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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Work in progress

Em pleno processo de instalação do OS Lion, o novo sistema operacional da Apple para Mac. Por enquanto, mais de 2:30 horas para descarregar o sistema da App Store. Agora sim estou completo: um Lion para um leonino. Ih! Você tem me que amar. Afinal, daqui a alguns dias, é meu aniversário e eu estou puro lion por estes dias.


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Papiros digitais

Num dos primeiros artigos que escrevi, profissionalmente, sobre os tablets, eu os chamei de papiros digitais. À diferença de que, nos artefatos da escrita egípcia, os hieróglifos estavam encapsulados, eram informações fechadas em si mesmas e de conhecimento de um mui restrito grupo de doutos.


Os tablets são papiros digitais na medida em que se assemelham no formato. Não demora e teremos tablets dobráveis. No Japão, já está em desenvolvimento a tela flexível. E daí que a diferença entre o papiro egípcio e o tablet contemporâneo estará apenas (se é que se pode chamar de apenas bilhões de dados) no conteúdo.


Enquanto os tablets não se convertem em papiros digitais de fato, os fabricantes se esforçam para se destacar no setor dominado à larga pelo iPad, da Apple. São mais de 50 fabricantes mundiais que se lançam com fúria para conquistar o usuário.


Um desses fabricantes, a Toshiba, cujo dispositivo é o Toshiba Thrive Tablet, criou seis filmes publicitários, um para cada cor dos modelos. Não me convenceu (sou adepto do iPad e, quando testei um equipamento com o sistema operacional Android Honeycomb, não gostei). Mas, a ideia dos filmes diferentes é legal. Abaixo, os seis filmes:











sábado, 9 de julho de 2011

YouTube novo

O YouTube experimenta, desde a última sexta-feira, 8 de julho, uma reformulação visual, com mais destaque para os vídeos. Esse YouTube beta foi batizado como Cosmic Panda (se você tiver um canal no YouTube, pode usar já a novidade nesse link > Cosmic Panda). Você pode testar (try it out) e voltar ao YouTube convencional a qualquer momento.




Uma das grandes mudanças é que o player (no qual você controla as funções do vídeo) foi movido para a parte superior da tela. Também, o plano de fundo agora é totalmente negro, para facilitar a visualização.


Para quem tem canal, como eu (veja o link aqui), os vídeos aparecem, agora, na forma de linha do tempo, com imagens destacadas e um visual melhorado das descrições dos conteúdos de cada vídeo. Fica mais fácil pular de vídeo em vídeo, conforme sua vontade. Os eventuais vídeos relacionados são exibidos abaixo, e não mais na lateral direita do site do YouTube. E, para completar, assim que você acessa um vídeo sugerido, surge uma aba detalhada, com imagens e descrições.




O Cosmic Panda está em fase de teste e o Google, proprietário do YouTube, não divulgou se o novo visual será adotado como padrão do YouTube ou mesmo se permanecerá depois dos períodos de testes, também sem informação de data para acabar. Você pode opinar sobre o Cosmic Panda. Aqui, neste blog, ou no próprio site do projeto experimental do YouTube.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O moderno e o arcaico

Existem coisas que simplesmente respeitam o antigo para reescrever o novo. O Japão, cujo tremor em Fukushima sumiu com mais de 30 mil pessoas da face da Terra, é um país exemplar sob vários aspectos. E é ainda mais exemplar no respeito ao arcaico. E também, simultaneamente, nos terremotos ou em casos mais banais, como a publicidade, é pródigo no novo, moderno.


Veja a seguir um filme publicitário feito para o novo telefone celular com capa de madeira da NTT DoCoMo, a maior operadora móvel do mundo, que trabalha com um produto altamente tecnológico, e que foi beber na cantata 147 de Bach o antigo que dá sentido mesmo ao mais banal aparelho celular.

sábado, 13 de novembro de 2010

Você tem pressa do quê?

Sabe aquela lenda da construção do mundo em seis dias? Algo similar, logicamente em proporções completamente diferentes, aconteceu na China. A cidade de Changsha, na China, construiu um hotel de 15 andares em seis dias!


Foram dois dias para erguer a estrutura e mais quatro para o acabamento. O processo todo foi filmado e postado no YouTube, conforme você pode ver abaixo. O hotel de seis dias foi feito com material pré-fabricado, suporta terremotos de magnitude 9, é à prova de som e tem isolamento térmico.

sábado, 2 de outubro de 2010

Boca de urna

Faltam apenas algumas horas para as eleições 2010 nas quais elegeremos o novo presidente, os novos governadores dos estados, novos senadores e novos deputados federais e estaduais. A previsão é que cada eleitor(a) gaste, em média, três minutos para concluir a votação nos seis candidatos.


Eu preparei uma cola, conforme instruções da Justiça Eleitoral.


Aproveito e faço a minha própria boca de urna, conforme a cédula abaixo.




Tem uma série de aplicativos na internet para quem quiser levar a cola para a seção eleitoral. Eu, que sou chique, também tenho aplicativos no iPhone para a cola, para acompanhamento das eleições e, finalmente, para a apuração, quase em tempo real.




Boa eleição para você! A despeito da obrigatoriedade, é um processo democrático.

sábado, 18 de setembro de 2010

Eu tenho, você não tem (again!)

Pois é. O lançamento oficial no Brasil aconteceu à 0:01 de 17 de setembro, sexta-feira, e eu já estou com o meu em mãos, ativado, neste sábado, 18. É, tenho um iPhone 4. É o meu terceiro iPhone: tive o primeiro, o iPhone 1, em agosto de 2007, apenas dois meses após o lançamento nos EUA. Uma amiga me trouxe de Miami e tive que convocar um hacker para desbloquear o aparelho, que funcionava apenas sob a operadora AT&T.


O segundo, o iPhone 3G, já comprei no Brasil mesmo, na loja da minha operadora (que era a Claro).


A terceira versão, o iPhone 3GS, eu passei. Havia acabado de comprar o 3G quando chegou ao mercado, uma semana depois, o 3GS.


Agora, depois de três meses de ser lançado nos EUA, tenho o meu, devidamente conquistado na atual operadora, Vivo, nesta última sexta-feira, 17. É, portanto, a quarta geração do smartphone da Apple.


A principal diferença entre o iPhone 4 e os modelos anteriores, na minha opinião de applemaníaco, é a câmera fotográfica. Agora, tem flash LED e 5 megapixels, ante os 3 megapixels anteriores do 3G, por exemplo. As fotos abaixo são, respectivamente, do meu iPhone 4 e iPhone 3G. A diferença é gritante (clique nas fotos para ter melhor dimensão do que afirmo):






(iPhone 4)                          (iPhone 3G)

Afora isso, o iPhone 4 traz o dispositivo FaceTime pelo qual dois usuários do aparelho podem conversar em videoconferência e se ver mutuamente. OK, a videochamada não é novidade. Mas, quer apostar quanto que o iPhone levará esse recurso a outro patamar? Além de incluir o flash LED, a nova câmera grava também em HD (high definition). Legal que dá para postar vídeos no YouTube em melhor qualidade.




