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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

We Are The World, ontem e hoje

Depois de 25 anos da primeira edição do projeto "We Are The World", feito para o continente africano, numa criação conjunta de Michael Jackson, Lionel Richie e do produtor Quincey Jones e que reuniu 44 cantores dos EUA, agora 80 artistas se reuniram para projeto similar em prol das vítimas do terremoto do Haiti.


Nessa nova edição - chamada "We Are The World - 25 for Haiti" -, capitaneada pelo rapper haitiano Wyclef Jean, estão juntos nomes como Lil Wayne, Josh Groban, Usher, Enrique Iglesias, Celine Dion, Miley Cyrus, Jonas Brothers, Barbra Streisand, Carlos Santana, Natalie Cole, Brian Wilson e Al Jardine (do Beach Boys). Esses artistas abriram as gravações do novo álbum e DVD nesta terça-feira, 2. Estão previstas, ainda, a participação de outros nomes da música pop dos EUA como Lady GaGa, Beyoncé, Taylor Swift, Jay-Z e Justin Timberlake. Esse projeto será lançado durante os Jogos de Inverno de Vancouver, Canadá, no próximo dia 12.


A edição Haiti





A edição de 25 anos atrás, feita para a África






quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Picture

Afirmam os especialistas que o máximo de sobrevida que temos sob os escombros é de 96 horas ou quatro dias. Uma adolescente desmentiu enormemente essa teoria: foi encontrada viva sob as ruínas 15 dias depois do terremoto que matou mais de 170 mil pessoas (até segunda-feira, 25) no Haiti.


O que sei, de concreto, é que quando se trata de sobrevivência, o ser humano tem reservas insondáveis ante as lentes de explicações lógicas e definitivas. E a menina haitiana é prova disso.



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

As cidades-fênix e a chama sagrada que as mantêm

Seja por hecatombes naturais ou provocadas pela ardilosa mão do homem, a destruição de cidades inteiras acompanha a humanidade há, pelo menos, dois mil anos. Porto Príncipe, capital do Haiti, une-se a outras cidades no triste rosário de destruição. Mas há esperança! Sempre há porque, se não existisse esse sentimento tão humano, não haveria o desafio grandioso de se levantar das cinzas e, tal qual uma fênix de vastas proporções, reerguer-se uma vez e mais e mais, tantas vezes quantas forem necessárias. Porque assim é o homem, para o bem ou para o mal: apanha, bate e, com a mesma teimosia, debate-se em meio aos clamores da natureza e do próprio homem.


A seguir, em ordem cronológica, listo algumas cidades que, desde o ano 64 d.C., foram praticamente aniquiladas e, ainda assim, bateram as asas incineradas e renasceram. Porque a palavra "cidade" deriva de civilização, do latim "civitas". E civilização significa agrupamento humano, cuja ocorrência gera, na maior parte das vezes, a evolução social nas mais diversas áreas: científica, política, econômica, artística e, por que não o dizer, também humanitária?


- Roma, 64 d.C.


No dia 18 de julho de 64 d.C., a cidade foi tomada pelo Grande Incêndio de Roma, que começou na região do Circo Máximo. As ruas de Roma não eram ruas, e sim ruelas. Como que dutos condutores de fogo, essas ruelas fizeram com que o incêndio se alastrasse rapidamente nos insulares (ou cortiços), edifícios de três, quatro ou cinco andares construídos à base de madeira. O incêndio durou seis dias mas, depois de controlado, novos focos fizeram com que o fogo se propagasse por mais três dias. Ficaram destruídos dois terços de Roma.





A versão mais conhecida sobre o incêndio de Roma é a de que o imperador Nero teria ordenado o evento com o objetivo de reconstruí-la segundo seu próprio projeto arquitetônico. Essa versão é desmentida pelos historiadores. Nero, na ocasião do incêndio, não estava em Roma e, ao voltar, abriu os jardins de seu palácio para acolher os desabrigados. Isso contaria a seu favor, não fosse o fato de que, após o incêndio, Nero aproveitou para adquirir terrenos circunvizinhos ao palácio a preços vis, o que revoltou a população e a levou a considerá-lo suspeito. O certo é que Nero elaborou um novo plano de desenvolvimento urbano para aquela que seria a capital do Império Romano do Ocidente e também a cidade eterna.


