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quarta-feira, 17 de março de 2010

E o mundo fica verde

Fica verde por conta de um símbolo, e não porque, de repente, todo mundo resolveu sair e plantar árvores. E porque hoje não é sexta-feira, e sim quarta-feira, dia 17, também hoje é, sim, dia de celebrar. Claro que, no Brasil, vamos no arrastão porque onde há festa, há brasileiro no meio. E pode até ter a ver, já que o verde domina a bandeira nacional.




Hoje é o St. Patrick's Day (Dia de São Patrício), santo padroeiro da Irlanda e, consequentemente, feriado nacional irlandês. E o que temos a ver com isso? Temos a ver que o que era uma festa religiosa transformou-se numa das mais pagãs celebrações. O Saint Patrick's Day tornou-se o maior motivo para tomar cerveja. Na Irlanda, claro. E nos EUA, no Brasil, Argentina, Canadá e até mesmo no Extremo Oriente, na Coreia do Sul, todo mundo se reúne em bares (preferencialmente, pubs irlandeses) para comemorar a data. São Paulo, por exemplo, tem um excelente pub irlandês, onde é possível degustar a Guinness (somente no dia de hoje, em todo o mundo, estima-se que sejam consumidos mais de 7 milhões de litros da tradicional cerveja irlandesa): é o All Black Irish Pub. Eu já fui, justamente no Dia de São Patrício e avalizo.


Para comemorar o dia do santo que passou a ser da cerveja, o portal R7 postou alguns personagens de desenhos animados que adoram ser vistos na companhia de um bom copo (ou tulipa) de cerveja.




Em outro extremo, foi aberta uma mostra em Madri, "Cerveja e Arte", com pinturas, esculturas, colagens, fotografias e arte digital que têm a cerveja como inspiração. Há de tudo para celebrar essa "loura gelada" da qual a mais polêmica no Brasil ultimamente é uma devassa vendida pela Paris Hilton.




De minha parte, quero dizer que a cerveja e eu nos damos muito bem, sempre nos falamos e mantemos uma relação afetiva de dois amantes fogosos. Ora caímos juntos, ora caímos de novo, separados que somos pela minha falta de coordenação motora nesses momentos. O importante é que essa loura gelada não despreza. Ai que sede!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Halloween expandido




terça-feira, 20 de outubro de 2009

Bedtime or bad time stories: histórias que contam para os adultos dormirem

Histórias para dormir (bedtime stories) ou provocar pesadelos (bad times)? Sabe as velhas canções de ninar? 'Nana neném que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe pro cafezal..." (pode haver variações). Ou a outra: 'Boi, boi, boi da cara preta...'. As histórias têm fundamentos mitológicos e esses mitos estão longe de serem inocentes.





A primeira canção - 'Nana neném...' - pode muito bem significar que a 'cuca' é um monstro pronto a te engolir. O significado sexual é de algo que, antes de te penetrar, te absorve, de forma carnal e visceral. A segunda canção - 'Boi, boi...' - pode remeter diretamente ao mito do Minotauro, do ser com corpo de homem e cabeça de boi, também com forte significado sexual. Ambas são de possessão.






Isso não é uma divagação minha e tampouco o argumento é novo. Qualquer leitura aprofundada de contos de fada (fairy tales), com recorte psicológico, sempre demonstrará que há uma pulsão sexual a mover cada historinha que, aparentemente, é infantil. Mas as histórias infantis são, na maior parte das vezes, de alta carga sexual e, de forma surpreendente, se analisadas, bastante cruéis. Basta lembrar as histórias tradicionalíssimas sempre com uma moral (um aprendizado) a concluí-las.






De forma que, embalados que fomos pelas canções de ninar desde os mais tenros anos, nos acostumamos a fantasiar com 'cucas' e 'bois de cara preta' como entes monstruosos. Que podem ser tanto o feminino (cuca) quanto o masculino (boi) a nos atormentar, precocemente, como duas entidades ao mesmo tempo apavorantes e excitantes.






Tanto que, se bem me lembro, dormíamos com um olho aberto e outro fechado. Medo? Sim, claro. Não havia consciência crítica o suficiente para separar a realidade da fantasia. Mas, ao mesmo tempo, talvez pairasse no ar uma certa expectativa de que ambos os 'monstros' convidados a partilhar de nossas inconsciências sonolentas realmente viessem. Como se olhássemos por entre os dedos.






