Blog Widget by LinkWithin
Connect with Facebook
Mostrando postagens com marcador Comportamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Comportamento. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 12 de julho de 2011

É o pior dos mundos possíveis e nada pode ser feito a respeito

A história, irremediavelmente, conduz a humanidade à felicidade. Calma que não estou louco e nem bipolar (pelo menos não neste momento). A frase que dá título ao post é expressão do pensamento do filósofo Schopenhauer e a primeira frase que inicia este post é exatamente o conceito oposto proposto pelo também filósofo Hegel. Da Alemanha, ambos, pensavam o mundo como se em dois extremos estivessem. Para os dois, o mundo é negativo e positivo, respectivamente.


Outros dois livros - "The Optimism Bias - a tour of the irrationally positive brain"(O Viés Otimista - um tour pelo cérebro irracionalmente positivo) e "The Human Side of Cancer" (O Lado Humano do Câncer) -, ambos sem edição no Brasil, tratam, respectivamente, dos lados obscuro e solar do cérebro (e mente) humano.


Todo esse enunciado foi assunto no jornal Folha de S.Paulo, edição desta terça-feira, 12. De um lado, o articulista João Pereira Coutinho, com sua visão do "ser positivo" ante a vida. De outro, o caderno Equilíbrio apresentou pesquisas e tascou: quem é otimista demais, quebra a cara. No caso, ambos concordam: atitudes positivistas e otimismo exacerbado não fazem bem. Ao contrário, podem muito bem camuflar o lado 'real' da vida: doenças como o câncer, uma aceitação dos fatos de forma submissa, confiança num deus que nunca é confirmado.




Tendo a ser, mais ou menos, com pendões para baixo ou para cima, equilibrado. Veja que, numa curta frase, me foi difícil simplesmente articular a palavra 'equilíbrio'. Exatamente porque não somos, os seres humanos, equilibrados. Nossas balanças pendem o dia todo para todo lado e o pêndulo não consegue se aquietar numa posição apenas.


O caderno Equilíbrio recorreu a diversas pesquisas para atear à fogueira as bruxas e bruxos do otimismo, aqueles que confiam cegamente num futuro radiante apenas pela fé que têm, sem ter o correspondente lastro que assegure esse otimismo. Listo abaixo alguns exemplos:


- Pesquisadores japoneses constataram que, de 101 obesos submetidos durante seis meses a uma dieta, os mais otimistas perderam menos peso do que os realistas.


- Nos EUA, outra pesquisa constatou que pessoas otimistas demais têm maior possibilidade de fumar e costumam trabalhar menos, enquanto os realistas investem, poupam e trabalham mais.


- Estudo norte-americano apurou que otimistas vivem menos.


- Por fim, outro levantamento verificou, também nos EUA, que os muito otimistas têm maior chance de atrasar os pagamentos do cartão de crédito.




Não estou a fazer um libelo do pessimismo. Longe disso que não sou maniqueísta. Nem tanto cá, nem tanto lá. Mas, estou longe de me enquadrar na categoria dos otimistas (a despeito de alguns pontos coincidirem com as pesquisas por outros fatores). Tendo, a princípio, por exemplo, a não confiar demais nas pessoas. Mas também não desconfio plenamente. No início, em relacionamentos (de amor, amizade ou trabalho), sou arredio. Me aproximo aos poucos. Minha fé no divino inexiste. E tampouco creio que haja algo mais do que isso que já temos por aqui. É o suficiente.


O brasileiro médio é um otimista por natureza:


- 64,1 pontos: é o índice de otimismo do brasileiro medido em junho passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A escala vai de 0 a 100.


- 81% das famílias acreditam que em um ano terão mais dinheiro e 74% acham que estão melhor em termos financeiros do que estavam há um ano.


- 51,5% pensam que é hora de fazer compras e 42,6% acham que não.


- 50,5% dizem não ter nenhuma dívida e 17,8% acreditam que conseguem pagar todas as contas atrasadas.


Não sei se esses dados espelham um momento de felicidade e otimismo no instante em que colhidos porque, se a mim fossem questionados esses pontos, certamente que entraria no rol dos pessimistas. O que me faz um desbrasileiro.


Ser positivo, diz o articulista citado acima, segundo a sabedoria popular, impede que as pessoas fiquem doentes (inclusive de câncer). Não ser positivo o suficiente, portanto, abriria a porta para o câncer (o exemplo citado se refere a um relato pessoal do colunista). O autor não concorda com isso. Eu tampouco. Se curássemos doenças com o poder da positividade ou do otimismo, médicos e indústria farmacêutica não existiriam.


Também não mantenho os pés no lodaçal do pessimismo. Acho que administro bem as dosagens de otimismo e pessimismo. Não sei se pela idade cronológica ou experiência, ou ainda ambos, o fato é que nessas questões, não sou de extremos. Aliás, raramente tenho pensamento ou comportamento extremista. 


Só acho que aqueles que vivem a irradiar o sol do otimismo o fazem para camuflar eventuais dias cinzentos que trancafiam em suas existências sem se darem conta disso. Também acho que aqueles obliterados pelo peso dos dias escuros e noites tenebrosas escondem os pequenos sóis que insistem em lançar sobre eles seus raios.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Como pegar um homem

Esclareço de antemão que não fui eu que criei esse complexo labirinto. Mas, com pequenas alterações, concordo plenamente que o caminho das pedras é árido, árduo e pode provocar acidentes com sequelas.


Salve-se quem puder porque a vida, definitivamente, não é justa, e se você pensa que, cumpridos todos os passos, haverá prêmio no final, não se iluda! Pode acontecer de o verdadeiro labirinto abrir a porta para uma crise de labirintite permanente. Boa sorte! (se a sua visão estiver confusa, pela idade ou por qualquer outro motivo, clique sobre a ilustração para ampliá-la. eu sei que a curiosidade é grande)


terça-feira, 28 de junho de 2011

O tablet dos 10 mandamentos (ou como se comportar digitalmente)

A revista Veja publicou na edição desta semana os dez novos mandamentos, agora para o mundo digital, sobre o uso de smartphones, notebooks e tablets.




São sugestões da revista (em verde), seguidas do risco associado à quebra de cada um dos mandamentos (em azul), aos quais eu acrescento o castigo de minha própria cepa se o crime for cometido (em escarlate, porque deve sugerir sangue).


I - Não ireis, tu e teu parceiro, para a cama cada qual com seu iPhone


Isso abre a porta para muitos outros. A cama do casal é só dos dois.


Isso abre a porta, as windows, safaris inteiros e podem saltar das telas viados, tigresas, piranhas, piriguétis e outros répteis afins. Você será punido com a expulsão da cama, da casa, do jardim e do éden inteiro se pego em flagrante.


II - Não te levantarás da cama, depois do amor, para checar os emails


Ofensa gravíssima, pior do que virar para o lado e dormir, roncando.


Se te levantarás, que levante outra coisa que deve ser levantada. Se for para checares algo, cheque o saldo de seu talão de cheques e jamais dê um cheque em branco. Confrontado em falta, erga os braços e afirme, sem vergonha de parecer ridículo: É mail, tudo mail!


III - Só porás no Facebook fotos da festa se todos os fotografados concordarem


Desgraças assim evitáveis: emissões, separações e amizades rompidas.