Outra versão dá conta de que os moradores usavam o fogo para se aquecer e, claro, preparar a comida. Como as residências eram de madeira, houve algum tipo de acidente que, somado aos fortes ventos da cidade, fez com que o incêndio se alastrasse por toda Roma.


Segundo os historiadores da época, três bairros de Roma foram completamente destruídos e outros sete ficaram bastante danificados. Roma tinha, na época, 1,7 mil casas particulares e 47 mil insulares. E, embora não haja estatísticas confiáveis, estima-se que mais de 10% da cidade foram destruídos.


- Pompéia, 79 d.C.


Antiga cidade do Império Romano, situada a 22 Km de Nápoles, Pompéia foi destruída pela erupção do vulcão Vesúvio no dia 24 de agosto de 79 d.C. Por mais de 1,6 mil anos, a antiga Pompéia ficou encoberta pelas cinzas, até ser reencontrada por acaso. E, quando redescoberta, mostrou os horrores encobertos pela lava vulcânica, com habitantes em pleno processo de fuga e, tal qual a mulher de Lot transformada em estátua de sal, cerca de 3 mil habitantes ficaram entalhados na pedra vulcânica para contar a destruição de Pompéia para a posteridade.





Atualmente, Pompéia é uma comuna da região de Campania, na Itália, com pouco mais de 25 mil habitantes. Ao redor do vulcão, vivem cerca de 600 mil pessoas. O Vesúvio continua em atividade. Antes de soterrar a antiga Pompéia, o Vesúvio ficou inativo por mais de 1,5 mil anos. A última erupção fatal do Vesúvio ocorreu em 1944 e a cidade de Nápoles, que tem 2 milhões de habitantes, também vive sob a constante ameaça de novas erupções.


- Londres, 1666


O Grande Incêndio de Londres destruiu uma imensa parte da capital britânica entre os dias 2 e 5 de setembro de 1666. Consumiu, em quatro dias, 13,2 mil casas, 87 igrejas, 44 prédios púbicos e a Catedral de Saint Paul. Não há um número preciso das vítimas, mas os registros da época relatam um total de 100 mil desabrigados e apenas nove mortes! Infelizmente, esse número - e pesquisas mais atuais - não foi tão baixo: estima-se que morreram, sim, milhares de pessoas, já que Londres, naquela ocasião, não registrava as pessoas pobres e de classe média.





Segundo a história, o incêndio começou numa padaria em Pudding Lane e se propagou por toda a vizinhança. A rápida ação do incêndio foi favorecida pela estrutura medieval de Londres: ruas estreitas e construções de madeira, bastante próximas umas das outras. À época, os incêndios eram combatidos com a derrubada de construções para impedir que o fogo se alastrasse. E essa técnica arcaica, ainda assim, foi atrasada por um político da cidade que, evidentemente, subestimou as proporções do incêndio. Quando, finalmente, o político autorizou as demolições, já o fogo havia se convertido em labaredas gigantescas e não podia ser detido.


O rei Carlos II, que governava o Império Britânico, temeu a reação pública e determinou a imediata reconstrução de Londres. Ao invés de aproveitar a catástrofe, no entanto, e se reinventar, a cidade foi reconstruída nos mesmos moldes do modelo anterior, ou seja, em madeira e ruas estreitas. Foi nessa época que surgiu o que é, atualmente, a City of London. A Catedral de Saint Paul, completamente destruída, foi levantada novamente, sob nova arquitetura. A ponte de Londres, que já havia sido parcialmente destruída por outro incêndio em 1663, foi definitivamente consumida pelas chamas. A biblioteca de teologia do Sion College perdeu um terço dos livros.


- Lisboa, 1755


Foi no Dia de Todos os Santos, em 1º. de novembro de 1755, que Lisboa amanheceu com o sismo cujo epicentro - nunca foi precisada a exatidão do epicentro - aconteceu no mar, entre 150 e 500 Km a sudoeste de Lisboa. Mas a magnitude do terremoto - 9 graus na escala Richter - foi tamanha que os abalos foram sentidos em Lisboa entre 6 minutos a 2:30 horas, conforme o local, e provocou fissuras que ainda hoje estão presentes na capital de Portugal.





