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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Marcha da Maconha? Pode! Fumar maconha durante a marcha? Não pode!

O título acima refere-se à interpretação da lei brasileira. Qualquer manifestação popular, seja por qual motivo for, que se faça por meio de marcha, caminhada, passeata ou protesto, é assegurada como liberdade de expressão. Pela constituição, as pessoas têm o direito de manifestar publicamente opiniões - contrárias ou favoráveis. Pela lei, fumar maconha no Brasil é crime passível de prisão. Ponto.

De forma que proibir manifestações como a programada Marcha da Maconha é um atentado contra a liberdade de expressão. Não, isso não se trata de um manifesto particular, motivado por interesse próprio ou algum tipo de merchadising associado a ganhos (em espécie, quer dizer, em maconha). Deixo claro que não sou consumidor de marijuana. E que também não tenho absolutamente nada contra. Sou favorável à liberdade de pensamento e às formas de como expressar esse pensamento.


Em tempos do politicamente correto, creio que há uma grande caça às bruxas que serve, sempre, para propagar ideias fundamentalistas. É só buscar pela história antiga: na idade das trevas, as chamadas 'bruxas' foram queimadas impiedosamente. Depois, aproveitaram para queimar um vizinho que era barulhento, um mendigo que ficava na estrada, a prostituta do lugar etc. Com o declínio dos falsos pudores, o iluminismo emergiu e trouxe claridade de pensamentos e comportamentos.

Mas a história se repete, nem que for como farsa. No século XVII, no vilarejo de Salem, na Nova Inglaterra, EUA, mais de 300 pessoas foram acusadas de práticas infames, qualquer que fosse o significado disso. O resultado é que o tribunal de inquisição instalado na cidade condenou 19 pessoas à forca.


Pode parecer algo dramático comparar a Idade Média e o enforcamento de pessoas a um evento, na minha opinião, tão singelo quanto uma passeata pela maconha. Mas a verdade é que grandes e venenosos eventos aconteceram a partir de pequenas decisões, omissões, proibições e atos que, a princípio, tinham como objetivo, ao menos teoricamente, proteger as pessoas, e não atirá-las em fogueiras.

Reproduzo abaixo partes da carta aberta, disponível no site da Marcha da Maconha, assinada por Sérgio Vidal, que melhor dimensionam as palavras acima:

" ... Mesmo que o uso da maconha e de outras plantas psicoativas tenha sido uma presença constante em quase toda a trajetória humana na terra, somente a partir do final do século XIX, após a Guerra do Ópio, surgiram os encontros internacionais para discutir o tema. Durante os encontros de 1909, 1911, 1912 e 1921, realizados para discutir questões relacionadas à coca e ao ópio, não houve qualquer menção à maconha. Na reunião de 1924, Brasil, Egito, Grécia e alguns outros países cujos governantes tinham interesse em proibir seu uso, iniciaram uma campanha para que também a maconha fosse considerada perigosa e incluída na lista de proscrições.


"Sob pressão, uma comissão especial foi criada para analisar a matéria. Inspirados na criação dessa comissão, na década de 1930, alguns países, a exemplo do Brasil (1932) e EUA (1937), criaram leis federais que baniam seu uso. Desde então, passaram a pressionar para que os tratados internacionais incluíssem a cannabis sativa, o que só foi conseguido na Convenção Única de Entorpecentes, em 1961. De lá para cá, o consumo não diminuiu, mas a repressão foi intensificada, na mesma medida em que aumentou a violência relacionada à produção e comercialização não-autorizada de maconha, bem como de outros crimes e problemas sociais relacionados ...

"A história da maconha e de sua proibição no Brasil e no mundo é cheia de capítulos obscuros. Não é possível precisar ao certo como uma planta que foi cultivada em todo o mundo e considerada econômica e socialmente importantíssima passou a ser perseguida política e legalmente. Especificamente no Brasil, é difícil entender como uma planta cultivada oficialmente pela Coroa Portuguesa e disseminada em todo o País e que teve seu uso difundido e tolerado, passou a ser estigmatizada e criminalizada.


"Segundo os dados do Levantamento Domiciliar sobre o uso de Drogas Psicotrópicas de 2005, estima-se que 5 milhões de pessoas (Brasil) fumaram maconha ao menos uma vez na vida. Isso significa que correram o risco de ser processadas e passar pelos trâmites policiais e jurídicos por terem fumado maconha, uma prática que, até outubro de 2006, era punível com até 2 anos de prisão ...

"Em uma Nação que se pretenda afirmar como Estado Democrático de Direito, qualquer tentativa de desvirtuamento do Artigo 5º. da Constituição Brasileira ( ... todos são iguais perante a lei ...), do Código Civil ou mesmo da Lei 11.343 (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas), com a intenção de obscurecer os objetivos da Marcha da Maconha ou incutir-lhe qualquer conotação de apologia ao crime ou incentivo ao uso de drogas é inaceitável. Movimentos sociais não podem ser criminalizados apenas por querer reabrir um debate político-legal ou por manifestar seus posicionamentos, como ocorreu em quase todo o País em 2008 e como vemos ocorrer esse ano em João Pessoa e Salvador (marcha proibida por liminar)."

A Marcha da Maconha está prevista para acontecer entre os dias 2 e 9 de maio em 14 cidades brasileiras e em mais 250 cidades em todo o mundo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Natalie Portman faz um making of do cinema na internet

A atriz e linda Natalie Portman, que tem no portfólio filmes como Star Wars (Episódios I, II e III), Cold Mountain, Closer - Perto Demais, V de Vingança, Paris, Te Amo, As Sombras de Goya, Um Beijo Roubado e muitos outros, acaba de lançar o site Making Of.


O Making Of é um portal que pretende mostrar o backstage (bastidor) da criação de programas de TV, de filmes e entrevistas com as pessoas envolvidas com o cinema e TV.