O sistema operacional também mudou em relação aos aparelhos anteriores e, assim que eu conectei o aparelho no iTunes, para fazer a transferência das aplicações do modelo 3G para o 4G, o programa pediu para atualizar para o iOS 4.1, que inclui o Game Center, que permite jogar online com outros usuários. É a Apple que entra no mercado de Massively Multiplayer Online Game (MMOG), que movimentará, em todo o mundo, US$ 14,4 bilhões até 2015, segundo estimativas de consultorias norte-americanas.


Por fora, o iPhone 4 mudou o design. É quadrado, agora, ante as bordas arredondadas dos modelos anteriores. E tem um recurso bem legal: na câmera, existe a opção de "virar" a foto para tirar foto de si próprio. Ou seja, não é preciso mais calcular o ângulo para se fotografar. E já está prevista a liberação do iOS 4.2 para breve, que será capaz de dar acesso a impressoras via rede Wi-Fi. Quer dizer, será possível imprimir arquivos diretamente do iPhone 4.




Ah! A resolução da tela também é uma surpresa em relação aos modelos anteriores. Os comentários nos blogs especializados afirmam que se trata da tela de melhor definição entre todos os smartphones. E foi desenvolvida pela LG, a tela IPS (In-Planning Switching). É chamada pela Apple de Tela Retina.


Ainda há outras características que diferenciam bastante essa nova versão. A possibilidade de operar em multitarefa, por exemplo, o que significa a capacidade de executar vários aplicativos simultaneamente, assim como se faz com o computador - usar e-mail, acessar sites, digitar um texto no processador etc.


De resto, claro que é tudo tecnologia. Mas, eu que sou fanático por Apple, estou bastante satisfeito. Agora, é esperar para ver o que vem na versão 5 (veja aqui os rumores, em inglês). É, nós, loucos pela maçã, nunca nos contentamos.


E, antes que eu me esqueça, o meu objeto de desejo nesse momento é o iPad. Se você quiser me dar um, aceito. E, OK, eu paro de escrever que eu tenho e você não tem. Por que a foto é de um pote de sal grosso? Para me defender do olho gordo, evidentemente!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A ecologia da mídia

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que é o órgão regulatório das telecomunicações brasileiras e, portanto, pelo qual passam, necessariamente, todos os equipamentos que são usados em território do Brasil, homologou, nas duas últimas semanas, duas coqueluches: o iPhone 4 e o iPad (apenas a versão 3G, mas não o tablet com conexão Wi-Fi). Tecnicamente, isso significa que ambos os dispositivos estão aptos a serem vendidos no mercado brasileiro.


Para que isso aconteça, falta apenas a Apple divulgar aquelas listas de países aos quais serão atribuídos, legalmente, o direito de vender tanto o iPhone 4 quanto o iPad 3G. As principais operadoras móveis - Vivo, Claro e TIM - já colocaram, nos seus respectivos sites, as listas para que consumidores ávidos e heavy users se cadastrem e recebam a primazia na oferta do iPhone 4 quando o smartphone for lançado no Brasil. Claro que já estou cadastrado desde o primeiro momento. Quanto ao iPad, existem apenas expectativas, por enquanto.




Tudo isso é a parte comercial, regulatória e técnica. Na vida real, iPhones 4 e iPads (Wi-Fi ou 3G) já rodam o País inteiro e existem até mesmo sorteios em eventos digitais (infelizmente, não fui ganhador de nenhum) que entregam os respectivos mimos aos participantes.


Na vida mais real ainda, há um outro cenário, no qual transito, que é o futuro das comunicações e, por etapa, da mídia e do relacionamento das pessoas com a informação. Dado que sou jornalista e trabalho especificamente com a informação, esse é o meu universo. Nesse momento, a mídia inteira, do Brasil e do mundo, está num ponto de inflexão: as plataformas (rádio, TV, jornal impresso, internet, tablets, smartphones) sucedem-se umas às outras e mixam-se sem que saibamos o que resultará de toda essa miscelânea tecnológica. Muitas são as teorias. Mas a que eu mais gosto é desta, apontada no artigo abaixo reproduzido, publicado hoje na Folha de S.Paulo (reproduzido do "The New York Times"). Do texto, destaco: "Na ecologia da mídia, a evolução sempre foi a regra primordial, e não a extinção. Novos predadores da mídia ascendem, mas as demais espécies se adaptam, ao invés de perecerem".




Pois assim é a vida. Nós e, por etapa, a mídia, apenas compomos a ecologia e, portanto, nos adaptamos conforme as circunstâncias, nada mais. Não tenho medo da evolução e tampouco de perder o rumo porque a cor da grama mudou. Transmuto-me eu mesmo, camaleão, e adiro à nova coloração do gramado. Que venham os novos predadores.


"A vida no terrário da mídia e comunicações ao que parece está se tornando cada vez mais perigosa. As previsões de extinção se acumulam.
Telefonemas, e-mails, blogs e o Facebook, segundo previsões recentes dos profetas digitais, estão a caminho acelerado do fim. Há duas semanas, a revista "Wired" disse que "a web morreu".
No entanto, na ecologia da mídia, a evolução sempre foi a regra primordial, e não a extinção. Novos predadores de mídia ascendem, mas as demais espécies se adaptam, em lugar de perecerem.
Essa é a mensagem tanto da história quanto de importantes teóricos da mídia, como Marshall McLuhan.
A TV, por exemplo, era vista como ameaça ao rádio e ao cinema, mas essas mídias evoluíram e sobreviveram.
Ainda assim, caso o padrão evolutivo se tenha mantido intacto, devem existir diferenças fundamentais na ecologia da mídia atual, afirmam especialistas.
Se eliminarmos a hipérbole que caracteriza as manchetes quanto à morte dessa ou daquela mídia, dizem os especialistas, o que resta são essencialmente comentários sobre o impacto da mudança e das inovações acumuladas sobre o ambiente de mídia e comunicação da era da web.
Um dos resultados foi a proliferação de formas digitais de mídia e padrões mutáveis de consumo de mídia.
Surgem, por exemplo, redes sociais -como Twitter, Facebook e Foursquare- que são híbridas de comunicação, distribuição de mídia e autoexpressão irrestrita.


ADAPTAÇÃO


O próximo passo é a adaptação. Os jovens das universidades não usam mais relógio (o celular ocupa a função) e raramente utilizam e-mail.
Eles preferem se comunicar por meio de redes sociais, mensagens instantâneas ou mensagens de texto.
A difusão mais ampla de aparelhos móveis de mídia, como smartphones e tablets, conduziu a aplicativos de software especializados que tornam a leitura de texto ou o uso de vídeo mais fácil em telas menores que nos PCs.
Por isso, as pessoas já não assistem a essa mídia formatada para aparelhos portáteis usando navegadores como Explorer ou Firefox, o que representa um dos pontos centrais no artigo da "Wired" sobre "a morte da web".
Mas livros, revistas e filmes vistos em um iPad, por exemplo, são baixados via internet. De fato, a manchete da "Wired" vinha acompanhada pelo complemento "longa vida à Internet".
A evolução da mídia causa baixas, é claro. Mas elas costumam surgir entre os meios de distribuição e armazenagem, especialmente os físicos, cujo conteúdo pode ser convertido a bits digitais.


