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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ordinariazinhas


terça-feira, 9 de agosto de 2011

O tempo não para

Efetivamente, não mesmo. Ou eu é que parei de acreditar.


domingo, 7 de agosto de 2011

Meu rugido dominical



Ei leitores/as! Cadê vocês? Desde julho, tenho notado uma curva ascendente na visitação do blog. Tenho lido muito por aí que os blogs perderam espaço com a popularização das redes sociais como o Facebook e Twitter, mas, até então, não tinha registrado o fenômeno.


Também pode ser porque as pessoas cansaram do blog simplesmente. Acontece. Assim como acontece quando enjoamos de determinada brincadeira, objetivo, comida e, olha só, de outras pessoas. Talvez o tom monocórdio do blog (a linha mestra é uma só, seja no humor ou na falta de) soe como um combalido sino que não atrai mais ninguém. Apenas irrita.


Li ainda que outras plataformas mais interessantes, como o Tumblr, podem ser uma alternativa mais dinâmica ao blog, modelo convencional.


Realmente não sei o motivo. Pensei que eram as férias escolares de julho. Com as férias, as pessoas tendem a relaxar e a sair de frente da TV e do computador (acho).


Findas as férias, o movimento foi ainda menor. Essa semana, na média, os visitantes não chegaram a 50/dia. Para comparar quando quero dizer que é visível a descendência, este blog chegou a registrar, em média, 140 visitantes/dia. E não faz tanto tempo assim.


Por isso, quero sinceramente saber que rumo tomar. Talvez esteja na hora de dar um tempo. Acabamos, o blog e eu, de fazer aniversário. Quatro anos. Sim, quatro anos eu, blogueiro, e o blog. Será que cansou? Cansei eu? Cansou o/a leitor/a, enfadado/a de tanta informação nem sempre útil depois da overdose de informação que já recebe pelas plataformas tradicionais?


Não sei. Uma das coisas de que mais gosto é de escrever. Escrevo aqui porque gosto. Não me sinto nem um pouco obrigado a fazê-lo. Tudo o que posto é porque, de uma forma ou de outra, me chamou a atenção e valeu o tempo para o registro.


Como homem de comunicação, no entanto, me dirijo a um determinado público. Se a audiência não existe, qual é o sentido de escrever? Para mim mesmo? Então é melhor fechar o acesso do blog. Isso é fácil.


Não sei. Na minha percepção, a blogosfera passa por uma mudança radical. Sim, são as redes sociais e serviços como o Tumblr. Mas, depois disso, virá algo mais. Pode ter certeza. Em 15 anos, a internet tem mudado tanto que é impossível determinar que modelos prevalecerão.


Hoje mesmo me disseram que a geração atual, ante a anterior, tem um vocabulário cotidiano de 1 mil vocábulos a menos do que a anterior quando na idade desta. Na Inglaterra e nos EUA, já existem escolas e cidades que abdicaram da escrita cursiva (aquela pela qual você escreve com caneta, não em letras de forma, e sim na sua própria e peculiar caligrafia). Nos EUA, chegaram a dispensar a escrita cursiva e de forma para adotar de vez os tablets como tábuas de alfabetização. Essas crianças não saberão escrever?


Mais uma vez, se me apresenta uma encruzilhada, a do fim do texto longo. Acho que vamos em direção a vídeos e imagens. Muito mais do que palavras. Responda-me rápido: você conhece alguém que neste exato momento esteja lendo um livro? Quantas pessoas? Se me retornar com uma, ficarei feliz.
E é essa a explicação que encontro para a ausência de visitantes: a lenta e gradual perda de interesse em ler, em buscar outras ideias, em fazer do pensamento alheio estruturas para formar o próprio. Não, não vejo como o fim, o caos e nem nada. Apenas lamento.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Fofos


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quatro

Quatro eram os Cavaleiros do Apocalipse. Também chamados de Cavaleiros da Revelação. Eram eles Conquista, Guerra, Fome e Morte. Isso é a simbologia bíblica.




Os cavaleiros, portanto, são metafóricos e altamente simbólicos. Se foram apropriados pela Bíblia, que importa?


Importa que o número quatro, lido biblicamente (e antes, por algum visionário que inventou o conceito), significa quadrangulação em simetria. Isso é universalidade ou totalidade simétrica, a perfeição, enfim. O quatro significa quatro partes de um todo.


As bodas de quatro anos são de flores e frutas.




Quatro são as patas dos cavalos.


Quatro são os ventos.


Na numerologia, o 4 se relaciona ao trabalho organizado e dirigido a massas (como um blog) e se preocupa com os detalhes, com alta exigência. O 4 significa honestidade, perseverança e lealdade. Método e objetividade, perfeccionismo e exigência. Tradicionalista. Exceto pelo tradicionalista, o blog, que completa neste dia 4 o quarto ano de aniversário é, sim, dirigido às massas, sobretudo porque está nessa imensa plataforma que é a internet.


Honesto? Sim, acho que este blogueiro que vos escreve é bastante honesto por aqui. Perseverante também, com lapsos, admito. Leal? Apenas comigo mesmo (e nem isso, por vezes). Apesar de achar ao blog e a mim mesmo metódicos, não sou perfeccionista. Não há espaço para o perfeccionismo. A simetria pode confundir.


Se diz do número 4 que está relacionado a ordem, construção e estabilidade. Tudo o que exige paciência. O oposto é verdadeiro: o lado negativo do 4 é a auto-crítica excessiva, a inflexibilidade (a tenho, e muita)  e a rigidez (isso pode ser extremamente verdadeiro de diversas formas, rsrsrsrsrs).


Hoje o blog faz 4 anos e eu comemoro. Hoje é uma quinta-feira. E este blog foi concebido na noite de um sábado (me lembro quase do exato momento e o motivo). Quatro anos. Quase 1,6 mil postagens (média de 400 por ano). Quase 350 mil visualizações (média de 85 mil ao ano). Tanta gente, exatos 4.001 comentários (média de 1 mil ao ano).


Obrigado pelo carinho. Obrigado pela leitura. Obrigado pela presença. Feliz aniversário ao espaço que me permite tanto e tão imenso alcance. E vamos ao ano 5, que começa neste dia 5, para um ano novo inteiro. Beijo, me liga!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O que acontece com os homens?

Homens. O que significa a palavra homem, afinal? Etimologicamente, 'homem' vem a ser a evolução de 'homine', latim, que, por sua vez, teria a origem em latim vulgar na forma 'homine'. Em latim, a palavra tem raiz com 'humus' (solo, terra) porque, na etimologia indo-europeia, era frequente que as palavras se relacionassem com a natureza e as coisas geradas pela natureza.