(Natalie na festa de lançamento do Making Of)

A internet também será foco do portal, com a exibição de trabalhos de pessoas que conseguem compartilhar vídeos de sucesso em plataformas como o YouTube, por exemplo. Todos os profissionais envolvidos com cinema - atores, diretores, câmeras, fotógrafos etc. - devem ser tema do site.


(A página principal do portal Making Of)

A seguir, em entrevista concedida à revista Vanity Fair, Natalie e a produtora Christine Alyward, que é co-fundadora do Making Of, falam mais sobre o portal:


(Natalie e Christine Aylward, que é investidora do Silicon Valley e sócia de Natalie no portal)

Vanity Fair: Minha primeira questão tem duas partes: a) Você tentará acabar com as escolas de cinema? e b) Você tentará colocar a nós, jornalistas de entretenimento, fora do negócio?
Natalie Portman: (risos) Não e não. Isso não seria uma boa tacada. Seria muito perverso.

VF: Então, o portal é um complemento do que já temos?
Natalie: Sim, sobre a questão de escolas de cinema, nós realmente tentaremos estender o acesso às pessoas que não podem ir às escolas, ou que não podem pagar por elas, seja porque não podem, porque são muito jovens, porque são muito velhas ... E, em termos de cobertura de entretenimento, nós realmente enxergamos que havia a falta de uma fonte centralizada para as pessoas conseguir informações do que ocorre nos bastidores das filmagens.

VF: Se Making Of fosse um filme, qual poderia ser o roteiro?
Christine Aylward: Eu poderia dizer que Making Of é um portal que leva você atrás das cenas das filmagens por meio das próprias pessoas que as fazem.

VF: A partir do momento que especialistas falam para especialistas, as pessoas sentirão livres para interagir? Qual é a melhor maneira de fazer isso?
Natalie: Nós esperamos que sim. Esperamos ser um local onde o acesso seja menos formal. E também, com o fato de não perguntarmos nada para as pessoas sobre suas vidas pessoais, já cria uma grande diferença de modelo.
Christine: Nas entrevistas, nós perguntamos coisas relacionadas às inspirações pessoais, como em que momento a pessoa soube que deveria trabalhar nessa indústria. E é bastante interessante ouvir as respostas. Nós obtemos informações bastante íntimas porque são coisas pessoais mas é sobre a arte e o ofício. E isso é realmente o que temos como alvo.
Natalie: E também porque eu penso que eles sabem que a audiência (do portal) tem versões preconcebidas deles. Eles foram as pessoas que procuraram saber sobre as filmagens e tem meios para comentar isso. E muitos deles sabem o quanto é difícil ter acesso sobre essas informações. É um público diferente da audiência de entretenimento usual.
Christine: E você sabe que é tão interessante quando falamos com muitos diretores que falam como se fossem meninos que fazem filmes Super 8 e incendeiam ...
Natalie: Ou garotas.
Christine: Sim meninos ou meninas ... Mas os garotos incendiavam os carros lá atrás e espalhavam ketchup para fazer parecer sangue. E isso é realmente interessante porque quando nós ouvimos sobre isso é como, OK, esta é a geração YouTube. Então, são adolescentes que fazem filmes. Mas eu penso que sempre que eles não sabiam, aos 8 ou 10 anos, que queriam fazer filmes, eles amaram filmes e apenas faziam coisas (atear fogo, usar ketchup) como aquelas. É esse tipo de pessoa que, pensamos, apreciará nosso material. Pessoas que apenas amam filmes.

VF: E, por falar em geração YouTube, agora há muitos filmes que são distribuídos por meio digital - sob demanda, por iTunes - e vemos pouca produção desses recursos especiais e desse tipo de coisa. Como vocês avaliam esse vácuo entre a oferta (de conteúdo) e a demanda?
Natalie: Obviamente, este é um trabalho em desenvolvimento. Nós estamos apenas no começo e faremos as alterações que forem necessárias. Mas o objetivo é mais do que fazer um portal centralizado. Porque os extras dos DVDs são fantásticos e quem é estudante de cinema adora esses extras. Mas, poderia ser ainda melhor se você quisesse. Eu realmente estou no meio cinematográfico e você poderia ter acesso a 40 cineastas e ver todo os seus filmes e entrevistas. Isso não é apenas sobre um filme, um diretor e o making of de um filme. Você pode sim acessar todo mundo em apenas um local, esse é o objetivo.

VF: Isso parece com o IMDb (Internet Movie Database, site especializado em cinema, TV e pessoas da indústria de entretenimento), com uma face humana.
Natalie: Sim, sim.

VF: E o portal, tenho certeza, desmistifica as pessoas que aparecem nos créditos. As pessoas vêem aquelas palavras e pensam: o que realmente significa? Eu não sei o que essas pessoas fazem, mas eu sei que gostaria de trabalhar no filme.
Natalie: Exatamente.

VF: Que outros portais poderiam ser comparados a vocês em termos de estrutura ou modelo de negócios?
Christine: Nós temos um pouquinho de influência de vários outros portais diferentes. Nós temos um apelo bastante forte como componente de rede social. Aceitamos cadastramento (eu já fiz o meu) e também temos interesse em ter algo do tipo Wikipedia como parte do portal. Eu não sei, são apenas planos.

VF: Existem planos para incorporar o mundo do teatro no Making Of?
Christine: Nós acreditamos que há muitas oportunidades para atrair fãs dos bastidores do entretenimento, em geral, e existem aplicações em toda espécie de áreas. Nós, primeiro, queremos trabalhar com filmes de forma correta. A maior parte das pessoas com quem falamos é do cinema e da TV.
Natalie: Nós falamos com pessoas como Jason Bateman (ator que trabalha na TV, cinema e teatro). Existe, definitivamente, um crossover (cruzamento entre diferentes plataformas).

terça-feira, 28 de abril de 2009

10 seres humanos que têm estranhos poderes e sofrem por isso

Muitas vezes, eu quis ser um super-herói, com poderes extraordinários. Desde os mais tenros tempos, sonhava que poderia muito bem voar, viver no fundo do mar ou viajar nas galáxias distantes que se faziam adivinhar naquele céu de estrelas que se via no meio do nada.

