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sábado, 30 de abril de 2011

Simetria. Ou não!

Sabe aquele mito que afirma termos, todos, uma cara metade? É por aí, talvez, que o mundo paralelo traça suas próprias paralelas. Assista ao vídeo e veja se não. Ahãn?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ferinos x felinos

Nesse mundo online e sempre ligado (always on, exceto quando o #Failed #NET #Virtua insiste em ficar off, em estado sometimes on), todo crime será imediatamente castigado em rede mundial, com a respectiva audiência global a replicar ad infinitum quaisquer pecadilhos que se cometam corriqueiramente.


A fofa inglesa não sabia que (acho que vi...) jogar (...um gatinho) o bicho ao lixo geraria quase imediatamente a emissão de uma fatwa contra ela e que teria que buscar proteção policial sob o risco de sofrer punições severas pelo ato.


Alguém mais inteligente e menos obscurantista do que legisladores de fatwas resolveu o caso em lance divertido e muito mais viral.


A história toda é que uma mulher viu uma gatinha, achou divertido jogá-la numa lixeira, jogou-a e foi embora. Os proprietários da gata encontraram a bichana 15 horas depois e, ao assistirem o big brother da vizinhança, viram a cena. A mulher foi imediatamente condenada a padecer no inferno daqui para a frente. Como a internet tem a velocidade de um raio, uns engraçadinhos travestiram-se de gato (Frajola) e senhora inglesa e inverteram o ato: o gato atira a senhora à lixeira. Divertido? Sim. Mas me preocupa mais a intensidade com que simples atos se propagam e como as pessoas condenam rapidamente, inclusive com sugestões de fazer justiça com as próprias mãos. O mundo moderno, de terno, nada tem.





sábado, 26 de junho de 2010

Perdemos nossa inibição

O título deste post faz parte da música-tema da World Cup 2010: "As we lose our inihibition". É, a música que é da Coca-Cola. Porque cada pedacinho da Copa do Mundo é pago, é conversível em publicidade. OK. A Copa do Mundo é de uma entidade particular, da FIFA, e não um evento sem fins lucrativos.




Mas nem por isso quero deixar de registrar um sentimento que, presumo, acomete o mundo em duas grandes ocasiões: durante uma Copa do Mundo e nas Olimpíadas. De dois em dois anos, dos 6 bilhões de passageiros desta nave incerta que é a Terra, alguns milhares concentram-se para reproduzirem em algum lugar deste planeta um show de integração.



Hoje estamos a meio caminho deste evento. São 15 dias de Copa do Mundo e faltam apenas outros 15. Até agora, dos 32 países que foram à África do Sul, 16 já disseram adeus. Outros 16 engalfinham-se. Certo, há uma ligeira semelhança com tons de guerra. Mas, pode-se dizer que nesta guerra, as regras são mais rigorosas e quase que cumpridas, com baixas aqui e ali, mas sem morte. Espero.




O que quero dizer é que dos EUA à Coreia do Norte, durante 30 dias há pessoas dos cinco continentes que, representadas por um determinado percentual de torcedores que tem condições de ir pessoalmente ao evento, perde a inibição e é capaz de desfazer, por poucos dias, a babel duramente construída pelos seculares tijolos humanos que deram início à nossa grande tragédia, da humanidade, de nos separarmos tanto a ponto de parecermos diferentes.




No entanto, apenas parecemos diferentes. A língua, que é o elemento mais evidente dessa diferença, não quer dizer muita coisa, na minha opinião. Já viajei para terras "estranhas" o suficiente para dizer que a comunicação, quando necessária, se faz. Basta que sejamos, você e eu, humanos. Nos entenderemos perfeitamente por gestos, olhares, mímicas ou seja lá o que for preciso para que nos coloquemos em bons termos.




Perdemos nossa inibição porque, no mais profundo de todos nós, não tem o menor sentido nos constrangermos uns com os outros pelo simples fato de você ter nascido sob o sol inclemente das margens do Saara e eu ter nascido ao abrigo do gelo do Alaska. É apenas geografia.