Assim, em itálico (que incluía o latim), em céltico, báltico e germânico, a palavra que designava 'homem' geralmente se relacionava ao 'terreno' em oposição' ao 'celeste'. Ou seja, enquanto o homem era da terra, os deuses eram de outras esferas. Ainda em latim, a palavra 'homo' (pessoa) fazia par com 'vir' (varão ou viril) e, portanto, 'vir homo' significava 'pessoa do sexo masculino'.




Ao que parece, o varão virou varinha, um graveto, uma lasquinha.




Na maior cidade do País, o centro devasso que se costuma denominar Câmara Municipal aprovou nesta última terça-feira, 3, o projeto de lei que institui o Dia do Orgulho Heterossexual que, para virar lei de fato, precisa apenas da sanção do prefeito de São Paulo. O projeto tenta se justificar e afirma que caberá à prefeitura "conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes".




O vereador Carlos Apolinário (foto acima), autor do projeto, diz que não é intenção ir contra a comunidade gay: "Faço um apelo pelo respeito à figura humana dos gays" afirmou, sem que se possa saber o que isso significa. Disse que o Dia do Orgulho Heterossexual é apenas uma forma de se manifestar contra "excessos e privilégios" destinados aos gays, seja lá o que isso significa também.


Em Maracaju (MS), um homem foi flagrado não com uma, e sim com duas calcinhas sobrepostas, apertadinhas uma sobre a outra, bem fio dental. Bem louca, eu diria! O macho responsabilizou a namorada, a quem acusou de o expulsar de casa sem suas roupas. Bem que deu tempo de surrupiar as calcinhas da fofa, né!




Em São Bernardo do Campo (SP), o filho e neto de conhecidos empresários da cidade bateu o carro, um Camaro de R$ 200 mil, e, bêbado, foi retirado do veículo de camisetas, sem cueca (assista o vídeo abaixo). Em 2007, perdeu, numa outra batida, o Ferrari do pai, avaliado em R$ 13 milhões.





Em Beijing, na China, eles preferem a pole dancing ao kung fu e tai chi. Dizem que fortalece melhor os músculos do que as lutas consideradas mais másculas (veja o vídeo abaixo).





Me responda: o que acontece com os homens? Surtaram? Cadê o macho? Cadê o Homem? Ainda existe algum espécime dessa espécie? Porque, até onde posso avistar, há apenas um amontoado de gente confusa, muito longe de representar, de fato, um homem e, por etapa, os homens. Céus! E ainda reclamam dos gays, esses homens! Pobres homens!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ordinariazinhas

Observe atentamente as notas e faça sua própria música (se não houver visão suficiente, clique).


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pôneis malditos

Malditos pôneis. A maldição dos pôneis é verdadeira. Postei no Facebook que os pôneis são criaturinhas so cute e so ready to be killed, os desgraçadinhos. Quem nunca? Vi a primeira vez no sábado e não me saíram da cabeça mais. Parece que eu os havia visto a vida toda.


O mais engraçado é a pegada gay: "que nojinho!", "te quiero!". Em apenas três dias, foram mais de 3 milhões de acessos.


Assista e preste atenção que tem continuação: aos 31 segundos começa aquilo que a TV não mostra. E tem mais até o fim. Odeio os pôneis! #PoneisMalditos

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Você tem que me amar!



Me falaram hoje que era o meu dia e eu respondi que todos os dias eram meus.


Me desejaram muita luz e eu disse que eu já a possuía em quantidade suficiente para iluminar o meu mundo.


Me disseram que eu deveria continuar com essa alegria e eu retruquei que a tinha sem medida para me divertir.


Me parabenizaram e eu aquiesci por natureza.


Me cumprimentaram por telepatia, por telefone, por voz e mensagem, por texto, por sílabas, por chamadas entrecortadas e completas, por tentativas, por acaso, por amor, por educação, por e-mail, pelas redes sociais. Me dirigiram as melhores energias. Foram centenas as mensagens e eu as tomei gentilmente para crescer meu ego inflado.


Me abraçaram, beijaram, até mesmo cantaram intercontinentes e eu amei cada som que se dissipou pelas linhas de cobre e ondas de rádio porque a música, dizem, é o que há de mais sublime que temos para oferecer.


Me cercaram de tantos afagos que os demais dias, todos meus, terão que ser preenchidos pelo carinho concentrado em 24 horas e redistribuído à exaustão por todos os demais.


Me enriqueceram e eu senti o coração, o cérebro e o corpo cheio, mas nunca o bastante, que não o é efetivamente.


Me afirmaram, e nunca neguei, que nunca estou satisfeito o bastante com o que me é dado.


Me orientaram, de quatro formas diferentes, a me olhar no espelho e pedir aquilo que eu desejar, tal qual uma rainha má, e ouvir do reflexo que não, não existe mais nada a não ser o que a imagem mostra e tentar não trincar nem de brincadeira.


Porque carinho, amor, amizade, lealdade, lembrança, dos de sangue aos conquistados, dos de toque aos tocados, o sentimento todo é bem-vindo e torna-se uma liga tão forte que não pode ser quebrada.


Eu sou um pedinte, sempre, e sempre reclamarei que o copo está quase vazio quando deveria dizê-lo quase cheio, que a sopa está quase fria quando deveria prová-la quase quente, que o pão está mole quando poderia achar que estava macio. Que bastam os instantes, lampejos, do que faísca alguma.


Digo que não porque sou esfaimado. Não guloso. Não nesse caso. Porque quase que digo que você tem que me amar para eu ser. Sem as provas e mostras, quase que não sou.


Obrigado a todos pelos gestos e mensagens, de todas as cores, desejos e tecidos. Tive um maravilhoso aniversário alimentado o dia todo por todos aqueles que me concederam algum momento do dia. Você tem que me amar sim. Ou feneço rapidinho e murcho. Beijo para todos, sem exceção alguma, pelo carinho enviado das mais diferentes formas, das mais diversas tonalidades, com as variações possíveis de intensidade. Beijo! P.S. Pode fazer tudo de novo e de novo e de novo amanhã, depois, no sábado, domingo, no mês que vem, em setembro, outubro, novembro e dezembro, em 2012, 2013, 2014...

terça-feira, 26 de julho de 2011

Universo líquido e imperfeito

A Terra é azul? A Lua tem um dragão? Há vida em Marte? Existem outros planetas habitados/habitáveis? Quem somos? Estamos só? Tanta incerteza ante a infinitude que paira acima de nossas pequenas e infinitesimais cabeças... Quer ler uma boa notícia a respeito dessas e de outras questões que nos corroem por séculos? Há um quasar (foto abaixo) com um reservatório de água, em forma de vapor, que guarda, feito um poço do Universo, o equivalente a 140 trilhões de vezes a água de todos os oceanos da Terra! Não é incrível?




