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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma cidade, um Estado, um País

Tenho comigo algumas opiniões que não são demolidas nem por decreto. Quando moldo, com esses pensamentos, uma massa, sinto que fabriquei um bloco de concreto. E daí que me saltam aos olhos a arbitrariedade dos diferentes níveis governamentais - município, Estado e União.


E que me provam, cada vez mais, o quão longe estão os governantes de nós, os 'consumidores finais', que somos a última milha desse encanamento que começa nas torneiras de águas transparentes do Palácio do Planalto em Brasília e se encerra nos esgotos do rio Tietê, em São Paulo. Somos avacalhados com tanto culeiforme fecal (para não dizer merda) que transborda e faz transbordar uma cidade inteira.





Somente para constatar:


Em uma cidade


O que se vende:


- Prefeitura de São Paulo: deverá gastar R$ 90 milhões em publicidade este ano (ante um orçamento inicial previsto de R$ 31 milhões). No ano que vem, a conta está orçada em R$ 126 milhões.


O que se compra:


- Cidade de São Paulo: em um dia de chuva, seis mortos. O prefeito, Gilberto Kassab, disse que foram investidos R$ 129 milhões contra as enchentes no município.





Em um Estado


O que se vende:


- Governo do Estado de São Paulo: pretende gastar R$ 120 milhões em publicidade em 2010, ano eleitoral no qual o governador José Serra desponta como um dos eventuais candidatos à presidência da República. O gasto corresponde a 158% mais do que o feito este ano, estimado em cerca de R$ 45 milhões. Esse gasto será de 0,1% do orçamento do Estado, de R$ 125,5 bilhões.


O que se compra:


- Em oito dias, 20 pessoas morreram no Estado em função das chuvas, 18 pessoas foram vítimas de deslizamentos de terra, três foram atingidas por raios e uma pessoa foi levada pela enxurrada. O governador, José Serra, se calou completamente e, twiteiro assíduo, não deu um pio.






Em um País


O que se vende:



- Até junho deste ano, o governo federal gastou R$ 616,2 milhões com publicidade. No ano passado, foi R$ 1.125,5 bilhão.


O que se compra:


- O Brasil está entre os cinco maiores emissores de gases na atmosfera e uma das principais causas dessa emissão de gás carbônico (CO2) é o desmatamento da Amazônia. Calcula-se que, para zerar o desmatamento da Amazônia até 2020 (em dez anos, portanto), sejam necessários aportes estimados entre US$ 7 bilhões e US$ 18 bilhões. Em abril desse ano, noticiou-se que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) tinha em caixa US$ 110 milhões para investir contra o desmatamento. Para criar uma esperança (hope, em inglês), vã, na minha opinião, um pouco antes de ter início a Conferência de Copenhague-Cop15, que pretende convencer o mundo de que Hopenhagen é possível, o presidente Lula anunciou que o Brasil se compromete a reduzir, voluntariamente, as emissões de gases causadores do efeito-estufa entre 36,1% a 38,9% até 2020 (em dez anos, portanto). Presume-se que o Brasil emita algo entre 2 bilhões a 2,3 bilhões de toneladas de gases-estufa ao ano. Em 2020, a previsão é de 2,7 bilhões de toneladas. Com a redução, poderia baixar a 1,6 bilhão de toneladas. Somente não se explicou com que recursos isso será viabilizado.





Sabe-se que o desmatamento é uma das principais causas dessas mudanças climáticas. Portanto, a causa se dá por conta:


- De um País e suas emissões e desmatamentos
- De um Estado que não se previne contra as catástrofes anuais amplamente previsíveis
- De uma cidade que, sendo a maior do País, ainda não se deu conta de que "piscinões" são soluções arcaicas e que, sem a manutenção permanente da malha de esgotos e escoamento pluvial, estamos, na cidade de São Paulo, fadados a nos transformarmos em uma Veneza futurística e caótica aos moldes da Los Angeles decadente de "Blade Runner".




    segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

    Uma escolha para a história (editorial coletivo do 'The Guardian' sobre a Conferência de Copenhague)

    Reproduzo abaixo o editorial do jornal britânico "The Guardian" que, numa iniciativa inédita, publicou nesta segunda-feira, 7, um editorial coletivo em 56 jornais de 44 países sobre a Cop15 - Conferência de Copenhague, que acontece entre hoje, 7, e vai até o dia 18, em Copenhague, Dinamarca. No Brasil, são dois os jornais que replicaram o editorial: o "Zero Hora", de Porto Alegre (RS) e o "Diário Catarinense", de Florianópolis (SC), ambos do grupo RBS:



    "Hoje, 56 jornais de 44 países dão o passo inédito de falar com uma só voz, por meio do mesmo editorial. Tomamos essa atitude porque a humanidade enfrenta uma séria emergência.