Desgraçadamente, colocastes fotos da festa com todos os parentes, amigos e agregados ao final da festa, quando os salões se transformaram em dark rooms, as crianças já dormiam nos sótãos e restavam apenas os vagabundos e safadas de plantão, à espera da xepa. Claro que as fotos são de alto teor pornográfico. Se porventura postastes no Facebook as indecências e partes pudendas, suas e de outrens, diga que o movimento hacker LulzSec invadiu seu território digital e você não tem culpa. Espera-se que você tenha postado fotos próprias para confirmar que também foi agredido e, lógico, porque é exibicionista.


IV - Mesmo se todos concordarem, espera até o fim da festa


Exibicionismo? Carência? Descontrolados devem ficar em casa.


Vá ao banheiro de tempos em tempos e se conecte como quem aspira três ou quatro carreiras daquele pó branco. Se tiveres tremores, volte ao banheiro e acesse rapidamente tudo o que deseja, poste o que quiser e saia. Não se esqueça de limpar o nariz, digo, as digitais da tela do smartphone. Quando a festa acabar, não aja como um adicto: conduza o veículo calmamente e tente controlar os movimentos. Em casa, se o descontrole surgir, respire fundo: sempre há um papelote, ops, um teclado disponível, para ocasiões como essa. Se ainda assim for inevitável a queda, aja com decência e desmaie: será levado embora da festa e, no hospital, ficará confortavelmente instalado para se conectar durante o período em que estiver entubado.


V - Não usarás o iPad como similar de domesticação infantil


Almoço na casa da vovó é para conversar, brincar e fazer folia, à moda antiga.


Envie as crianças ao campo: ao campo de futebol, ao Campo de Marte (aeroporto em São Paulo), ao campo do além. Se casa de avó é para confraternizar, não se esqueça que as avós não medem recursos em servir comidas anti-saudáveis, quase envenenadas de tanta caloria. Dê um iPad para cada criança com o Angry Birds instalado. A cada porco tombado, uma criança será salva da obesidade mórbida. Se reprimido, use pássaros raivosos para abater aquele porcino que te acusas.


VI - Não tuitarás durante o casamento; em especial o teu próprio


Todo mundo precisa saber cada segundo da tua vida? Tens certeza?


Evidentemente que todo mundo deve saber de tudo o tempo todo, inclusive naquelas ocasiões em que você, bêbado até a alma, é capaz de voltar aos 2 anos de idade e irrigar seu colchão como se fosse um terreno árido. Poste isso, tuíte o casamento, comente que o vestido da sogra é de uma cor que lhe dá ânsia de vômito e solte impropérios ao padre com transmissão em streaming de vídeo. Aproveite para caluniar padrinhos e, eventualmente, aquele familiar que você odeia. Na saída, tire fotos e as deforme com o Instagram ou qualquer outro recurso e faça comentários abusivos sobre as pessoas. Se tentarem te deter, diga que está em estado de choque porque, afinal, casar é praticamente bloquear o acesso dos 3 mil amigos do Facebook ao seu Messenger e Skype e a toda a sorte de putaria que você pode (não que o faça) fazer no ambiente online.


VII - Só mostrarás o local das férias uma vez, e discretamente


Andar pelo resort de notebook aberto, e falando alto, é superadíssimo.


Caminhe pela praia de zíper ou botões abertos, nade nu, quebre alguns móveis do hotel, brigue com aqueles turistas indesejáveis e nunca, jamais, deixe de certificar-se de que a potente conexão 3G (que venha logo a 4G) esteja em pleno funcionamento em transmissão real time. Grave tudo, faça o upload no YouTube e depois compartilhe pelo Facebook, Twitter e, por fim, poste no seu blog. Guarde tudo em sistemas de armazenamento pagos para ter certeza de que os registros permanecerão até que sua memória se esvaia. Se a polícia for avisada e quiser lhe reprimir por atentado violento ao pudor, diga que é um teste para o próximo projeto experimental de Lars von Trier. Serás perdoado e compreendido.


VIII - Não erguerás o iPad como uma barreira à mesa do café da manhã


Valem para o tablet as mesmas regras aplicadas aos jornais.


Vale o que você quiser. Aproveite-se do recurso que lhe permite girar o dispositivo e ler tanto na horizontal quanto na vertical para, em momentos alternados, mostrar-se ou ocultar-se, tal qual uma dama árabe ao fazer o uso do chador. Você não precisa seguir complicadas regras de etiqueta dado que nunca as seguiu quando usava aquela muralha de papel que era o jornal impresso. Ah! Tempos bons aqueles, que permitiam que se desdobrasse uma cortina para que você não fosse obrigado a ter à sua frente aquela visão dos infernos! Agora, com esse equipamento minúsculo, é incrível como aquela pessoa do outro lado da mesa cresceu e tomou proporções de monstro. Se a pessoa revidar, baixe um aplicativo imediatamente, do tipo daquele que emite um som para repelir inseto, coloque tampões no ouvido e deixe o sistema processar.


IX - Acharás os aplicativos adequados a crianças pequenas


E ficarás junto delas o tempo todo. Ou preferes que abram aquelas galerias de fotos?


Fique longe delas o tempo todo. Te consomem mais do que a bateria do iPad. Deixe que abram as 85 milhões de galerias disponíveis, os 674 bilhões de vídeos do YouTube e as 9,128,634,385,021,567 páginas da internet. Você não é obrigado a garantir proteção contra tanto número. Xingado por detratores, diga que os desenvolvedores de aplicativos gratuitos são os culpados de haver tanta criança pequena no mundo.


x - Respeitarás um dia de guarda durante o qual ficarás desconectado


Semanal, quinzenal ou mensal: o importante é mostrar autocontrole.


Oi?


segunda-feira, 27 de junho de 2011

O primeiro beijo gay da Rede Globo

A maior emissora de TV do Brasil, a Rede Globo, acaba de derrubar um mito e um tabu: exibiu, numa reportagem na última quarta-feira, 22, no Jornal Nacional, em cadeia também nacional, o primeiro beijo gay e, ainda, o primeiro beijo lésbico. Para a Globo, é um avanço e significa, finalmente, que a emissora admite, sem rodeios, que os gays estamos todos aí, na sociedade, exatamente como parte dessa mesma sociedade.


O beijo passou desapercebido para mim e, acredito, para a maior parte das pessoas. A importância do fato, como lembrou o portal de comunicação Comunique-se, está na abordagem da emissora sobre o assunto. O site questionou a Globo sobre a existência de alguma regra para telejornais e outra para as novelas da emissora, as quais sempre tiveram as cenas gays - e de beijos gays - reprimidas.




Casal do Estado de Goiás, abordado pela reportagem, que teve o casamento
cancelado por um juiz preconceituoso e, depois, pode formalizar a união


Em fevereiro deste ano, o diretor da Globo, Luis Erlanger, segundo o portal, afirmou que as cenas não eram exibidas nas novelas apenas para respeitar a classificação etária, e não por proibição explícita. Em resposta ao Comunique-se, a Central Globo de Comunicação respondeu: "Não cabe comparação entre realidade e ficção. É papel do nosso jornalismo noticiar os fatos com qualidade e isenção. E não existem temas proibidos na nossa teledramaturgia. Ao mesmo tempo que a crítica ao preconceito é uma constante, nossa preocupação é preservar a liberdade de expressão artística mas sem levantar bandeiras de comportamento no campo da sexualidade, que é baseada na individualidade. Aqui nosso desafio está em respeitar uma audiência não-segmentada, múltipla em suas expectativas e preferências".


