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sábado, 31 de julho de 2010

Leonino feliz: modo de fazer

O Leão (ou leo, lion) é o quinto signo astrológico do zodíaco, entre Câncer e Virgem, e está associado à constelação de Leo. É, junto com Áries e Sagitário, do signo de Fogo. É, ainda, um dos quatro signos fixos - com Touro, Escorpião e Aquário. Os leoninos são pessoas que nasceram entre 22 de julho e 22 de agosto.


Se diz do leonino que tem personalidade vibrante e espírito de liderança. Que costuma chamar a atenção das pessoas naturalmente pelo otimismo. Que, embriagado no deleite da admiração das pessoas, pode se tornar presunçoso e orgulhoso. Que deve evitar a tendência à arrogância e vaidade. Que os nativos desse signo são dominadores, espontâneos, criativos e de natureza extrovertida. Que têm graciosidade, dignidade e personalidade francamente expansiva. Que adoram aparecer. Que têm coragem, ambição, determinação, positivismo, independência, auto-confiança e lealdade. Que são detentores de uma generosidade quase ingênua e se decepcionam com pessoas nas quais confiam. Mas que se saem bem ao se afastar dessas pessoas. Que são bonitos, elegantes e detêm um charme admirável que conquista qualquer pessoa ao seu redor. Que são um pouco egocêntricos mas sempre respondem ao amor correspondido. Que têm grandes habilidades artísticas. Que adoram namorar e não dispensam aventuras. Que, quando tristes, não se trancam dentro de casa. Vão dançar e ouvir sons que rompem os tímpanos.




Se o elemento é o Fogo, o regente do leonino é o Sol (claro que sim!). O metal é ouro (absolutamente!). As pedras são diamante (nenhuma dúvida!), rubi e topázio. O perfume, âmbar. As plantas, narciso (precisamente!), girassol (por quê?), tulipa e malmequer (começo sempre do bemmequer para terminar com bemmequer), os animais são o próprio leão e, surpresa!, o pavão. Os países são a Itália (sensuais), a Romênia (sou cigano na essência) e França (sou natural de San Pierre de la Turvè), as cores são o laranja (amo!) e o amarelo (mais ou menos), o órgão é o coração (demais até!), o dia é domingo (maybe) e o verbo, olha só, é "ser" (sou). Se diz que o leonino é naturalmente atraído pelos signos de Aquário e Escorpião e eu digo que o limite são os 12 signos do zodíaco.


E tem mais: perseguimos, os leoninos, sempre, uma imagem ideal de nós mesmos. Desejamos evoluir e nos auto-afirmarmos. Tememos, frequentemente, sob tanta insegurança, parecermos não corresponder à imagem que queremos passar. Somos voluntariosos, empreendedores, generosos e, ao mesmo tempo, autoritários. Falta-nos capacidade de fazer a felicidade alheia segundo nossas próprias leis pessoais.


Somos verdadeiramente organizados (sou), ignoramos a mesquinharia (odeio) e detestamos a mediocridade (certamente). Atribuímos grande importância à estima das pessoas e desejamos, bastante, ter o poder de construir a própria auto-estima (com sucesso, digo).


Temos boa disposição, somos amigos, capazes de gestos magnânimos. Líderes, se não recebemos a atenção, perdemos completamente o interesse (verdade). Aparência brilhante e sorridente (mais do que menos). Delegamos. Gostamos de ser elogiados mas não aceitamos pressões.


Orgulhosos (e rancorosos), não esquecemos as ofensas (concordo). Sociais, somos românticos, dominadores ao ponto de "faça o que eu digo ou então não faça". Determinados, queremos projetar-nos. Extrovertidos (somos?) - se diz que não há leonino introvertido, apenas fingimos sê-lo. Estamos sujeitos a febres, doenças inesperadas e violentas mas raramente crônicas (para chamar a atenção, o quê mais?). Nossas costas (que suportam o peso do mundo) e a hérnia de disco (para suportar o peso do mundo 2) são vulneráveis.


Nossos corpos são energéticos, vigorosos e harmoniosos, de porte médio (médio alto) e altivo (empinado sim!). O olhar é magnético (confio no meu olhar). Temos boa resistência física. Tendemos ao bélico (guerra). Estamos propensos a enfartes (uia!!!) e congestão (medo!). As referências (em nós mesmos) anatômicas são o coração, o dorso e o sistema circulatório. As referências (nos outros) anatômicas são o corpo todo! Hehehehehe!


As ervas que harmonizam conosco são a manjerona, o louro e as folhas de uva. Os incensos que mais nos agradam são o patchouli, almíscar, sândalo e ópium. Nossa psique é movida pela intuição (muito) e a vontade prevalece sobre a base física (quase como uma mente a conduzir). O ego é viril (oh!), com necessidade de auto-afirmação constante. Uma vez mais, tendência ao narcisismo e egocentrismo (como assim?). Temos impulsos primários autoritários (coisas de bebê, diriam os feios, sujos e malvados). Gostamos de proezas e hábitos requintados e aristocráticos (minha linhagem retrocede aos colonizadores de Damasco, na Síria, e conquistou a Cataluña, na Espanha).


Afetivamente, somos protetores, viris e idealistas. A sexualidade é estética (muitoooooo!!!!), com paixões exaltadas (ahãn!!!). Buscamos prestígio também pelo afeto. O amor é nobre, atencioso e dominador (ciumento mesmo!).


Creio que 99,9% do que está escrito acima me define. Para me fazer, um leonino, feliz, a receita é tudo o que está descrito acima.


Mas também, e sobretudo, e principalmente, é olhar para mim, lembrar-se de que eu sou, eu existo e, logo, preciso de você. Porque não sou sozinho. Apenas estou sozinho. Na última quarta-feira, 28 de julho, foi meu aniversário. Desse ente leonino que é muito leonino. O maior presente que eu recebi foi mais de uma centena de telefonemas, mensagens ao celular e no Facebook e Orkut. Somadas, as manifestações foram mais de cem! Foi uma corrente que percorreu algumas cidades e quatro dos cinco continentes. Senti e vibrei com todas as energias que me foram remetidas. Não existe uma receita para me fazer (ou a qualquer outra pessoa) feliz. Mas o modo de fazer passa, necessariamente, pelo carinho. E foi isso que senti no dia 28: um carinho que percorreu cabos submarinos para chegar pela minha conexão de internet, que percorreu cabos os mais distantes para se realizar em voz ao meu telefone, que se traduziu em textos na telinha do celular e na tela do computador. Isso é um modo de me fazer feliz. Obrigado a todos e todas que o fizeram. Fiquei ainda mais leonino e, certamente, um pote de felicidade foi adicionado no meu arco-íris. Amo todos vocês que o fizeram!


P.S. O título deste post é dúbio: tanto quer dizer "modo de fazer" no sentido conhecido, de ensinar a lidar com, quanto significa "vou fazer tal pessoa" no sentido sexual. Apenas quero dizer que os dois modos estão on!