A má notícia (e é claro que as notícias andam juntas, caboclas que são, más e boas, unidas para contar depressa as novidades): o quasar fica a mais de 12 bilhões de anos-luz do alfinete em que nos acotovelamos, os mais de 7 bilhões de seres (razoavelmente) humanos.


A descoberta foi feita por cientistas e astrônomos. Um quasar é um objeto extremamente brilhante que emite enormes quantidades de radiação e os cientistas acreditam que quasares são alimentados por buracos negros supermassivos. Essa condensação que envolve o quasar tem 4 mil vezes mais água do que a galáxia Via Láctea, que nos contêm, ao Sol, à Lua, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Vulcão e outros planetas e outras estrelas e outras constelações e outras conspirações.


A má notícia pode se tornar ainda pior vista sob a perspectiva do Universo: segundo o conceito de ano-luz, as imagens vistas pelos astrônomos são de muito, mas muito mesmo, tempo atrás, quando o universo era um jovenzinho convulso e tinha apenas 1,6 bilhão de anos. Atualmente, o Universo tem 14 bilhões de anos (veja foto de representação gráfica dessa idade abaixo), conforme a contagem etérea feita por gente inteligente. A descoberta dessa água antiguíssima confirma que para nos dar forma (e ao Universo), foi preciso a massa e a água, enfim, que originou a argamassa de que somos feitos.




Como sou mais portador de más do que boas notícias, lá vai mais uma: para atravessar apenas a Via Láctea, território que nos é mais familiar, seriam necessários 100 mil anos humanos. Um ano-luz equivale a 10 trilhões de quilômetros. Imagine percorrer 12 bilhões de anos-luz. Não faço a conta porque me declaro incapaz de fazê-la. Ou seja, toda aquela água que, teoricamente, seria suficiente para dar irrigar a alma do Universo, além de provavelmente não existir mais, já que a enxergamos bilhões de anos depois, também estaria, de qualquer forma, completamente fora do nosso alcance.


Ou evoluímos tecnologicamente e enviamos naves a velocidade de ano-luz ao passado ou evoluímos efetivamente como humanos e passemos imediatamente a viver, pelo menos, em milhões de anos humanos. De resto, somos apenas, uma vez mais, repito, poeira do Universo. Sem água.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Chatice

Ela: Por que você está com essa cara?
Eu: É segunda-feira.


Ela: Não é para tanto.
Eu: Odeio a segunda-feira e tudo o que vem com ela.


Ela: Calma, é só o começo (eram 10:00 horas).
Eu: Posso ir embora?


Ela: Pode.
Eu: ...




Por que a segunda-feira é chata e anda a passos de lesma? Por que o domingo que a antecede sempre termina carregado como uma nuvem pronta a eclodir?


Segunda-feira sempre tem cara daquela coceirinha, né não? Inferno!

domingo, 24 de julho de 2011

Meu rugido dominical



- O proprietário de uma das três maiores empresas de mídia do mundo, Rupert Murdoch, desceu do pedestal, admitiu que uma dezena de seus jornais trabalhava de forma totalmente anti-ética e anunciou que deixa a News Corporation para se dedicar aos filhos que, frutos de três casamentos, viram suas vidas ruírem conforme o pai se casava com a mulher seguinte.


- Na Noruega, a tragédia que causou a morte de 93 pessoas, afinal, era apenas um treinamento. Ninguém morreu, foi apenas um teste realista demais. Macabro, mas que não passou de uma brincadeira elaborada pelos administradores do camping. Quanto à explosão no centro de Oslo, descobriu-se que era um problema similar ao do Rio de Janeiro: apenas bueiros sob pressão.


- No Rio de Janeiro, os quase 20 bueiros que explodiram revelaram um tesouro: a cidade-maravilhosa por cima também o é por baixo. As explosões foram causadas por doses extras de felicidade que, de tanto volume, expandiram-se até contraírem-se em explosões e fazerem voar as bocas dos bueiros.


- Amy Winehouse deu um susto em Londres e no mundo. Era apenas uma peça que a cantora queria pregar nos fãs. A Scotland Yard, depois dos escândalos com o brasileiro Juan Charles de Menezes e o envolvimento com as empresas de mídia de Murdoch, pediu que Amy seja mais discreta para não causar comoção. Claro que não foi atendida.


- No Brasil, a presidente Dilma Rousseff demitiu todo o primeiro escalão do governo e, de forma emergencial, convocou empresários e executivos de todos os segmentos para gerenciar o Brasil. Num segundo momento, fará seleções rigorosas para a ocupação de cargos, inclusive os de ministros. As inscrições, conforme o cargo, estão abertas a todos os brasileiros, desde que sejam maiores de 18 anos e alfabetizados.


- Todos os brasileiros acima de 8 anos são alfabetizados, conclui levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Pela primeira vez, o Brasil tem 100% de alfabetizados. Inclusive, exceto os abaixo de 18 anos, sondados, os mais de 190 milhões de brasileiros afirmaram querer concorrer aos cargos da administração federal, que dispõe de mais de 120 mil vagas que pagam um salário inicial de R$ 13 mil.


- O governo acabou com o Bolsa Família porque, no mesmo levantamento do IBGE, confirmou-se que a miséria acabou no Brasil. E aproveitou para instituir o Bolsa Felicidade. Para sacar sua cota (com valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 18 mil mensais), basta se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil ou, ainda, dos Correios. O valor é atribuído conforme os anos trabalhados.


- O Brasil, ante a dúvida global, acabou neste domingo, 24 de julho, todas as obras emergenciais para a Copa de 2014. Com mais de dois anos de antecedência, o País tem tempo de sobra para pequenas iniciativas. Uma dessas iniciativas prevê que São Paulo terá mais 543 km de metrô ainda em 2012. As obras já começam nesta segunda-feira.


- Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, decidiu, com o apoio do Congresso, que a dívida interna do país, que ultrapassa os US$ 5 trilhões, não faz o menor sentido. Diante disso, a dívida foi considerada apenas um número entre tantos outros. A decisão fortalece os mais de 200 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Estima-se que, em média, cada país deva ser beneficiado com um aporte gratuito de US$ 20 bilhões para gastar com o que quiser. O Brasil receberá US$ 100 bilhões e cobrirá todo o território nacional com internet de alta velocidade de, pelo menos, 100 Mbps, o que nos coloca à frente do Japão e da Coréia do Sul. Tudo de graça.