GOSTO CULTURAL


A tecnologia de forma alguma é o único agente de mudança. Os gostos culturais têm forte influência e ocasionalmente causam viradas imprevisíveis. Os toca-discos e os discos de vinil pareciam extintos, mas terminaram ressuscitados pelos audiófilos, entre os quais DJs que criaram diferentes sons e ritmos. Hoje, as empresas tradicionais de mídia precisam enfrentar o desafio de adaptação oferecido pela internet. O desafio não está apenas na tecnologia, mas também na maneira pela qual ela alterou os hábitos pessoais de consumo de mídia.
A vida multitarefas, no sentido de capacidade individual para realizar mais de uma tarefa cognitivamente trabalhosa a um só tempo, talvez seja mito, dizem os especialistas. Mas o termo, ainda assim, descreve de maneira precisa o comportamento das pessoas que assistem à televisão enquanto navegam pela internet ou respondem a mensagens de texto."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Safer Internet Day

Hoje, 9 de fevereiro, comemora-se o Safer Internet Day (Dia da Internet Segura). Os links são os seguintes: internacional e Brasil, respectivamente. O evento é realizado desde 2007 e o Brasil é um dos países participantes. O tema deste ano é "Think B4 U post" (pense antes de postar) e tem como objetivo alertar o blogueiro e quaisquer outros usuários de ferramentas da internet - sites, redes sociais, serviços de mensagens instantâneas - para os perigos das informações que são divulgadas, muitas vezes, de forma totalmente aleatória na rede mundial. Qualquer um de nós que está conectado à internet pode ser vítima de criminosos virtuais (como os hackers) ou, pior, ser objeto de intimidação virtual (a prática conhecida como "cyberbullying", sobre a qual comentei neste post).



O UOL fez um apanhado sobre postagens feitas de forma impulsiva e que causaram constrangimento posteriormente. Como não sei se o conteúdo está aberto a não-assinantes, reproduzo alguns casos apontados pelo portal:


- Twitter: ficou famoso o post de Xuxa - "Vocês não merecem falar comigo nem com meu anjo" -, em referência à filha Sasha (ô nome carniceiro!) que havia postado no Twitter a palavra "sena" ao invés de "cena". Os seguidores de Xuxa apontaram o erro e foi o que bastou para que Xuxa brigasse pelo Twitter e cunhasse a frase anterior, em que não há candura alguma. Depois disso, Xuxa e Sasha abandonaram o Twitter. #Peninha!


- Facebook: são cada vez mais comuns as postagens feitas no Facebook que, lidas pelas pessoas que não deveriam lê-las, provocam todo tipo de reação: da demissão ao divórcio, as pessoas literalmente lavam a roupa suja em público virtual e mundial. Houve quem foi capturado pela polícia via Facebook e também a família que soube da morte do filho/irmão pela rede social.


- MySpace: embora não tenha força alguma no Brasil e, inclusive, tenha abandonado quaisquer investimentos no País, nos EUA o MySpace continua forte. O caso mais polêmico que envolveu o MySpace foi o suicídio de uma garota de 13 anos, vitimada pela prática de cyberbullying.


- YouTube: na rede social de troca de arquivos de vídeo mais poderosa do mundo, uma mulher, também dos EUA, usou o serviço para atacar o marido após o divórcio. Nos vídeos postados no YouTube, a mulher deu sua própria versão sobre os fatos do casal. Claro que o juiz deu ganho de causa para o ex-marido. Ninguém merece ser devassado(a) em rede mundial.


De resto, os blogs são alvo fácil. Muitos comentaristas, por exemplo, escondem-se atrás do anonimato para xingar, deixar recados comerciais ou simplesmente se manifestar sem a menor consciência crítica, como já aconteceu com o meu próprio blog. Os blogs, que começaram, na essência, como diários pessoais, mantêm, muitos, essa abordagem pessoal. Muitas vezes, falamos (eu inclusive) de fatos íntimos que podem ser usados por pessoas de má fé.


Se você não é grande conhecedor(a) de maneiras de rastrear eventuais usuários(as) que te incomodam, como pela identificação do número IP (Internet Protocol), você pode, no mínimo, se precaver de outras formas ao navegar pela internet: 


- Troque regularmente suas senhas
- Somente abra anexos de e-mails e programas sobre os quais conheça o conteúdo
- Evite acessar sites de conteúdo obscuro
- Atualize seu antivírus sempre
- Mantenha um firewall atualizado no seu computador


E feliz Safer Internet Day para você, hoje, amanhã e sempre!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Tudo que é sólido flutua no ar

Uma cadeira flutua no ar como o monolito negro de "2001: Uma Odisseia no Espaço". Para obter o efeito, a Toshiba captou imagens por duas câmeras digitais de alta definição acopladas a um balão de gás hélio. A gravação foi feita em parceria com a Nasa, o que coloca a publicidade no plano da estratosfera.


O objetivo da Toshiba foi divulgar tanto as câmeras digitais quanto o novo modelo de TV em alta definição que acabou de lançar. As imagens gravadas foram recebidas por um satélite terrestre e o sistema que gerenciou a captação era baseado em GPS. De 15 em 15 segundos, as imagens eram transmitidas para terra. Abaixo, o vídeo das gravações.


O local em que o balão foi solto fica em um deserto de Nevada, EUA. Ao completar 1 hora e 23 minutos de voo e chegar a 30 mil metros de altura, a cadeira se soltou do balão e se desintegrou no espaço. O balão retornou à Terra em 24 minutos. Imagino o custo de um comercial desse nível. O filme será apresentado na TV europeia e a Toshiba já prepara um outro comercial do mesmo tipo para a linha de notebooks.




quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nude do dia

Por que os geeks (pessoas obcecadas por tecnologia e afins como games, redes sociais e novidades da internet) são associados a uma determinada atitude conservadora? Talvez essa concepção se explique pelo que essas pessoas, teoricamente, têm de aversão ao ambiente social já que, também na teoria, esses indivíduos passam a maior parte do tempo isolados e entretidos apenas com a realidade virtual.



Tanto isso não é verdade que um escritor geek (!) reuniu jovens que se entendem em linguagem de bits para posarem nus para o calendário beneficente (mais um) "Nude London Tech", cuja renda se destina ao programa "Take Heart India", que oferece capacitação de informática para portadores de deficiência daquele país.