Repito que é um avanço porque a Rede Globo é a emissora que detém o maior share de audiência do Brasil e transmitir as cenas (conforme a foto acima, reproduzida do portal Comunique-se, e a matéria completa, no vídeo abaixo) em cadeia nacional, em programa jornalístico respeitado, é um passo grande para este País que, basicamente, se educa, ainda, pela TV, sobretudo pela própria Globo.





Em tempo: a assimilação dos gays pela Globo, e do beijo gay, se deve, na minha opinião, mais à concorrência do que a uma súbita mudança de comportamento dos executivos globais: uma outra emissora concorrente, o SBT, exibiu, pela primeira vez na história da TV aberta brasileira, o primeiro beijo gay (lésbico) da ficção, na novela Amor e Revolução", no dia 12 de maio deste ano, conforme o vídeo abaixo:





De qualquer forma, parabéns pela iniciativa de ambas as emissoras. Na ficção, pelas novelas, e, o mais importante, na vida real, pelos programas jornalísticos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Gente diferenciada

De New York - São Paulo protagonizou, há umas três semanas, um caso que é bem típico de uma cidade que deveria ser democrática e é pequena, bem pequena, quase que uma província quando se trata de comportamento entre pessoas que pensam que compartilham o mesmo espaço. Pensam porque, quando se dão conta, percebem que se obrigam a esse compartilhamento, o que não vem a ser, portanto, nada democrático. O que é imposto não é espontâneo e, logo, deixa de ser uma reunião civilizada em aglomeração humana e passa a ser um ajuntamento forçado.


O motivo foi funesto: uma associação de bairro, elitista, tornou público o desejo de parte dos moradores desse bairro, considerado elitista (e já por isso não-democrático), de bloquear a construção de uma futura estação de metrô em determinado lugar. Essas pessoas querem mover a estação para alguns metros adiante sob a premissa de que "gente diferenciada" tenderá a ocupar o entorno da estação e, consequentemente, poluirá, com sua diferenciação, a rua, as adjacências e o bairro.


Causou, claro, a maior polêmica e envolveu várias esferas, da pública à privada, e, creio, é na privada que acabará o perverso debate. O governo, anteriormente, cedeu a pressões bairristas e foi capaz de determinar a construção de uma estação de metrô bem distante do local originalmente previsto. Também envolvia outro bairro elitista e as pessoas diferenciadas não eram bem vistas.


A gente diferenciada foi um termo cunhado por uma moradora do bairro citado primeiro neste post e remete a pessoas como as faxineiras, os vendedores ambulantes, trabalhadores de quarto e quinto escalão que, eventualmente, achem por bem escolher o metrô como um meio de transporte alternativo entre tanto outro de que dispomos na província. São gentes diferenciadas justamente que trabalham para as pessoas não-diferenciadas daquele mesmíssimo bairro.


Já trabalhei no bairro em questão. É um dos bairros paulistanos conhecido por abrigar pessoas que têm algo em comum. No caso, os judeus. Que foram, eles sim, tratados como gente diferenciada há pouco mais de meio século atrás. Por muita gente considerada não-diferenciada.


Estou em New York desde segunda-feira e o que mais eu vi, até o momento, foi a verdadeira gente diferenciada. Gente de todos os lugares, culturas, cores. De todas as vestimentas. De chinelo. De bota. Sem camisa. Cobertos até o pescoço. Com cabelos à moda punk ou sem cabelo algum. Gente do mundo inteiro que vive uma democracia de fato. Gente diferenciada sim. Mas, pela diferença de saber conviver num espaço, e não por se achar diferente de outros apenas pelo que cada um tem ou não posses.


Abaixo, slide de fotos que fiz na Times Square e que representam justamente essa diversidade que São Paulo está a anos-luz de ter e praticar:






quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ferinos x felinos

Nesse mundo online e sempre ligado (always on, exceto quando o #Failed #NET #Virtua insiste em ficar off, em estado sometimes on), todo crime será imediatamente castigado em rede mundial, com a respectiva audiência global a replicar ad infinitum quaisquer pecadilhos que se cometam corriqueiramente.


A fofa inglesa não sabia que (acho que vi...) jogar (...um gatinho) o bicho ao lixo geraria quase imediatamente a emissão de uma fatwa contra ela e que teria que buscar proteção policial sob o risco de sofrer punições severas pelo ato.


Alguém mais inteligente e menos obscurantista do que legisladores de fatwas resolveu o caso em lance divertido e muito mais viral.


A história toda é que uma mulher viu uma gatinha, achou divertido jogá-la numa lixeira, jogou-a e foi embora. Os proprietários da gata encontraram a bichana 15 horas depois e, ao assistirem o big brother da vizinhança, viram a cena. A mulher foi imediatamente condenada a padecer no inferno daqui para a frente. Como a internet tem a velocidade de um raio, uns engraçadinhos travestiram-se de gato (Frajola) e senhora inglesa e inverteram o ato: o gato atira a senhora à lixeira. Divertido? Sim. Mas me preocupa mais a intensidade com que simples atos se propagam e como as pessoas condenam rapidamente, inclusive com sugestões de fazer justiça com as próprias mãos. O mundo moderno, de terno, nada tem.





segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Na ponta do pau

Está decidido! Chega de lamentos e tudo o mais. Descobri que tenho inúmeras possibilidades. Enquanto alguns meninos do Rio praticam uma insinuação de pole, radicalizarei e vou desafiar o pau, digo, o poste.


Procuro desde já uma escola indiana que me ensine a fazer maravilhas em cima de um pau, digo, poste.


Essa é a minha mais importante decisão deste ano. Chega de temores e medinhos. Vou me jogar.



sábado, 14 de agosto de 2010

Embalos de sábado à noite

Em dúvida sobre o que fazer num sábado à noite? Quer dançar? Tem desejos secretos de rodopiar o mundo e girar, girar, girar? Seus problemas acabam e começam simultaneamente aqui. Eu, como conselheiro compreensivo-afetivo-amoral-atemporal-canalhal e que tal, posto este vídeo especialmente para você que não tem a mínima ideia de como começará sua noite de sábado.


E muito menos como terminará, o que pode tanto ser bom quanto péssimo. Em tempos andróginos, não se acanhe. Promova-se, travista-se. Toda ideologia é válida desde que seja a sua própria. Para o inferno com as convenções. Mas não se esqueça que o paraíso está reservado apenas aos que andam na linha.




Porque aqueles que andam nas pontas do pés, a esses estão reservadas pistas, muitas pistas e faiscantes luzes que podem significar um bocado de coisas, das quais a mais simples é que aquela chuva de meteoros que acabou de cair não é a mesma coisa que uma explosão de fogos de artifício e tampouco indica que você é uma festa.





Nada disso. Conheço pelo duas ou três pessoas que querem muito ser Tinky Winky e que são capazes de sair no braço para ter a posse da bolsinha desse andrógino ser que povoa os (pesadelos) sonhos de alguns marmanjos que foram obrigados a assistir a isso na infância. Alguns tomaram para si a tarefa de dar continuidade a esses tubos teles. Outros, traumatizados, devem ter arrepios (não sei se de comoção ou terror) ao resgatar tais imagens. Vai que a noite lhe pertence. E, talvez, o seu corpo também, se não foi abduzido antes.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Paróquia global

Você sabe o que é buzz? É barulho, burburinho, falatório, o popular zunzum. É algo que começa como uma pequena fagulha e se transforma em um incêndio de proporções consideráveis e atinge de pequenos focos a grandes extensões. Alguns buzzes provocam reduzidos fogareiros e, por falta de oxigênio, minguam. Outros, tal qual rastilho de pólvora, espalham-se e tomam conta de áreas que se imaginavam seguras.