- Um pacto nacional jamais feito neste País estabelece que, a partir desta segunda-feira, 25, todos os setores terão um mínimo de qualidade para executar qualquer coisa que seja: o asfalto das ruas não pode ser feito de areia e terá uma durabilidade mínima de 25 anos; as grandes cidades, como São Paulo, plantarão duas árvores para cada habitante. E cada duas árvores terão os números IP do respectivo morador para que seu desenvolvimento possa ser acompanhado assim que se ligar o computador. Não serão cobradas taxas. O pacto leva em conta que embalagens, roupas, sapatos, pessoas, automóveis, pássaros etc. etc. merecem um determinado nível de qualidade. O que tiver fora do padrão, num primeiro momento, será devolvido para a China. Num segundo momento, a China terá que devolver os produtos de má qualidade com selo Made in Japan.


- Acabam-se as câmaras municipais, assembleias legislativas estaduais e fóruns quetais. Ninguém sentirá a menor falta, conforme constata pesquisa Datafolha. Acabam-se os mirabolantes projetos de criação de 14 novos estados e territórios. O País fica com a atual configuração. E, se por acaso um estado foi 100% deficitário em relação a outro, será incorporado, em iguais proporções, pelos estados vizinhos geograficamente. A tendência, apontada por estudo de economistas, é que os atuais 26 estados e o Distrito Federal tornem-se apenas 9 estados. O Distrito Federal acaba porque é considerado uma ode à corrupção.


Essas são as notícias que eu preferia ter lido nestas duas últimas semanas. No entanto, a estupidez humana não tem limite e as notícias verdadeiras são justamente o oposto dessas. Como eu postei outro dia, é o pior dos mundos possíveis e não há nada que possa ser feito a respeito se continuarmos a acreditar nisso.

sábado, 23 de julho de 2011

Adeus, Amy Winehouse!

Alguns (muitos) de nós não vivem, exatamente. Sobrevivem, de sobressalto em sobressalto, assaltados por dúvidas, incertezas, desvarios, descarrilamentos. Vagões que vagam sobre os próprios pesos. Almas perturbadas, vivem como se tomassem de empréstimo a vida. E vivem de sopros, como se a súbita falta de ar fosse o fim. Uma angústia sem fim, regada a bebida, temperada com farinhas tóxicas, mantida a injeções artificiais de ânimo, suprida por artificiais pílulas com datas de vencimento já prescritas.


Foi assim com Amy desde o momento em que pusemos os olhos (e ouvidos) nela. A diva soul que, rouca, com perucas gigantes e vestido rodado, trazia de volta aquelas velhas ladies do jazz norte-americano. Pela primeira que vi um show, em DVD, fui completamente envolto pela aura de Amy.


Depois, em janeiro deste ano, a vi ao vivo. Não viva. Se posicionava inerte no palco. O vagão não tinha peso para animá-la. Era apenas uma boneca: rígida, insegura, amedrontada. Parecia não estar ali e talvez não estivesse mesmo. Magérrima, era incapaz de movimentos. Ficou o tempo todo petrificada, quase a ponto de debandar. A impressão era que se perguntava por que, afinal, estava ali, na frente de toda aquela gente.


Acabou como o previsto, inúmeras vezes. Se machucou, por certo, outras inúmeras vezes. Quando em São Paulo esteve, relataram, na festa que deu após o show, que ela estava com marcas roxas pelo corpo. Auto-destrutiva, chegou a gravar uma tatuagem com restos de vidros de garrafas de vodca. Bebia com mendigos em Londres e os acolhia em casa. Talvez por se ver mendiga da vida.


Sinto muito por toda a dor de Amy Winesouse. Que precisou de uma overdose para acabar com tudo. Alguns de nós não vivem. E tampouco sobrevivem.


Abaixo, o vídeo (uma vez mais, mal feito, sorry) que fiz de "You Know I'm No Good". Não Amy, ninguém é bom. E todos sabemos disso.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Nude do dia

Dois times. Uma juíza cega. Um evento que, na 8ª. edição, começa a figurar como tradicional naquela terra de bichos estranhos, a Nova Zelândia. Os jogadores, porém, não têm nada de estranhos. Aliás, não têm nada, tampouco uniformes. É assim que o Black Nudes (em sátira jocosa à seleção oficial All Blacks) jogam rúgbi. Em jogo contra a seleção de Fiji (que preferiu não aderir à nudez e jogou de cangas), cenas inusitadas do campeonato anual de rúgbi de nudismo. Acho que vou aderir.


Se você quiser mais detalhes (sempre os há quem os queira), acesse esse site aqui e este outro aqui. Terá acesso à partida integral. Prepare-se para as cenas de nudismo explícito. O placar? E eu sei lá! Nem entendo de rúgbi!


Abaixo, fotos dos players pelados. Mais abaixo, vídeo (de baixa qualidade) parcial da partida:


 




 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Work in progress

Em pleno processo de instalação do OS Lion, o novo sistema operacional da Apple para Mac. Por enquanto, mais de 2:30 horas para descarregar o sistema da App Store. Agora sim estou completo: um Lion para um leonino. Ih! Você tem me que amar. Afinal, daqui a alguns dias, é meu aniversário e eu estou puro lion por estes dias.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amor entre felinos 2

terça-feira, 19 de julho de 2011

Adele é que é uma mulher de verdade

Adele admite: as suas melhores músicas nasceram após grandes decepções amorosas. Nasceram da dor. Adele é, assim como Amélia o era, uma mulher de verdade: admite que sofre. Por amor. De onde vem a dor. Que cria a música. Que embala o amor. Que ainda está lá. Adele é uma mulher de verdade. Em homenagem a amiga que formula e defende muito bem a tese da tontice inerente a Adeles e Amélias, com vocês, Adele:



segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ordinariazinhas





domingo, 17 de julho de 2011

Meu rugido dominical



O jornalismo, brasileiro e mundial, enfrenta uma crise de identidade. No mundo todo, se debate o fim do jornalismo impresso e as migração dos veículos para o ambiente digital (internet, sites, iPad e tudo o que se relaciona ao espaço baseado no sistema de códigos binários). Não sou vidente. No entanto, por cobrir justamente esse setor, o que posso afirmar é que, a despeito das muitas disponibilidades da mídia digital, o papel ocupa, ainda, um lugar de destaque e, com raras exceções, em todo o globo, é considerado, no meio jornal, nobre.


Parte dessa nobreza, entretanto, foi destruída durante as duas últimas semanas quando começou a vir à tona a lama que encobre o mundo de Rupert Murdoch, um dos mais poderosos homens de mídia do mundo, proprietário da News Corporation, que controla mais de 200 veículos de mídia em todo o planeta (jornais, revistas, TV etc.).