O resultado foram 24 fotografias com alguns geeks que vivem em Londres numa total interação com notebooks e cabos de computador, como você pode ver nas fotos aqui postadas. No vídeo, o making of do calendário. O objetivo, além de arrecadar fundos, é acabar com a ideia de que os geeks são desinteressantes. De minha parte, nunca achei isso, deixo claro desde já. Basta tirar os óculos (se a pessoa os tiver) e, ai, nem sei... O calendário está à venda no site acima citado por cerca de R$ 30.




quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A passos de tartaruga

Prevê-se que, no ano que vem, o mundo todo produzirá um volume de dados equivalente a 1 Zetabyte (dado IBM). Em 2011, a população mundial deverá gerar 1,8 Zetabyte (dado IDC). Zetabytes são unidades que correspondem, em dados, a 1 trilhão de Gigabytes. Um iPhone 3G, por exemplo, tem capacidade de armazenar 16 Gigabytes e os HDs - hard disks - de um computador como este no qual escrevo têm capacidades de armazenamento que variam entre 120 GB, 250 GB, 500 GB e até 1 Terabyte (o meu primeiro PC, por exemplo, tinha capacidade total de 1 GB).


Em quatro anos, ou até 2013, estima-se que circularão pela internet mundial dados em volume mensal equivalentes a 10 bilhões de DVDs. Cada DVD pode guardar entre 4,7 GB (single layer ou camada simples) a 8,5 GB (dual layer ou camada dupla). Todos esses números indicam a largura de banda ocupada pelos dados - textos, vídeos, aplicativos, troca de arquivos, de e-mails e toda e qualquer transação que passe pela internet - no ambiente da internet mundial.

Para suportar esse tráfego intenso, surgiu, em 1989, nos EUA, a banda larga, em contraposição ao acesso discado (ou banda estreita), que suporta taxas de velocidade de transmissão de dados de até 56 Kbps. Antes disso, a conexão à internet era feita pela linha de telefone comum, pela qual a linha permanecia ocupada enquanto se estava conectado à internet. Com a banda larga, um modem é agregado à linha de telefone comum para converter o sinal padrão do telefone em uma conexão de dados, com a consequente liberação do canal de voz: pode-se falar e se conectar à internet simultaneamente.



O órgão mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) que regulamenta e orienta as telecomunicações mundiais é a União Internacional das Telecomunicações (UIT ou ITU). Oficialmente, a UIT estabelece que a velocidade-padrão da banda larga começa em 256 Kilobits por segundo (Kbps) e pode chegar a 1 Megabit por segundo (Mbps), 2 Mbps, 8 Mbps, 30 Mbps, 60 Mbps e até a 100 Mbps. E essa taxa de velocidade com que os dados são trocados entre um computador e outro é o que determina a velocidade de conexão (para envio e recepção de dados ou upload e donwload).

Ou seja, a largura de banda é o volume de dados que transita na internet e a banda larga é, a grosso modo, a velocidade com que esses dados são trafegados.

No Brasil, a maior parte das conexões chamadas de banda larga está na faixa de velocidade entre 512 Kbps e 2 Mbps. Essa é a taxa nominal (contratada) pois, na verdade, a taxa real (que vemos na velocidade com que as páginas são carregadas nas nossas telas), na maior parte das vezes, é um pouco superior a 100 Kbps. As conexões brasileiras, em estudo recente, são classificadas em 45º. lugar num ranking entre 66 países. Estamos, portanto, segundo esse levantamento, 'abaixo das necessidades atuais'. 

Em países nos quais a banda larga atende aos requisitos mínimos, essa taxa (nominal e real) está, em média, em 4,75 Mbps. Bastante superior, portanto, às taxas brasileiras de 100 Kbps. No Brasil, estima-se que haja um pouco mais de 15 milhões de acessos de alta velocidade (nas tecnologias fixa, móvel, de TV por assinatura, rádio, satélite e IP). Até o final deste ano, estima-se que o País chegue a 17,7 milhões de acessos em banda larga. Isso significa que pouco mais de 9% da população brasileira (191,9 milhões até hoje) terão conexões mais rápidas. Até 2014, as projeções (otimistas) indicam que o Brasil terá 90 milhões de conexões de alta velocidade.



Na semana passada, o governo do Estado de São Paulo lançou o programa de banda popular para toda a população do Estado pelo qual potenciais 2,5 milhões de residências (das quais 1,810 milhão têm acesso discado e 690 mil não têm nenhum tipo de acesso) terão direito a banda larga por R$ 29,80 para bandas que variam entre 200 Kbps e 1 Mbps. Como parceira, o programa governamental tem na Telefônica a operadora que faz a conexão. Numa aparente desconexão entre o discurso do governo e da operadora, o anúncio formal da Telefônica fala de taxas a partir de 250 Kbps. Em ambos os casos - mínimo de 200 Kbps ou 250 Kbps -, no entanto, a taxa de velocidade não atende aos requisitos da denominação de 'banda larga' dada pela UIT. Posteriormente, a NET divulgou que oferecerá o mesmo serviço, nas mesmas condições.

Para fazer o contraponto político, o governo federal, por meio do Ministério das Comunicações, divulgou esta semana que pretende lançar um programa mais abrangente, o plano nacional de banda larga. A meta é levar a internet rápida (com taxas de transmissão entre 256 Kbps a 1 Mbps) para 29 milhões de residências brasileiras - de baixa renda e para áreas onde a oferta de banda larga é quase inexistente - em cinco anos a R$ 9,90 mensais (o valor máximo seria estabelecido em R$ 30). O anúncio formal deve ser feito em novembro (a banda larga popular do Estado de São Paulo começa a ser comercializada a partir do dia 9 de novembro).

Estudos do Banco Mundial sugerem que a cada 10% de expansão na banda larga dos países correspondem a um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) de 1,38 ponto percentual. Ou seja, o acesso rápido é uma das formas de se desenvolver um país. Casos fartamente comprovados por países como a Coreia do Sul, por exemplo.

Distante da batalha política brasileira entre governo federal e estadual, a notícia que chega do frio deveria congelar essas pequenas pretensões nacionais: também na semana passada, o governo da Finlândia anunciou que, a partir de 2010, todos os cidadãos finlandeses terão direito, garantido por lei, de ter acessos à internet a partir de 1 Mbps. Em 2015, essa conexão deverá ser de, no mínimo, 100 Mbps (rede de altíssima velocidade, baseada em conexões por fibra óptica). A Finlândia tem 5,5 milhões de habitantes e 79% desse total já têm acesso à banda larga. Enquanto o mundo promove o arranque a velocidades de coelho, somos uma tartaruga gigante que perde o tiro de largada.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O LP, quem diria, volta às lojas, mais conhecidas como iTunes Store

iTunes LP: um acervo bastante extenso, agora em formato digital, dos Long Plays (LPs), ou discos de vinil, com tudo o que esses 'dinossauros' têm direito - álbuns com fotos, letras e extras, assim como as bolachas de vinil ofereciam antes do LP transformar-se em CD e, mais tarde, em downloads por meio das chamadas 'applications store' (apps store). Foi esse um dos principais anúncios feitos por aquele que é o nome, a face e a encarnação da Apple: Steve Jobs, nesta quarta-feira, 9/9/9.