    Se não nos unirmos para tomar uma ação decisiva, as mudanças climáticas devastarão nosso planeta, acabando também com nossa prosperidade e nossa segurança. Os perigos têm se tornado evidentes há uma geração. Agora, os fatos começaram a falar por si: 11 dos últimos 14 anos foram os mais quentes já registrados, o gelo do Ártico está derretendo e a alta nos preços do petróleo e dos alimentos no ano passado é um exemplo do caos que pode estar por vir. Nas publicações científicas, a questão não é mais se os seres humanos devem levar a culpa pelo que está acontecendo, mas quão curto é o tempo que temos para reduzir os danos. Até aqui, a resposta mundial tem sido fraca e sem entusiasmo.

    As mudanças climáticas foram causadas ao longo de séculos e têm consequências que durarão para sempre. As nossas chances de frear o problema serão determinadas nos próximos 14 dias. Apelamos aos representantes dos 192 países reunidos em Copenhague a não hesitar, não entrar em disputas, não culpar uns aos outros, mas aproveitar a oportunidade advinda deste que é o maior fracasso político moderno. Esta não deve ser uma luta entre ricos e pobres ou entre Ocidente e Oriente. As mudanças climáticas afetam a todos e devem ser resolvidas por todos.

    A ciência envolvida é complexa, mas os fatos são claros. O mundo precisa agir para limitar a 2ºC o aumento da temperatura global, um objetivo que exigirá que as emissões mundiais de gases-estufa alcancem um teto e comecem a cair nos próximos cinco a 10 anos. Um aquecimento maior, de 3ºC a 4ºC – o menor aumento que podemos esperar se continuarmos sem fazer nada –, poderá levar seca aos continentes, transformando áreas agrícolas em desertos. Metade das espécies poderá ser extinta, milhões de pessoas poderão ser desalojadas, nações inteiras inundadas pelo mar.

    Poucos acreditam que Copenhague ainda possa produzir um tratado definitivo; progresso real nessa direção só pôde surgir com a chegada do presidente Barack Obama à Casa Branca e com a reversão de anos de obstrucionismo americano. Mesmo agora, o mundo se encontra dependente da política interna americana, pois o presidente não pode se comprometer completamente com as ações até que o Congresso americano o faça.

    Mas os políticos em Copenhague podem e devem definir os pontos essenciais de um acordo justo e efetivo e, especialmente, estabelecer um cronograma para transformá-lo em um tratado. O encontro sobre o clima das Nações Unidas em junho próximo, em Bonn (Alemanha), deveria ser o prazo final. Como um negociador colocou: “Nós podemos ir para a prorrogação, mas não podemos bancar uma nova partida”.

    No coração do acordo, deve estar um acerto entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento, determinando como o fardo do combate às mudanças climáticas será dividido – e como partilharemos um novo e precioso recurso: os trilhões de toneladas de carbono que poderemos emitir antes que o mercúrio do termômetro atinja níveis perigosos.

    As nações ricas gostam de citar a verdade matemática de que não pode haver solução até que gigantes em desenvolvimento como a China tomem atitudes mais radicais do que as adotadas até agora. Mas o mundo desenvolvido é responsável pela maior parte do carbono acumulado na atmosfera – três quartos de todo o dióxido de carbono (CO2) emitido desde 1850. Por isso, precisa tomar a liderança: todos os países desenvolvidos devem se comprometer a fazer cortes profundos, reduzindo suas emissões dentro de uma década a níveis muito mais baixos do que os de 1990.

    Os países em desenvolvimento podem argumentar que não causaram a maior parte do problema e também que as regiões mais pobres do mundo serão atingidas com mais força. Mas passarão a contribuir cada vez mais para o aquecimento global, e, deste modo, devem se comprometer a agir de forma significativa e quantificável por conta própria. Apesar de ficar aquém do que muitos esperavam, o recente comprometimento dos maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, com metas para redução de emissões foi um importante passo na direção certa.