As regiões mais atingidas foram a própria Lisboa e o Cabo de São Vicente. Os sobreviventes buscaram refúgio na zona portuária e, segundo o padre Manuel Portal, que tem relatos completos sobre o terremoto, instantes após o tremor, um tsunami, que pode ter atingido 6 metros de altura, fez submergir o porto e o centro de Lisboa, com as águas a avançarem 250 metros cidade adentro. De modo que, onde a água não chegou, lá estava o incêndio, que durou cinco dias, e contribuiu para dizimar estimadas 90 mil pessoas, da população que contava, em 1755, com 275 mil habitantes.


Esses eventos destruíram 85% das edificações de Lisboa. Foram abaixo palácios, bibliotecas, conventos, igrejas e hospitais. O Palácio Real, completamente destroçado, abrigava uma biblioteca com 70 mil volumes e centenas de obras de arte, inclusive quadros de Ticiano, Rubens e Correggio. O Arquivo Real, com documentos que registravam as explorações oceânicas de Portugal, foi completamente destruído, bem como registros históricos das viagens de Vasco da Gama e Cristóvão Colombo, ambos exploradores das Américas.


- New Orleans, 2005


A pressão foi insuportável e, no dia 30 de agosto de 2005, dois dos diques que cercavam New Orleans, que foi fundada numa região abaixo do nível do mar, não aguentaram e cederam sob as águas do Lago Pontchartrain. New Orleans é cercada por águas: além do próprio Lago Pontchartrain, que foi o responsável pela sua devastação, a cidade fica próximo do Golfo do México e do Rio Mississipi. Quando as barreiras romperam, 89% da cidade foram inundados a uma profundidade de até 8 metros.





Nunca ficou claro o número de vítimas mas calcula-se que foram milhares de pessoas. O responsável por tudo isso foi o furacão Katrina, que elevou o nível de água dos reservatórios que circundavam New Orleans e provocou o transbordamento. Em 2000, apenas a cidade tinha mais de 500 mil habitantes e toda a região metropolitana de New Orleans concentrava quase 1,5 milhão de pessoas. Pelo menos 200 mil casas foram destruídas pelas águas. Alguns moradores puderam retornar apenas um ano depois à cidade e muitos foram transferidos para cidades dos estados vizinhos como Louisiana, Texas e Missouri e até mesmo mais distantes como Washington, Ontário e Illinois. Dessas pessoas, a maioria jamais retornou a New Orleans que, passados quase cinco anos, ainda tem muitas áreas desabitadas. Após a passagem do furacão, que atingiu ventos de 200 Km/hora, muitas lojas foram saqueadas e houve roubo generalizado. A lei marcial foi instituída em New Orleans para assegurar o controle de toda a região.


- Porto Príncipe, 2010


Na terça-feira, 12 de janeiro, precisamente às 16:53 horas de Porto Príncipe, teria início aquele que pode ser, a se confirmar a estimativa do governo de 200 mil mortos, uma das dez piores tragédias mundiais em termos de vítimas. Com epicentro a 15 Km de Porto Príncipe e 7 graus na escala Richter, o terremoto devastou a capital do Haiti e todo o entorno e desabrigou pelo menos mais 1,5 milhão de pessoas. Apenas na capital, viviam 3 milhões de haitianos.





Fundada em 1749 pelos franceses, Porto Príncipe (ou Port-au-Prince) ainda conta os mortos, os feridos e começa, em meio a novos tremores e muito medo, a tentar reconstruir aquela que é a capital de uma das primeiras nações independentes da América do Sul. O Haiti tornou-se independente em 1804 mas nunca foi, de fato, independente. Neste momento, é, ao contrário, totalmente dependente do mundo inteiro para se reconstruir e tentar, ao menos, sobreviver nos escombros da cidade.


As seis cidades acima descritas, em diferentes épocas da história e nas mais diversas regiões da Terra, passaram, todas, pela fúria do fogo, da água, de vulcões, de terremotos e de tsunamis. Sobreviveram. Reconstruíram-se das cinzas, feito fênix que insistem em viver. Ou apenas sobreviver. Porque há uma chama sagrada que as mantêm: se chama homem.