P.S. 2 Na próxima quarta-feira, 4 de agosto, outro leonino celebra o aniversário. Criatura dileta deste criador que vos escreve, o outro leonino é este blog, nascido a 4 de agosto de 2007. Entramos, eu e o blog, em novas idades cronológicas mas mais atormentados do que nunca. Nunca mais, nunca mais, diria o corvo de Poe. Eu digo que o corvo que me corrói o fígado continua a me mordiscar e a grasnar sempre mais, sempre mais...



domingo, 25 de julho de 2010

Meu rugido dominical

Você conhece o livro "Middlesex" (Jeffrey Eugenides - editora Rocco - 568 páginas)? Calliope Stephanides é a personagem central. Hermafrodita, foi criado como menina mas é homem. Eugenides é autor de um outro livro que fez uma carreira bem-sucedida no cinema - "As Virgens Suicidas" - e foi o vencedor do prêmio Pulitzer de 2003 com "Middlesex".

Calliope tem 41 anos e narra a saga de três gerações a partir dos avós - os gregos Lefty e Desdemona, que eram irmãos e também primos em terceiro grau, que se casam por conta de uma atração física irreprimível. Depois de se casar, eles migram para os EUA e têm filhos, apavorados com o fato de gerar um monstro por causa do incesto. Mas os filhos são saudáveis e um deles, Milton, será o pai de Calliope.

Milton se casa com uma prima, Tessi. Eles têm o primeiro filho, saudável. Um menino. E Tessi deseja ter uma menina. E, finalmente, concebe uma menina. Mas levam 14 anos para descobrir que a garotinha era, no final das contas, um garotinho.


Calliope começa a sentir atração por mulheres e namora uma mulher em segredo. É somente nessa ocasião que um médico descobre o equívoco de toda uma vida: Calliope é homem, geneticamente, mas sua genitália é de um hermafrodita. Ele se sente homem mas foi educado, culturalmente, como mulher. E o livro relata como se dá a compreensão e a transição - física e emocional - de um hermafrodita que decide assumir que é homem ao invés de assumir a porção feminina sob a qual foi criado.

Hermafrodita vem do deus grego Hermafrodito, filho de Hermes e Afrodite (representantes dos gêneros masculino e feminino), que tinha os órgãos sexuais dos dois sexos. Isso ocorre, segundo a explicação científica, por um processo teratológico - má formação embrionária.

O hermafroditismo, portanto, é diferente do transexualismo. A transexualidade é uma condição de transtorno de identidade de gênero. O transexual, assim, tem um determinado gênero (masculino ou feminino) mas tem o desejo de viver e ser aceito com o gênero oposto sob o qual nasceu. Homens e mulheres transexuais se sentem inadequados com seus sexos anatômicos e, geralmente, desejam fazer a transição do sexo de nascimento para o sexo oposto, chamado de sexo-alvo. Essa transição define-se como "terapia de reatribuição de gênero" e pode incluir a cirurgia de troca de sexo.

O assunto é controverso e há muito tabu porque, sempre que se não pode classificar algo, as pessoas tendem a a apontar o "desconhecido" e temê-lo. Essa rejeição pode tanto marginalizar o transexual quanto criminalizá-lo pelo simples fato de que ele não se encaixa na "sociedade convencional". Tanto é assim que a França deixou de considerar o transexualismo um transtorno mental somente neste ano de 2010 e é apenas o primeiro país no mundo a tomar essa decisão!


Leão vem do latim leone, de panthera leo. Leo, logo leão. Antes Leandro, que atendia pelo codinome Leo. Agora, Lea. Lea T. Lea T. é um transexual brasileiro. Nascido em Belo Horizonte, filho do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo, que atuou pela Seleção Brasileira entre 1977 e 1985, Leo é um filhote rejeitado. Criado na Itália, por conta da profissão do pai, que jogou naquele país, Lea T. renasce. E a foto publicada pela revista Vogue (da França, onde mais?), que estampa excepcionalmente este post, não deixa dúvidas: Leo e Lea convivem no mesmo corpo e desse corpo nascerá Lea T.

A ascensão de Lea T. começou no meio da moda italiano, ganhou força com Lea T. a estrelar a campanha da Givenchy e com repercussões na revista Vanity Fair da Itália, para a qual Lea cedeu entrevista sobre mudança de sexo. A família - a mãe, Rosa, e os irmão Gustavo, Lorena e Luana - apoia Lea T. O pai não. Lea disse à Vanity Fair: "nunca falei uma palavra com ele disso (o transexualismo). Ele e minha mãe são separados. De vez em quando, falo com ele por telefone e nós nos vemos uma vez por ano. Papai, quando chegava em casa, me olhava e dizia notar algo que não ia bem comigo". O irmão mais velho declarou: "Não falaremos mais sobre essa história. Não queremos nos expor. Quem faz sucesso é a Lea e não a família. Só digo que estamos ao lado dela e a apoiamos. É isso".

Lea está incomodada com a repercussão de tudo e não pretende falar com a imprensa brasileira. À Vanity Fair apenas respondeu que tem mesmo a intenção de fazer a cirurgia de mudança de sexo: "Sei que tenho pela frente uma construção vaginal, o que não é realmente uma vagina. Sei que, com os documentos que me confirmarem que sou uma mulher, minha vida ficará mais fácil. A escolha agora é entre ser infeliz para sempre ou tentar ser feliz."

O caso verídico de Leandro/Leo/Lea T. e a história fictícia de Calliope me remetem a uma outra pessoa, real, coincidentemente de nome Leandro e codinome Leca, a quem não conheci intimamente mas vi criança e adulto e, por circunstâncias locais, conhecia relativamente bem, que tinha o mesmo sonho de Lea T: fazer uma cirurgia de mudança de sexo. Leca não conseguiu. Morreu antes, num acidente até hoje não explicado. Embora eu não fosse próximo de Leca, lamentei muito porque a morte foi, literalmente, o enterro de uma vida que nunca chegou a se concretizar. E tenho comigo que foi uma morte com proporções odiosas, baseadas no desejo (in)consciente de matar aquilo que atrai. Mas é uma outra história.

Li também sobre Lea T. que a modelo foi aplaudida, festejada e atacada ferozmente pela internet. E faço aqui minhas palavras sobre o que li: comemos alimentos transgênicos, vivemos com corações e rostos transplantados, colocamos seios e nádegas de silicone, cabelos e dentes postiços, reconstituímos hímens, colocamos fios de ouro no rosto, paralisamos músculos em todo o corpo para obter firmeza, introduzimos os mais diversos objetos no pênis para aumentar o tamanho do falo e, no entanto, esbravejamos, coléricos(as) quando um ser humano tenta transformar seu próprio corpo e migrar de um sexo que não lhe pertence, psicologicamente, para o outro com o qual se identifica. É muita hipocrisia!