    A justiça social exige que o mundo industrializado coloque a mão no fundo do bolso e reserve dinheiro para ajudar os países mais pobres a se adaptar às mudanças climáticas, assim como a investir em tecnologias limpas que permitam seu crescimento sem aumentar as emissões. Um futuro tratado também deve ser muito bem esboçado – com rigoroso monitoramento multilateral, compensações justas para a proteção de florestas e avaliações confiáveis de “emissões exportadas”,

    para que o custo possa, com o tempo, ser dividido de forma mais equilibrada entre os que elaboram produtos poluentes e aqueles que os consomem. E a justiça requer que o peso com o qual cada país desenvolvido deve arcar individualmente leve em conta sua capacidade de suportá-lo; novos membros da União Europeia, por exemplo, normalmente muito mais pobres do que os antigos, não devem sofrer mais do que seus parceiros ricos.

    A transformação custará caro, mas muito menos do que a conta paga para salvar o sistema financeiro mundial – e imensamente menos do que as consequências de não se fazer nada.

    Muitos de nós, particularmente no mundo desenvolvido, terão de mudar seus estilos de vida. A era de voos que custam menos do que a corrida de táxi até o aeroporto está chegando ao fim. Teremos que comprar, comer e viajar de forma mais inteligente. Teremos de pagar mais pela nossa energia e usá-la menos.

    Mas a mudança para uma sociedade de baixo carbono traz a perspectiva de mais oportunidades do que sacrifícios. Alguns países já descobriram que adotar a transformação pode trazer crescimento, empregos e uma melhor qualidade de vida. O fluxo de capital conta a sua própria história: no ano passado, pela primeira vez, o investimento em fontes renováveis de energia foi maior do que na produção de eletricidade a partir de combustíveis fósseis.

    Abandonar nossa dependência do carbono dentro de poucas décadas requererá uma façanha de engenharia e inovação sem precedentes na história. Porém, enquanto a ida do homem à Lua e a fissão do átomo nasceram do conflito e da competição, a corrida do carbono que vem por aí deve ser liderada por um esforço conjunto para atingir a salvação coletiva.

    A vitória sobre as mudanças climáticas exigirá o triunfo do otimismo sobre o pessimismo, da visão sobre a miopia, o êxito do que Abraham Lincoln chamou de “os melhores anjos da nossa natureza”.

    É nesse espírito que 56 jornais de todo o mundo se uniram por meio deste editorial. Se nós, com tantas diferenças de perspectiva nacional e política, podemos concordar sobre o que deve ser feito, então certamente nossos líderes também poderão.

    Os políticos em Copenhague têm o poder de moldar o julgamento da História sobre esta geração: uma geração que viu um desafio e o encarou, ou uma geração tão estúpida, que viu o desastre chegando mas não fez nada para evitá-lo. Imploramos que façam a escolha certa.
    "

    quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

    São Pedro do Turvo no mapa

    Da minha cidade natal, São Pedro do Turvo (390 Km de São Paulo, entre Bauru e Marília), sempre se questionou sua existência a cada vez que se lhe citava: "está no mapa?", "tem TV?". Essas piadinhas típicas das gentes das grandes cidades ocultam, na minha opinião, um desconhecimento de um Brasil interior que, não sei se por conta da velocidade dos tempos entre grandes e pequenas cidades ser bastante diferente, cria um abismo entre o interior e as capitais.





    A despeito do fato de São Pedro do Turvo ter 120 anos de fundação (uma quase tataravó, portanto), com IDH de 0,756 (considerado médio) e uma população de 7,439 pessoas (IBGE deste ano), a expansão comercial e industrial nunca foi um fator relevante para o município. Acho que São Pedro do Turvo, 81º. município em extensão territorial do Estado de São Paulo (entre 645 municípios), sempre teve uma vocação agropecuária, até mesmo por conta do espaço dedicado ao plantio e à criação de rebanhos animais.