O pivô foi o tabloide News of the World (conhecido no Reino Unido pela sigla NoW). A última edição do NoW foi às bancas no domingo passado, dia 10, e encerrou os 168 anos de existência do veículo. O escândalo que nem o jornal poderá mais enrolar em suas folhas abrange mais de 4 mil escutas ilegais que remontam ao início dos anos 2000 e envolvem tanto as vítimas do 11 de Setembro (2001) quanto o brasileiro Jean Charles Menezes, morto pela Scotland Yard em 2005.


Murdoch teve que sacrificar alguns cordeiros ante a pressão do governo britânico e do clamor público: demitiu a diretora da News International, a poderosa Rebekah Brooks, tida pelo próprio magnata como sua 'sétima filha'. Ainda, estão envolvidos no caso o ex-porta-voz do primeiro-ministro britânico, o ex-diretor executivo do NoW, que trabalhou como consultor para a Scotland Yard e até a própria Polícia Metropolitana de Londres, acusada de receber subornos para amenizar investigações sobre o NoW. As escutas ilegais de celulares chegaram a atingir membros da realeza britânica. Por fim, outro diretor da News International, responsável pela Dow Jones, que publica o prestigiado The Wall Street Journal, também saiu do grupo. Rebekah foi presa neste domingo, 17, e solta após pagar fiança.


Na carta publicada nos principais jornais do Reino Unido na última sexta-feira, 15 (veja a foto abaixo), Murdoch pede desculpas pelos "danos causados às pessoas afetadas. Me dou conta de que pedir perdão não é suficiente", registrou o proprietário da News Corporation.




Aparentemente, o pano de fundo que originou a crise foi a pretensão de Murdoch de obter o controle total da mais importante operadora de TV por assinatura do Reino Unido, a British Sky Broadcasting (BSkyB), que tem mais de 10 milhões de assinantes. O empresário, que já tem 39% das ações da BSkyB, queria chegar aos 100%.


Murdoch é de origem australiana, naturalizado norte-americano. É considerado, pela revista Forbes, a 13ª. pessoa mais influente do mundo. O empresário é temido, admirado e odiado, creio que em iguais proporções.


Claro que as escutas ilegais, feitas desde 2000, não são o único motivo que deu início a esta onda imensa na mídia britânica, com respingos internacionais. Tenho para comigo que o governo britânico está muito pouco contente de ver um homem nascido numa ex-colônia dominar os meios de comunicação mais importantes da Grã-Bretanha. Há mais sujeira entre as gráficas do NoW e os corredores de Downing Street (residência do governo britânico) do que sonham as mais vãs filosofias.


Mas, no sentido local, já que a crise de Murdoch se reflete globalmente, o encerramento do NoW fornece combustão para apressar a queima dos veículos de papel. Depois de lançar o primeiro jornal exclusivo para iPad, The Daily, Murdoch começa a arruinar os títulos impressos. Não sei não. Lamento apenas que, junto com os jornais de papel, vão embora uma infinidade de empregos (nossos) e o antigo uso do jornal velho: embrulhar peixe. Tentei embrulhar um peixe no iPad e não combinaram, peixe e iPad, ambos escorregadios. Tal qual nosso futuro, o de jornalistas, que vejo mais liso do que nunca em plena descida de tobogã.

sábado, 16 de julho de 2011

Symphony of aquatic beauties

O motivo da postagem é a música. Ah! E quem liga? (e, sobretudo, quem acreditará?)


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Papiros digitais

Num dos primeiros artigos que escrevi, profissionalmente, sobre os tablets, eu os chamei de papiros digitais. À diferença de que, nos artefatos da escrita egípcia, os hieróglifos estavam encapsulados, eram informações fechadas em si mesmas e de conhecimento de um mui restrito grupo de doutos.


Os tablets são papiros digitais na medida em que se assemelham no formato. Não demora e teremos tablets dobráveis. No Japão, já está em desenvolvimento a tela flexível. E daí que a diferença entre o papiro egípcio e o tablet contemporâneo estará apenas (se é que se pode chamar de apenas bilhões de dados) no conteúdo.


Enquanto os tablets não se convertem em papiros digitais de fato, os fabricantes se esforçam para se destacar no setor dominado à larga pelo iPad, da Apple. São mais de 50 fabricantes mundiais que se lançam com fúria para conquistar o usuário.


Um desses fabricantes, a Toshiba, cujo dispositivo é o Toshiba Thrive Tablet, criou seis filmes publicitários, um para cada cor dos modelos. Não me convenceu (sou adepto do iPad e, quando testei um equipamento com o sistema operacional Android Honeycomb, não gostei). Mas, a ideia dos filmes diferentes é legal. Abaixo, os seis filmes:











quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não trocaria um sorvete de flocos por você

Esqueça as pamonhas, pamonhas, pamonhas! O que vem de Piracicaba é o clipe mais bonito da cidade. E é mesmo. Não se trata de publicidade disfarçada de viral ou qualquer coisa semelhante. Afora a qualidade musical, fraquinha na minha opinião, o clipe realmente é bonito. Foi feito por R$ 200, com crianças que são primos e conhecidos da banda Soulstripper. Assiste:

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ordinariazinhas

terça-feira, 12 de julho de 2011

É o pior dos mundos possíveis e nada pode ser feito a respeito

A história, irremediavelmente, conduz a humanidade à felicidade. Calma que não estou louco e nem bipolar (pelo menos não neste momento). A frase que dá título ao post é expressão do pensamento do filósofo Schopenhauer e a primeira frase que inicia este post é exatamente o conceito oposto proposto pelo também filósofo Hegel. Da Alemanha, ambos, pensavam o mundo como se em dois extremos estivessem. Para os dois, o mundo é negativo e positivo, respectivamente.


Outros dois livros - "The Optimism Bias - a tour of the irrationally positive brain"(O Viés Otimista - um tour pelo cérebro irracionalmente positivo) e "The Human Side of Cancer" (O Lado Humano do Câncer) -, ambos sem edição no Brasil, tratam, respectivamente, dos lados obscuro e solar do cérebro (e mente) humano.


Todo esse enunciado foi assunto no jornal Folha de S.Paulo, edição desta terça-feira, 12. De um lado, o articulista João Pereira Coutinho, com sua visão do "ser positivo" ante a vida. De outro, o caderno Equilíbrio apresentou pesquisas e tascou: quem é otimista demais, quebra a cara. No caso, ambos concordam: atitudes positivistas e otimismo exacerbado não fazem bem. Ao contrário, podem muito bem camuflar o lado 'real' da vida: doenças como o câncer, uma aceitação dos fatos de forma submissa, confiança num deus que nunca é confirmado.




Tendo a ser, mais ou menos, com pendões para baixo ou para cima, equilibrado. Veja que, numa curta frase, me foi difícil simplesmente articular a palavra 'equilíbrio'. Exatamente porque não somos, os seres humanos, equilibrados. Nossas balanças pendem o dia todo para todo lado e o pêndulo não consegue se aquietar numa posição apenas.