P.S. Excepcionalmente, posto a foto de Lea T. por considerá-la uma autêntica representante da espécie leonina. Porque somente um leão pode rugir contra tudo e contra todos e fazer, se não calar, ao menos barulho para que os demais ouçam. O símbolo do transexualismo, também postado, vai como homenagem de minha parte aos transexuais pelos quais tenho o maior respeito.

sábado, 24 de julho de 2010

As noites selvagens dos padres gays

Mais um escândalo sexual assombra o Vaticano. A revista italiana Panorama desta última sexta-feira traz como matéria de capa a reportagem "As noites selvagens dos padres gays". Com uma câmera escondida e uma investigação cuidadosa, durante 20 dias o jornalista Carmelo Abbate, da Panorama, acompanhado de um "cúmplice gay", se infiltrou nas noites quentes frequentadas pelos sacerdotes de Roma: os padres levam uma vida dupla - durante o dia, são sacerdotes, usam as vestes clericais e realizam missas; à noite, são caçadores nos clubes gays romanos. A revista descobriu uma série de casos de padres com vida dupla e conta, na reportagem, a história de três sacerdotes: Paul, Charles e Lucas. Os nomes são fictícios para proteger a verdadeira identidade dos padres.




Paulo, um padre francês de 35 anos, conheceu o repórter da revista Panorama na sexta-feira, dia 2 de julho, durante uma festa gay do bairro romano de Testaccio. A festa incluía dois outros acompanhantes pagos (escort boys) que dançaram nus com o padre e outros convidados e praticaram sexo. Também estava na festa o padre Charles, que tem entre 45 e 50 anos. A noite terminou na casa do padre Paul e o "cúmplice gay" do repórter manteve relações sexuais com o sacerdote, filmadas pela revista com uma câmera escondida (veja o vídeo abaixo).





Na noite seguinte, Paul e Charles procuraram o repórter e o amigo gay do repórter novamente. Segundo a revista, Charles deu uns "perdidos" (sumir sem explicações na balada). A noite teve o mesmo fim, com sexo entre alguns deles. A revista testemunhou que, no dia seguinte, Paul celebrou a missa em sua casa.


Charles disse ao repórter que 98% dos padres são gays e inclusive indicou casais de padres gays que são praticamente casados. Segundo o sacerdote, há uma ala intransigente da igreja que prefere ignorar o fato, enquanto outra ala reconhece e aceita os padres homossexuais. Depois do almoço com o repórter, o amigo do repórter foi à casa de Charles e, uma vez mais, mantiveram relações sexuais, gravadas por uma câmera oculta.


O Vaticano fez o que sempre faz: manteve a fleuma com que costuma responder a escândalos sexuais (como os dos prelados pedófilos) e acusou a Panorama de provocar polêmica e desacreditar a Igreja Católica.


Mas a revista tem tudo documentado e o editor ofereceu as provas para o caso de alguém ainda duvidar. Um dos pontos de encontro dos padres gays em Roma é a danceteria Gay Village. O Vigariado de Roma apenas divulgou uma nota curta: "A finalidade do artigo é evidente: criar escândalo, difamar todos os sacerdotes com base na declaração de um dos entrevistados, segundo a qual 98% dos sacerdotes que ele conhece são homossexuais, e desacreditar a Igreja".


Para tentar fugir de mais esse escândalo, tão comum no seio da Igreja, o Vaticano teve o displante de defender os 1,3 mil sacerdotes de Roma e acusar apenas os padres estrangeiros da tal "vida dupla". O Vigariado escreveu: "Em Roma, vivem muitas centenas de padres provenientes de todo o mundo para estudar, mas que não são do clero romano nem estão empenhados na pastoral".


Caros clérigos do Vigariado: a fundação da pedra da Igreja em Roma, ao que consta historicamente, sempre esteve balizada pelos mais escabrosos escândalos sexuais, sendo que o homossexualismo é apenas mais um tijolo nessa construção secular. Basta voltar um pouco e recordar os papas gays, casados, incestuosos, bandidos e mais uma série de adjetivos com os quais se pode classificar aqueles que são, sobretudo, homens como os mais comuns dos homens e, portanto, tão suscetíveis aos deslizes da carne quanto o resto da humanidade.


É hora de o Vaticano parar com esse comportamento e tratar a realidade como se deve. Com honestidade. Porque se a mulher de César, a propósito de Roma, além de ser honesta tem que parecer honesta, a Igreja Católica, além de ser autêntica, têm que parecer autêntica para merecer qualquer tipo de crença, seja de fé ou do cotidiano mesmo. Dentro dos limites do meu conhecimento clerical, devo dizer que conheço um bom número de padres gays que não hesitariam em "pegar" o coroinha ou cair nas "noites selvagens".

Nude do dia

Na França, quatro "Borat" pegam carona com o luxemburguês Andy Schleck na 17ª. etapa do Tour de France para aparecer. Schleck e o espanhol Alberto Contador disputam o título de campeão desta edição da Volta da França, a prova de ciclismo mais prestigiada do mundo, com cerca de 3 mil Km de percurso.




Nos EUA, a cantora Katy Perry tira a roupa para a capa do novo álbum, "Teenage Dream".


terça-feira, 20 de julho de 2010

Ordinariazinhas

Ordinariazinha, muito ordinariazinha. Postei por puro tédio!


segunda-feira, 19 de julho de 2010

Capoeira em bolas

A capoeira é, sobretudo, uma expressão cultural de escravos africanos do Brasil. O movimento mistura dança, música, luta e cultura popular. Portanto, nada mais correto do que expressar essa liberdade de movimentos sem nada que segure o corpo. É só uma manifestação de liberdade da minha parte, nada mais! O vídeo mostra a prática de uma capoeira bem mais libertária.





domingo, 18 de julho de 2010

Meu rugido dominical


¡Pasó! Em resposta ao meu questionamento no post "¿Pasara o no?", o casamento gay na Argentina passou pelo Congresso daquele país por 33 votos a favor, 27 contra e três abstenções. Depois de 14 horas de debates, a sessão que julgava a aprovação da lei que permite o casamento entre as pessoas do mesmo sexo, finalmente, foi encerrada de forma vitoriosa para os gays da Argentina e, por consequência, para o mundo gay. A lei ainda depende de sanção da presidente Cristina Kirchner. Mas, como a própria presidente é favorável, não deve haver mais empecilhos.

E os gays argentinos já correm: no próximo dia 13 de agosto, o empresário artístico Alejandro Vanelli e o ator Ernesto Larrese serão o primeiro casal gay da Argentina a formalizar a união sob essa nova lei. Segundo a presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais (Falcgbt), María Rachid, a lei será sancionada pela presidente nesta semana, na quarta-feira, dia 21.

Em tempos em que os debates locais são globais, o cantor Ricky Martin, que se assumiu gay em março deste ano, elogiou a Argentina por autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que torna o país o primeiro a fazê-lo na América Latina. "A Argentina, nação pensante, tolerante e justa, faz história ao dizer sim ao casamento gay. É um exemplo para o resto da América Latina", postou Ricky Martin no Twitter.

Não sei como funcionam as leis na Argentina. No Brasil, existem leis que "pegam" e outras que "não pegam". As que "pegam", em geral, estão associadas ao bolso: o uso de cinto de segurança nos veículos, por exemplo, começou por São Paulo e se espalhou pelo Brasil até virar obrigatório. E, se "pegou", não foi por consciência dos motoristas, e sim pela multa atrelada à eventual ausência do cinto. O mesmo vale para o uso do celular ao volante e para a Lei Anti-Fumo. Todas essas leis funcionam porque penalizam com o não-recorrente dever de ter que pagar pelo fato de burlá-las.