Não entenda 'chama' como um triste trocadilho. Não é nada disso. Chama é uma metáfora para fé, para força, resistência, vontade, esperança. E o homem - e acredito mesmo nisso - é mais construção do que destruição, mais unidade do que divisão. As catástrofes que acometeram Roma, Pompéia, Londres, Lisboa, New Orleans e Porto Príncipe contabilizaram toda sorte de destruição e a perda de milhares de vidas. Nunca, contudo, foram capazes de conter o sentimento do homem em se reerguer dos escombros, sacudir a poeira e começar a vasculhar, a limpar, a resgatar e, finalmente, a reconstruir à sua volta.


Porque se a natureza promove eventos incontroláveis, é da natureza humana manter a chama acesa. Nem que for um fio apenas a iluminar por debaixo da ruína. Nem que for para surpreender na voz da senhora que canta ao ser resgatada sete dias depois de enterrada viva. Nem que for para ouvir o choro do bebê que sobreviveu a sete dias sem água, luz, leite e a mãe. Nem que for para constatar essas pequenas chamas que insistiram em se manter acesas. Porque é da natureza humana não se apagar. Exatamente porque não são infinitas, posto que chamas, são eternas enquanto duram. E a eternidade é o tempo em que cada uma dessas chamas permanece acesa. É tempo o bastante para ser fênix.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O Haiti, hoje, também é aqui

Pense no Haiti, reze pelo Haiti. O Haiti, hoje, também é aqui. Os terremotos que ocorreram no país provocaram a grande tragédia dos primeiros dias de 2010. Estão no Haiti, neste momento, 1.310 brasileiros, segundo o Ministério das Relações Exteriores. São 1.260 militares e 50 civis. Foram contabilizadas, pelo menos até agora, a morte de outros 12 brasileiros, entre os quais Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa. Zilda foi indicada três vezes ao Nobel da Paz e era irmão do arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns.





Mas a tragédia é muito mais abrangente: o governo haitiano estima que podem ter morrido mais de 100 mil pessoas, o que equivale o mais de 1% da população do país, que tem 8,121 milhões de habitantes. O Haiti é o país mais pobre de toda a América Latina e a expectativa de vida não passa dos 61 anos. E a catástrofe provocada pela natureza é aumentada pelas pessoas: o Haiti também é um dos mais corruptos e violentos países da região e brasileiros e outras pessoas que estão no país lá relatam saques, roubo de doações e toda a sorte de mazelas que acompanham um país destroçado.






Neste momento, a capital do Haiti, Porto Príncipe, que está no epicentro dos terremotos, é uma cidade devastada. Como se tivesse sido atingida por um bombardeio aéreo de grandes proporções. Desabaram as principais sedes governamentais e, junto com as edificações, também desabam quaisquer expectativas que os haitianos possam ter a curto prazo. Porto Príncipe é a maior cidade do Haiti, com população de cerca de 3 milhões de pessoas. E a Cruz Vermelha estima que essas 3 milhões de pessoas foram atingidas pelos efeitos do terremoto no Haiti.


Nós, longe da miséria multiplicada do Haiti, podemos todos ajudar de alguma forma. Abaixo, os links de serviços, organizações humanitárias e organizações não-governamentais que podem receber, pela internet, diversas formas de colaboração com o objetivo de amenizar esse triste pesadelo. Porque hoje o Haiti é aqui, ali e acolá. O Haiti precisa do mundo:


- Cruz Vermelha
- International Rescue Comittee
- Oxfam
- National Nurses United
- American Cares
- Yele Haiti Earthquake Fund
- Unicef
- Mercy Corps


No Brasil, as doações podem ser feitas, ainda, por meio da embaixada do Haiti no País, por depósito em banco. Os depósitos deverão feitos para a seguinte conta:


- Nome: Embaixada da República do Haiti
- Banco: Banco do Brasil
- Agência: 1606-3
- Conta corrente: 91000-7
- CNPJ: 04.170.237/0001-71


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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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