Depois, quis ser Superman, Batman, Spiderman. Qualquer man que tivesse algum poder inequívoco ante as limitações dos humanos. Todos almejamos ser mais do que humanos, semideuses, alcançar alguma graça, receber um prêmio, ser especial no meio de tanta vida ordinária.


Aprendi, mais tarde, toda a filosofia que cerca o mito do Super-homem, sob as lentes de Umberto Eco, e foi daí que encontrei eco para as minhas aspirações infantis e adolescentes. Que o que eu queria não era novo e tampouco original.

Agora, não quero muito mais do que sou. Não almejo ter superpoderes, ou mesmo poderes. Quando vejo "Heroes", vejo nada além de conflitos superdimensionados pelos poderes fictícios que os personagens têm. Humanos que são, apenas ampliam os problemas que, assim, ressoam mais forte e, contudo, em igual medida ao dos demais humanos sem os tais poderes.

Muitas vezes, brincamos que gostaríamos de ter isso ou aquilo: nunca esquecer de nada, sentir prazer em níveis os mais extremos, ser magros sem o menor esforço e muitos outros desejos. Alguns seres humanos realizam, diariamente, esses desejos (para alguns de nós), que, vistos de longe, podem até mesmo parecer com pretensos poderes. Mas a realidade não é tão fantasiosa. Está mais para cruel.

Abaixo, uma galeria desses seres humanos cujo poder está em lidar com seus próprios problemas e conviver com isso sem que tenham benefícios. Ao contrário, são maiores os ônus do que os bônus. Esse post foi extraído de um blog norte-americano, o Too Strange to be True? (Muito estranho para ser verdade?). Em resposta ao questionamento do blog, quero dizer que nada é estranho para ser verdade. O único estranhamento possível vem do desconhecimento sobre as coisas.

1. A mulher que tem 200 orgasmos por dia: a britânica Sarah Carmen tem 24 anos e sofre de um mal chamado Síndrome de Excitação Sexual Persistente (PSAS, na sigla em inglês), o que faz com que, a cada vibração com alguma coisa, o cérebro eleve seus fluxos sanguíneos de forma que ela atinja orgasmos espontâneos. Sob tratamento à base de remédios específicos, Sarah diz acreditar que sua condição, agora, é normal.


2. O homem que não engorda: Mr. Perry tem 59 anos e pode comer o que quiser - doces, salgados, frituras, massas - e, mesmo assim, não consegue adquirir peso. Perry sofre de um problema chamado "lipodistrofia" que faz com que o corpo queime gordura rapidamente. Quando criança, era rechonchudo. Mas, a partir dos 12 anos, praticamente emagreceu da noite para o dia. Mais tarde, o problema foi diagnosticado e finalmente os médicos descobriram que o corpo de Perry produz seis vezes mais insulina do que o nível normal. Não há cura para Perry.


3. O homem que não sente frio: o alemão Wim Hof, conhecido pelo apelido de "Iceman", transpira sob o gelo e é capaz de permanecer parado por muito tempo dentro de um recipiente com gelo sem sentir frio. Ele já escalou o Mont Blanc apenas de shorts, sob a neve, bateu records mundiais e está pronto para novos desafios. Os cientistas não conseguem explicar o fato, mas Wim, de 48 anos, é capaz de suportar temperaturas geladas que poderiam ser fatais para qualquer outro ser humano.


4. O menino que não dorme: Rhett Lambo, de 3 anos, sofre de um problema chamado de "Má-formação de Arnold Chiari", o que faz com que ele nunca durma. Para dormir, por poucos minutos, ele tem que ser medicado. Claro que Rhett não tem uma vida digna.


5. A mulher que é alérgica à água: Ashleigh Morris tem 19 anos e não pode nadar, entrar numa banheira ou tomar um simples banho após um dia de trabalho. Ela é completamente alérgica à água. Em qualquer temperatura, quente ou fria. Ashleigh é de Melbourne, na Austrália, e sofre dessa alergia desde os 14 anos. A disfunção é conhecida como "Urticária aquagênica" e é tão rara que menos de cinco casos foram registrados em todo o mundo até hoje.


6. A mulher que nunca esquece: AJ (nome fictício) tem 40 anos e lembra-se de tudo o que aconteceu nesses anos. Ela é capaz de elaborar com exatidão a lembrança de cada ato e fato e desfiar com detalhes os acontecimentos, inclusive o dia da semana em que o fato ocorreu e como estava o tempo naquele dia. AJ sofre de Síndrome Hipertiméstica. Nunca, mas nunca mesmo, ela é capaz de se esquecer, seja de coisas agradáveis ou não.


7. A garota que come apenas Tic-Tacs: Natalie Cooper é uma adolescente que tem uma estranha compulsão. A cada vez que é acometida por uma misteriosa doença, ela passa a comer apenas um determinado tipo de alimento que não lhe faça mal. No caso, as balinhas de menta Tic-Tac. Por razões que os médicos não conseguem explicar, as balinhas Tic-Tac são a única coisa que param no estômago de Natalie. Para que ela não morra de fome, é alimentada por soro especialmente formulado por meio intravenoso.


8. O músico que não para de soluçar: Chris Sands tem 24 anos e soluça uma vez a cada dois segundos e, às vezes, inclusive durante o sono. Chris já tentou vários tipos de alternativas, inclusive hipnose e yoga, mas nada funciona para fazer parar os soluços. Para ele, o problema está relacionado a refluxos de ácidos causados por danos da válvula em seu estômago. Os médicos devem monitorar o nível de acidez de Chris e decidir se uma cirurgia é capaz de resolver o problema.