Mas assim que a lei passou na Argentina, uma juíza de paz afirmou que jamais realizará o casamento entre casais gays: "Que me acusem do que quiser. Deus me diz uma coisa e eu vou obedecer, mesmo que custe o meu posto, e mesmo que me custe a vida, porque primeiro está o que Deus me diz", vociferou a juíza da cidade de General Pico, da província de La Pampa. "Fui criada lendo a Bíblia e sei o que Deus pensa. Deus ama a todos, mas não aprova as coisas ruins que as pessoas fazem. E uma relação entre homossexuais é uma coisa ruim aos olhos de Deus", disse, por certo após ter falado com Deus e ter Dele recebido a incumbência de ser porta-voz e trombeta celeste.

Esse discurso para lá de primitivo me lembra muito aqueles pais que afirmam, convictos, que preferem ver o(a) filho(a) morto(a) a sabê-lo(a) gay. O que estarrece é o fato de uma representante do poder judiciário ter e expressar uma opinião desse tipo. Até onde eu sei, o direito é amplo o bastante para abrigar as diferenças da Argentina, da América Latina e do mundo. Uma juíza que tem esse tipo de juízo de valor não merece exercer essa profissão.

Espero que o caso da juíza seja isolado. A aceitação e garantia, por lei, de casamentos gays pelo mundo é lenta. Apenas dez países, do total mundial (o número de países varia conforme a fonte e começa de 191, segundo dado da ONU, e chega a 249, conforme instituições privadas; outros números falam em 192, 194, 210, 217 e 247), têm leis que asseguram o casamento gay: Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Portugal, Islândia e, agora, a Argentina (a aprovação se deu nessa sequência de países). Isso representa apenas 0,05% do mundo. Segundo as várias estatísticas mundiais (consideradas imprecisas), o número de gays no mundo varia entre 3% a 10% da população total, o que significa que há um contingente entre 21 milhões a 700 milhões de pessoas gays (a considerar a população mundial em 7 bilhões de pessoas).

É significativa, de qualquer forma, a diferença entre os gays que têm direitos civis - adoção, herança e benefícios sociais, principalmente - e a imensa massa que é relegada, legalmente, a subcategoria. No Brasil, o debate permanece truncado. Os dois principais candidatos à presidência - Dilma Rousseff e José Serra - se posicionam a favor do casamento gay, mas apenas de forma discreta. O tema não faz parte do plano de governo de nenhum dos dois. Por enquanto, o que pega no Brasil é apenas a "pegação" entre os gays.

sábado, 17 de julho de 2010

Varões fazem a dança do varão

Os bofes já não são mais aqueles (quais, não sei, só sei que é assim): a pole dance (dança do cano, da barra, do varão ou do poste), geralmente associada a mulheres, tem sido praticada pelos meninos. Esse tipo de dança, comumente, por ser sensual, é relacionada a casas noturnas (já vi alguns 'meninos' na prática do varão) e clubes de striptease (idem). Mas há uma outra vertente que, desconfio, tem atraído os bofes: é a pole dance fitness, cujo fundamento trabalha grupos musculares e mantém o corpo em forma.




Na verdade, uso de ironia, já que, na origem, a prática da pole dance está ligada ao Mallakhamb, que é uma espécie de yoga praticada num poste de madeira e de cordas. Essa prática vem da Índia. Há uma outra origem, ainda, que é o Mallastambha, pelo qual os lutadores de wrestling (hummm... sempre gostei disso...) ganhavam massa muscular.




No Rio de Janeiro, os saradões, de sunga, tatuagens e sem camisa (aka gogoboys) têm aderido à pole dance. Garantem que é para fortalecer o corpo e definir abdôme e bíceps (confira no vídeo se eles precisam de pole dance para isso).





Por puro preconceito, as aulas para os homens são separadas. As pessoas ainda desconfiam da pole dance. Mas olhe só: no ano passado, foi criada a Federação de Pole Dance no Brasil, cujo maior objetivo é batalhar pelo reconhecimento da dança como um esporte olímpico. Eu topo! Tomara que até as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, a federação já tenha feito avanços. Porque no varão, aparentemente, os varões evoluem muito bem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

¿Pasara o no?

A Argentina debate, a partir desta quarta-feira, 14, a lei que pode aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e tornar o país o primeiro entre os vizinhos latinos-americanos a admitir a união gay. O senado argentino obteve quórum - participam da sessão, em progresso, 37 dos 72 senadores. A grande questão é se o projeto será convertido em lei ou não, já que os blocos de pró e contra estão equilibrados.


No lado dos contra, lidera a Igreja Católica, como não poderia deixar de ser. Mobilizados pela Igreja, que tem grande influência na Argentina, uma série de manifestantes se concentrou em frente ao Congresso argentino para encerrar a ampla campanha contra a iniciativa do casamento gay, definido pelo movimento como "um projeto do demônio".


A favor da união gay, o Instituto Contra a Discriminação (Inadi) organizou o dia do "Barulho pela Igualdade" e convocou a população a tocar instrumentos de percussão pela aprovação da lei.




O que está em debate pelo Senado da Argentina é um projeto de lei de união civil que não reconhece direitos como o de adoção por gays. Pela proposta, o código civil argentino será alterado e a fórmula "marido e mulher" será substituída pelo termo "contraentes". O projeto prevê a equiparação aos heterossexuais em direitos como adoção, herança e benefícios sociais.


Desde o ano passado, nove casais gays obtiveram permissões judiciais para se casar por registro civil na Argentina, embora alguns casamentos tenham sido anulados por outros juízes. Nesse caso, os casais recorreram e estão em processo de apelação junto à Suprema Corte da Argentina.


Torço para que a Argentina confirme e dê aval à união entre pessoas do mesmo sexo. Não tem porque se manter retrógrado enquanto a sociedade caminha inexoravelmente em outras direções. E lamento que aqui, no Brasil, estejamos a léguas desse mesmo debate. Tal qual na Argentina, aqui a Igreja Católica é capaz de tudo para deter esse tipo de progresso. Nesse momento, estou com os hermanos que são favoráveis à aprovação da lei do casamento gay. Deseo buenos aires para los congresistas argentinos e buenas suertes para todos los gays, sean latinos, argentinos o brasileños.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Caramujos e veados combinam

"Nós nos imaginamos na pele do animal. Nos perguntamos onde será que ele pisa? Em caramujos e samambaias. Os sabores combinam. Caramujos e veados vivem juntos. Têm uma simbiose". Parece uma citação de Charles Darwin, não? Ou, se você deixar a imaginação correr, poderia dizer que é alguma elocubração de Alice perdida no País das Maravilhas e às voltas consigo mesma. Nem uma coisa nem outra. Se bem que Darwin calha bem nesse contexto porque o "Homo homini lupus" ou o homem é o lobo do homem, de acordo com Thomas Hobbes.