"Os LPs eram ótimos - você tinha música, fotografia, notas, ensaios e a maior parte desses itens nos deixou quando partimos para os CDs", disse Steve Jobs. "É o que faremos com o LP. Você comprou um  grande álbum no passado e pode tê-lo novamente. Aqui está o 'American Beauty', do Grateful Dead. Um grande disco. Há todos os tipos de conteúdo adicionados aqui, como letras, fotos... ", exemplificou Jobs.


No evento, Jobs também lançou o iTunes 9, que inclui o mixer de música Genius Mixer, que gera listas, automaticamente extraídas dos catálogos do usuário, de acordo com os critérios de compatibilidade. O iTunes 9 permite ainda o controle das aplicações do iTunes com o iPod e compartilha os conteúdos com até cinco computadores em uma residência.


Por fim, Jobs apresentou o iPhone OS 3.1, novo sistema operacional para o iPhone e iPod Touch. A Apple oferecerá mais de 30 mil ringtones a US$ 1,29 cada no iTunes. E os iPods, uma vez mais, foram os destaques: saiu a nova versão do iPod Nano, cuja maior novidade é a câmera de vídeo integrada. Os modelos custam US$ 149 (com capacidade para 8 GB) e US$ 179 (16 GB). O iPod Shuffle, com as novas cores rosa, verde, azul, prata e preto, custa agora US$ 59 (2 GB) e US$ 79 (4 GB). E o iPod Classic (de 160 GB) continua a custar US$ 249, mesmo preço do modelo de 120 GB.


A despeito das várias novidades, a maior sensação do mundo Apple foi mesmo o regresso de Steve Jobs ao centro das atenções. Após um afastamento de quase seis meses do centro nervoso da Apple - Jobs fez um transplante de fígado, vitimado por um câncer de pâncreas - o executivo disse que está na vertical, de volta, para começar a trabalhar com as equipes e lançar alguns grandes produtos novos. Para ele, desejo iSaúde!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Parabéns para você: internet faz 40 anos!

Até o último dia 30 de junho, eram exatos 1,668,870,408 os usuários da internet mundial. Isso significa que 24,7% da população mundial (6,780 bilhões de pessoas) estão, nesse momento, ligados na web.


Para se chegar a esse contingente, em que uma mídia (ou plataforma, tecnologia, meio) atinge tantas pessoas em tão pouco tempo e com tanta simultaneidade, foram necessários 40 anos. Exatamente hoje, 2 de setembro de 2009, a internet, como a conhecemos, faz 40 anos de existência.

No dia 2 de setembro de 1969, cientistas da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles) conseguiram enviar bits de dados de um computador para outro por meio de um cabo com 15 metros de distância. Estava criado o embrião da internet. Esses cientistas, liderados por Leonard Kleinrock, trabalhavam apoiados pelo governo norte-americano, por meio da Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET), que pode, a grosso modo, ser definida como a rede universitária dos EUA.

Os primeiros dados (bits) trocados entre uma máquina e outra estavam em letras minúsculas e sem sentido. Era apenas um teste. E esse teste, inter-ARPANET, fez com que a internet chegasse ao que é atualmente.


Mesmo com tanto academicismo envolvido, a história da internet é cheia de controvérsias e incertezas. Algumas fontes defendem que o verdadeiro nascimento da internet aconteceu efetivamente no dia 29 de outubro de 1969, quando uma mensagem foi enviada entre dois computadores ligados à ARPANET distantes entre si: um estava na UCLA e o outro no Stanford Research Institute. Essa transmissão marca o primeiro lançamento de pacotes de dados na rede de comutação de dados pelo método de transferência que consiste em quebrar a informação em pequenos pacotes e depois reorganizá-los no destino. De qualquer forma, foi em 2 de setembro de 1969 que aconteceu, de fato, a primeira comunicação entre uma máquina e outra e é com essa versão que eu, particularmente, fico.

O primeiro computador, na forma como os conhecemos na definição atual, surgiu em 1944: era o Mark I, desenvolvido em parceria entre a Universidade de Harvard e a IBM. Esses computadores foram criados, a princípio, como parte do esforço de guerra dos EUA por conta do corrente conflito, a Segunda Guerra Mundial. No final dos anos 60, os computadores já eram usados pela NASA e por outras agências governamentais norte-americanas.

Nos anos 70, o chip de silício (matéria-prima para a fabricação dos processadores) se tornou a base de uma nova geração de computadores (hardware). E, na sequência, começaram as etapas evolutivas dos softwares, como o e-mail (a arroba - @ - surgiu em 1971) e os jogos.


Em 1983, todos os computadores interligados pela rede ARPANET já eram obrigados a adotar o protocolo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), que havia sido criado em 1970. O TCP/IP é, ainda hoje, o padrão de comunicação online que nos conecta, a mim e a você, a todos os computadores ligados na internet.

O cientista britânico Tim Berners-Lee, em março de 1989, daria, finalmente, a forma à internet atual ao criar o hipertexto baseado em páginas web, links e navegadores. Em abril de 1993, foi lançado o Mosaic, o primeiro navegador (ou browser) que começou a popularizar a forma de usar a internet. O Mosaic foi o precursor de navegadores como o Netscape e o Microsoft Internet Explorer.


Para se chegar a este blog, surgiu antes, em fevereiro de 1978, o BBS (bulletin board system), um rústico sistema (para os padrões atuais) que permitia a conexão do computador à rede externa. O meu primeiro computador, um Macintosh de 1994, se conectava a um BBS (futuro provedor de acesso) de Alphaville (SP).

Os blogs surgiram em 1999 (há apenas dez anos) com a empresa Blogger, comprada em 2003 pelo Google. Em 2004, o Google relançou o Blogger com novo visual. Eu entrei na internet em 1995, antes mesmo do UOL, por exemplo, surgir e antes de trabalhar comercialmente com acesso à internet. Este blog, que faz parte dessa história, entrou no ar em agosto de 2007.