9. A garota que desmaia a cada vez que ri: Kay Underwood tem 20 anos e sofre de catalepsia, o que significa que, sob o efeito de uma forte emoção, ela tem uma série de reflexos musculares involuntários. As emoções podem ser raiva, medo, surpresa, alegria, terror ou constrangimento: tudo isso pode causar um súbito colapso em Kay e fazer com que ela desmaie, sem controle. Se ela rir muito ou gargalhar, provavelmente desmaiará. A condição de Kay foi diagnosticada há cinco anos, quando, em apenas um dia, ela desmaiou 40 vezes. Além da catalepsia, Kay sofre também de narcolepsia, que faz com ela adormeça sob o impacto de qualquer tipo de tensão. Geralmente, catalepsia e narcolepsia estão associadas.


10. A mulher que tem alergia a tecnologias modernas: a britânica Debbie Bird é completamente alérgica a telefones celulares e fornos de micro-ondas. Debbie é sensível a campos eletromagnéticos criados por computadores, telefones celulares, fornos de micro-ondas e até mesmo por alguns carros. Basta estar sob alguns campos desse tipo e sua pele fica vermelha, seus olhos lacrimejam e suas pupilas ficam dilatadas. Para atenuar o problema, a casa de Debbie é livre de campos eletromagéticos. Mas, fora de casa, ela sofre as consequências da alergia a cada vez que é afetada por tais campos.


E pensar que ser 'normal' é pouco ...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

o♂Kitty♂o, a garota doce do Youku

Esse eu vi no blog do Raul, correspondente do jornal Folha S. Paulo na China. Segundo Raul, o vídeo da Britney chinesa, aka Kitty, já foi visto por mais de 1 milhão de chineses no Youku, versão pirata do YouTube na China.

O gajo chinês se faz chamar por "o♂Kitty♂o" (o♂猫猫♂o) que, em mandarim, significa "sem dúvida, uma garota". A comida favorita dele/a é "qualquer espécie de coisas doces".

Kitty pode ser vista em seu perfil neste link, no Youku.


O blogueiro diz que o vídeo de Kitty está em todos os portais e blogs chineses. Kitty tem 24 anos e trabalha numa refinaria de petróleo na província de Heilongjiang, no norte da China.

Por que o sucesso? Porque na China quaisquer referências ao homossexualismo são censuradas em todas as mídias, como imprensa escrita, rádio e TV. Apenas uns poucos veículos, como o jornal China Daily, que é uma publicação em inglês do próprio governo chinês, ousam tocar no assunto.



(aKITTYnha/tem um vídeo que o Blogger não me deixa publicar)

domingo, 26 de abril de 2009

Meu rugido dominical


"Quando é que o bambu floresce? É possível esperar a vida toda pela resposta e ainda assim não a obter. O bambu pode florescer apenas uma vez a cada cem anos. Mas, uma vez que começa, todos os bambuzais a seu redor também florescem e espalham sementes e morrem.


Então, pode parecer que o florescimento do bambu é presságio de desgraça. Mas muitas são as histórias de ondas de fome, de homens enlouquecidos pela falta de comida e, de repente, naquele momento, o bambu floresce.

Os ratos do bambu se entopem de sementes e procriam demais; as pessoas esfomeadas os comem e suas vidas se salvam. Sementes suficientes chegam ao solo para dar origem a novas plantas, e o ciclo do homem e sua comida começa mais uma vez.

Portanto, o florescimento do bambu significa tanto o fim quanto o começo." (*)

Uma semente de bambu, quando plantada, permanece obscura por quase cinco anos, exceto por um lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bulbo. Durante esses cinco anos, o crescimento é praticamente subterrâneo, invisível a olho nu.

Mas, por debaixo da terra, uma maciça e fibrosa estrutura de raiz se estende na vertical e na horizontal. Então, ao final do quinto ano, o bambu chinês cresce e atinge uma altura de 25 metros.

Não sei se estou no fim ou no começo, mas sinto que algumas raízes estão a crescer no meu subterrâneo e, a longo prazo, será difícil mantê-las abaixo da superfície. Também não sei se estou, dentro dos cem anos, em algum período próximo do florescimento do bambu. O que sei é que estou em transição. O que vem a ser a mesma coisa de começo e fim ou fim e começo.

Esses processos são longos e, por isso mesmo, imperceptíveis. No entanto, há como pressenti-los, ouvir o crescimento abafado que se processa, a expansão milimétrica que acontece e que irrompe em brotos minúsculos, quase invisíveis. Que, contudo, se estenderão em pendões gigantescos, impossíveis de ser ignorados.

Há um outro fato sobre o bambu: a planta verga com a força dos ventos mas não quebra. Ao contrário, assobia quando fustigada pelo vento. Faz da adversidade música. Sou, portanto, neste momento, parte de um ciclo. Raíz, broto e arbusto. Espero florescer em breve para marcar o fim de uma era e o início de outra. Em breve.

(*) Esse trecho foi extraído do livro "O Último Chef Chinês" - Nicole Mones - editora Suma de Letras - 290 páginas.

sábado, 25 de abril de 2009

Twitter: tudo ao mesmo tempo agora já

Tenho alguns problemas para dormir e, não raro, atravesso a noite e faço do dia a minha noite e da noite o meu dia. Só que o mundo não funciona assim, evidentemente. Pelo menos era o que eu pensava antes do universo do Twitter.



O Twitter é como a cidade de São Paulo: sempre haverá alguém, em cada uma das 24 horas do dia, interessante o suficiente para atrair a sua atenção e te manter acordado(a). Se as grandes metrópoles nos oferecem dezenas de alternativas, também o Twitter acena com (falsas) pérolas ou (verdadeiros) achados, numa espécie de cruzamento global que, por enquanto, envolve muito mais os norte-americanos e, em menor grau, europeus e australianos, do que os asiáticos, por exemplo, ou os povos do Oriente Médio, assim como ocorre com outras redes sociais.


O Brasil não se furta a nenhuma novidade na internet, dado que somos o povo que mais tempo passa conectado na rede em todo o mundo. Assim, toda e qualquer novidade é devidamente assimilada pelo usuário brasileiro e, de repente, os criadores dessas redes se voltam, surpresos, para nós. Foi assim com o Orkut. Tem sido, em alguma medida, com o Facebook e é, certamente, com o Twitter.