Mas já vai adiantada a hora e não tenho que divagar mais do que deveria. Na verdade, há muito tempo não abordava esse tema, um dos meus preferidos depois de mim mesmo (hehehehe!!! é brincadeira, bobinho(a)!!!). Falo sobre a gastronomia. E, exatamente por fazer tanto tempo, o faço com luxo: o post é sobre o Noma, o restaurante número 1 do mundo, a se confiar na The S.Pellegrino Best Restaurant in the World, da revista Restaurant.


A frase grafada em itálico no início do texto é do chef Rene Redzepi, do badaladíssimo restaurante Noma, de Copenhague, Dinamarca. "Muito do que vemos é comestível", diz o chef, que gasta parte do tempo na caça de novidades no próprio solo (e mar) da Escandinávia. Redzepi é o que se chama de "ser instintivo", como se definiria um neanderthal em busca de caça. Primitivo, experimenta ervas - cocleária, azedinha, coentro do mar, mostarda silvestre, campânulas - que comporão seus pratos com outras excentricidades como ovos de papagaio do mar da Islândia e carne de muskox (mamífero do Ártico conhecido como bisonte). Tem uma coisa no chef Redzepi de que eu gosto muito: ele usa apenas ingredientes da região nórdica, com as notáveis exceções do café e do chocolate.




O Noma foi aberto em Copenhague em 2003 e os frequentadores não só não entendiam a comida de Redzepi como a reprovavam. Enquanto ele servia cloudberries (erva nativa das regiões boreais), as pessoas queriam foie gras, por exemplo. Bastaram apenas sete anos para que o Noma fosse inscrito, a partir do reino de gelo da Escandinávia, no mundo contemporâneo da gastronomia mundial.


Estamos em 2010 e o Noma tem duas estrelas Michelin. Recebe reservas com três meses de antecedência e tem apenas 12 mesas que acomodam 40 pessoas. O chef do Noma é um chef locavore - que promove e pratica a gastronomia com ingredientes locais. O chef afirma que o melhor que um restaurante pode oferecer é servir a comida mais fresca e mais autêntica naquela região em que está incrustrado. No caso, a região escandinávia. E ao pensar assim, Redzepi desencavou, com o auxílio de dois historiadores da comida dinamarquesa, tradições esquecidas como o sea buckthorn (frutinha que tem gosto de laranja picante), rose hips (rosa canina, google-se) e aglio orsino (google-se again) para compor um tira-gosto completamente original.




Os dinamarqueses usavam cinzas de feno como tempero no passado. O chef resgatou a cinza. A cinza de feno tem um leve sabor de pipoca (eu nunca experimentei mas lembro de batatas doces assadas na brasa que trazem consigo o sabor da madeira queimada) e Redzepi as serve como guarnição para ovos e centoias (sorry, você terá que googlar ad eternum). Uma das entradas combinas tubos finos e longos de carne de molusco envolta em salsinha servidos em "neve" de rabanete congelado e suco de salsinha e molusco. O sabor - depoimento de quem o experimentou - remete a sushi com wasabi, mas mais limpo, luminoso (!) e cortante.




O quintal de Redzepi é pródigo - Dinamarca, Islândia, mar Ártico, Suécia, Finlândia, mar Báltico - e é onde ele obtém langoustine, que devem ser comidas com as mãos de forma que os dedos cavuquem a carne da lagosta. Isso é a conexão com a natureza que o chef pretende obter. Por isso, legumes crus são apresentados à mesa em vasos cuja "terra" é feita de farinha de avelã maltada com emulsão de iogurte de cabra, estragão e outras ervas. Em outra vertente, marítima, um prato de camarões e pó de ouriço do mar é montado à guisa de uma paisagem praiana, com pedras e tufos de grama.




O Noma tem 24 cozinheiros de seis países diferentes. Aos 15 anos, Redzepi foi fazer uma escola de restaurante apenas para seguir um amigo. Foi quando descobriu a simbiose com o fogão. Da Dinamarca, foi para a França e, depois, para o el Bulli, de Ferran Adriá, na Espanha. Foi quando aprendeu que as regras podem ser jogadas janela afora. "Voltei com senso de liberdade". Passou ainda pelo californiano The French Laundry, de Thomas Keller, e de lá extraiu a ordem impecável na cozinha.




O Noma encontrou, nas expedições do chef Redzepi, o ponto em que caramujos e veados trilham o mesmo caminho, sobre as samambaias dinamarquesas. E associou, portanto, que veados deveriam ter assimilado, em algum momento, tanto a samambaia quanto o caramujo na alimentação. E viu nisso a simbiose entre caramujos e veados. É, a diversidade combina. Inclusive e ostensivamente na cozinha. Noma vem de "No" (nórdico) e "ma" de "mad" (alimento). O alimento nórdico não tem preconceito. É livre, como o chef Rene Redzepi.


(a maior parte deste conteúdo foi extraído de matéria publicada originalmente no The New York Times e reproduzida pelo portal iG, no Brasil)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pegação

Afffeee que se fosse na Paulista eu estaria lá...


All the Lovers, by Kylie Minogue



domingo, 11 de julho de 2010

Meu rugido dominical



Durante todo esse mês, que envolveu a realização da Copa do Mundo - entre o dia 11 de junho e hoje, 11 de julho -, muito se ouviu, em toda a mídia mundial, sobre a importância do evento para, finalmente, suavizar as diferenças de raças na África do Sul e, por extensão, no continente africano. Loas foram entoadas a todo o momento (na mídia brasileira, particularmente) para felicitar a África do Sul como se, neste mês, o país houvesse apagado todo o seu passado e fechado a portas grossas a feiura do apartheid.


Na minha opinião, apenas passaram um verniz e tentaram vender, para a audiência global, a sensação de que os mundos africanos, entre os brancos bôeres (colonos de origem holandesa, flamenga, francesa e alemã) e os negros zulus, xhosas, basothos, bapedis, vendas, tswanas, tsongas, ndebeles e swazis, convergiram numa igualdade ideal. Mentira!


Não estive e nem precisaria estar in loco para saber que, assim que a locomotiva da World Cup, liderada pela FIFA, deixar o continente, nesta semana, a África do Sul se voltará para seus problemas internos, inclusive o da divisão racial.


Durante estes 30 dias, me lembro de ter lido apenas uma matéria sobre a prevalência da divisão racial: a despeito de, oficialmente, o apartheid ter sido extinto em 1994, passados 16 anos, Orânia, cidade a 650 Km de Johannesburgo, ignorava, exceto por nove telespectadores, o início da Copa do Mundo no dia 12 de junho. A cidade é formada por 720 africâners (descendentes de holandeses) que vivem isolados na tentativa de manter a "pureza da raça". Negros e mestiços são proibidos de morar em Orânia, embora os âfricaners componham apenas 6% da população total da África do Sul. Há um museu na cidade, dedicado a Hendrik Verwoerd, o primeiro-ministro que prendeu Nelson Mandela nos anos 60 (foi preso em 62 e libertado apenas em 90 e, com isso, tornou-se o líder do antiapartheid).