O caderno Equilíbrio recorreu a diversas pesquisas para atear à fogueira as bruxas e bruxos do otimismo, aqueles que confiam cegamente num futuro radiante apenas pela fé que têm, sem ter o correspondente lastro que assegure esse otimismo. Listo abaixo alguns exemplos:


- Pesquisadores japoneses constataram que, de 101 obesos submetidos durante seis meses a uma dieta, os mais otimistas perderam menos peso do que os realistas.


- Nos EUA, outra pesquisa constatou que pessoas otimistas demais têm maior possibilidade de fumar e costumam trabalhar menos, enquanto os realistas investem, poupam e trabalham mais.


- Estudo norte-americano apurou que otimistas vivem menos.


- Por fim, outro levantamento verificou, também nos EUA, que os muito otimistas têm maior chance de atrasar os pagamentos do cartão de crédito.




Não estou a fazer um libelo do pessimismo. Longe disso que não sou maniqueísta. Nem tanto cá, nem tanto lá. Mas, estou longe de me enquadrar na categoria dos otimistas (a despeito de alguns pontos coincidirem com as pesquisas por outros fatores). Tendo, a princípio, por exemplo, a não confiar demais nas pessoas. Mas também não desconfio plenamente. No início, em relacionamentos (de amor, amizade ou trabalho), sou arredio. Me aproximo aos poucos. Minha fé no divino inexiste. E tampouco creio que haja algo mais do que isso que já temos por aqui. É o suficiente.


O brasileiro médio é um otimista por natureza:


- 64,1 pontos: é o índice de otimismo do brasileiro medido em junho passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A escala vai de 0 a 100.


- 81% das famílias acreditam que em um ano terão mais dinheiro e 74% acham que estão melhor em termos financeiros do que estavam há um ano.


- 51,5% pensam que é hora de fazer compras e 42,6% acham que não.


- 50,5% dizem não ter nenhuma dívida e 17,8% acreditam que conseguem pagar todas as contas atrasadas.


Não sei se esses dados espelham um momento de felicidade e otimismo no instante em que colhidos porque, se a mim fossem questionados esses pontos, certamente que entraria no rol dos pessimistas. O que me faz um desbrasileiro.


Ser positivo, diz o articulista citado acima, segundo a sabedoria popular, impede que as pessoas fiquem doentes (inclusive de câncer). Não ser positivo o suficiente, portanto, abriria a porta para o câncer (o exemplo citado se refere a um relato pessoal do colunista). O autor não concorda com isso. Eu tampouco. Se curássemos doenças com o poder da positividade ou do otimismo, médicos e indústria farmacêutica não existiriam.


Também não mantenho os pés no lodaçal do pessimismo. Acho que administro bem as dosagens de otimismo e pessimismo. Não sei se pela idade cronológica ou experiência, ou ainda ambos, o fato é que nessas questões, não sou de extremos. Aliás, raramente tenho pensamento ou comportamento extremista. 


Só acho que aqueles que vivem a irradiar o sol do otimismo o fazem para camuflar eventuais dias cinzentos que trancafiam em suas existências sem se darem conta disso. Também acho que aqueles obliterados pelo peso dos dias escuros e noites tenebrosas escondem os pequenos sóis que insistem em lançar sobre eles seus raios.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Radiohead, The King of Limbs

A dica veio de uma amiga do trabalho: são mais de 55 minutos de vídeo que a banda Radiohead liberou (até que a BBC de Londres reivindique os direitos e o YouTube retire o vídeo do ar).




Se você gosta deles tanto quanto eu gosto, vale a pena assistir cada segundo. Tem conteúdo inédito em relação ao álbum homônimo. Ou então vai ter que esperar que apareçam ao vivo aqui no Brasil, no Festival Lollapalooza, nos dias 7 e 8 de abril do ano que vem, no Jockey Club de São Paulo, conforme se cogita.


Curte!


domingo, 10 de julho de 2011

Meu rugido dominical



A principal porta de entrada de um país é o aeroporto. Relatório publicado pela Organização da Aviação Civil Internacional (Icao) aponta que o número de passageiros transportados por avião chegou a um total de 2,5 bilhões de pessoas no ano passado, conforme dados do site EcoD. Ou seja, mais de 30% da população global voou o ano passado (número cumulativo, não significa, necessariamente, que 2,5 bilhões voaram, e sim que, na soma, 2,5 bilhões viajaram, seja uma ou 200 viagens por ano). E justamente os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) foram, em parte, grandes responsáveis por essa expansão. É o tipo de transporte mais usado no mundo. Portanto, a principal porta de saída de um país também é, consequentemente, o aeroporto.


Para ficar no Estado de São Paulo, dispomos de três aeroportos: os dois principais, Cumbica (Guarulhos) e Congonhas, ficam na Grande São Paulo e dentro da cidade, respectivamente. O terceiro fica num raio de 100 km e é o Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Cumbica é a principal entrada aérea do Brasil. É por onde chegam mais de 85% dos voos internacionais. Congonhas é o aeroporto doméstico mais movimentado, com intenso fluxo de decolagens e aterrissagens, de passageiros e carros. E Viracopos, mesmo a 1 hora de distância, tornou-se, por incrível que pareça, alternativa para as pessoas que precisam de locomoção rápida.


Vou fazer relatos da minha experiência com aeroportos. Não conheço Viracopos. Mas sei bem de Congonhas e Cumbica. Congonhas está, em trânsito razoável (o que é quase impossível), há 20 minutos de casa, de carro. Portanto, se eu tenho que ir ao Rio de Janeiro (45 minutos de voo, em média, com tempo bom), basta sair de casa, chegar 30 minutos antes, embarcar e, no total, gastar cerca de 2 horas entre a minha saída de casa e o meu destino na capital carioca.


Claro que isso nunca aconteceu. Todas as vezes em que viajei ao Rio e voltei, tanto cá como lá, entre a saída e a chegada (ponto a ponto), gastei, pelo menos, 5 horas. As viagens domésticas exigem que se chegue ao aeroporto 1 hora antes do embarque. E isso não é apenas protocolar: ouse se atrasar e perderá o voo (aconteceu comigo, porque cheguei 45 minutos antes, e não 1 hora antes).


Portanto, esteja preparado/a para gastar 5 ou mais horas entre a saída de casa e a chegada ao destino final quando a rota é São Paulo-Rio de Janeiro. Já bati recordes: fiz SP/RJ em 7 horas!!! É mais do que viajar de carro (5 horas, em boa média de velocidade) e de ônibus (6 horas, em geral) pela rodovia Dutra, que liga as duas cidades.


