semana que vem, veremos se o trabalho dos bombeiros foi completo. Alguns fogos, é fato, nunca se apagam, afinal!

 

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 157


"Estou a dois passos do paraíso". Eu poderia replicar a música da extinta Blitz para dizer que faltam dois dias para que as provas acabem. No entanto, uma bomba paira acima das cabeças dos colegas e da minha própria, prestes a explodir e lançar estilhaços para todo lado.

Hoje, quarta-feira, fizemos mais duas provas: de Planejamento e Organização e de Gestão Financeira (Custos). A primeira prova foi bastante tranquila: um vídeo sobre os serviços e a infra-estrutura de alguns setores da gastronomia: fast food, comida por quilo, churrascaria, catering e comida hospitalar.

O vídeo mostrava situações do cotidiano de cada um desses segmentos e, depois, tínhamos que avaliar algumas questões a respeito do documentário. Foi fácil, dado que falamos disso durante todo o módulo e tivemos essa disciplina como parte do TCC.


Para a segunda prova, o stress começou ainda na primeira prova: fomos instados a terminar a primeira prova até às 20:30 horas (o prazo final é 20:45 horas) para que o professor de Gestão Financeira começasse a sua própria prova às 20:30 horas!!!

Primeiro que isso vai contra a própria grade da faculdade. Segundo, o horário oficial da prova é a partir das 21 horas. Exatamente às 20:48 horas o professor já estava em sala, pronto para começar a prova.


Fomos alinhados em fileiras militares, nuca a nuca, e reproduzimos, momentaneamente, algum tipo de robô em linha de produção. Calado, o professor foi à lousa e escreveu que a questão 4 da prova estava anulada. Isso sem nem distribuir a prova.

Passo seguinte: distribuição das provas. Tudo no mais absoluto silêncio. Distribuídas todas as provas, nos ameaçou de morte (zero!) caso olhássemos para o lado ou ousássemos colar. E começou a admoestação.

A prova constava de seis questões, das quais uma valia cinco pontos e outra dois e as demais, imagino, apenas um ponto. Somadas, valeriam, todas, nove. E não dez, que é a nota máxima. Como uma das questões foi cancelada, ficamos sem saber se a prova valia 9 ou 10.


No decorrer da prova, descobrimos, meus colegas e eu, que algumas questões não foram abordadas em classe, ou seja, nos foi ensinado uma coisa e a prova se tratava de outra. Claro, pode ser que a lógica cartesiana do professor, que é contador, predomine e que ele entenda que, se para si está tudo claro, para nós também.

Mas, eu confesso, fiz 3,5 anos de administração de empresas, estudei matemática financeira, aprendi a operar uma calculadora financeira quando trabalhei em banco e, além de tudo, sou formado em contabilidade. Mas, por inépcia minha ou da didática do professor, nesses quase quatro meses de aula de Custos, eu não consegui entender a lógica dos números para gastronomia. De jeito nenhum!


O resultado é que começou, a partir daí, a montagem da bomba: um colega saiu e ligou para a coordenadora. Relatou o que se passou e amanhã teremos reunião com ela e, creio, com o professor.

A dois dias de terminar quase tudo (ainda falta a banca para o TCC), um motim acontece. No final do curso. No final do fim. Era tudo que não precisávamos. Todo o acúmulo de dois anos resultou nisso: uma prova obscura e uma guerra que apenas começou. As consequências ainda se farão sentir, tenho certeza.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 156


Hoje foi tudo muito rápido, para o bem de todos. Duas provas - de Enologia e Enogastronomia e de Gestão de Pessoas e Qualidade. Para variar, devido a compromissos profissionais, somente li os textos para as provas dentro do metrô, ou seja, de forma apressada e sem assimilar quase nada.


Eu estava um pouco preocupado com a prova de Enologia. Como eu escrevo no blog cada aula que temos, fiz um compilado de todas as aulas a que compareci neste semestre (faltei apenas em uma) e, assim, eu tenho toda a matéria digitada. Deu umas 15 páginas.

O professor/enólogo é bastante prolixo e passa as informações de garrafa, para ficar na área. Ou você anota ou não tem nada. E a prova foi da matéria dada no semestre. Tente decorar os tipos de chanpgne, os tipos de vinho do Porto, as mais diversas castas, a temperatura de cada vinho, que vinho combina com qual comida e por aí vai.

É muita informação e, a não ser que se seja detentor de uma memória fotográfica, é uma tarefa insana e que requer tempo. O que absolutamente eu não tenho por esses dias. Às 19 horas, a classe estava lotada. Creio que as provas são as únicas atividades que atraem a classe completa, já que não são compulsórias.


Às 19:10 horas, o professor chegou. De cara amarrada, disse que não falaria com ninguém e que estava de mau-humor. Disse que havia nos esperado na outra classe, em outro prédio. É que ma semana de provas, usamos outra sala, diferente da sala de degustação de vinhos e também da aula de Sala e Bar. Por motivos óbvios, as salas das aulas de Enologia e de Sala e Bar são conectadas a bares, com bebidas e taças.