Sobre os símbolos que definitivamente deram à África do Sul a cara de uma copa - bandeira sul-africana, camiseta do time (o Bafana Bafana) e a vuvuzela - uma moradora disse que era (a vuvuzela) a coisa mais idiota já inventada e que "tinha vontade de atirar em quem toca esse negócio". Uma outra morada conhecia apenas o zagueiro Mattew Booth, da seleção sul-africana. Detalhe: Booth era o único branco dessa seleção atual.


Acima da África, já no Hemisfério Norte, um outro país deu uma demonstração popular forte para a separação geopolítica: na Espanha, em Barcelona, mais de 1 milhão de pessoas se concentraram nesse último sábado, 10, para defender o estatuto de autonomia da Catalunha. A manifestação era contrária à decisão do Tribunal Constitucional da Espanha que rejeitou a Catalunha como nação e determinou que a língua catalã não tem preferência sobre o espanhol como língua na região.


Li também que a Copa do Mundo fez muito mais do que os políticos pela unidade da Espanha: "separatistas, independentistas e nacionalistas agora levantam, junto com todos os espanhóis, a mesma bandeira vermelha e amarela", assinalou uma das agências de notícias internacionais. Mentira de novo!


Como bem o demonstraram os mais de 1 milhão de catalães que desfilaram em Barcelona contra a determinação de Madrid. O povo catalão (do qual sou originário pela parte materna) tem língua própria e uma história que remonta ao reinado de Aragão, do qual se tornou independente em 1714. Na ditadura de Franco (entre 1939 e 1975), o catalão foi proibido de falar sua própria língua e foi declarado ilegal publicar livros nessa língua.


A sentença do tribunal espanhol, no entanto, deixou claro que sentimentos separatistas estão fora de cogitação da Espanha: "a Constituição não conhece outra, a não ser a nação espanhola". A frase faz parte do texto de 881 páginas que responde a um recurso impetrado em 2006 pelo Partido Popular para que fosse revisados pontos considerados inconstitucionais no Estatut (a lei catalã). Por conta disso, a manifestação de sábado em Barcelona ostentou o lema "Som una nació, nosaltres dedicim", em catalão, que quer dizer "Somos uma nação, nós decidimos".


Por aquelas vias que não conseguimos explicar e tanto podemos atribuir ao destino quanto à coincidência, jogaram a final desta Copa do Mundo a Espanha e a Holanda. A Espanha é a grande campeã da Copa do Mundo da África do Sul 2010. E aproveito para parabenizar a nação inteira por este título inédito do futebol espanhol. Mas o que me chama a atenção é o fato de que, de um lado do campo, estavam os holandeses, que deram origem aos bôeres e africâners que criaram as raízes para o apartheid sul-africano, tão profundas que consumirão ainda muitas décadas para serem aparadas. Do outro lado, estavam os espanhóis, cuja seleção era formada em vasta maioria por jogadores do Barça (Barcelona): eram oito, no total.


Ou seja, o futebol, ao contrário do que pregaram políticos e toda a cartolagem da FIFA, de maneira alguma é capaz de forjar unidade. E muito menos apagar do passado recente tanto os desmandos da África do Sul quanto os da Catalunha. O fato de holandeses e espanhóis jogarem a final deveria ser visto tal qual foi o jogo: uma disputa. É o que sempre é, apenas uma disputa entre um lado e outro.

sábado, 10 de julho de 2010

Brad or brandy?

Minha mãe diz que o corpo é um templo que não deve ser profanado. Já escrevi isso por aqui em alguma outra ocasião. Tenho comigo que o corpo (não os templos) estão de passagem por aqui justamente para serem profanados. Acredito que a profanação do corpo não tem o mesmo significado da profanação de um templo.


Não sei, são opiniões. Um corpo nasce puro e virgem e se conspurca na medida exata em que se vive: uns mais, outros menos, mas praticamente todos nós, humanos, nos corromperemos e a nossos corpos. E digo conspurcação num sentido mais amplo: desde aquilo que ingerimos até o que fazemos, conscientemente ou não, com nossos corpos.


No contexto em que minha mãe disse isso, significa "poluir" aquilo que era, de uma certa forma, imaculado. As máculas, no caso, são várias: bebida, cigarro, ingestão de substâncias lícitas e ilícitas e, de forma mais evidente, posto que de maior exposição, tatuagens.


Tenho três tatuagens. Tenho comigo, ainda, que padeço de um dos sintomas do transtorno obsessivo compulsivo (TOC): sofro de colecionismo. E, tenho, finalmente, históricos de pessoas que fizeram tatuagens que me disseram que depois da primeira, você não consegue mais parar. No meu caso, isso se confirmou. E ainda tenho ímpetos de fazer mais algumas. Não apenas uma. Algumas. Ideias já as tenho. Pena que ficam caras.


Em vários sentidos, sou livre o bastante para não me prender a dogmas. Portanto, e sei que muitos discordam, para mim tatuagens são bonitas, lindas, significativas. Muitas pessoas as relacionam com um eventual submundo, uma sujeira, uma identificação com uma faixa da sociedade que está na camada mais baixa. Para mim, são mais anagramas, cicatrizes a mais para colecionar numa vida que tem mais tatuagens do que aquelas que, espontaneamente, gravamos em nós mesmos.


Li que a gatíssima Angelina Jolie fez mais uma tatuagem. É a 14ª. ou 15ª. que a atriz faz. Essa última tatuagem, na coxa, foi registrada pela revista Vanity Fair num ensaio fotográfico com Angelina (veja a foto abaixo). Mas a atriz não revelou exatamente do que se trata e tampouco a foto deixa entrever a tattoo com nitidez. A revista especula que tanto pode ser "Mister Brad", em referência ao igualmente gatíssimo Brad Pitt, quanto "Whiskey & Beer". Diz a revista que é interessante supor que se trate de "whiskey & beer" (uísque e cerveja). De forma que ficamos entre Brad (Pitt) e brandy (um uísque brando, um conhaque). Tanto num caso quanto noutro me agrada que Angelina Jolie saia a gravar esses hieróglifos pelo corpo. Tintin!




Se ficássemos pele para a eternidade, imagino os humanos daqui a 500 anos a nos encontrarem e tentar decifrar o sentido (por vezes, bastante óbvio) dessas tatuagens. Angelina apenas declarou que fez a nova tattoo para Brad. Eu também faria, gata. Abaixo, parte da coleção das tatuagens de Angelina. As minhas eu ainda postarei aqui um dia. Por enquanto, ficam circunscritas a algumas poucas pessoas que têm acesso ao templo.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Começou!!!

Bem, fazer o quê se 2014 começou ontem, dia 8, em 2010? É fato: foi feita a apresentação do logotipo da Copa do Mundo do Brasil de 2014. Domingo, 11 de julho, oficialmente acaba a Copa do Mundo da África do Mundo de 2010 e começa a contagem regressiva para 2014. Particularmente, achei o logotipo horrível. Apenas uma tentativa de reproduzir um Brasil estilizado. Sofrível, para falar a verdade.