Se o voo for internacional, a aflição começa ainda mais cedo. Da última vez que viajei, meu embarque estava marcado para as 22:15 horas. Saí de casa às 18:15 horas (4 horas antes!), de táxi, e cheguei com vantagem. Fiz o check-in sem despachar bagagem e esperei quase 3 horas. Dentro do avião, esperamos, sem saber direito porque, quase 40 minutos para, finalmente, decolar. Chegamos ao destino cerca de 7:30 horas (com fuso horário de 1 hora menos), quando a previsão era de chegada às 6:15 horas. Quando, finalmente, cheguei ao meu destino final, o relógio local marcava quase 10 horas da manhã. Portanto, descontado o fuso horário, foram quase 15 horas entre um ponto e outro. Fora todo o movimento extra decorrente da viagem (arrumar a mala, conferir se está tudo carregado - notebook, celular), se tudo está dentro dos padrões conforme as exigências da aviação etc. etc. Pode-se dizer que, para uma viagem de 10 horas (Estados Unidos ou Europa), você, obrigatoriamente, gastará ao menos umas 20 horas até que consiga colocar o primeiro pé no destino final. Com sorte!


Os relatos acima se referem às dificuldades de embarque em São Paulo: trânsito, falta de infraestrutura (em Congonhas e Cumbica) e um sentimento de que todas as companhias conspiram para que os atrasos sucedam-se uns aos outros. Ainda, o fator tempo (nublado, chuvoso, neblina etc.) pode piorar a situação.


Para se chegar a Congonhas, que fica no Campo Belo, zonal sul da capital, o acesso é (exceto, de novo, pelo trânsito) relativamente fácil. Vou pelas avenidas 23 de Maio e Washington Luiz. Ambas não são, exatamente, um primor de beleza. Como estamos, os brasileiros, dentro de casa (voos domésticos), porém, não vejo maiores inconvenientes a não ser a absoluta falta de estrutura do local em acomodar tanta gente simultaneamente.


A recente reforma dos fingers (acesso do solo às naves) poderia ter resolvido o fluxo intenso. Mas, estive em Congonhas em dois momentos diferentes: na inauguração das novas salas de embarque e no início deste ano. É como se nada tivesse acontecido, tal o congestionamento do lugar. Sem falar no mais antigo problema do aeroporto: a fila de táxi. A espera por um carro é mais lenta do que voar entre Rio e São Paulo. Isso nunca aconteceu num aeroporto internacional em que estive. Afora os táxis, o acesso a Congonhas somente pode ser feito por automóveis particulares ou ônibus. Não há nenhuma estação de metrô num lugar pelo qual embarcam e desembarcam mais de 15 milhões de pessoas (em Cumbica, no ano passado, circularam 26 milhões de passageiros). Esses números não incluem as pessoas que apenas passam por ambos os aeroportos e não embarcam.


Cumbica fica em Guarulhos, município que faz parte da Região Metropolitana, chamada de Grande São Paulo, a cerca de 25 km do centro da capital. O percurso da minha casa até lá, de novo com trânsito razoável, pode ser feito em 40 minutos (de carro). Como o trânsito para lá nunca está razoável, melhor contar 1 hora ou mais.


É grande a área do Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos Governador André Franco Montoro. Esse é nome oficial, careta, caretíssimo, fruto de uma longa tradição deste País de se dar nomes de políticos a lugares grandiosos. O bom é que ninguém dá a mínima e o nome não fica. O que fica é Cumbica, nome próprio, da terra brasilis que, em tupi-guarani, quer dizer "neblina", "nuvem baixa". Perguntinha: se já os índios sabiam que o lugar era coberto pela neblina, por que insistiram em construir ali o principal hub da América Latina? Incríveis esses políticos. Deveriam ser devorados pelos índios tal qual o foi o bispo Sardinha!


A região que forma o complexo aeroportuário de Cumbica é uma pequena cidade: são 14 quilômetros quadrados, dos quais cerca de 5 km quadrados são construídos. Há apenas uma via, em mão dupla, com um largo canteiro central, que leva ao aeroporto: Hélio Schmidt. Feia, é circundada por uma série de construções, hotéis, postos de gasolina e não sei o que mais. Às margens, enfileiradas, uma série de placas imensas que, de uma forma grotesca, vendem de carros a passagens de avião. Para se chegar a essa avenida, cujos canteiros poderiam formar um lindo e formoso jardim, cheio de árvores baixas e bem cuidadas, há duas opções: a rodovia Dutra (que liga São Paulo ao Rio e que passa por Guarulhos) e a rodovia Ayrton Senna (que leva ao litoral norte do Estado e à região do Vale do Paraíba).


São, ambas, mal cuidadas. E feias. Sem vida. É a porta de entrada do Brasil. Assim. Cheias de falhas, primeiro a avenida principal do aeroporto e, depois, as rodovias, desaguam na Marginal Tietê, confusa, pesada, com placas apenas em português (até no Irã há placas em inglês). Desaguam é maneira de dizer porque comparar trânsito com a fluidez da água é algo incompatível nessas paragens. E mais, dizer de água à beira do esgoto que é o rio Tietê é ofender a água.


Assim se chega ao Brasil: em vias pobres, feias, cheias de falhas e com mau-cheiro. Estive poucas vezes no exterior. Posso afirmar, contudo, que as vias de acesso (exceto pelas cidades norte-americanas) são bem cuidadas (Pequim, Helsinque, Lisboa, Madrid, Frankfurt), preparadas como um tapete para receber as pessoas. São a primeira impressão. A que fica.


Observe que nem me atrevo a falar sobre a chegada dos turistas para a Copa de 2014. Terei tempo para falar disso. No entanto, não se trata apenas de estética. E sim de um cuidado, de um carinho que se deveria ter com a porta de entrada, com as janelas todas. Carecem, portas e janelas, de demãos de tinta, de retoques, de repaginação. Somos feios de chegada e de partida, em todos os sentidos.

sábado, 9 de julho de 2011

YouTube novo

O YouTube experimenta, desde a última sexta-feira, 8 de julho, uma reformulação visual, com mais destaque para os vídeos. Esse YouTube beta foi batizado como Cosmic Panda (se você tiver um canal no YouTube, pode usar já a novidade nesse link > Cosmic Panda). Você pode testar (try it out) e voltar ao YouTube convencional a qualquer momento.




Uma das grandes mudanças é que o player (no qual você controla as funções do vídeo) foi movido para a parte superior da tela. Também, o plano de fundo agora é totalmente negro, para facilitar a visualização.