Incapazes de nos conter ante o pavor e, por um comportamento que é tipicamente humano, potencialmente preparados para o ataque primitivo que seria encetado por tais monstros. Querer e não querer. Temer e desejar.







No final, o desejo ficava por detrás das imagens que projetávamos. Um desejo secreto, guardado no nível do inconsciente. Há um livro, 'A Psicanálise dos Contos de Fadas' - Bruno Bettlheim - editora Paz e Terra - 440 páginas, que aborda bem essa questão do imaginário infantil criado de geração em geração à base de mitos.






Claro que nossos pais não sabiam que, ao transmiti-los, estavam a passar adiante, como receberam, códigos e significados que, se aparentemente não passavam de tolas fantasias, no fundamento continham uma simbologia que, por fim, remeteria a questões ditas adultas: sexo, violência, dominação, força, coerção, luxúria, desejos etc. etc.





Assim se dá que as bobinhas histórias que nos contam quando crianças para ir dormir (durante a fase diurna da vida), à noite (fase noturna) essas histórias convertem-se em sonhos do tipo bad. E bad não com a conotação de ruim. E sim com a conotação de 'malvados', quiçá 'sujos', do tipo que assanham, que atiçam e fomentam desdobramentos outros. É quando as bedtime stories passam a ser bad time stories.


Parte disso sempre esteve evidenciado de uma certa forma por revisitas a certos personagens simbólicos de gerações e gerações de crianças. Assim é que Chapeuzinho Vermelho, criança, é uma meiga netinha. Adulta, entende exatamente o 'crescimento' do lobo e consequências advindas desse fato. Oras, o cinema explora isso há muito tempo.





Em continuidade a essa tradição de tirar do mito infantil a áurea de intocável não é de se surpreender, portanto, que a matriarca dos Simpsons, Marge Simpson, em comemoração aos 20 anos do desenho norte-americano, 'resolva posar nua' para a Playboy igualmente norte-americana. Do outro lado do mundo, em Israel, o artista David Kawena fez a mesma coisa e deu conotação sexual a alguns dos personagens de sangue azul da Disney. Príncipes, heróis e imperadores estão para lá de calientes na versão homoerótica de Kawena.


No caso de Marge Simpson, o desnudamento da personagem, na atual cultura pop, era até mesmo esperado. Já a releitura de alguns dos personagens mais famosos da Disney - Aladin, Peter Pan, os príncipes de Zárnia, Troy Boltcon (de High School Musical), Tarzan etc. - reafirma, no entanto, essa vontade de romper com padrões. E de fazê-lo da forma mais voraz: pela leitura erótica.


Recuperam-se, por esse registro, os antigos mitos da infância (e eu falei de mitos e canções brasileiros mas basta mudar as letras e os personagens; tudo o mais será semelhante) revisitados por adultos que ouviram e maturaram esses mitos até dar-lhes, afinal, a conotação sexual que lhes pertencia desde o início. E quem quiser que conte outra.




quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Maurício de Sousa, 1 por 50

Foi aberta nesta quinta-feira, 10, a 14ª. edição da Bienal do Livro do Rio de Janeiro e um dos lançamentos mais esperados por toda sorte de fãs - crianças, adolescentes, adultos e vovôs - é o álbum comemorativo dos 50 anos de carreira do quadrinista Maurício de Sousa. O livro será lançado no sábado, dia 12.










Para homenagear o criador de gibis mais conhecido no Brasil, foram reunidos 50 nomes de vários estados brasileiros, entre artistas de quadrinhos, cartuns e caricaturistas, que fizeram, cada um, sua própria releitura de personagens clássicos de Maurício de Sousa como a Mônica, o Cebolinha, o Cascão, a Magali, o Chico Bento, o Astronauta e tantos outros.








Entre os nomes que figuram no livro "MPS50 - Maurício de Sousa Por 50 Artistas" - editora Panini - 192 páginas - R$ 98 (capa dura) e R$ 55 (capa cartonada) - estão Fábio Moon e Gabriel Bá, Rafael Sica, José Aguiar, Laerte, Angeli, Ziraldo, Fernando Gonsales, Samuel Casal, Orlandelli, Erica Awano, Laudo, Manoel Magalhães e Osmarco Valladão, Benett, Raphael Salimena, Ivan Reis, João Marcos, Christie Queiroz, Fábio Cobiaco, Lélis, Jean Okada, Jean Galvão, Daniel Brandão, Fido Nesti, Antonio Eder, Vitor Cafaggi e mais duas dezenas de nomes.