Já me posicionei contra a realização da Copa do Mundo no Brasil por vários motivos. Mas sou apenas mais uma entre tantas dissonantes vozes. Pois há mais consoantes vozes e contra elas não há o que se dizer. Logo, tenho que me unir aos demais. Vamos lá! Abaixo, o vídeo oficial da apresentação do Brasil como sede da próxima Copa do Mundo:



quinta-feira, 8 de julho de 2010

Nude do dia

Com religião e símbolos religiosos, sejam católicos, muçulmanos ou judaicos, não se mexe. A edição deste mês da revista Playboy de Portugal resolveu fazer uma brincadeira e colocou a figura de Jesus Cristo na capa e em ensaio interno com mulheres nuas.


A intenção - e de boas e más dizem que o inferno está cheio - era fazer um ensaio-homenagem a José Saramago, morto no mês passado. O escritor, notadamente ateu, escreveu "O Evangelho Segundo Jesus Cristo".


A Playboy é de origem norte-americana, país cujas religiões são tantas que se mesclam umas às outras sem que seja possível afirmar que os EUA são evangélicos, católicos ou ateus. Mas uma coisa é certa: os EUA são profundamente conservadores, por mais que se proclamem o contrário.


E a reação foi fulminante: a Playboy Enterprises, que controla os direitos da marca no mundo todo, anunciou que a filial portuguesa perderá sua licença e terá que fechar as portas. Leia o comunicado da Playboy: "Nós não vimos ou aprovamos a capa e o ensaio da edição de julho da Playboy Portugal. É uma quebra chocante de nossos padrões e nós não teríamos permitido isso se tivéssemos visto antes. Como resultado disso e de outros problemas com a editora portuguesa, estamos iniciando o processo de romper o nosso contrato." Abaixo, as fotos que culminaram com o fim da Playboy portuguesa e a prevalência do falso moralismo cristão dos EUA:



quarta-feira, 7 de julho de 2010

Zakumi

Você conhece o Zakumi? Não? Vem comigo! "ZA" é a abreviatura para África do Sul (em holandês, Zuid-Afrika - ZA) e "Kumi" significa o número 10. Zakumi pode significar também "vem aqui" em alguns dialetos sul-africanos. Pois Zakumi é o mascote da Copa da África do Sul. É um simpático leopardo de cabelo verde que usa uma camiseta branca com a inscrição "South Africa 2010" e um short verde.




Mas, como é comum acontecer nas grandes competições mundiais, ainda que os organizadores criem, inventem e façam a maior publicidade dos símbolos e mascotes, o que ficam são aqueles personagens ou objetos que, espontaneamente, caem no gosto popular. Da África do Sul, certamente, o mundo guardará a animação do país africano no início da Copa do Mundo, a nunca calada vuvuzela e a endiabrada Jabulani.


Mas um personagem inesperado tem feito bastante barulho. Mais até mesmo do que as vuvuzelas: é Paul, o polvo alemão da cidade de Oberhausen, que tem se notabilizado como o vidente mais certeiro dessa temporada: o simpático animal marinho acertou o sexto palpite consecutivo ao prever a vitória da Espanha sobre a Alemanha nesta quarta-feira, 7, em Durban, nas semifinais da Copa do Mundo.




Antes, havia acertado os cinco resultados anteriores da Alemanha nos jogos passados. Para que o oráculo de Paul funcione, dois mexilhões são colocados em recipientes de vidro, cada um com uma bandeira estampada - da Alemanha e do adversário - e Paul escolhe um dos dois e despreza o outro. O recipiente escolhido indica, segundo a crença alemã, o time vencedor. E Paul acertou todas. Não sei se os alemães farão o mesmo no jogo que definirá o terceiro colocado - Alemanha x Uruguai - no próximo sábado. Mas podem fazer isso e poderiam, também, colocar Paul para prever se vence a Fúria ou a Laranja Mecânica. Eu havia prometido não tocar mais no assunto mas como o tema é ameno e o blog é meu, faço o que bem entendo. Sou como Paul: procuro o mexilhão que mais me agrada e zupt! Engulo e acabou-se tudo!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Paróquia global

Você sabe o que é buzz? É barulho, burburinho, falatório, o popular zunzum. É algo que começa como uma pequena fagulha e se transforma em um incêndio de proporções consideráveis e atinge de pequenos focos a grandes extensões. Alguns buzzes provocam reduzidos fogareiros e, por falta de oxigênio, minguam. Outros, tal qual rastilho de pólvora, espalham-se e tomam conta de áreas que se imaginavam seguras.


Você já viu uma queimada? Voluntária ou não? Eu já. No interior de São Paulo (que eu conheço bem), é comum os plantadores de cana de açúcar atearem fogo nos canaviais antes da colheita. Essa prática será proibida a partir de 2014, nas áreas mecanizáveis (sem declives, onde é possível trafegar com colheitadeiras), e em 2017 em áreas não mecanizáveis. Essas queimadas atingem proporções de incêndios incontroláveis e têm por objetivo queimar a palha da cana e facilitar a colheita, dizem os produtores. Se a colheita é feita a foices por trabalhadores rurais, talvez ainda existisse sentido nesse procedimento (os canaviais são viveiros de cobras). Como é feita, em mais de 55% dos casos, por máquinas, o processo de queimada deixa de ter importância.


Bem, outras queimadas, involuntárias, podem destruir um sítio inteiro se não forem controladas. Destruíram a casa dos meus avós. Foi um raio. E queimou tudo, até a última ponta. Sobraram apenas moedas antigas.


O buzz é assim. Voluntário ou não, provoca queimadas gigantescas ou pequenas. Mas sempre alguém sai chamuscado. E, alguns, devastados, irremediavelmente.


Somos, no globo terrestre, 6.854 bilhões de pessoas (até hoje, 6 de julho de 2010). Desse todo, 1,8 bilhão acessamos a internet pelos mais diversos meios. Ou seja, 26,6% de nós está conectado online. Podemos, guardadas as limitações de língua e entendimento cultural, saber de tudo o que acontece no mundo instantaneamente, no momento mesmo em que ocorrem os eventos.


Você sabe o que é uma paróquia? É uma subdivisão territorial criada pela igreja católica para delimitar uma determinada comunidade de pessoas que frequenta determinada igreja. A paróquia também era chamada, antigamente, de freguesia. Assim, pequenas comunidades, em geral, estavam associadas às respectivas igrejas - a matriz (construções mais imponentes, com cruzes que dominam as cidades), a igrejinha (de menor proporção) e capela (ainda menor, presente inclusive em áreas rurais que, antes, ainda concentravam um certo volume de pessoas).


Bem, paróquia serve muito bem para definir muitas cidades no Brasil. Inclusive a minha própria, cuja população urbana não passa dos 4 mil habitantes. Paróquia, portanto, é sinônimo de uma cidade onde se sabe (quase) tudo de todos o tempo todo. São Pedro do Turvo, nesse contexto, é uma paróquia.


Quando você, com um click aqui e outro ali, consegue unir-se a um universo de 1,8 bilhão de habitantes da Terra, estabelece uma paróquia virtual. É quase possível acessar tudo o que quiser, se tiver um pouco de paciência. Se você pertence a alguma rede social, fica ainda mais fácil. E quando você passa a deter as ferramentas para uso massivo na internet (postagens de textos, fotos, vídeos), você ultrapassou a útima fronteira e passa, portanto, a ser gerador de conteúdo.