Você já viu uma queimada? Voluntária ou não? Eu já. No interior de São Paulo (que eu conheço bem), é comum os plantadores de cana de açúcar atearem fogo nos canaviais antes da colheita. Essa prática será proibida a partir de 2014, nas áreas mecanizáveis (sem declives, onde é possível trafegar com colheitadeiras), e em 2017 em áreas não mecanizáveis. Essas queimadas atingem proporções de incêndios incontroláveis e têm por objetivo queimar a palha da cana e facilitar a colheita, dizem os produtores. Se a colheita é feita a foices por trabalhadores rurais, talvez ainda existisse sentido nesse procedimento (os canaviais são viveiros de cobras). Como é feita, em mais de 55% dos casos, por máquinas, o processo de queimada deixa de ter importância.


Bem, outras queimadas, involuntárias, podem destruir um sítio inteiro se não forem controladas. Destruíram a casa dos meus avós. Foi um raio. E queimou tudo, até a última ponta. Sobraram apenas moedas antigas.


O buzz é assim. Voluntário ou não, provoca queimadas gigantescas ou pequenas. Mas sempre alguém sai chamuscado. E, alguns, devastados, irremediavelmente.


Somos, no globo terrestre, 6.854 bilhões de pessoas (até hoje, 6 de julho de 2010). Desse todo, 1,8 bilhão acessamos a internet pelos mais diversos meios. Ou seja, 26,6% de nós está conectado online. Podemos, guardadas as limitações de língua e entendimento cultural, saber de tudo o que acontece no mundo instantaneamente, no momento mesmo em que ocorrem os eventos.


Você sabe o que é uma paróquia? É uma subdivisão territorial criada pela igreja católica para delimitar uma determinada comunidade de pessoas que frequenta determinada igreja. A paróquia também era chamada, antigamente, de freguesia. Assim, pequenas comunidades, em geral, estavam associadas às respectivas igrejas - a matriz (construções mais imponentes, com cruzes que dominam as cidades), a igrejinha (de menor proporção) e capela (ainda menor, presente inclusive em áreas rurais que, antes, ainda concentravam um certo volume de pessoas).


Bem, paróquia serve muito bem para definir muitas cidades no Brasil. Inclusive a minha própria, cuja população urbana não passa dos 4 mil habitantes. Paróquia, portanto, é sinônimo de uma cidade onde se sabe (quase) tudo de todos o tempo todo. São Pedro do Turvo, nesse contexto, é uma paróquia.


Quando você, com um click aqui e outro ali, consegue unir-se a um universo de 1,8 bilhão de habitantes da Terra, estabelece uma paróquia virtual. É quase possível acessar tudo o que quiser, se tiver um pouco de paciência. Se você pertence a alguma rede social, fica ainda mais fácil. E quando você passa a deter as ferramentas para uso massivo na internet (postagens de textos, fotos, vídeos), você ultrapassou a útima fronteira e passa, portanto, a ser gerador de conteúdo.


Dado esse salto, você tem uma vastíssima paróquia virtual para usar a seu bel-prazer, para o bem ou para o mal. A paróquia deixa de ter limites geográficos, na origem do mundo terreno, e passa a ser limitada tão e somente pelo acesso ou não do usuário. É uma paróquia de qualquer forma. E é aqui que o buzz passa a ter poder de fagulha, fogueira, queimada ou incêndio de grandes proporções.


E foi nesse sentido que uma mulher traída, do interior de São Paulo, de Sorocaba, resolveu usar uma dessas ferramentas - YouTube - e dizer ao mundo que era vítima de traição. Uma intriga paroquiana tratada com as armas modernas de destruição em massa que a internet nos legou. Antes, porém, a traída se preparou: obteve acesso aos e-mails trocados entre o marido traidor e a amante. Municiada, chamou a amiga (?) para uma conversa que, teoricamente, era privada. Não era! Ferida no orgulho de fêmea traída, gravou a conversa com a amiga, surrou a traidora e ainda gravou. Finalmente, colocou no ar o vídeo para Sorocaba, São Paulo, Brasil e o mundo assistirem a desforra.




A paróquia ficou pequena. Não cabe mais na cidade, no bairro ou no edifício, conforme a cidade. Precisa ser fotografada, transformada em versão big brother e emitida em broadcasting (em internet, chama-se webcasting, que é a transmissão de imagens via rede). Acabou-se o mundo dos pequenos escândalos, fadados a encerrarem-se em suas próprias comunidades. Acabou-se a restrição imposta pelos antigos e discretos - "roupa suja se lava em casa". As roupas não apenas são lavadas publicamente como são estendidas em varais virtuais para o mundo ver o processo de secagem (ou de outros desdobramentos).


A fofoca é tão antiga quanto o mundo. Começou com as intrigas da serpente entre Adão e Eva, na versão bíblica, e, lhe asseguro, houve alguém, estou certo, que contou ao criador que Caim havia matado Abel. Como não acredito no conceito de onipresença, tenho certeza de que algum(a) fofoqueiro(a) correu a contar ao criador que Caim havia matado Abel por inveja.


A internet e toda a cadeia de dados que nos une uns aos outros e cada vez mais somente potencializa a fofoca em níveis nunca antes vistos. Agora, podemos contar aos vizinhos (aos quase 7 bilhões de vizinhos do planeta) tudo aquilo que antes guardávamos no recato de nossas pequenas paróquias. Acabou o recato. Abaixo, claro, o vídeo da traída e da traidora. Sou parte dessa humanidade e, portanto, também faço parte do buzz, cuja premissa, para ser concretizada, é que se passe à frente a fofoca.




sábado, 26 de junho de 2010

Perdemos nossa inibição

O título deste post faz parte da música-tema da World Cup 2010: "As we lose our inihibition". É, a música que é da Coca-Cola. Porque cada pedacinho da Copa do Mundo é pago, é conversível em publicidade. OK. A Copa do Mundo é de uma entidade particular, da FIFA, e não um evento sem fins lucrativos.




Mas nem por isso quero deixar de registrar um sentimento que, presumo, acomete o mundo em duas grandes ocasiões: durante uma Copa do Mundo e nas Olimpíadas. De dois em dois anos, dos 6 bilhões de passageiros desta nave incerta que é a Terra, alguns milhares concentram-se para reproduzirem em algum lugar deste planeta um show de integração.



Hoje estamos a meio caminho deste evento. São 15 dias de Copa do Mundo e faltam apenas outros 15. Até agora, dos 32 países que foram à África do Sul, 16 já disseram adeus. Outros 16 engalfinham-se. Certo, há uma ligeira semelhança com tons de guerra. Mas, pode-se dizer que nesta guerra, as regras são mais rigorosas e quase que cumpridas, com baixas aqui e ali, mas sem morte. Espero.




O que quero dizer é que dos EUA à Coreia do Norte, durante 30 dias há pessoas dos cinco continentes que, representadas por um determinado percentual de torcedores que tem condições de ir pessoalmente ao evento, perde a inibição e é capaz de desfazer, por poucos dias, a babel duramente construída pelos seculares tijolos humanos que deram início à nossa grande tragédia, da humanidade, de nos separarmos tanto a ponto de parecermos diferentes.