A XIV Bienal do Livro vai até 20 de setembro, conta com 330 expositores e a expectativa é que receba 600 mil visitantes. Devem participar do evento cerca de 100 autores brasileiros e 18 escritores internacionais.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tin tin por tin tin, Spielberg leva Tintin ao cinema

Tintin é belga de origem mas eu o conheci mesmo foi numa pequena cidade do interior de São Paulo. Especificamente, na biblioteca pública da minha cidade natal, São Pedro do Turvo, da qual eu saía sobrecarregado de 6, 7, 8 livros a cada semana. Desde o momento em que descobri as prateleiras coalhadas de livros, não passou semana em que eu não pisasse o asoalho de madeira velha daquelas salas.

Ou muito me engano ou, se for feita uma pesquisa, eu ganho disparado no rol daqueles que retiravam livros por empréstimo naquela biblioteca. Comecei modesto, com um livro. Depois, a assiduidade me deu ares de sócio e, quando vi, já carregava em peso o equivalente a pelo menos três paralelepípedos (outra história a ser contada). Mas os tijolos eram de outra cepa e para outra construção.

Feito um joão-de-barro, biquei por inúmeras vezes o barro que me daria consistência de concreto, tanta foi a literatura da qual eu me abasteci. E foi assim que encontrei Tintin, um belga no meio do interior caipira de São Paulo. O engraçado é que Tintin é repórter. Nem quero pensar que sou jornalista e, portanto, repórter porque li Tintin e enfiei isso na cabeça. Será?













Tintin é uma criação magnífica do autor belga Georges Prosper Remi (aka Hergé) que se aventura por vários lugares do mundo na companhia do fidelíssimo cão Milu (ou Milou, no original francês). Nasceram, ambos, em 10 de janeiro de 1929 (são 80 anos, portanto), nas páginas do suplemento "Le Petit Vingtième", do jornal "Le Vingtième Siècle". Tintin é popular no mundo todo: foi traduzido em mais de 50 línguas e vendeu mais de 200 milhões de histórias em quadrinhos até agora.

Os motivos são bem evidentes: as histórias têm enredo, ou seja, conteúdo e muito humor. Por conta da longevidade e por ter atravessado momentos políticos mundiais dramáticos - Segunda Guerra Mundial, Cortina de Ferro e países africanos que ainda eram colônias belgas -, o autor, Hergé, foi acusado de muita coisa: violência, colonialismo, racismo, fascismo e até mesmo de misoginia por não estampar mulheres nas séries. Oras! São apenas histórias de um personagem adolescente. E todas essas acusações foram feitas fora do contexto da época em que foram publicadas as histórias originais. Hervé chegou a ser acusado de apoiar a causa nazista por ter publicado Tintin em jornal aprovado pelos nazistas!

Por conta disso, muito da obra original foi alterada e alguns títulos foram proscritos em alguns países. Mas isso não arrefeceu o interesse por Tintin. O personagem engraçado tem cinco filmes no currículo: 1947 (de animação), 1961 (com atores reais), 1964 (atores reais), 1971 (animação) e 1974 (animação).

Agora, depois de décadas, deve estrear apenas em 2011 (humpf!) a versão mais esperada, filmada por Steven Spielberg e que traz o ator Jamie Bell (protagonista do ótimo "Billy Elliot) como Tintin. Spielberg comprou os direitos autorais para o cinema de Tintin em 1983, pouco antes da morte de Hergé, também naquele ano. Mas como Hergé se recusara a assinar qualquer contrato, não se sabia se Spielberg viria a fazer a nova versão.

Somente em 2002, a Dreamwors (empresa da qual Spielberg é sócio) comprou os direitos cinematográficos da série. E apenas em 2007 Spielberg e Peter Jackson (diretor da trilogia "O Senhor dos Anéis)  decidiram realizar uma trilogia de Tintin, a ser feita em computação gráfica e motion capture (que dá a sensação de 3D).














O primeiro filme dos três - "As Aventuras de Tintin: o Segredo do Unicórnio" - é dirigido por Spielberg e deve estrear em outubro de 2011 (e lá se vão mais dois anos até a estreia). No elenco, além de Jamie Bell, estão outros nomes como Daniel Craig, Andy Serkis, Simon Pegg, Toby Jones e Mackenzie Crook. Eu não vejo a hora. Vou pelo menos resgatar o belga que eu li durante muito tempo na adolescência, sem saber direito quem era e porque exatamente estava lá, nos fundos daquela biblioteca pública.

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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