Dado esse salto, você tem uma vastíssima paróquia virtual para usar a seu bel-prazer, para o bem ou para o mal. A paróquia deixa de ter limites geográficos, na origem do mundo terreno, e passa a ser limitada tão e somente pelo acesso ou não do usuário. É uma paróquia de qualquer forma. E é aqui que o buzz passa a ter poder de fagulha, fogueira, queimada ou incêndio de grandes proporções.


E foi nesse sentido que uma mulher traída, do interior de São Paulo, de Sorocaba, resolveu usar uma dessas ferramentas - YouTube - e dizer ao mundo que era vítima de traição. Uma intriga paroquiana tratada com as armas modernas de destruição em massa que a internet nos legou. Antes, porém, a traída se preparou: obteve acesso aos e-mails trocados entre o marido traidor e a amante. Municiada, chamou a amiga (?) para uma conversa que, teoricamente, era privada. Não era! Ferida no orgulho de fêmea traída, gravou a conversa com a amiga, surrou a traidora e ainda gravou. Finalmente, colocou no ar o vídeo para Sorocaba, São Paulo, Brasil e o mundo assistirem a desforra.




A paróquia ficou pequena. Não cabe mais na cidade, no bairro ou no edifício, conforme a cidade. Precisa ser fotografada, transformada em versão big brother e emitida em broadcasting (em internet, chama-se webcasting, que é a transmissão de imagens via rede). Acabou-se o mundo dos pequenos escândalos, fadados a encerrarem-se em suas próprias comunidades. Acabou-se a restrição imposta pelos antigos e discretos - "roupa suja se lava em casa". As roupas não apenas são lavadas publicamente como são estendidas em varais virtuais para o mundo ver o processo de secagem (ou de outros desdobramentos).


A fofoca é tão antiga quanto o mundo. Começou com as intrigas da serpente entre Adão e Eva, na versão bíblica, e, lhe asseguro, houve alguém, estou certo, que contou ao criador que Caim havia matado Abel. Como não acredito no conceito de onipresença, tenho certeza de que algum(a) fofoqueiro(a) correu a contar ao criador que Caim havia matado Abel por inveja.


A internet e toda a cadeia de dados que nos une uns aos outros e cada vez mais somente potencializa a fofoca em níveis nunca antes vistos. Agora, podemos contar aos vizinhos (aos quase 7 bilhões de vizinhos do planeta) tudo aquilo que antes guardávamos no recato de nossas pequenas paróquias. Acabou o recato. Abaixo, claro, o vídeo da traída e da traidora. Sou parte dessa humanidade e, portanto, também faço parte do buzz, cuja premissa, para ser concretizada, é que se passe à frente a fofoca.




segunda-feira, 5 de julho de 2010

A dança da guerra

Fazer a dança da guerra é primitivo. Vem lá dos primórdios da humanidade. Os índios dançavam (dançam) antes do combate. Os zulus africanos dançam. Os maoris australianos dançam. Todos expressam na dança os movimentos que comporão a convulsão do guerreiro, feito um balé algo macabro.


Mesmo durante a II Guerra Mundial, não raro se promoviam bailes grandiosos na Europa nas cidades ocupadas para celebrar o que quer que fosse. Os militares de alta patente dançavam valsas vienenses como se expusessem, com isso, os méritos (contestáveis) de suas conquistas e batalhas vencidas.


Eis que, portanto, não é novidade dançar sobre o solo inimigo e proclamar, com isso, de uma forma sórdida, a rendição daquele solo, literalmente, aos pés de quem dança.


Foi o que fizeram seis soldados israelenses durante patrulha em rua de Hebron (Cisjordânia), em território ocupado que é reivindicado pela Autoridade Nacional Palestina. A despeito de declararem tratar-se de uma brincadeira, os militares de Israel deverão ser punidos. O vídeo - "Battalion 50 Rock the Hebron Casbah" - foi colocado no YouTube pelos próprios soldados neste último domingo e, horas depois, havia sido retirado. Mas já era tarde: diferentes versões circulavam pelo próprio YouTube, Facebook e blogs, como a versão abaixo.





No vídeo, os seis soldados ensaiam uma coreografia canhestra ao som de "Tik Tok", da cantora norte-americana Ke$ha, em pleno território ocupado de Hebron. 


Em outro vídeo polêmico, marines norte-americanos dançam "Just Dance", de Lady Gaga, e exibem armas, munições e uma pretensa descontração no Afeganistão e no Iraque, conforme você pode ver nas cenas a seguir, num mesmo ritual de ocupação e que significa, da mesma forma, a dança da guerra sobre o país ocupado:





Particularmente, prefiro a versão do ABBA, "Soldiers", feita para o balé ABBAllet, em 1984, numa versão dirigida pelo próprio ABBA. Abaixo, alguns fragmentos dessa versão.





De resto, dançar em solo invadido e ocupado é, de certa forma, quase como urinar no rosto do oprimido. É tão humilhante quanto.

domingo, 4 de julho de 2010

Meu rugido dominical



"Encerrado o ciclo de trabalho que teve início em agosto de 2006, e que culminou com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo da África do Sul, a Comissão Brasileira de Futebol (CBF) comunica que está dispensada a comissão técnica da Seleção Brasileira.


A nova comissão técnica será anunciada até o final deste mês de julho."


Assim, de forma seca, a CBF formaliza a demissão do técnico Dunga e todos os auxiliares que o assessoravam - o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria (que estava na CBF desde 1989) e o médico José Luís Rinco (desde 2002). Dunga e Jorginho estavam na comissão desde 2006.


A nova comissão deverá preparar a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo do Brasil de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, do Rio de Janeiro. Antes, porém, a Seleção Brasileira joga cinco amistosos este ano (o primeiro contra os EUA, em 10 de agosto), compete em 2011 pela Copa América e para a seletiva dos Jogos Olímpicos de 2012. Em 2012, se selecionado, o time brasileiro joga as Olimpíadas. Em 2013, haverá a Copa das Confederações do Brasil. Em 2014, a Copa do Brasil. Em 2015, a Copa América (cuja sede pode ser o Brasil ou o Chile). E, em 2016, finalmente, as Olimpíadas do Rio de Janeiro.


Encerrado o meu próprio ciclo de trabalho iniciado no dia 13 de junho deste ano com meu Rugido a me assumir amante enrustido de futebol e que culminou com a derrocada do Brasil perante a Holanda, na última sexta-feira, 2 de julho, acabam-se os posts de futebol e as minhas divagações sobre um tema que absolutamente não domino. Com este Rugido, portanto, deixo esta Copa para quem de direito: disputam a taça mundial Uruguai e Holanda, nesta terça-feira, 6, e Espanha e Alemanha, na quarta-feira, 7. Para quem eu torço? Para não dizer que sou mau perdedor, torço para a Alemanha, que tem jogado um futebol sem a arte tão cantada dos brasileiros mas que tem sido absolutamente precisa. Ainda que pese metade da minha ascendência espanhola e a vizinhança latina dos uruguaios, é com os alemães que fico. Adeus Copa do Mundo e bye bye futebol, pelo menos até 2011!

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