No entanto, apenas parecemos diferentes. A língua, que é o elemento mais evidente dessa diferença, não quer dizer muita coisa, na minha opinião. Já viajei para terras "estranhas" o suficiente para dizer que a comunicação, quando necessária, se faz. Basta que sejamos, você e eu, humanos. Nos entenderemos perfeitamente por gestos, olhares, mímicas ou seja lá o que for preciso para que nos coloquemos em bons termos.




Perdemos nossa inibição porque, no mais profundo de todos nós, não tem o menor sentido nos constrangermos uns com os outros pelo simples fato de você ter nascido sob o sol inclemente das margens do Saara e eu ter nascido ao abrigo do gelo do Alaska. É apenas geografia.




Adoro saber que podemos perder a inibição, de nos mostrarmos e à nossa alegria da mesmíssima forma. Assisti a poucos jogos deste campeonato mas, repare! Os rostos dos norte-americanos, ganeses, marfinenses, coreanos, alemães, portugueses, eslovacos, dinamarqueses, uruguaios, argentinos, brasileiros, italianos, franceses e tantos outros são iguaizinhos: urram, gritam, sorriem, beijam alguma coisa íntima, saltam, ajoelham, agradecem, choram. São todas emoções desinibidas que nem as 40 câmeras de cada estádio são capazes de conter. E quantos serão os olhos que acompanham esse imenso big brother mundial? A última informação que li sobre audiência dava conta de que pelo menos 30 bilhões (audiência acumulada nos 30 dias) devem ver os jogos em 214 países!




Pois então por que não ser desinibido? Por que não arrancar a camisa e sair de peito aberto para comemorar tanta vibração? Por que não contaminar os demais 335 dias do ano com tanta emoção? Será que é tão difícil converter gols em gestos? Será que é tão complicado perder a inibição em cadeia mundial não mais de TV, e sim ao vivo, ao lado?




Embora as tragédias cotidianas continuem a ocorrer dia após dia nesses 30 dias que duram a World Cup, tenho a impressão que a Cup contém a maior parte do veneno. Assim como no Brasil, nas grandes cidades, o congestionamento cai a 0 Km, é quase como se a dor mundial caísse a níveis administráveis. 




Ou, pelo menos, a mídia, nessa era de real time, globalizado, converge seu foco para a Copa e deixa o resto do mundo com seus problemas. Sabe que é um fôlego, um respiro? É uma trégua e dá, sim, um alento. Pois aproveite que temos 15 dias pela frente. Depois, de volta à vida! Ou, no caso de muitos, à morte!


P.S. Escrevi este post e esperei quase 2 horas para publicá-lo porque a minha provedora de banda larga, a NET, saiu fora do ar. Como acontece todos os dias. Começo aqui uma campanha: a Campanha pela Real Conexão porque o mundo não é dos nets coisa alguma, e sim dos que reclamam seus devidos direitos de consumidor. Me respeite, NET, ou passe a cobrar time on demand. Lhe asseguro que sua arrecadação comigo cairá o bastante para sua qualidade melhorar. Que inferno!

sábado, 27 de março de 2010

O Brasil não saiu do armário

Hoje, sábado, 27, o Brasil assistiu ao confronto final entre Dourado e Dicésar, dois participantes do "Big Brother Brasil 10". Como era de se esperar, Dicésar, gay assumido e drag queen das noites paulistanas, foi derrotado. A derrota lhe foi imposta pelo público: foram mais de 125 milhões de votos (entre TV, celular e internet), dos quais 58% (72,5 milhões de votos) foram pela saída de Dicésar e os restantes 42% (52,5 milhões) eram favoráveis à saída de Dourado.




Eu não tenho as ferramentas e tampouco informações precisas para comentar sobre eventuais manipulações na votação. A única manipulação a que eu testemunho, como a maior parte dos telespectadores, é a edição feita pela direção do programa nos poucos minutos diários que o "BBB10" é apresentado pela Rede Globo na TV aberta.


Uma minoria tem acesso à TV paga (são mais 20 minutos de programa no canal Multishow) e uma parte ainda menor é capaz de acompanhar as 24 horas do programa pelo pay-per-view. Portanto, o que vale mesmo para o grande público é o programete (não chega a ser programa a não ser nos dias de eliminação, às terças-feiras) que vai ao ar diariamente pela TV aberta e gratuita.


Mas, como milhares de outros telespectadores, tenho acesso à internet e, poucos minutos antes da divulgação do resultado final, os portais indicavam que a competição entre os dois emparedados estava quase que meio a meio (50,8% para Dicésar sair e 49,2% para Dourado sair, por exemplo).


Sempre quando acompanho o apresentador Pedro Bial na apresentação do eliminado, os resultados divulgados, no entanto, são completamente diferentes do que acabo de ver na internet. Dessa vez, a diferença foi de 16 pontos percentuais. Não 3 pontos ou 6 pontos. E sim 16 pontos percentuais!


Os usuários do Facebook podem confirmar esses dados. Entre os meus amigos de Facebook, uma maioria expressiva postou os mesmos números que acabei de informar aqui e a paridade entre Dourado e Dicésar era praticamente nula.


Isso é apenas uma observação, já que, como disse, não tenho elementos para confirmar minhas dúvidas quanto à lisura do sistema de votações do "BBB10".




O cerne da questão dessa edição do "Big Brother Brasil", a meu ver, contudo, é outro. Foi o primeiro programa, nos quase dez anos de existência do formato, que três gays assumidos - Dicésar, Serginho e Morango - deram a cara para bater sem meios termos. Houve articulistas que acompanham o programa que celebraram o outing (saída do armário ou, em bom português, assumir a condição de gay) da principal emissora do Brasil, a Rede Globo.


Nunca acreditei que o telespectador médio acompanhasse a emissora nessa 'saída do armário'. Creio que, se os tempos mudaram, como muitos acreditam, não mudaram o suficiente para mudar o comportamento do brasileiro médio e, muito menos, os preconceitos arraigados. E nem é uma questão de geração: basta visitar os tópicos mais populares do Twitter e os posts do Facebook e Orkut para confirmar que a nova geração (a partir dos 12, 13 anos), tão antenada, aparentemente, é a mais reacionária quando trata de se trocar insultos (exemplos são as torcidas de Dourado e Dicésar) fortemente marcados pelo preconceito.


Como o outing da Globo não funcionou (os três gays saíram do programa), Pedro Bial tentou articular num texto aquilo que o programa (e talvez a emissora) queria: que um gay enfrentasse um participante praticamente homofóbico (que declarou que "heteros não pegam AIDS"). O apresentador bem que arquitetou palavras como se fossem, as palavras, capazes de fazer nascer uma convergência que nunca aconteceu. Ao final, porém, o próprio apresentador desistiu de conciliar o gay e o macho e os conclamou (e aos telespectadores) a praticar a paz e a respeitar a diversidade "aqui fora" (na realidade do show da vida, que de show não tem muita coisa não).