Alguém no Twitter comentou que era incrível o tamanho de informações que se obtém na rede de microblogging. Eu disse que parecia o Google vivo e agora complemento: parece o Google News ao vivo. Limitadas a 140 caracteres, as postagens no Twitter vão desde: "estou com fome" até redirecionamentos para todo e qualquer tema (Susan Boyle, os filhos ilegítimos do presidente Lugo, do Paraguai, e qualquer outro assunto que seja de domínio mundial). Rapidamente, todos têm algo a dizer.


Assim, é possível acompanhar o ator inglês Stephen Fry e saber que fizeram (seus seguidores) comentários sobre um eventual comportamento "assustadiço e nervoso por conta de uma febre do feno causada por pulgas, que me causa sofrimento", conforme postou o ator, ao desmentir o fato. "Sheesh", exclama e aproveita para dizer para todos que vai assistir ao musical de "Priscila, a rainha do deserto", em Londres. Ver aqui o link das fotos do ator com o pessoal da peça no backstage, postadas pelo próprio via serviço de fotos do Twitter.

Também participo ao vivo da 5ª. edição do Newscamp, coberto pela amiga Ceila, que faz relatos do que se debate na internet e de como a infraestrutura de conexão nunca funciona nesses eventos, enquanto se discute multimídia, blogueiros, jornalistas e, claro, redes como o Twitter.


A atriz Marisa Orth me diz que as postagens replicadas são de responsabilidade de sua produção, que é a mesma da atriz Lúcia Veríssimo e de outro perfil. Em geral, para quem está no Twitter e segue esses perfis, é possível verificar que os três perfis fazem os mesmos redirecionamentos simultaneamente. Ao contrário de Ashton Kutcher (o primeiro a atingir 1 milhão de seguidores), as celebridades pagam para que alguém faça suas postagens no Twitter. Vejo também as fotos do cachorro de Lúcia Veríssimo. Vejo gente que se canta (principalmente os gays), com troca de links que, em geral, têm fotos ou filmes de sacanagem. Gente que, aparentemente, fala sozinha. Que coloca uns pontos de interrogação (????), uns tracinhos (----) ou que fica em silêncio total.


O ambiente do Twitter é bastante aberto e, a cada dia, novos eventos surgem e dominam o cenário da rede. Ontem, sexta-feira, foi dia de #followfriday (maneira esperta e inteligente de indicar algum perfil que você goste para que outros usuários o sigam). Foi dia também de #twoonday ou #toonday (que consistia em trocar a foto do avatar/perfil por um personagem de cartoon ou desenho que você mais gosta).


O Twitter tem uma linguagem própria: para fazer referência a um assunto que é abordado a todo momento, usa-se o jogo da velha (#). E, portanto, para falar que determinado serviço falhou, pressupõe-se que se coloque o termo #fail (falha) para indicar o problema. Também tem uma linguagem que prima pela grafia incorreta: #comofas (como faz), #ficadica (fica a dica), #soporhoje (só por hoje), #rindoalto (rindo alto), #bjometwitta (beijo, me twitta) e por aí vai.


No aparente caos do Twitter, há regras que são autorregulamentadas: ou todos aceitam ou quem não segue é imediatamente isolado. OK, há muito usuário que tenta determinar o que é certo ou não no Twitter (#umporre): "o Twitter não é chat", "o Twitter não foi feito para isso", "quem quer falar muito, monta um blog" e assim por diante. Eu acho que é exatamente a flexbilidade dessas redes e o uso que se faz delas como se deseja é que as torna tão atraentes. Por que mesmo que alguns se arrolam ao direito de tentar impor regras quando nem mesmo os criadores as fizeram?


Tem algumas coisas básicas que um estreante deve saber sobre o Twitter (#ficadica): o símbolo @ (at ou arroba) precede o nome do usuário, sempre. Por exemplo, o meu perfil é @redneck_brazil (aproveita e follow me). Quando eu quero twittar (postar no Twitter), eu twitto; para replicar um tweet alheio (postagem) eu dou RT (retweet) e quando quero escrever uma mensagem direta para um usuário específico, eu uso DM (direct message ou mensagem direta). RT, DM e @.... podem ser digitados ou os próprios programas o fazem para você, conforme o tipo de aplicativo de Twitter que você tem.


Ainda não sei a utilidade do Twitter, admito. Os norte-americanos tomam a rede como se fosse a segunda onda das pontocom e fervilham com os serviços de marketing e #savemoney (ganhe dinheiro). É tudo balela, com milhares de perfis fantasmas. A todo momento, por exemplo, sou seguido por perfis que, evidentemente, não querem me dizer nada. Unfollow (parar de seguir) neles, que congestionam tudo.


Mas, uma coisa é certa nisso tudo (#ficadica). Para um profissional do jornalismo, o Twitter significa uma nova linguagem e o poder de sintetizar o lead (parágrafo principal da matéria que une o que, quando, onde, como e porque) em apenas 140 toques. Se eu aprender a fazer isso e aplicar para o dia-a-dia no jornalismo, posso garantir que está de bom tamanho.

E, claro, há os momentos de descontração total na rede como brincar com os nomes dos perfis como o do @OCriador, @capeta, @god, @deus, @suaconsciencia, @iphoneJesus etc. É engraçado ler - @suaconsciencia está seguindo você. E sem falar nas 'polêmicas' de alguns usuários que, efetivamente, não tem nada a ver, como a discussão entre o Marcelo Tas e o Diogo Mainardi que acabaram, literalmente, com a saída de cena do Mainardi do Twitter (#tonemai - não estou nem aí). Ou da Rosana Hermann para reivindicar a popularização do Buytter (compra e venda de perfis entre os twitters) na twittesfera nacional. #besteira!



O que eu quero dizer é que o Twitter, como outros eventos da internet, é uma linha do tipo que traça o antes e o depois. E é, no mínimo, interessante estar no meio desse torvelinho quando isso acontece.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ordinariazinhas

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O que você faria com R$ 30 milhões?