Adoro saber que podemos perder a inibição, de nos mostrarmos e à nossa alegria da mesmíssima forma. Assisti a poucos jogos deste campeonato mas, repare! Os rostos dos norte-americanos, ganeses, marfinenses, coreanos, alemães, portugueses, eslovacos, dinamarqueses, uruguaios, argentinos, brasileiros, italianos, franceses e tantos outros são iguaizinhos: urram, gritam, sorriem, beijam alguma coisa íntima, saltam, ajoelham, agradecem, choram. São todas emoções desinibidas que nem as 40 câmeras de cada estádio são capazes de conter. E quantos serão os olhos que acompanham esse imenso big brother mundial? A última informação que li sobre audiência dava conta de que pelo menos 30 bilhões (audiência acumulada nos 30 dias) devem ver os jogos em 214 países!




Pois então por que não ser desinibido? Por que não arrancar a camisa e sair de peito aberto para comemorar tanta vibração? Por que não contaminar os demais 335 dias do ano com tanta emoção? Será que é tão difícil converter gols em gestos? Será que é tão complicado perder a inibição em cadeia mundial não mais de TV, e sim ao vivo, ao lado?




Embora as tragédias cotidianas continuem a ocorrer dia após dia nesses 30 dias que duram a World Cup, tenho a impressão que a Cup contém a maior parte do veneno. Assim como no Brasil, nas grandes cidades, o congestionamento cai a 0 Km, é quase como se a dor mundial caísse a níveis administráveis. 




Ou, pelo menos, a mídia, nessa era de real time, globalizado, converge seu foco para a Copa e deixa o resto do mundo com seus problemas. Sabe que é um fôlego, um respiro? É uma trégua e dá, sim, um alento. Pois aproveite que temos 15 dias pela frente. Depois, de volta à vida! Ou, no caso de muitos, à morte!


P.S. Escrevi este post e esperei quase 2 horas para publicá-lo porque a minha provedora de banda larga, a NET, saiu fora do ar. Como acontece todos os dias. Começo aqui uma campanha: a Campanha pela Real Conexão porque o mundo não é dos nets coisa alguma, e sim dos que reclamam seus devidos direitos de consumidor. Me respeite, NET, ou passe a cobrar time on demand. Lhe asseguro que sua arrecadação comigo cairá o bastante para sua qualidade melhorar. Que inferno!

sábado, 19 de junho de 2010

World Cup 2010

Ball
World
World playing ball
Ball rolling in a world
Play a ball in a world
World round
Round ball in a round world
World is round


segunda-feira, 22 de março de 2010

Inúmeros números

Que eu não gosto de números e o que eles representam - matemática, cálculos que eu não tenho a menor ideia para que servem, pesos e medidas (principalmente quando estou acima dos meus), valores (particularmente porque o meu saldo nunca está alto o suficiente) etc. etc. -, todos vocês que me leem já sabem, dado que, em algum momento (quer dizer, vários), reclamei dos números.


Mas esses são números que, de tão representativos, significam, até mesmo para mim, que sou nulidade neles (dá para ser 0?), um universo em si mesmo. Veja que curioso:




- 223.115 livros foram publicados até hoje, 22 de março, apenas neste ano, no mundo todo
- 6,5 milhões de jornais circularam hoje
- 7 mil aparelhos de TV foram vendidos hoje
- 1,857 bilhão eram os usuários da internet mundial até a hora em que publico este post
- 3,6 bilhões de e-mails foram enviados até hoje neste ano
- 7,9 mil posts foram publicados até hoje (agora, 7,901) neste ano
- 3,6 bilhões de buscas foram feitas no Google apenas hoje
- 6.833.456.905 éramos os habitantes do planeta Terra até a hora desta postagem
- 30.916 milhões de pessoas nasceram entre o dia 1º. de janeiro até hoje, 22 de março, neste ano
- 13,508 milhões de pessoas morreram entre o dia 1º. de janeiro até hoje, 22 de março, este ano
- 297 mil foram os nascimentos apenas no dia de hoje em todo o mundo
- 26 mil foram as mortes apenas no dia de hoje em todo o mundo (não chegou a 10% dos nascimentos)
- 1,165 bilhão de toneladas de comida foram produzidas até hoje no mundo
- 24 mil pessoas morreram de fome hoje
- 341,566 milhões de pessoas são obesas até este momento
- 1,022 bilhão de pessoas estão desnutridas até este momento
- 1,147 bilhão de pessoas estão acima do peso até este momento (eu entre elas)
- 931,496 bilhões de litros foram consumidos no mundo somente este ano
- 22: hoje, Dia Mundial da Água (*)


E mais não direi porque chega de informações negativas. O mundo é bravo e tampouco eu ando brando.


(*) O fundo do post está em azul para, a exemplo do portal UOL, celebrar o Dia Mundial da Água (ainda que, no meu caso, não seja publicidade, como foi a iniciativa do portal)



segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Uma escolha para a história (editorial coletivo do 'The Guardian' sobre a Conferência de Copenhague)

Reproduzo abaixo o editorial do jornal britânico "The Guardian" que, numa iniciativa inédita, publicou nesta segunda-feira, 7, um editorial coletivo em 56 jornais de 44 países sobre a Cop15 - Conferência de Copenhague, que acontece entre hoje, 7, e vai até o dia 18, em Copenhague, Dinamarca. No Brasil, são dois os jornais que replicaram o editorial: o "Zero Hora", de Porto Alegre (RS) e o "Diário Catarinense", de Florianópolis (SC), ambos do grupo RBS:



"Hoje, 56 jornais de 44 países dão o passo inédito de falar com uma só voz, por meio do mesmo editorial. Tomamos essa atitude porque a humanidade enfrenta uma séria emergência.

Se não nos unirmos para tomar uma ação decisiva, as mudanças climáticas devastarão nosso planeta, acabando também com nossa prosperidade e nossa segurança. Os perigos têm se tornado evidentes há uma geração. Agora, os fatos começaram a falar por si: 11 dos últimos 14 anos foram os mais quentes já registrados, o gelo do Ártico está derretendo e a alta nos preços do petróleo e dos alimentos no ano passado é um exemplo do caos que pode estar por vir. Nas publicações científicas, a questão não é mais se os seres humanos devem levar a culpa pelo que está acontecendo, mas quão curto é o tempo que temos para reduzir os danos. Até aqui, a resposta mundial tem sido fraca e sem entusiasmo.

As mudanças climáticas foram causadas ao longo de séculos e têm consequências que durarão para sempre. As nossas chances de frear o problema serão determinadas nos próximos 14 dias. Apelamos aos representantes dos 192 países reunidos em Copenhague a não hesitar, não entrar em disputas, não culpar uns aos outros, mas aproveitar a oportunidade advinda deste que é o maior fracasso político moderno. Esta não deve ser uma luta entre ricos e pobres ou entre Ocidente e Oriente. As mudanças climáticas afetam a todos e devem ser resolvidas por todos.

A ciência envolvida é complexa, mas os fatos são claros. O mundo precisa agir para limitar a 2ºC o aumento da temperatura global, um objetivo que exigirá que as emissões mundiais de gases-estufa alcancem um teto e comecem a cair nos próximos cinco a 10 anos. Um aquecimento maior, de 3ºC a 4ºC – o menor aumento que podemos esperar se continuarmos sem fazer nada –, poderá levar seca aos continentes, transformando áreas agrícolas em desertos. Metade das espécies poderá ser extinta, milhões de pessoas poderão ser desalojadas, nações inteiras inundadas pelo mar.