Portanto, parabéns a todos os cientistas que, nesses 40 anos, encolheram o mundo. Hoje, 25% da população mundial estão na palma da mão de cada um de nós. Parabéns, internet!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O papel do meme na teoria da evolução

"... A psicóloga Susan Blackmore, em seu ousado livro 'The Meme Machine', apresenta uma teoria mais radical sobre a seleção sexual da mente humana. Essa autora recorre ao que batizamos de 'memes', unidades de herança cultural. Memes não são genes e não têm nenhuma relação com o DNA, exceto por analogia. Enquanto os genes são transmitidos por óvulos fertilizados (ou por vírus), os memes transmitem-se por imitação. Se eu ensinar você a fazer um modelo em origami de um junco chinês, um meme passa do meu cérebro para o seu. Você então pode ensinar a duas pessoas essa mesma habilidade, e cada uma delas ensinar a outras duas e assim por diante. O meme propaga-se exponencialmente como um vírus. Supondo que todos nós cumprimos de forma adequada nossa tarefa de ensinar, as 'gerações' posteriores do meme não serão perceptivelmente diferentes das primeiras gerações. Todas produzirão o mesmo 'fenótipo' do origami. Alguns juncos podem ser mais perfeitos do que outros se, digamos, alguns dobradores de papel forem mais cuidadosos. Mas a qualidade não se deteriorará de modo gradual e progressivo ao longo das 'gerações'. O meme é transmitido, inteiro e intacto como um gene, mesmo se sua expressão fenotípica detalhada variar. Esse exemplo específico de um meme é um bom análogo para um gene, especificamente um gene de vírus. Um modo de falar ou uma técnica de marcenaria podem ser candidatos mais dúbios a memes porque é provável - estou supondo - que, progressivamente, 'gerações' posteriores em uma linhagem de imitação se diferenciem mais da geração original.

"Blackmore, assim como o filósofo Daniel Dennet, acredita que os memes tiveram um papel decisivo no processo que nos tornou humanos. Nas palavras de Dennett:

O porto a que todos os memes esperam chegar é a mente humana, mas a própria mente humana é um artefato criado quando memes reestruturam um cérebro humano para torná-lo um melhor habitat para memes. As rotas de entrada e saída são modificadas para adequar-se às condições locais e reforçadas para vários recursos artificiais que intensificam a fidelidade e prolixidade da replicação: mentes de chineses nativos diferem drasticamente de mentes de franceses nativos, e mentes de literatos diferem de mentes de iletrados.

"Dennett pensaria que a principal diferença entre os cérebros anatomicamente modernos antes e depois do Grande Salto para a Frente na cultura é que os cérebros posteriores ao Grande Salto fervilham de memes. Blackmore vai além.
"Invoca os memes para explicar a evolução do avantajado cérebro humano. Isso não poderia ser obra só de memes, evidentemente, pois estamos falando aqui de uma mudança anatômica fundamental. Os memes podem manifestar-se no fenótipo do pênis circuncidado (que às vezes passa, de um modo quase genético, de pai para filho) e até em uma forma corporal (pense em uma moda transmitida de emagrecer ou alongar o pescoço com colares). Só que a duplicação de tamanho do cérebro é outra coisa. Ela tem de ocorrer por meio de mudanças no reservatório gênico. Mas então, que papel Blackmore vê para os memes na expansão evolutiva do cérebro humano? É aqui, mais uma vez, que entra a seleção sexual.
"As pessoas tendem mais a copiar seus memes de modelos admirados. Esse é um fato no qual os anunciantes apostam seu dinheiro: pagam a jogadores de futebol, astros de cinema e supermodelos para recomendar produtos - pessoas que não têm um conhecimento especializado para avaliá-los. Indivíduos atraentes, admirados, talentosos ou por algum outro motivo renomados são poderosos doadores de memes. Essas mesmas pessoas tendem a ser sexualmente atraentes e, portanto, ao menos no tipo de sociedade polígama na qual é provável que tenham vivido nossos ancestrais, ser poderosos doadores de genes. Em cada geração, os indivíduos atraentes contribuem proporcionalmente mais tanto com genes como com memes para a geração seguinte. Blackmore supõe que parte do que torna uma pessoa atraente é sua mente geradora de memes: uma mente criativa, artística, loquaz, eloquente. E os genes ajudam a produzir o tipo de cérebro eficiente para gerar memes atraentes. Assim, a seleção quase darwiniana de memes no reservatório 'mêmico' anda de mãos dadas com a seleção sexual genuinamente darwiniana de genes no reservatório gênico. Eis mais uma receita para a evolução desenfreada.
"Qual é exatamente, nessa visão, o papel dos memes no aumento evolutivo do cérebro humano? Eis, a meu ver, o modo mais proveitoso de examinar essa questão. Existem variações genéticas nos cérebros que permaneceriam despercebidas sem memes que as trouxessem à luz. Por exemplo, há bons indícios de que existe um componente genético na variação da habilidade musical. O talento musical dos membros da família Back provavelmente deveu muito aos seus genes. Em um mundo repleto de memes musicais, as diferenças genéticas em habilidade musical salientam-se e estão potencialmente disponíveis para a seleção sexual. Em um mundo anterior à entrada de memes musicais nos cérebros humanos, as diferenças genéticas na habilidade musical também estariam presentes mas não se manifestariam, ou pelo menos não do mesmo modo. Elas não estariam disponíveis para a seleção sexual ou natural. A seleção memética não pode mudar o tamanho do cérebro sozinha, mas pode trazer à luz variações genéticas que, de outro modo, permaneceriam ocultas..."

Esse é um excerto do livro "A Grande História da Evolução" - Richard Dawkins - Companhia das Letras - 759 páginas -, que estou a ler atualmente. Faço, agora, uma analogia entre o texto de Dawkins e a teoria de Susan Blackmore com o Meme, do Yahoo!, e com as redes sociais, de forma geral. É apenas uma brincadeira e uma coincidência de nomes, claro, porque o livro de Dawkins é sério e dirigido especificamente à linha darwniana da teoria da evolução humana.

Mas, por outro lado, tudo é evolução e as redes sociais são extensões, portanto, da evolução humana. Abaixo, trechos do texto acima e (na minha opinião) os pontos de contato com o Meme e outras redes sociais:

- "... os memes transmitem-se por imitação" - uma mente criativa desencadeia o processo e as demais repostam, copiam, replicam e reproduzem. Isso ocorre no Meme, YouTube, blogs e outras redes.
-"... Você então pode ensinar a duas pessoas essa mesma habilidade, e cada uma delas ensinar a outras duas e assim por diante. O meme propaga-se exponencialmente como um vírus..." - no Meme, quem tem convite pode repassar para três pessoas e, assim como outros virais, propaga-se exponencialmente, a priori, sem limites. Caso de vídeos do YouTube como o de Susan Boyle.
-"... O porto a que todos os memes esperam chegar é a mente humana..." - em qualquer rede social, o objetivo sempre é fazer com que o conteúdo postado chegue a outra(s) pessoa(s), assim como ocorre no processo evolutivo cujo leitmotiv é se transmitir e se perpetuar.
-"... modernos antes e depois do Grande Salto para a Frente na cultura é que os cérebros posteriores ao Grande Salto fervilham de memes..." - O Grande Salto para a Frente, na sociedade da informação, pode ser interpretado como a disseminação da internet que eliminou as fronteiras e nos colocou, a todos, em potencial contato uns com os outros, pelos mais diversos meios - ou pontes -, sejam blogs ou redes sociais. O caldeirão de 'memes' origina-se dessa combustão cultural.
-"... As pessoas tendem mais a copiar seus memes de modelos admirados. Esse é um fato no qual os anunciantes apostam seu dinheiro: pagam a jogadores de futebol, astros de cinema e supermodelos para recomendar produtos..." - isso é um princípio do marketing e é válido para o mundo do Meme, Youtube, blogs e outras redes sociais. Assim que uma pessoa, referência em qualquer meio, liga-se a qualquer uma das redes sociais e divulga essa conexão, tende a arrastar atrás de si uma multidão. Caso de Ashton Kutcher no Twitter.
-"... Em um mundo repleto de memes musicais, as diferenças genéticas em habilidade musical salientam-se e estão potencialmente disponíveis para a seleção sexual. Em um mundo anterior à entrada de memes musicais nos cérebros humanos, as diferenças genéticas na habilidade musical também estariam presentes mas não se manifestariam, ou pelo menos não do mesmo modo..." - aqui, a meu ver, os memes musicais bem podem ser as bandas que se divulgam pelo MySpace e mesmo o usuário (nós) que reproduz música via Blip, YouTube, Last.fm e outras ferramentas do tipo.