O concurso da Mega-sena do próximo sábado, dia 25, deve pagar R$ 30 milhões. A fantasia, irresistível, é brincar com a ideia de ganhar a bolada e imaginar o que se faria com essa quantia. Pesquisei o que se pode fazer com os R$ 30 milhões e eis dez dicas para ter como referência caso você seja o(a) ganhador(a):



1. Comprar hotel em Porto Santo, na Ilha de Madeira, em Portugal - Cristiano Ronaldo, melhor jogador de futebol do mundo no ano passado, pagou R$ 30 milhões pelo negócio.

2. Ganhar R$ 210 mil por mês em investimento na poupança básica.


3. Pagar patrocínio para estampar logotipo seu ou de sua empresa no uniforme do time (quantia pedida pelo São Paulo no final do ano passado).

4. Tornar-se proprietário(a) de uma mansão em condomínio de luxo em Nova York e ter como vizinhos o estilista Marc Jacobs (que acabou de comprar a casinha de R$ 30 milhões) e a atriz Hillary Swank.


5. Bancar a Hebe Camargo e o Ratinho (custo estimado de ambos, mensalmente, para o SBT).

6. Ter dois Rolls-Royce e meio na garagem (cada um custa R$ 12 milhões).

7. Fazer uma novela no padrão da Rede Globo com 120 capítulos.

8. Patrocinar o carnaval inteiro de Salvador e ser o único VIP na cidade.


9. Comprar cerca de 200 apartamentos e mais de 500 carros básicos ou comprar 10 apartamentos de luxo em São Paulo e ficar sem carro, ou comprar 5 apartamentos de luxo e viver com medo do condomínio.

10. Fazer uma pequena comunidade (pode ser a de seus seguidores Twitter) feliz, com cerca de 2 mil passagens para a Europa e pouco mais de 5 mil ingressos para a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.


Eu? Compraria três parlamentares (ao custo de R$ 10 milhões cada um) para que trabalhassem a meu favor: teria passagens gratuitas, apartamentos funcionais, lobbies para qualquer empreendimento, comissões de construtoras, intermediações financeiras e negociatas com todos os segmentos. Em suma: eu, no mínimo, triplicaria o capital investido e atuaria em vários ramos simultaneamente - aviação, hotelaria, construção, bancos - e, de quebra, poderia sair nas fotos com as celebridades que se amarram em gente com poder político. E financeiro, claro.

Com isso, eu me hospedaria no hotel de Cristiano Ronaldo, sacaria da minha conta nas Ilhas Cayman, compraria o Barsa, moraria em TriBeCa (NY), seria amigo de Hebe, que gracinha, e fugiria do Ratinho, andaria no Rolls-Royce do Lula, seria protagonista de Ugly Betty, ia tomar sol e água de coco com Ivete Sangalo e Cláudia Leite, viveria nas suítes presidenciais dos hotéis cinco estrelas e seria membro apenas de aSmallWord, para gente rica (as demais - Facebook, Twitter, Orkut, Bebo etc. etc. - deletaria todas).

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quando a luz dos dedos seus e a luz dos dedos meus ...

A letra correta da música é: "Quando a luz dos olhos meus/e a luz dos olhos teus/resolvem se encontrar/..." (Pela Luz dos Olhos Teus, Vinícius de Moraes). Apenas plagiei Vinícius e subverti a ordem das partes do corpo que se encontram para fazer uma analogia do que será(é) o amor nos tempos do cólera, aka dias atuais.


Um laboratório de tecnologia digital britânico busca casais que mantêm relacionamentos à (longa) distância para testar um aparelho que promete comunicar a intimidade entre ambos por meio de luz. O aparelho - Mutsugoto - permite que o casal desenhe fachos de luz sobre o corpo do(a) parceiro(a) ou sobre a cama em que o(a) respectivo(a) está. Tudo à distância.


O objetivo do laboratório é encontrar três casais que se disponham a testar o aparelho durante o Festival de Artes de Edimburgo, na Escócia, em agosto. Para participar, um dos parceiros do casal deve viver em Edimburgo e o outro a pelo menos 250 quilômetros de distância.

A proposta do aparelho é fazer com que o(a) parceiro(a) tenha a sensação de tocar o(a) outro(a) e funcionaria como uma alternativa mais real à simples troca de mensagens (SMS ou torpedo) ou e-mails. Para viabilizar o toque de luz, ambos devem usar anéis que são ativados pelo toque (touch - em inglês -, em uma contradição, já que tudo o que não existe é o toque) e captados por uma câmera instalada acima de cada um dos parceiros. Um sistema identifica o movimento do anel quando um dos parceiros 'ilumina' seu próprio corpo ou a cama. Os movimentos são transmitidos simultaneamente e projetados em fachos de luz sobre o corpo do(a) parceiro(a) e, quando as linhas se cruzam, mudam de cor.


É mais um passo no avanço da artificialidade das relações virtuais. Uma tentativa de se fazer acariciar à distância, em que pese o fato de faltar o toque real. Como se já não estivéssemos um tanto quanto virtualizados. Eu não gosto da ideia.

Mas, claro, tudo tem objetivo financeiro: o laboratório trabalha no desenvolvimento de um jogo no qual as pessoas podem lutar com qualquer outro(a) parceiro(a) em qualquer lugar do mundo. A imagem dos lutadores é projetada em um colchão especial (seria wrestling?) capaz de registrar a intensidade da força de cada um dos participantes e comunicar o movimento por meio de fachos de luz. É a concretização, ou quase, do sabre de luz de Star Wars. Com a diferença que a lâmina de luz do laboratório britânico deverá cortar ainda mais as relações físicas além do ponto em que já andam rompidas.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Brasil tem 24º. melhor restaurante do mundo (veja a lista dos 50 principais)

O D.O.M., do brasileiro Alex Atala, foi eleito, pelo quarto ano consecutivo, como um dos melhores restaurantes do mundo segundo a Restaurant Magazine, de Londres, que, desde 2002, publica o S. Pellegrino World's 50 Best Restaurants, que é uma espécie de ranking bastante concorrido. O brasileiro é o único restaurante de toda a América Latina que figura no topo dos 50 melhores.