Poucos acreditam que Copenhague ainda possa produzir um tratado definitivo; progresso real nessa direção só pôde surgir com a chegada do presidente Barack Obama à Casa Branca e com a reversão de anos de obstrucionismo americano. Mesmo agora, o mundo se encontra dependente da política interna americana, pois o presidente não pode se comprometer completamente com as ações até que o Congresso americano o faça.

Mas os políticos em Copenhague podem e devem definir os pontos essenciais de um acordo justo e efetivo e, especialmente, estabelecer um cronograma para transformá-lo em um tratado. O encontro sobre o clima das Nações Unidas em junho próximo, em Bonn (Alemanha), deveria ser o prazo final. Como um negociador colocou: “Nós podemos ir para a prorrogação, mas não podemos bancar uma nova partida”.

No coração do acordo, deve estar um acerto entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento, determinando como o fardo do combate às mudanças climáticas será dividido – e como partilharemos um novo e precioso recurso: os trilhões de toneladas de carbono que poderemos emitir antes que o mercúrio do termômetro atinja níveis perigosos.

As nações ricas gostam de citar a verdade matemática de que não pode haver solução até que gigantes em desenvolvimento como a China tomem atitudes mais radicais do que as adotadas até agora. Mas o mundo desenvolvido é responsável pela maior parte do carbono acumulado na atmosfera – três quartos de todo o dióxido de carbono (CO2) emitido desde 1850. Por isso, precisa tomar a liderança: todos os países desenvolvidos devem se comprometer a fazer cortes profundos, reduzindo suas emissões dentro de uma década a níveis muito mais baixos do que os de 1990.

Os países em desenvolvimento podem argumentar que não causaram a maior parte do problema e também que as regiões mais pobres do mundo serão atingidas com mais força. Mas passarão a contribuir cada vez mais para o aquecimento global, e, deste modo, devem se comprometer a agir de forma significativa e quantificável por conta própria. Apesar de ficar aquém do que muitos esperavam, o recente comprometimento dos maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, com metas para redução de emissões foi um importante passo na direção certa.

A justiça social exige que o mundo industrializado coloque a mão no fundo do bolso e reserve dinheiro para ajudar os países mais pobres a se adaptar às mudanças climáticas, assim como a investir em tecnologias limpas que permitam seu crescimento sem aumentar as emissões. Um futuro tratado também deve ser muito bem esboçado – com rigoroso monitoramento multilateral, compensações justas para a proteção de florestas e avaliações confiáveis de “emissões exportadas”,

para que o custo possa, com o tempo, ser dividido de forma mais equilibrada entre os que elaboram produtos poluentes e aqueles que os consomem. E a justiça requer que o peso com o qual cada país desenvolvido deve arcar individualmente leve em conta sua capacidade de suportá-lo; novos membros da União Europeia, por exemplo, normalmente muito mais pobres do que os antigos, não devem sofrer mais do que seus parceiros ricos.

A transformação custará caro, mas muito menos do que a conta paga para salvar o sistema financeiro mundial – e imensamente menos do que as consequências de não se fazer nada.

Muitos de nós, particularmente no mundo desenvolvido, terão de mudar seus estilos de vida. A era de voos que custam menos do que a corrida de táxi até o aeroporto está chegando ao fim. Teremos que comprar, comer e viajar de forma mais inteligente. Teremos de pagar mais pela nossa energia e usá-la menos.

Mas a mudança para uma sociedade de baixo carbono traz a perspectiva de mais oportunidades do que sacrifícios. Alguns países já descobriram que adotar a transformação pode trazer crescimento, empregos e uma melhor qualidade de vida. O fluxo de capital conta a sua própria história: no ano passado, pela primeira vez, o investimento em fontes renováveis de energia foi maior do que na produção de eletricidade a partir de combustíveis fósseis.

Abandonar nossa dependência do carbono dentro de poucas décadas requererá uma façanha de engenharia e inovação sem precedentes na história. Porém, enquanto a ida do homem à Lua e a fissão do átomo nasceram do conflito e da competição, a corrida do carbono que vem por aí deve ser liderada por um esforço conjunto para atingir a salvação coletiva.