Como se observa - com um pequeno esforço - a evolução está em todos os níveis, sim. Inclusive nessa cadeia gigantesca que é a internet com suas próprias forças que agem e nos empurram à frente, para um futuro completamente desconhecido e fascinante.

sábado, 1 de agosto de 2009

Fantásticas imagens darks e góticas manipuladas em Photoshop

Fantasia, dark, gótico e RPG (role-playing game ou jogo de interpretação de personagens): a artista espanhola Elena Dudina mistura esses universos para criar imagens belas e místicas de elfas e mundos perdidos.

Dudina usa técnicas de luz, cor e manipula imagens no Photoshop para dar origem a estranhas e misteriosas criaturas. É um trabalho belo, que remete a ambientes medievais, fantasias e alguma carga de erotismo.

No site da artista, é possível ver outros trabalhos além das fotos aqui reproduzidas.












terça-feira, 7 de julho de 2009

Estamos à beira do colapso mundial da internet?

Hoje, 7 de julho, boa parte da audiência mundial parou para ver os funerais de Michael Jackson. E uma imensa parcela dessa audiência aconteceu por meio da internet. Os números devem começar a ser destrinchados nos próximos dias. Mas posso antecipar minha própria experiência: internet lenta, com picos de demanda entre as 14:00 e 16:00 horas desta terça-feira (horário de Brasília) e paralisação de redes como o Twitter (cujos 10 trendind topics, em determinado momento, eram todos relacionados a Michael Jackson) e o Facebook (que tem mais de 200 milhões usuários em todo o mundo).


À tarde, um balanço preliminar dava conta de que apenas no Facebook foram publicados mais de 500 mil posts relacionados ao rei do pop. O mundo tem um pouco mais de 6,7 bilhões de habitantes e, desses, 1,6 bilhão (24%) são usuários da internet. Há um site bastante completo que demonstra o uso da internet mundial, neste link. Não consegui encontrar uma informação confiável de quanto se consome em terabytes (um terabyte representa 1 mil bilhões de bytes ou mil gigabytes) ou, pior, em petabytes, exabytes ou zettabyte em todo o mundo.


Mas um relatório da Cisco pode dar a dimensão desse uso extraordinário: estima-se que o tráfego global IP (Internet Protocol ou o padrão sobre o qual trafegam os dados) será de 44 exabytes mensais em 2012 (eram menos de 4 exabytes mensais em 2007). Isso gerará uma demanda de 522 exabytes mundiais de banda larga, ou mais da metade de um zettabyte. Agora, às legendas: um petabyte equivale a 1.024 terabytes; um exabyte equivale a 1 bilhão de gigabytes (ou à capacidade de armazenagem de 250 milhões de DVDs); e um zettabyte equivale a 1 trilhão de gigabytes (ou a 250 bilhões de DVDs).


Fenômenos mundiais como a morte de Michael Jackson, a revolta da oposição do Irã, Olimpíadas e, no ano que vem, a Copa do Mundo, são conhecidos como "fenômenos emergentes" que dependem, majoritariamente, de organização em grande escala. Bem, o ambiente internet é um dos mais propícios para que se dê essa organização massiva.

Emergentes o são também, atualmente, as redes sociais e os serviços de mensagens instantâneas. São, a exemplo da bolha de 2001 (as empresas pontocom), o hype do momento. Todo mundo tem Orkut, Facebook, Twitter, MySpace, Flickr, Tumblr, YouTube, blogs e outros serviços sociais como o Messenger. E, quando um 'fenômeno emergente' assola a internet mundial feito um tsunami asiático, algumas praias congestionam-se. Há tumulto, desencontros e alguns acidentes. Por enquanto, a esses acidentes tem sido dado o nome de 'quedas'. Dizemos: "o Google caiu, o Facebook caiu, o Twitter baleou (em menção à baleia representativa do colapso do serviço)".


Mas, até quando os teras, petas e exas serão suficientes para suportar a demanda que cresce todos os dias? Uma outra empresa norte-americana, a Nemertes Research Group, tem uma data para que isso aconteça: 2010. É isso mesmo! No ano que vem, ano da Copa do Mundo da África. Devido a atual escalada na demanda de dados, a estrutura atual não comportará o volume, segundo a empresa.

O relatório da Memertes avalia que as estruturas centrais da internet evoluem, mas não a infraestrutura de acesso. E isso pode, sim, afetar a internet mundial e provocar o grande colapso para o ano que vem. Essas 'quedas' com as quais convivemos hoje, em 'fenômenos emergentes', poderão se repetir e ficar mais intensas até que a rede se trave, diante de tanta demanda. O relatório conclui que seria necessário investir US$ 55 bilhões na infraestrutura de acesso (nos chamados acessos de nível 1 ou Tier 1, que são os provedores de primeiro nível de todo o acesso à internet, responsáveis pelas conexões internacionais de tráfego de dados).


Por enquanto, o que temos visto é a paralisação ou lentidão excessiva de alguns serviços - Facebook, Twitter, Google, Wikipedia - em momentos de maior demanda. Mas, o risco é iminente e todo o universo que se apoia no mundo virtual pode, a qualquer momento, subir à tona para respirar feito a baleia do Twitter e depois naufragar como submarino abatido. Olhos de coruja para isso que não tarda o encalhe.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Holiday (and workday) on ice

Contínuo: não há interrupção, é constante e sucessivo.

Intermitente: que apresenta interrupções de intervalos em intervalos.

Telefonia: inventada em 1860 pelo italiano Meucci, e não por Alexander Graham Bell, conforme reconhecido pelo governo norte-americano em 2002.

Banda larga: surgiu entre 1997 e 1998, com o cable modem (da TV a cabo) e, depois, em 1999, com o DSL (das operadoras de telefonia fixa). Até então, o acesso à internet era discado (ou dial up), no que se convenciona chamar de banda estreita (até 56 Kbps), feito a partir da linha comum do telefone fixo.