(Atala: o dom de trabalhar muito)

A inclusão nessa lista, feita pela Nespresso World's 50 Best Academy, depende de 4.185 votos de 837 especialistas, entre jornalistas de gastronomia, críticos, editores e comentaristas que tenham relação com o assunto. Nesta edição, o D.O.M., de Atala, galgou 16 posições e saltou do 40º. lugar no ano passado para o 24º. este ano. Na primeira vez em que figurou na lista, o D.O.M. estreou na 50ª. posição. No ano seguinte, ficou em 38º. lugar. Depois, no 40º. lugar e, agora, está em 24º.

Para se chegar ao topo no mundo dos restaurantes há que se passar por uma criteriosa seleção promovida pela Nespresso. Para que se chegue ao resultado final, com os 50 melhores, o mundo é dividido em 26 regiões e, dessas, cada uma tem um painel de juízes que formam a Nespresso World's 50 Best Academy. O Brasil está na região América do Sul. Cada membro pode dar até 5 votos, dos quais 3, no máximo, para restaurantes de sua própria região. Qualquer restaurante votado deve ter sido visitado nos últimos 18 meses e ninguém tem permissão para votar no próprio restaurante.

Findo esse processo, os dados são compilados e os eleitos são convocados a ir a Londres para a divulgação da lista que determinará, até o próximo ano, quem está em ascensão e quem teve a infelicidade de cair para posições mais ribanceiras ou até mesmo desabar num precipício fora da lista. Parece dramático e é. O mundo da gastronomia é tão megalômano quanto outros setores, digamos, sensíveis, como o mundo fashion ou de estrelas de cinema.

A seguir, os 50 melhores restaurantes do mundo, com os respectivos links, caso você queira fazer reserva em algum lugar do mundo. É uma boa oportunidade também para ver como cada chef trata o próprio ego e como cada site pode ser um mundo de descobertas. A lista complementar, do 51º. ao 100º. lugar, pode ser acessada aqui. Observe que outro restaurante brasileiro, o Fasano, ocupa a 83ª. posição no ranking.

  1. El Bulli - Espanha
  2. The Fat Duck - Reino Unido
  3. Noma - Dinamarca
  4. Mugaritz - Espanha
  5. El Celler de Can Roca - Espanha
  6. Per Se - EUA
  7. Bras - França
  8. Arzak - Espanha
  9. Pierre Gagnaire - França
10. Alinea - EUA
11. L'Astrance - France
14. St John - Reino Unido
15. Le Bernardin - EUA
16. Hotel de Ville - Suíça
17. Tetsuya's - Austrália
19. Jean Georges - EUA
21. Chez Dominique - Finlândia
22. Cracco Peck - Itália
23. Die Schwarzwaldstube - Alemanha
24. D.O.M. - Brasil
25. Vendome - Alemanha
26. Hof van Cleve - Bélgica
27. Masa - EUA
28. Gambero Rosso - Itália
29. Oud Sluis - Holanda
30. Steirereck - Áustria
32. Oaxen Skargardskrog - Suécia
33. Martin Berasategui - Espanha
34. Nobu - Reino Unido
35. Mirazur - França
36. Hakassan - Reino Unido
37. Le Quartier Français - África do Sul
38. La Colombe - África do Sul
39. Etxebarri - Espanha
40. Le Chateaubriand - França
41. Daniel - EUA
42. Combal Zero - Itália
43. Le Louis XV - França
44. Tantris - Alemanha
45. Iggy's - Singapura
46. Quay - Austrália
47. Les Ambassadeurs - França
48. Dal Pescatore - Itália
49. Le Calandre - Itália
50. Mathias Dahlgren - Suécia

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vítima que sodomiza ladrão tem 100 anos de perdão?

Uma cabelereira russa de 28 anos, codinome "Olga", teve o salão invadido por um assaltante na última semana. Em poucos minutos, Olga, treinada em artes marciais, rendeu "Viktor", de 32 anos, e o levou para uma sala reservada.


Segundo o site russo Life.ru, Olga usou como arma um secador de cabelos. Rendido o assaltante, Olga não chamou a polícia. Fez de Viktor seu refém. Conforme o site, Olga obrigou o assaltante a ingerir Viagra e, após o remédio ter causado o efeito pretendido, a cabelereira abusou sexualmente de Viktor por diversas vezes, durante dois dias seguidos.

Depois de liberado, Viktor encaminhou-se a um hospital para, de acordo com seu depoimento, curar o órgão sexual contundido pela brutalidade de Olga. Viktor fez mais: prestou queixa contra Olga.


(A verdadeira Olga: crime ou castigo?)

Olga, uma verdadeira dominatrix, não hesitou: no dia seguinte, registrou queixa contra Viktor por assalto. A polícia russa está confusa porque não tem certeza se pune Viktor ou se faz alguma coisa com Olga.

Na minha modesta opinião, ao invadir o salão de Olga, Viktor colocou-se em situação de risco e, portanto, passível (como o foi, de fato) de sofrer sanções da proprietária. Se Olga simplesmente decidiu sodomizá-lo, bemfeito para ele, que não pensou duas vezes antes de assaltá-la. Ao menos uma vez na história do sexo não-consentido, uma mulher toma a iniciativa e faz do agressor gato e sapato.

domingo, 19 de abril de 2009

Meu rugido dominical


Durante esta semana, um novo hit se impôs no YouTube: a britânica Susan Boyle. Alvo de piadas e risadas dos jurados e plateia do programa "Britain's Got Talent", Susan os venceu a todos com a música e chegou a inacreditáveis 25 milhões de acessos. Antes, porém, Susan foi motivo de chacota por seu jeito e aparência (atos que podem ser vistos no vídeo do post). Isso, em inglês, chama-se bullying, que é o ato pelo qual se comete violência física ou psicológica, de forma intencional e repetitiva, praticada por um determinado sujeito valentão (bullyou, em inglês) ou grupo de pessoas valentonas com o objetivo de intimidar e agredir outra(s) pessoa(s), incapazes, de alguma forma, de se defenderem.