Depois, leu toda a prova conosco e exclamou: "É com consulta!". Alívio geral e irrestrito. A classe aplaudiu e eu, intimamente, dei um beijo na testa do professor. Das dez questões, eu tinha certeza de umas três ou quatro, insuficientes, portanto, para fazer uma prova decente.
Com o material impresso em mãos, fiz uma excelente prova, com duas folhas inteiramente preenchidas. Há sempre muito a se dizer sobre vinhos. Sempre.


Depois, às 21 horas, nova rodada. A prova de Gestão de Pessoas e Qualidade. Cinco questões. Sem consulta, nos disse o professor. Foi o mesmo que autorizar a consulta. Acho que 99,9999% da classe consultou tudo o que podia e o que não podia, incluso este blogueiro que vos escreve. O 0,0001% restante é só para constar porque não tem graça não usar números decimais.

Terminei a prova (praticamente copiada do meu material) rapidamente e, assim como os colegas, já comecei a me preparar para as provas de amanhã.

Estou apavorado com a segunda prova, que é de Gestão Financeira (Custos). Foi a minha pior nota na P1 e não pretendo repetir a baixa performance. Tenho que estudar. São contas, cálculos e fórmulas. Os números e eu não nos gostamos. Isso é ponto pacífico. Mas, liguei para eles (os números) e pedi uma trégua. Que façam o que quiserem depois, mas, por enquanto, adicionem ao invés de subtrair.

Ou, do contrário, eu verei a minha nota da P2 de Custos se converter num imenso googol:

1 googol = 1,0 × 10100.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Rastreio de Cozinha - 155


Os últimos 15 dias foram tudo: extenuantes, exaustivos, insones, mal-alimentados, com dores repentinas, calafrios, dores de estômago, de cabeça, perda de memória e um absoluto cansaço que não se dissipa nunca, feito uma estação fora de hora tal qual se transformou o tempo de São Paulo.

Esse é o retrato acabado do final do quarto módulo e da faculdade de gastronomia. Este post é escrito exatamente após eu ter dormido por quatro horas consecutivas: das 10 da noite às 2 da manhã.


Creio que faz alguns anos que não durmo antes, pelo menos, da 1 da manhã. Hoje não deu. Cheguei, comi alguma coisa, depois de quase 24 horas sem uma refeição decente, e desmaiei. Com o computador e a TV ligados, a casa acesa, as janelas abertas.

O tempo congelou. Tudo o mais virou um silêncio espesso. Sumi do mundo e entrei de corpo, mente e alma em outra dimensão. Se sonhei, não sei. Agora, ao acordar com a luz intermitente da tela do computador, que muda o descanso de tela de tempos em tempos e reproduz à noite um quase dia com o sol que brinca de esconde-esconde com as nuvens, sinto-me, senão outro, ao menos o mesmo um pouco mais equilibrado.

Hoje, entreguei o TCC. Não sei nem calcular, mas, do último mês para cá, a curva ascendente de horas gastas com o Trabalho de Conclusão de Curso passou de duas horas/dia para até 16/horas dia. Culminou com a sexta-feira, em que usei 12 horas do dia e com o sábado, com mais nove horas, quando, às 23 horas, acabei de imprimir a última das 122 páginas do projeto.


Hoje, segunda-feira, ainda sobrou o encerramento: três cópias encadernadas do TCC e a entrega na secretaria da faculdade, sob protocolo, às 18 horas, em ponto (às 19 horas soaria o gongo final).

Admito que cheguei a ter pesadelos com a perda da hora e, de ontem para hoje, fui dormir às 9 horas da manhã, depois de ler, sim, ler um livro inteiro de 512 páginas, tentar dormir por duas horas e acordar meia hora depois com ligações de trabalho.

De domingo para segunda, dormi exatos 30 minutos. Hoje, além do TCC, eu tinha um artigo de 25 mil toques para entregar. Fiz 21 mil toques até às 16 horas e joguei a toalha. Me estendi o prazo para amanhã, terça-feira.

Saí de casa no incomum horário das 17:30 horas, com sinais pessimistas a me perseguirem. Não aconteceu nada. Entreguei o TCC dentro do prazo. Houve colegas que chegaram à faculdade às 20:30 horas e não sei como se passou a negociação para a entrega do projeto.


Hoje também começaram as minhas provas finais e as tive, logo duas: de Sala e Bar e de Eventos. São disciplinas de um só professor. Uma prova com cinco questões e outra com dez. Não tive a menor oportunidade de abrir a apostila e ler sobre o assunto. Cheguei na faculdade em estado de alheamento total, como se eu fosse apenas um robô. Só pensava em terminar as provas, voltar para casa, comer e dormir. E foi o que fiz.

Agora, faltam mais sete provas e a apresentação em banca do TCC, que se dará na sexta-feira da semana que vem, no dia 5. Até lá, faltam algumas pendências: estudar para as demais provas, entregar o artigo, fazer a apresentação do TCC em PowerPoint e, finalmente, encadernar a cópia final do TCC, depois de aprovado.

Depois disso tudo, restará a pergunta principal, sempre presente num período pós-tormenta: e agora, Redneck?

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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