A vitória sobre as mudanças climáticas exigirá o triunfo do otimismo sobre o pessimismo, da visão sobre a miopia, o êxito do que Abraham Lincoln chamou de “os melhores anjos da nossa natureza”.

É nesse espírito que 56 jornais de todo o mundo se uniram por meio deste editorial. Se nós, com tantas diferenças de perspectiva nacional e política, podemos concordar sobre o que deve ser feito, então certamente nossos líderes também poderão.

Os políticos em Copenhague têm o poder de moldar o julgamento da História sobre esta geração: uma geração que viu um desafio e o encarou, ou uma geração tão estúpida, que viu o desastre chegando mas não fez nada para evitá-lo. Imploramos que façam a escolha certa.
"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Conheça, compreenda, compartilhe, combata

Hoje, 1º. de dezembro, é o Dia Mundial de Combate à AIDS. A data é marcada no mundo todo para conscientizar as pessoas sobre a doença. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 35 milhões de pessoas portam o vírus da AIDS em todo o mundo. No Brasil, são mais de 500 mil pessoas.





Conheça - o que causa e como se prevenir
Compreenda - que os portadores precisam de apoio
Compartilhe - o conhecimento sobre a AIDS
Combata - o preconceito que cerca a doença

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hajj, uma tradição de 1.381 anos

Na semana passada, cerca de 3 milhões de muçulmanos fizeram a peregrinação de seis dias aos locais sagrados do Islã. Essa peregrinação faz parte do rito anual de orações, o Hajj, cujo destino é Meca, na Arábia Saudita. No século VII, o profeta Maomé proclamou o islamismo na cidade, o que a tornaria, portanto, importante até os dias atuais na história do desenvolvimento do Islã.






Anualmente, Meca recebe enorme contingente de muçulmanos para o Hajj (que significa 'peregrinação', em árabe). Hajj é um dos pilares da religião islâmica. Os demais são testemunho, reza, esmola, jejum e ramadan (também ramadã e ramadão, que é o nono mês do calendário islâmico).


A primeira caminhada em direção à Meca foi feita no ano de 628, quando o próprio Maomé conduziu 1,4 mil fiéis para a cidade. Segundo os fundamentos do Islã, Deus ordenou a Abraão e a seu filho Ismael que reerguesse os pilares da Caaba ('meteorito', em árabe, que é o colossal cubo em torno do qual os muçulmanos oram em Meca) e chamasse as pessoas para a peregrinação. Desde então, o ritual se repete com os fiéis a seguir os caminhos e reproduzir os atos de Abraão.






O Hajj (ou Hadj) deve ser feito, pelos muçulmanos, ao menos uma vez na vida e somente pode ser realizado uma vez por ano, entre o oitavo e o décimo dia do mês de Dhu al-Hijja (é o último mês do calendário islâmico). Se a peregrinação ocorrer em outra época do ano, será chamada de 'Umra'. No entanto, a Umra não substitui o Hajj.


Entre os rituais para a concretização do Hajj, o peregrino, a uma determinada distância de Meca, deve entrar no estado de 'ihram' (sacralização ou estado sagrado). Para isso, deve vestir a 'iharam' (duas peças de tecido branco e não cosidas e sandálias também não cosidas). Durante o ihram, o peregrino não pode cortar o cabelo e as unhas, não deve usar perfumes, matar animais, discutir ou lutar, manter relações sexuais e casar.








Ao entrar na Grande Mesquita de Meca, o fiel faz o 'tawaf', que são as sete voltas em torno da Caaba no sentido anti-horário (cada volta é chamada de 'shawt'). Durante essas sete voltas, o muçulmano profere orações. E as três primeiras voltas devem ocorrer em passo mais acelerado. E há mais uma série de práticas para encerrar o ritual cujo ápice é ir ao Arafat (referido como monte mas que é, de fato, uma planície a 20 Km de Meca). Esse é o ponto alto do Hajj. O fiel que cumpriu todo o ritual do Hajj pode adicionar como prenome as palavras 'El hajj' ou 'el hadj' ao nome. Por fim, alguns peregrinos aproveitam para visitar Medina, também na Arábia Saudita, onde está localizado o túmulo do profeta Maomé.