O bullying é um comportamento agressivo e negativo, executado repetidamente e ocorre entre duas partes - agressor e vítima - onde há um desnível de poder entre as partes. O ato é direto (agressão física) ou indireto (agressão social). Os agressores masculinos (bullies, em inglês), geralmente, cometem o bullying direto. No bullying indireto, mais frequente no universo feminino e em crianças pequenas, a agressão consiste em isolar a vítima socialmente, seja por meio de comentários (fofocas), isolamento da vítima, intimidação de outras pessoas que queiram se relacionar com a vítima ou a emissão de opiniões negativas sobre o modo de se vestir, a etnia, religião ou outras incapacidades, inclusive físicas.

A despeito de se caracterizar como um ato bastante presente em escolas, faculdades e universidades, o bullying extrapola esses ambientes e pode acontecer no local de trabalho, entre vizinhos, em instituições militares e até mesmo entre países.

Entre algumas das técnicas mais conhecidas de bullying, perpetradas pelo bully (agressor), estão:

- Insultar a vítima e acusá-la sistematicamente de inútil;
- Atacar fisicamente uma pessoa ou objetos de sua propriedade;
- Danificar objetos de uma pessoa como livros, material escolar, roupas etc.;
- Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
- Depreciar a vítima de forma gratuita;
- Ameaçar e colocar a vítima sob domínio de forma a obrigá-la a fazer o que não quer;
- Caluniar a vítima e envolvê-la com autoridades para obrigá-la a pagar pelo que não cometeu;
- Disseminar todo tipo de comentário sobre a família da pessoa - local de moradia, aparência, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade e qualquer outra que possa ser depreciativa;
- Isolar a pessoa socialmente em qualquer circunstância;
- Usar a tecnologia - Orkut, Messenger, blogs e qualquer outro meio possibilitado pela internet - para praticar o cyberbullying, como criar páginas falsas sobre a vítima, postar fatos e fotos que denigrem a vítima;
- Fazer chantagem com a vítima;
- Ameaçar, sempre;
- Usar de meios como o grafite para atacar a vítima;
- Fingir amizade com a vítima para depois envolvê-la em agressões.

A lista é longa e não acaba por aqui. A cada dia, novas e perniciosas práticas de bullying surgem e milhares de pessoas - crianças, adolescentes e adultos - são vítimas desse ato. Susan Boyle é apenas mais uma anônima que, aos 47 anos, provavelmente, foi a vida toda vítima preferencial de bullying. O problema é grave e mundial. No Brasil, existe um site específico sobre o assunto que integra o Programa de Redução do Comportamento Agressivo Entre Estudantes e também o Observatório da Infância, que aborda o assunto. Ainda há sites internacionais voltados para o tema.

O bullying é praticado, por vezes, de forma quase subliminar. Mas a vítima sempre sabe o que acontece. Amigos, pais, colegas e parentes devem ficar atentos para esse tipo de atitude cruel que pode destruir paulatinamente a vida de uma pessoa. O bullying é corrosivo. Fere, destrói, mata. Eu não vou escrever mais nada. Apenas acrescentar um comentário emocionante que o leitor e blogueiro André deixou no meu blog quando publiquei o post sobre Susan Boyle. Quaisquer outras palavras são desnecessárias ante o depoimento pungente de André Luis Aquino, cujo blog eu recomendo que toda e qualquer pessoa visite imediatamente:

"Eu tinha que escrever algo sobre essa mulher que me fez chorar como há muito tempo não choro e esse texto não vai pro blog porque estou tão extasiado com ela que não quero por enquanto colocar nada lá, quero ficar olhando e ouvindo ela cantar o maior tempo que conseguir. Eu estava na sintonia da “Divina Comédia”, mas sinto que vou ter que pegar um atalho só por hoje para “Os Miseráveis” de Victor Hugo que, aliás, há muito tempo anda falando comigo.

Escrevo sobre Susan porque a quero como mais um dos verbetes da enciclopédia da minha alma, tudo que escrevo vem de dentro de mim e isso torna as palavras, os sentimentos e as pessoas parte da minha existência, o físico é ilusão, o pensamento que é o real. Susan parece ser a resposta a uma voz que há muito tempo clama dentro de mim, a mudança do mundo, a sensibilização dele torna-o um lugar menos hostil e mais feliz.

Eu me identifico com Susan porque eu já senti na carne o que é ser desprezado pela crueldade de outros seres humanos, porque sinto a realização plena do meu corpo ao ter superado meus complexos, eu tenho baixa estatura para um homem, e isso sempre foi motivo de chacota, até um dia, até o dia que eu percebi que aquelas pessoas eram cegas, elas não viam o que eu tinha de maior em mim e eu resolvi mostrar ao mundo o que é. Hoje todos os dias quando acordo me orgulho de quem sou.

Como Susan eu tinha preconceito comigo mesmo, uma amiga certa vez abriu meus olhos para isso, eu agradeço a ela por ter me fortalecido, acreditava no bullying que as pessoas adoram fazer com as outras, a humilhação é um prazer sádico inerente ao caráter humano, aprendi a rir das piadas que faziam comigo, fui aperfeiçoando minha percepção, aguçando meu olhar, aprofundando a minha sensibilidade.

Assim a minha empatia se tornou um dom, assim como a expressão dos sentimentos mais íntimos. Aprendi com a vida e com a insensibilidade das pessoas a reconhecer o caráter de alguém apenas pela maneira dela olhar ou se dirigir a você.

Susan fez girar a minha vida e hoje é um dia especial para mim, se sorrateiras minhas futuras rugas, quase sempre frutos de preocupação excessiva ou de stress maligno, estiverem nesse momento nascendo em meu rosto elas não serão como as outras, estas são marcas da expressão do meu sorriso."

(eu pedi autorização para o André para publicar esse depoimento e ele, generosamente, me la concedeu)

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