    Ontem, terça-feira, 1º. de dezembro, constatei, com grande surpresa, que o aparente verde que toma conta da paisagem de São Pedro do Turvo é uma ilusão. Claro que nesses longos anos da minha migração de São Pedro para São Paulo, muito verde se foi: árvores, capões de mato, mata nativa e de nascente deram lugar a pastagens e, sobretudo, para o plantio de cana-de-açúcar, mandioca e soja. Mas eu não tinha dimensão de quanto estrago havia sido feito em detrimento da preservação: entre os 20 municípios com a pior pontuação ambiental, São Pedro do Turvo está em 5º. lugar no ranking negativo (num universo de 570 municípios).


    A classificação negativa foi publicada pela Secretaria do Estado de São Paulo do Meio Ambiente que entregou o prêmio ambiental exatamente ontem, terça-feira, para o município de Santa Fé do Sul, que recebeu 94,40 pontos. Pelo segundo ano consecutivo, Santa Fé do Sul recebeu a classificação de "município mais verde (preservação ambiental) e azul (águas não-poluídas)". São Pedro do Turvo, com a desagradável colocação entre os piores do Estado, ficou com 11,12 pontos (veja a lista dos 20 piores abaixo).





    Isso coloca o município no mapa, finalmente, a que tanto (os moradores) almejamos. Mas nos coloca em projeção negativa. Com o Google Earth, é possível, no entanto, entender o que acontece. Basta um voo satelital por toda a extensão municipal para entender porque a pontuação nos garantiu tão baixa classificação: há imensos vazios, sinais de queimadas (todo ano, a cidade convive com a execrável fumaça da queima das plantações de cana-de-açúcar) e o Rio Turvo, que nomeia a cidade, que era turvo por natureza, agora é turvo por poluição.


    O fato de eu não estar no dia-a-dia na comunidade são pedrense não impede que eu chame a atenção para isso. Eu não vivo em São Pedro, mas a maior parte da minha família sim. E são essas pessoas e todos os demais habitantes da região que, de forma direta ou indireta, sofrem as consequências: calor, fenômenos ambientais cada vez mais presentes (trombas d'água, ventos fortes), moscas etc.


    Quando eu morava em São Pedro, eu já não gostava da degradação que via: derrubada de matas para transformar fazendas inteiras em roças ou pastagens. Nunca fui (e nem sou tampouco agora) um 'verde', um ecologista. Mas entendo perfeitamente que a contínua degradação do ambiente nos levará (a São Pedro do Turvo, ao Brasil e ao mundo) a um estado crítico, catastrófico mesmo, de falta de água e outros males os quais nem somos capazes de prever.





    O "Prêmio Município Verde" foi criado em 2007 com o objetivo de ressaltar a preocupação dos municípios com os recursos hídricos. Dos 570 municípios participantes na edição deste ano, apenas 156 receberam o certificado "verde e azul". Para se chegar à pontuação, a nota abrange dez diretrizes ambientais: esgoto tratado, lixo mínimo, recuperação de mata ciliar (vegetação nativa das margens de rios e mananciais), arborização urbana, educação ambiental, habitação sustentável, uso da água, poluição do ar, estrutura ambiental e conselho ambiental.


    A conquista do prêmio vai além da vaidade: significa, para os ganhadores, prioridade na captação de recursos do governo estadual para projetos de melhoria ambiental. Em 2010, serão destinados R$ 50 milhões para esse segmento. Claro, apenas para as cidades que receberam o certificado. Mas o que está em jogo não é o dinheiro, e sim a herança que se deixará para os habitantes de São Pedro do Turvo e dos demais 5.563 municípios de todo o Brasil. Abaixo, a lista dos 20 municípios com a pior pontuação do Estado de São Paulo:


    1º. Itararé - 3,22 pontos
    2º. Aparecida - 6,62 pontos
    3º. Cananéia - 10,17 pontos
    4º. Santa Branca - 10,87 pontos
    5º. São Pedro do Turvo - 11,12 pontos
    6º. Itaí - 12,13 pontos
    7º. Catiguá - 12,83 pontos
    8º. Potim - 13,52 pontos
    9º. Guareí - 13,52 pontos
    10º. Pirajuí - 13,98 pontos
    11º. Duartina - 14,63 pontos
    12º. Cafelândia - 14,70 pontos
    13º. Analândia - 15,03 pontos
    14º. Itobi - 15,62 pontos
    15º. Mairinque - 17,96 pontos
    16º. Ferraz de Vasconcelos - 18,37 pontos
    17º. Cardoso - 18,62 pontos
    18º. Arapeí - 18,74 pontos
    19º. Holambra - 19,45 pontos
    20º. Orindiúva - 19,59 pontos

    quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

    Sexo, agora, é vegetal, e não mais animal

    Aparentemente, a definição "sexo animal" está com os dias contados. O sexo vegetal também pode ser bastante quente, segundo o comercial feito para a People for the Ethical Treatment of Animals - Peta, associação norte-americana de defesa dos animais.