Para quem tem canal, como eu (veja o link aqui), os vídeos aparecem, agora, na forma de linha do tempo, com imagens destacadas e um visual melhorado das descrições dos conteúdos de cada vídeo. Fica mais fácil pular de vídeo em vídeo, conforme sua vontade. Os eventuais vídeos relacionados são exibidos abaixo, e não mais na lateral direita do site do YouTube. E, para completar, assim que você acessa um vídeo sugerido, surge uma aba detalhada, com imagens e descrições.




O Cosmic Panda está em fase de teste e o Google, proprietário do YouTube, não divulgou se o novo visual será adotado como padrão do YouTube ou mesmo se permanecerá depois dos períodos de testes, também sem informação de data para acabar. Você pode opinar sobre o Cosmic Panda. Aqui, neste blog, ou no próprio site do projeto experimental do YouTube.

Nude do dia

Para simular uma guerra de travesseiros no verão europeu da Bélgica, no cenário medieval do Castelo de Gaasbeek, cuja primeira construção data de 1240, cerca de 800 pessoas desnudaram-se, assim como acontece em todo o mundo, para as lentes do fotógrafo Spencer Tunick.


Abaixo, uma foto panorâmica do castelo, despida a edificação dos pelados.


Mais abaixo, as fotos do castelo preenchidas pela nudez.







quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aquela nuvem que passa sou eu, é você e mais 2 bilhões

A mais favorita de todas as bandas para mim é o Sigur Rós, como postei várias vezes aqui. Se algum dia me for ofertada uma viagem para a Europa, para destino a escolher, escolherei Reiquiavique, a capital da Islândia, cuja área metropolitana abriga dois terços da população do país. Estive perto de chegar lá, quando viajei para a Finlândia. Mas, não perto o suficiente para conhecer a ilha de gelo, despregada dos demais escandinavos, mas ainda assim parte deles. A origem da Islândia é norueguesa e, portanto, tem razão de ser a afinidade com a Escandinávia - que, além da Islândia, é formada pela Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca. Alguns incluem as Ilhas Feoré também.




A Islândia tem apenas pouco mais de 300 mil habitantes, ficou em 17º. lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2010, 100% de alfabetização e quase 100% dos cidadãos têm conexão de banda larga, o que possibilita um acesso quase que integral da população à internet.


E, com isso, a pequena ilha ao norte do continente europeu acaba de fazer história: sob o conceito crowdsourcing, o governo islandês usa as redes sociais - Facebook, Twitter e YouTube - para reescrever a Constituição do país, que substituirá a atual, datada de 1944 (67 anos).




Crowdsourcing é um conceito revolucionário que surgiu justamente com a disseminação da internet. Literalmente, é um modelo de produção que usa a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários, espalhados pela teia mundial que liga os computadores (a famosa WWW ou web), para resolver problemas, criar conteúdo e soluções e desenvolver novas tecnologias.


Embora você não se aperceba, já vivemos o crowdsourcing no dia-a-dia: sistemas de código aberto (open source) são desenvolvidos sob o crowdsourcing. São exemplos disso o Linux e o Firefox. Mas, também são exemplo disso toda a disseminação de conteúdo educativo por meio de redes sociais. Não, não se trata daquelas postagens bobas do Facebook ou do Twitter que falam da dor de barriga, da preguiça ou do ovo que você comeu no almoço. Crowdsourcing é conteúdo relevante, importante e que serve a muitos simultaneamente.


Parte-se do princípio, com o conceito de crowdsourcing, que o universo de mais de 2 bilhões de internautas pelo mundo (eram 2.095 bilhões em março deste ano) é capaz de fornecer, coletivamente, informações mais exatas, sobre os mais variados assuntos, do que os especialistas individuais que estão restritos às suas salas de pesquisas e centros de desenvolvimento. Outro exemplo poderoso de crowdsourcing é a enciclopédia virtual Wikipedia, alimentada exclusivamente pelo esforço colaborativo de voluntários.


Ao olhar para esse universo, a pequena Islândia não teve dúvidas: colocou em consulta pública a Carta Magna do país para que todos os 311 mil habitantes islandeses possam, caso o queiram, opinar sobre o texto que se transformará num rascunho da nova Constituição, no próximo dia 29.


A Islândia sofreu uma violenta crise em 2008 e viu o sistema financeiro ruir. E foi por isso que o governo entendeu que a população é capaz de se administrar e indicar o que é bom ou não para o país. Democracia: já que o governo foi ineficiente para barrar a quebra do país todo, por que haveria de ser eficaz na confecção do principal documento da nação?


Não sei quais serão os resultados e o quanto da colaboração dos islandeses poderá ser aproveitada na nova Constituição. Mas, as novas armas de colaboração em massa - de novo, Facebook, Twitter, YouTube, Orkut, blogs e uma série de outras ferramentas - estão, definitivamente, a transformar o mundo e, finalmente, a era da tecnologia da informação mostra a que veio. Para o bem ou para o mal, que sempre os há, ambos os lados.


Não é à toa que no próximo dia 13 a Apple, liderada por Steve Jobs, ou Jobs, que lidera a Apple, tanta faz a ordem dos fatores nesse caso, lança, dentro do iOS 5 (sistema operacional da empresa), o iCloud. Cloud é nuvem. Crowd é reunião, agrupamento, aglomeração. Você ouvirá e lerá tanto cloudsourcing quanto crowdsourcing. É a mesma coisa. Ambas as expressões significam ajuntamento de ideias para trabalhar coletivamente. Trabalho em nuvem, junto, coletivo, colaborativo. O iCloud da Apple criará uma nuvem (externa, com memória inicial de 5 GB) para você guardar fotos, músicas, apps, documentos, ou seja, todo o conteúdo que julga relevante. Onde é o externo? Em servidores os quais eu não tenho a mínima ideia de onde ficam.


Mas, atenção: cloud também é sombra, névoa ou mancha. E, se um dia, suponha, tudo o que é digital vá pelos ares (pela falta de energia elétrica, porque os sistemas globais pifaram ou por não haver mais capacidade possível para tanta informação acumulada), você ficará nu/a, despido/a de tudo o que é virtual. Daí, tudo o que tenho a dizer é que, se tudo o que é sólido desmancha no ar, tudo o que é virtual, eventualmente, pode muito bem cair das nuvens e desabar. #prontofalei

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Galinha e vaquinha

Alguém ainda se lembra de Marylou e de Sara Lee? Faz tempo. A música podia não ser lá essas coisas, mas que era divertida, era. Me lembrei, do nada, de um povo do Paraná que cantava essa e mais um punhado de músicas da mesma época. Da FIO, lá em Ourinhos, quando tudo parecia que estava por acontecer. De Ourinhos para cá, muita pena e muita vacaria rolou. Com vocês, uma versão de "Marylou", by Ultraje a Rigor (o vídeo original não está disponível para compartilhamento, o que é, a propósito de Marylou, uma pena!).

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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