A seguir, o texto com o qual o apresentador Pedro Bial comunicou a Dicésar a eliminação:


"Para muita gente esse deveria ter sido o paredão da grande final. Eu não concordo. Prefiro assim: início, fim e meio, nessa ordem. Melhor dizendo, depois de tamanha exposição, vocês se tornam caricaturas de vocês mesmos, protegidos pelo anonimato das torcidas e dos votos. Dourado compreendeu Dicésar, que compreendeu Dourado. O jogo impediu que essa compreensão fosse feita de forma expressa mais vezes. Mas foi feita. Dicésar disse certa vez: 'Eu sempre quis um homem assim. Dourado é para casar' e Dourado afirmou: 'Eu imagino tudo o que o Dicésar passou por ser homossexual, por ser drag queen. Ele tenta agradar a todos porque é chutado em qualquer lugar, por fazer parte de uma sociedade preconceituosa'. Hoje é o fim da guerra entre vocês. Aqui fora vocês têm que encontrar um meio. Um meio de se entender, de conviver, de dividir, de compartilhar. Você sabe Dourado, você aprendeu na dor. Você sabe Dicésar, você aprendeu na dor. Vocês dois sabem que guerra não é a solução. Eu quero pedir uma coisa a vocês dois: que fiquem de pé, um de frente para o outro e façam o bonito cumprimento que os lutadores japoneses fazem (ato contínuo, Dourado e Dicesar fazem o cumprimento, se tocam nas mãos e, por fim, se abraçam). Muito, muito obrigado. Mais do que lindo, foi exemplar. A guerra de vocês acabou. Bandeira branca, amor. Eu peço paz. Vem fazer o que você sempre fez aqui fora. Vem lutar aqui fora, Dicésar."


Mas, a essa altura, o Brasil tinha decidido não sair do armário e qualquer discurso seria, portanto, vazio. São palavras, as de Bial, que serão levadas pelo vento e esquecidas. Porque TV é assim: vã, vazia. Sobrevive  do agora, já. Amanhã, o episódio de hoje é passado e outras polêmicas têm de ser construídas.




E, para confirmar que nem Brasil, nem Rede Globo e tampouco o apresentador aprenderam qualquer coisa com tudo isso, na subsequente prova de liderança que se seguiu imediatamente à saída de Dicésar, Dourado marcou exatos 24 segundos em sua performance. Foi o que bastou para a ironia de Pedro Bial ao ligar o número 24 a Dourado. O número 24, no jogo do bicho, contravenção tipicamente brasileira que é ilegal e bastante popular, corresponde ao veado e, no vocabulário brasileiro, 'viado' é um dos substantivos mais usados para se definir um gay brasileiro. Como se vê, a maior parte de nós continua mesmo é estacionada no número 3 (burro).

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As 26 características que definem um retrossexual, aka bronco

O arcaico e o moderno costumam flertar entre si e ora prevalece um, ora o outro. Chego a afirmar que existe uma simbiose entre o que se convenciona chamar de "antigo" e de "novo". Dou de graça que de "novo" mesmo, não existe praticamente mais nada. Quase tudo já foi visitado, sentido, vivido. E as ondas de "modernidade" não passam disso: apenas ondas que, quando muito, deixam uma concha ali, outro marisco aqui e que, com o tempo, dissolvem-se feito as espumas que compõem a franja dessas mesmas ondas.




No ano passado, postei sobre as maneiras de um homem ser moderno (que a onda atual designa de übersexual). Agora, volto à tona (já que, aparentemente, estou no mar), e escrevo sobre as características que, teoricamente, fazem de um homem um retrossexual. Em bom português, um bronco, rude, grosseiro e torpe sujeito. Bem, exagero um pouco. Cada um é o que é e pronto. Se pode se dar a um homem o rótulo de "übersexual" ou de "retrossexual", realmente, não sei. A ninguém, de fato, pode ser indicada uma, duas, 20 características ou condições que, automaticamente, definem uma pessoa.




Assim como eu escrevi no post sobre o homem moderno, reafirmo aqui: somos o que somos independentemente de definições e o fato de ter características antigas ou modernas não quer dizer nada e somente serve para empresas venderem produtos e serviços. De resto, tudo não passa de uma grande piada porque, entre arcaicos e modernos, somos, todos, homens. Abaixo, as 26 pretensas características que definiriam um retrossexual:




1. Um retrossexual não discute a relação (o famoso DR) com nenhuma mulher, em nenhuma circunstância, muito menos na presença de estranhos, principalmente se os estranhos forem terapeutas.


2. Existem poucos momentos na vida de um retrossexual em que é possível vê-lo chorar. Um deles é quando o seu time perde. O outro é a perda de algum ente (muito) querido.


3. Retrossexuais não descrevem objetos com termos como “adorável”, “lindo”, "divino" ou “maravilhoso".


4. Um retrossexual não se importa em aparecer sujo e descomposto em público. Um pouco de sujeira e desmazelo é indispensável na aparência geral de um retrossexual.


5. Um retrossexual é profundo conhecedor de esportes.


6. Um retrossexual é capaz de abrir uma garrafa de cerveja com todo tipo de ferramenta, inclusive com seu cinto ou boca, em menos de 10 segundos.


7. Um retrossexual não se importa em engordar. Regimes são definitivamente coisa de mulher.


8. Um retrossexual tem orgulho das “entradas” que inauguram a sua calvície, um dos símbolos mais evidentes da masculinidade, e não vai gastar rios de dinheiro para tentar recuperar seus cabelos.


9. Um retrossexual sabe cuidar de uma mulher, o que significa lhe oferecer proteção física e segurança financeira, que é, em última análise, o que toda mulher busca, apesar de toda a propaganda feminista contrária.


10. Um retrossexual sabe usar armas, tem sempre uma à mão e não hesita em usá-la para defender sua propriedade, mulher e filhos.


11. Um retrossexual não enfeita seu carro e jamais dirige um veículo cuja cor e a aparência não sejam inteiramente másculas.


12. Um retrossexual não se envergonha nem do cheiro nem dos sons emitidos pelo seu corpo. Ele não perde tempo em se limpar e muito menos em se produzir para parecer bem aos olhos dos outros.


13. Um retrossexual não perde tempo com essa coisa de ser “politicamente correto”. Diz o que pensa na cara de quem acha que deve dizer e se o cara não gostar é sempre uma oportunidade de uma boa briga, que é a forma de saber quem está com a razão.


14. Definitivamente, um retrossexual não se importa com a idade. Tenha oito ou oitenta anos, um homem é um homem para todas as ocasiões e funções. Idade é uma preocupação típica de mulher e de metrossexuais.


15. Um retrossexual vê com desprezo e combate ardorosamente todas as tentativas “boiolas” de liberalização de costumes na nossa sociedade. Sabe que isso é um complô para desmoralizar o homem e poluir a mente das nossas crianças com a feminilização dos costumes.


16. Um retrossexual é o primeiro a receber o namorado da filha na porta da sua casa e mostrar a ele com quem ele terá de se haver caso decida ir além das suas calcinhas...


17. Qualquer retrossexual sabe o que sexo é e não precisa de nenhum “especialista” para lhe dizer como é que se agrada uma mulher. Sobretudo se esse especialista for uma mulher.


18. Retrossexual não usa roupa da moda e nem de grife. No seu guarda-roupa só há lugar para roupas tradicionalmente usadas por homens, discretas e sem enfeites. Os únicos adereços permitidos a um retrossexual são a aliança de casamento e o relógio de pulso.


19. Retrossexual não usa nada rotulado como unisex: nem roupa, nem perfume, nem frequenta salão de cabeleiro que se intitula como tal. A marca da loção pós-barba usada pelo seu avô continua sendo muito boa para ele.