Banda larga da NET, nome-fantasia Vírtua: sistema híbrido de acesso rápido à internet que une duas tecnologias: cable modem ou cabos coaxiais e fibra óptica.

Agora que expliquei os termos técnicos, vou discorrer sobre o conteúdo que extrapola os significados desses conceitos.

Embora a NET seja, originalmente, uma operadora de TV por assinatura, passou a oferecer, por conta da evolução tecnológica, mais dois serviços adicionais: a telefonia fixa (Net Fone), em conjunto com a rede da Embratel (no padrão IP, ou internet protocol) e a banda larga sobre a rede de cabos da NET, cabo esse pelo qual vem o mesmo sinal da TV por assinatura.

A NET é uma autorizatária, ou seja, está autorizada a prestar serviços de telefonia e de acesso de alta velocidade à internet. Ao contrário de concorrentes como Oi, Telefônica e Embratel, que são concessionárias e estão sujeitas a metas de qualidade contratuais, garantidas quando da assunção das respectivas concessões, em 1998, na privatização do Sistema Telebrás.

Nem por isso, porém, deve deixar de oferecer ao assinante a qualidade de um serviço que se contrata para ser contínuo, e não intermitente. Mas, por incrível que pareça, o serviço de banda larga Vírtua, digital na teoria, funciona mais ou menos da mesma forma que os antigos aparelhos celulares. Explico: você se lembra que todos os celulares tinham luzinhas (LED) que piscavam intermitentemente? Pois é! Mas a rede, bem ou mal, funcionava. Intermitência, no caso, era apenas o sinal da frequência, que conectava (e conecta) o aparelho à estação radiobase.


Pois, atualmente, o Vírtua funciona assim: há um modem, com 6 LEDs que devem, exceto um, ficarem acesos continuamente. O único intermitente é o sinal do link (da internet). Pois de 2 em 2 minutos, se não menos, todos os LEDs apagam-se abruptamente. Isso tem ocorrido com bastante frequência, sem trocadilhos com a rede móvel, e, de ontem para hoje, a intermitência durou mais de 13 horas.

Ao longo do dia de hoje, por exemplo, essa intermitência é contínua, o que prova que as palavras, embora queiram significar coisas bastante distintas, acabam por agregar um só significado a um serviço que, a priori, deveria ser contínuo, e nunca intermitente.

No site da NET, há uma descrição da tecnologia de banda larga que diz o seguinte: "os cable modems escolhidos pela NET para utilização do Vírtua são da Terayon, empresa americana que desenvolveu a tecnologia S-CDMA (Synchronous Code Division Multiple Access). Um dos principais diferenciais dessa tecnologia é sua grande imunidade a ruído, o que confere confiança, robustez e performance de campo comprovada em diversas operações de cabo em todo o mundo". Está lá, ipsis literis, dessa forma.

O que me confere o direito de retrucar: quisera eu que houvessem ruídos, gemidos, gritos ensurdecedores no cabo para que os bits convertessem-se em: 1. sinal da TV paga; 2. sinal contínuo de telefone; 3. sinal de acesso à internet, sem o qual eu sucumbo (se não por adicto que sou, que seja por conta do trabalho, pois que dependo de telefone e de acesso à internet para trabalhar).

É que, aparentemente, por banal que seja a propalada era digital na qual, teoricamente, todos estamos, me parece que equipamentos e sistemas agem como se analógicos fossem porque: 1. a TV desliga sozinha quando perde o sinal; 2. o telefone ficou mudo por tanto tempo que emigrei de um mundo para o outro; e 3. voltei a 1996, quando ainda havia BBS e o acesso era apenas discado.


As 13 agônicas horas que permaneci sem conexão, com um ligeiro intervalo de acesso de 40 minutos, transformaram-se, nesta sexta-feira, em um rosário feito de contas - minuto sim, minuto não, minuto não de novo, a internet sofreu pequenos colapsos. Ou apenas intermitência, e não continuidade.

Hoje, depois de me exasperar com a falta de acesso, liguei para a central de atendimento da NET. Reproduzo a mensagem inicial, antes mesmo de ter a oportunidade de teclar qualquer número: "Eu vejo que você está ligando de um número de telefone cadastrado e também identifico aqui que temos alguns problemas técnicos na sua região, (que está) afetada, sem sinal de internet e telefone. Enfim, estamos fazendo de tudo para resolver os problemas o mais rápido possível, mas a previsão mais recente é que o serviço deve estar normalizado até às 13:30 horas. Isso é tudo o que se sabe no momento, até mesmo na nossa central de atendimento."

Para não incorrer em interpretações equivocadas, ouvi a mensagem algumas vezes e anotei as palavras. O texto foi exatamente esse. A internet realmente voltou, antes da previsão, por volta das 11:30 horas. Mas, durante o resto do dia, permaneceu intermitente, com idas e vindas feito o vento que balança levemente a minha janela.

Um pouco depois disso, recebi uma ligação da NET que, imagino, é de alguma área de controle de qualidade (o prefixo é 51, ou seja, de Porto Alegre e algumas cidades da Grande Porto Alegre). O atendente queria saber se estava tudo bem conforme as minhas solicitações anteriores para a central, feitas por e-mail ou telefone (celular) e me questionava sobre a linha de telefone. Oras, faz mais de 10 dias que eu portei o NET Fone para a Telefônica!

A conclusão a que chego é que a NET não tem controle sobre as linhas. Imagino que se tudo está controlado por um sistema, a operadora tem que saber quem está conectado, quem se desligou e foi para outra operadora e quem não paga as contas. Deixe de pagar a conta e receberá, em poucos dias, um telegrama, tal a rapidez com que fiscalizam o billing (ou faturamento).

Hoje ainda, há pouco, no início da noite, recebo outra ligação da NET. Dessa vez, para saber se o Vírtua está em funcionamento. Isso decorreu, imagino, da minha reclamação com o atendente anterior, para o qual relatei a intermitência do serviço de banda larga.

A Telefônica, operadora para a qual retornei (por enquanto, apenas para o serviço de voz), está proibida de vender acessos de internet Speedy até que apresente uma solução para os contínuos (esses sim, são sempre contínuos) problemas que tem apresentado na banda larga. Sugiro que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), cujo papel é o de fiscalizar e exigir o cumprimento de qualidade no serviço, exerça o mesmo papel junto à NET no que tange à telefonia de voz e de acesso à internet.

Ou estaremos pior do que no passado recente, quando não havia nem telefones fixos no mercado. Pois é assim que eu tenho me sentido na relação com a operadora da qual era cliente de três serviços: holiday and workday on ice (a patinar no gelo, tanto nos feriados quanto nos dias úteis). E digo no gelo justamente porque a campanha da NET incita o assinante a sair da Sibéria, gelada, e ir para a NET. Bem, até o momento, quem está na Sibéria somos eu e a própria NET. Ou apenas eu, porque o mundo não é dos nerds.

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