A Caaba (ou Kaaba ou Kabah) é uma construção cúbica que fica na mesquita de Al Masjid Al-Haram. Tem 15,24 metros de altura e é permanentemente coberta com uma manta escura com bordados dourados. Dentro dessa construção, está guardada a 'Hajar el Aswad' (pedra negra, em árabe), de 50 centímetros de diâmetro, considerada uma das relíquias sagradas do Islã. Supõe-se que a pedra provem dos restos de um meteorito.


Quando Maomé proclamou o islamismo, incitou, com o gesto, o repúdio aos deuses pagãos (politeísmo) e o culto a um Deus único (monoteísmo), que é Alá. Ao fazer isso, Maomé conservou a Caaba que, no paganismo, simbolizava o sistema solar e abrigava 350 ídolos (representação zodiacal).

sábado, 28 de novembro de 2009

Um estado de espírito nada pacífico

A Segunda Guerra Mundial terminou, oficialmente, no dia 2 de setembro de 1945, quando o Japão assinou o ato formal de rendição. Acabava um dos conflitos mais sangrentos da história da humanidade: estima-se que morreram mais de 50 milhões de pessoas e outras 28 milhões ficaram mutiladas. Em valores atualizados, a Segunda Guerra teve um custo calculado em US$ 1,5 trilhão, quantia que seria suficiente para acabar com a miséria na Terra ainda hoje.





Envolveram-se na Segunda Guerra 55 países de todos os continentes. O Brasil entraria na guerra no dia 22 de agosto de 1942. Atualmente, os conflitos são pontuais e as maiores guerras em curso acontecem no Afeganistão (invadido pelos EUA em 2001), Iraque (invadido pelos EUA em 2003), Paquistão (entre paquistaneses e militantes islâmicos talibãs) e entre a Somália e Etiópia. Claro que há centenas de conflitos menores em várias partes do globo. Mas nenhum desses eventos reproduz a catástrofe que foi a Segunda Guerra Mundial.





No ano que vem, portanto, serão 65 anos do final daquele que foi o período mais conturbado da história mundial. Mas o estado de espírito do homem, ao que parece, está longe de ser pacífico. Ao contrário, tenho para mim que somos, em primeira instância, criaturas bélicas, prontas a deflagar-se em discussões, conflitos, brigas e, finalmente, guerras. Porque o entendimento é pequeno ante tanta diferença. E se as divergências ocorrem entre famílias, vizinhos, bairros, cidades, imagine quando as proporções crescem e se multiplicam.





A Terceira Guerra Mundial sempre pairou no ar, como uma ameaça velada, pronta para desabar na forma de mísseis de alto alcance, de bombas muito mais poderosas do que as de Hiroshima e Nagasaki e de ataques por terra, ar e mar que não poupariam nem os mais recônditos cantos de qualquer nação. Com a derrocada da Cortina de Ferro, afastou-se o fantasma. Mas não em definitivo.





Em curso, há uma corrida armamentista que nunca deixou de acontecer. Ora é a Coreia do Norte, ora a China, ora o Brasil, ora os EUA, ora a Venezuela, ora a Rússia. Oras! Todos sabemos que, na eventualidade de conflitos de grandes proporções, ninguém será totalmente pego despreparado. Caças, submarinos e tanques nunca deixaram de ser fabricados e comercializados. Se a Segunda Guerra Mundial foi orçada em US$ 1,5 trilhão, nos dias atuais, calcula-se que valor equivalente seja gasto por todos os países, anualmente, para se equipar. Ou seja, a indústria bélica mundial gasta, por ano, quase US$ 2 trilhões.