20. Retrossexuais não usam produtos de beleza de nenhuma espécie e sob nenhuma circunstância, nem quando trazem o rótulo "para homem". Shampoos, cremes e loções para homem são uma tentativa sutil de “afeminar” o homem.


21. Um retrossexual não apenas come carne vermelha, como mata o boi para fazer o seu próprio bife.


22. Comida vegetariana faz o homem perder a sua masculinidade.


23. Bebida de retrossexual é cerveja, whisky e cachaça. “Dry martinis” e “camparis” são bebidas típicas de metrossexuais afeminados.


24. Um retrossexual tem que ter, no mínimo, uma boa cicatriz para exibir em público.


25. Retrossexuais não assistem programas de TV produzidos ou estrelados por bichas afeminadas. Infelizmente, a maioria deles é assim hoje em dia.


26. Um retrossexual, não importa o quanto a mulher insista, jamais permite que ela pague a conta.


Bem, devo dizer que depois desse "contra-banho", posso ser um monte coisa mas, certamente, estou longe de ser retrossexual. Que coisa mais retrógrada!

sábado, 30 de janeiro de 2010

De como ser elegante e arrumar um namorado... em 1938!

Será que o comportamento e as relações mudaram muito de 1938 para 2010? São 72 anos depois e as dicas publicadas em revistas norte-americanas de 1938, às vésperas da II Guerra Mundial, talvez ainda tenham muito a dizer para as gerações atuais. O objetivo das revistas era ensinar às mulheres como se comportar na perspectiva de arrumar um bofe e, com elegância, atraí-lo para compromissos futuros mais duradouros. Ou seja, vender uma imagem e, depois de rendido o marido, revelar facetas mais realistas. Você concorda?


1. Roupas: verifique tudo na sua roupa antes do pretendente chegar. Não arrume as meias na frente dele. Pode pegar mal. Melhor esperar o homem com um sorriso do que com uma cara de preocupação com o vestido.




2. Postura: moças elegantes não se sentam de pernas abertas na frente dos homens. E nunca pareça entediada. Se for mascar chiclete (o que não é recomendado), o faça discretamente, de boca fechada. Evite dores de barriga e mau hálito.




3. Intimidade: nada de arrumar sutiã, cabelos e meias na frente dele. E calcinha, jamais! A intimidade pode ser - e, em geral, é - uma coisa indecente.




4. Falatório: mulheres elegantes nunca apelam. Não converse enquanto dança. Quando os homens dançam, gostam apenas de dançar. Portanto, bico calado!




5. Choro: não seja sentimental. Nada de chorar em público. Os homens odeiam. Se preciso for, chore no banheiro. E depois corrija a face com maquiagem.




6. Futilidades: não comente com ele sobre suas roupas. Converse com o homem sobre coisas que ele queira ouvir: o crash da Bolsa de NY, a perspectiva iminente da guerra, a mulher e o trabalho.




7. Bebidas: não beba demais. Você pode parecer esperta e moderninha, mas, de fato, estará apenas sendo bobinha. Se beber, não vomite. Não digo para não dirigir porque, em 1938, você não tem esse direito.




8. Maquiagem: nada de se maquiar na frente dele. Isso é por demais íntimo para ser compartilhado e os homens não gostam de ver que, por detrás do make up, pode haver uma outra pessoa.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

17 passos para se converter em uma celebridade

Anualmente, a revista norte-americana "Forbes" publica a lista "The Celebrity 100". São as 100 pessoas mais famosas, principalmente dos EUA, com rankings colhidos na internet, imprensa e TV. Celebridade vem do latim "celebritas" que significa "famoso", "célebre", "celebrado". Para ter o status de celebridade, o requisito principal é ter fama.


Mas em tempos de cross midia (cruzamento de mídias), em que você deve dominar o cenário das mais diversas plataformas - TV, cinema, internet, celular, games, revistas, jornais etc. -, nem sempre ter fama é suficiente. Ao contrário, você pode, inclusive, ter infâmia: ser reconhecido(a) como portador(a) de um perfil controverso, que provoque polêmicas. Baseado nesse contexto, até um criminoso, atualmente, pode ser famoso, por exemplo.


Para atingir o mais alto pedestal de celebridade, você tem que ser amado(a) e/ou odiado(a) pela mídia, em geral, e pelos fãs, em particular. Abaixo, 17 dicas de como transformar-se numa celebridade e chegar à lista da "Forbes":


1. Ter uma personalidade. Qualquer personalidade: o médico e o monstro; apenas o monstro; ser jogador de futebol; ator/atriz/modelo/guerreiro(a), participar do Big Brother Brasil e cavar uma vaga no elenco da Rede Globo e chegar a ser protagonista; elaborar um perfil no Twitter e, por meio de scripts, obter o maior número possível de seguidores.





2. Realizar que você tem talento. Qualquer talento. Você tem: procure, mas procure bastante que, por certo, encontrará: você pode ser um(a) excelente chef de cozinha, um(a) ator/atriz nato(a), um(a) Susan Boyle com ou sem gato de estimação, um(a) escritor(a) escondido por detrás de um blog, um(a) frentista de posto de gasolina que consegue fazer maravilhas com a bomba de gasolina, um(a) engraxate que brilha antes de fazer o sapato alheio brilhar. Procure. Olhe-se por dentro. Você encontrará talentos ocultos nem que for por detrás do intestino.





3. Tente, da melhor forma possível, atingir o maior público. Você pode, por exemplo, desfilar em alguma escola de samba no carnaval do Rio de Janeiro e deixar o tapa-sexo cair quando a câmera da Globo te focalizar. Pode, ainda, se jogar no trilho do metrô da Sé em horário de pico e dizer que estava sob pressão. Pode parar o trânsito na avenida Paulista e dizer que é uma performance. Pode vir a público na internet e publicar um vídeo de um banho de cachoeira, de mar, de piscina ou até mesmo de chuveiro. Desde que haja nudez, o retorno é garantido.





4. Contrate um agente que tenha ainda menos escrúpulos do que você. Se o agente for mesmo bom, ele(a) vai te tentar levar para a cama. Não vá. Não na primeira vez. Na segunda vez, se ele(a) te convidar, aceite. Escrúpulo é bom mas tem limite. Vá para a cama, faça o serviço bem feito e o(a) contrate. Ele/ela lhe será leal em função da sua total entrega.





5. Se você pensa em se lançar na música, invista todo o seu dinheiro (venda a mãe, se preciso for) em uma gravadora para lançar seu próprio álbum. Isso se chama, no mercado fonográfico, co-produção, e pega bem ser alternativo(a). Claro que toda a produção - da letra, música, fotos, capa, edição, masterização, mixagem e prensagem - deve ser centralizada por você. Você é a estrela.





6. Contrate, além do agente, um publicitário. Você deve estar tanto na frente quanto atrás. Calma. Na frente significa estar nas capas das revistas. Atrás quer dizer que você está no anúncio da contracapa da revista. Se você estampar a capa da revista, é importante que, dentro da revista, você ocupe pelo menos umas duas páginas de corpo inteiro. De preferência, com figurinos, cabelo e maquiagem distintos para que você possa mostrar toda a sua versatilidade. Não se iniba: pode ser desde traje de festa até trajes sumários. O corpo é apenas um detalhe e você não é apenas corpo. É, sobretudo, cérebro. E cérebros são racionais. Não se ligam em bobagens do tipo "vergonha", "moral" etc.