Parece fora de propósito esse tema. Mas a guerra (e a paz) nunca são fora de propósito, não é? O tema me veio ontem, quando assisti uma chamada para a futura série da HBO, "The Pacific" (em referência ao oceano Pacífico). A série, ficcional, é produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks e deve estrear na HBO no ano que vem, quando se celebram os referidos 65 anos do final da Segunda Guerra. "The Pacific" soma-se a outra série, exibida em 2001, em que Steven Spielberg e Tom Hanks também foram co-produtores: "Band of Brothers". A diferença entre ambas as séries é que o foco de "Band" era o teatro de operações de guerra europeu, enquanto que "Pacific" passa-se na região asiática.






Nas poucas cenas que vi, pensei, naquele momento: o cinema, a TV e outras mídias nunca deixarão de abordar a guerra, seja em produções futurísticas que preveem a guerra dos mundos, batalhas estelares e invasões alienígenas, seja em revisitas aos nossos próprios e terrenos conflitos.





Me recordei, também de um comentário feito pelo querido Pinguim, do blog Why Not Now?, de que a Segunda Guerra era muito pouco abordada na blogosfera, em geral. Concordo. A guerra, ao Brasil, nos parece distante. Nós, que nunca tivemos conflitos bélicos pesados no nosso próprio território - exceto por revoluções regionais e a ocupação do território da Bolívia que resultou na anexação do atual Estado do Acre -, o País nunca foi palco de operações de guerra em alta escala. E estamos bem assim. Pelo menos é no que acredito.





Mas, na minha própria casa, restam fragmentos da Segunda Guerra Mundial. Dois tios-avós foram convocados para a guerra pelo governo e, pela Força Expedicionária Brasileira, desembarcaram na Itália no dia 16 de julho de 1944. Um dia antes, os pracinhas brasileiros haviam avistado o monte Vesúvio e a baía de Nápoles. E, somente nesse instante, souberam que lutariam em território italiano.





Eu não os conheci. Mas a referência que tenho de ambos é que, depois que voltaram, nunca mais se ajustaram à pacata vida rural que tinham antes de partir. E que ambos foram afetados psicologicamente pelos horrores que presenciaram - e dos quais participaram - na Itália. Morreram, os dois, em meio a tormentosas lembranças da guerra, perturbados mentalmente. Esse é o meu contato mais próximo com a Segunda Guerra Mundial e assim deve permanecer: no passado, como uma lembrança que nem minha é, e sim de outras pessoas da família.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um conto que não foi inventado por Sherazade

O versículo está naquele que considero, literariamente, um dos maiores livros da civilização, a Bíblia: "todo aquele... será comparado a um homem insensato que edificou sua casa sobre a areia e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa e ela desabou, sendo grande a sua ruína".







Faço uso desse popular e válido alerta para o relacionar com a crise, mais uma, que, desta vez, como tempestade de areia, deve anuviar parte do mundo globalizado: a Dubai World, empresa estatal de investimentos dos Emirados Árabes, declarou, nesta quinta-feira, 26, moratória. A moratória, como bem podem recordar os brasileiros acima dos 30 anos, trata-se de um regime de exceção pelo qual o devedor pede alongamento a longo prazo de suas dívidas ao credor.







A Dubai World tem dívidas que totalizam US$ 59 bilhões - a moratória estende o prazo para pagamento para maio do ano que vem - e afeta todos os setores de Dubai, a rica capital do Oriente Médio incrustrada no meio do Deserto da Arábia.







A capital dos Emirados Árabes registrava, nos últimos seis anos, um crescimento magnífico e remetia o Ocidente aos contos das "Mil e Uma Noites". Mas em versão moderna: as maravilhosas construções em formato de palmeira sobre o mar, registradas por satélite, a estrutura mais alta construída pelo homem, o metrô mais curto e mais caro do mundo e outras obras do tamanho do ego dos xeques do emirado. Com algum atraso em relação ao resto do mundo, Dubai e seus castelos construídos sob o nada ruem no efeito cascata que assola o mercado imobiliário mundial.

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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