7. Comece sua carreira onde for e, sobretudo, principalmente, enfaticamente, sorria. Sorria o tempo todo, sob todas as condições, favoráveis ou adversas. Sorria sempre, mesmo que esteja sozinho(a). Pode ser que haja câmeras indiscretas onde você menos espera e ninguém quer ver uma face contrita. Sorria mesmo que você esteja com dor de barriga, febre, catapora ou congestão. Sorrir, lembre-se, é o melhor remédio. Mas não dê gargalhadas: provocam rugas e deformam seu rosto. O sorriso faz o seu sangue circular e faz com que você não sinta cansaço, dor ou se arrependa, em algum momento, do fato de ser uma celebridade.





8. Participe do maior número de campanhas que puder. Seu rosto, corpo, cabelos, voz, mãos, pés e outras partes, mais ou menos íntimas, devem fazer parte de um conjunto que busca, no todo, o sucesso. Por isso, estampe campanhas em todas as dimensões: um outdoor, uma placa de banheiro, uma garrafa de cerveja e até mesmo nas campanhas institucionais de maços de cigarro. Todos vão se lembrar de você o tempo todo, para o bem ou para o mal. E não caia na besteira de cultivar ideologias: participe de campanhas de proteção aos animais da PETA mas não hesite em desfilar de casacos de pele se assim lhe for requerido. Você é multi. E múltis atuam nos mais diversos segmentos.





9.  Monitore frequentemente sua popularidade. As curvas ascendentes devem ser celebradas e as decadentes devem ser escondidas, varridas para debaixo do tapete. Para melhorar sua popularidade, participe de festas, de lançamentos de produtos, de desfiles de moda, de bailes de debutantes e, se preciso for, vá a algum evento com o governador ou o presidente. Você não é apenas uma carinha bonita. Tem, antes de tudo, conteúdo.





10. Seja rico(a): se não for, torne-se rico(a). Os ricos são famosos apenas pelo fato de serem ricos. Faça de tudo para ser rico(a) a ponto de ninguém ousar lhe dizer "não".





11. Siga o padrão de beleza que a sociedade impõe. Se for para ser magro(a), seja esquálido(a). Se você fosse da época de Giocondo (ah! não se preocupe em saber quem era, ele já morreu), teria que ter um corpo roliço. Mas agora a ordem mundial estabelece que ser magro(a) e não morrer é o que vale. Não inove na moda: copie. Compre uma meia dúzia de revistas, contrate um personal stylist mas não ouse inventar nada. Você pode passar por fashion victim e isso não é legal. Deixe que alguém que entenda de moda te vista. Seu único trabalho é caber nas roupas e, quando for necessário, despi-las. Se for preciso, recorra a um cirurgião plástico.





12. Compreenda de uma vez por todas: você É uma estrela. E, num firmamento em que milhares de estrelas brilham e apagam num piscar de olhos, o que conta é a sua atitude. Atitude é uma palavra que não deve ser esquecida jamais. Tenha a atitude de uma estrela: você acredita em si mesmo(a) e sabe que sua fama é importante para o mundo. Não deixe que ninguém, absolutamente ninguém, lhe diga o contrário. Abafe qualquer onda negativa que pessoas mesquinhas insistem em lhe enviar e comporte-se como o centro do universo. Mas, atenção: seja o centro do universo mas nunca demonstre isso. Faça isso da forma mais natural possível. E, fica a dica, uma vez mais: sorria.





13. Aja como se cada momento seu fosse uma manchete de primeira página nos mais importantes jornais e sites do mundo. Não importa se você dê baixarias. Desde que sejam adequadas para caber nas capas dos jornais, é válido. O importante é o número de vezes e de momentos sobre você que transformam-se, automaticamente, em notícia. Você deve despertar desejos suficientes a ponto de as pessoas quererem ver fotos suas no dentista. Ou durante o processo de limpeza de pele.





14. Pegue, literalmente, alguém famoso. E pegar é pegar: é ficar, transar, namorar publicamente algum(a) affair de alguém tão famoso quanto você. Não tem nada melhor do que ser apanhado(a) com um(a) outro(a) homem/mulher famoso(a). Isso demonstrará que você, finalmente, faz parte daquele meio a que tanto almejou. Para que o efeito desse potencial relacionamento não seja temporário, desdobre-o em pequenos escândalos, crises de ciúme e outras cenas para que, ao menos, você tenha tempo de frequentar, por exemplo, cerimônias com tapetes vermelhos ao lado do(a) parceiro(a) famoso(a). Depois, se quiser, acabe com o enrosco.





15. Dê um jeito de ser preso(a). Nessa nossa época, escandalosos são aqueles que nunca se arriscaram o suficiente para serem presos. Seja por atentado à ordem pública (quebre o quarto do hotel, num ataque de estrelismo) ou atentado violento ao pudor (compareça nu diante da rainha Elizabeth), faça o que tiver que ser feito para ser aprisionado(a). Esse comportamento subversivo tende a valorizar o seu passe. Mas não roube peças de roupa como Wynona. Você cairá rapidamente no ostracismo. Roubos não são uma boa estratégia. Melhor sair bêbado(a) da balada, ser pego(a) com um michê/travesti/prostituta ou bancar lutas livres em que você é o(a) principal boxeador(a). Ah! E se envolver com drogas e depois se entregar à re-hab tem funcionado bem, também. Tome cuidado para não entregar o drug dealer porque, depois da re-hab, você, naturalmente, voltará a ter relações de parceria com ele, eventually.





16. Grave - e vaze - um vídeo de sexo no qual você é o(a) protagonista. Atue da melhor forma possível e busque seus melhores ângulos porque esse vídeo estará, para sempre, atrelado a você. Pense nos detalhes os mais pequenos e também nos maiores: se for preciso, faça uso de tecnologia. Grandes angulares, enquadramentos, alta definição, luz, cenário - tudo deve ser pensado para compor o vídeo "doméstico" que será teu portal dos infernos para a fama.


17. Veja a lista abaixo e repita todos os dias, na frente do espelho ou não, que você fará parte dessa lista. Procure ficar, pelo menos, entre os 15 primeiros colocados porque a imprensa sempre tem preguiça de publicar os nomes dos 100 e aí todo esforço irá por água abaixo (a lista abaixo é das 100 Celebridades da Forbes mas publicarei apenas os 15 primeiros pela razão a qual acabei de escrever):


1. Angelina Jolie
2. Oprah Winfrey
3. Madonna
4. Beyoncé
5. Tiger Woods
6. Bruce Springsteen
7. Steven Spielberg
8. Jennifer Aniston
9. Brad Pitt
10. Kobe Bryant
11. Will Smith
12. Dr. Phil McGraw
13. Britney Spears
14. David Letterman
15. Coldplay

Autor e redes sociais | About author & social media

Autor | Author

Minha foto
Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

De onde você vem? | From where are you?

Aniversário do blog | Blogoversary

Get your own free Blogoversary button!

Faça do ócio um ofício | Leisure craft

Está no seu momento de descanso né? Entao clique aqui!

NetworkedBlogs | NetworkedBlogs

Siga-me no Twitter | Twitter me

Quem passou hoje? | Who visited today?

O mundo não é o bastante | World is not enough

Chegadas e partidas | Arrivals and departures

Por uma Second Life menos ordinária © 2008 Template by Dicas Blogger Supplied by Best Blogger Templates

TOPO