    O novo comercial da Peta mostra mulheres que protagonizam cenas eróticas com vegetais singelos como o brócolis, o aspargo e a abóbora e afirma que, quem come vegetais, faz sexo melhor.

    Este blogueiro está longe de ser vegetariano. Ao contrário, carnívoro por natureza, é capaz de sair à caça em desespero de causa (e sem qualquer desespero também, admito), nem que for para enfrentar as frias gôndolas de supermercado atrás de carne fresca. No caso, tanto carne viva quanto morta.

    Mas, voltemos ao comercial. Feito para ser exibido durante o Super Bowl (final do campeonato norte-americano de futebol), o anúncio foi rejeitado pelo canal de TV NBC que reagiu às cenas excitantes de mulheres e vegetais e afirmou, por meio de uma executiva: "(O comercial) descreve um nível de sexualidade que excede nossos padrões".

    Devo crer que o canal NBC e todos os que o formam são amantes à moda antiga, do velho e bom "sexo animal". O canal de TV solicitou à Peta que cortasse algumas cenas mais fortes. No entanto, a Peta não aceitou e ainda atiçou: "Aparentemente, a NBC tem algo contra garotas que amam seus vegetais", escreveu uma blogueira no site da Peta.

    Nessa batalha entre sexo animal e vegetal, por enquanto, quem perde sou eu que, à essa altura, estou mais para mineral: frio, duro e inanimado. Ó céus, ó vida!

    terça-feira, 27 de janeiro de 2009

    Te vejo no ano 3.000

    As temperaturas elevadas em todo o planeta continuarão altas até o ano 3.000, com consequências graves para a Região Nordeste do Brasil, sul da África, alguns lugares da Bacia do Mediterrâneo e na Austrália. A conclusão é de estudo publicado por cientistas do Painel do Clima das Nações Unidas (IPCC) na revista "PNAS".


    E nem adianta se lamentar a essa altura: mesmo que todas as emissões de gás-estufa fossem zeradas hoje, o aquecimento global continuará sua marcha inconteste. Um aquecimento médio de 2 ºC da superfície terrestre significará a redução das chuvas durante o inverno das regiões acima citadas.

    Na década de 30, os EUA foram, em parte, arrasados pelo "dust bowl" - grande seca que arrasou a agricultura norte-americana e agravou a Grande Depressão. Durante 20 anos, o dust bowl reduziu as médias de chuva em 10% naquela região.


    (Um 'dust bowl' em ação nos EUA)

    De forma que, a se confirmarem as previsões dos cientistas, a mudança climática - sentida por todos nós tanto no inverno quanto no verão - é irreversível, no mínimo, pelos próximos mil anos. Isso decorre do fato de que, a despeito das consequências do gás carbônico (causador do efeito estufa) persistir no ar durante 100 anos, o oceano, independentemente disso, reemitirá calor por séculos e séculos, amém.

    Antes desse aterrador estudo, imaginava-se que, ao se cessarem as emissões de dióxido de carbono (CO2), o clima voltaria ao normal em 100 ou 200 anos. Além de fazer essas previsões catastróficas, o estudo estimou, ainda, o que ocorrerá com o nível do mar até o final deste século: para uma concentração de CO2 na atmosfera de 600 partes por milhão (atualmente, essa proporção é de 385 partes por milhão), os oceanos subiriam de 40 cm a 1 metro até 2100. E, mesmo sem que se acrescente uma mínima grama de CO2 na atmosfera, o nível do mar continuará a se elevar. E, pior: o estudo prevê apenas a expansão térmica, e não inclui o degelo polar, cujas consequências ainda não são conhecidas.

    Por enquanto, a sugestão dos cientistas é apenas uma: cortar ainda mais as emissões de CO2. De resto, todos sabemos a duras penas o que ocorre. E não é pouco: a partir das tsunamis da Ásia, qualquer fenômeno natural é possível. Veja as recentes ocorrências pluviométricas de Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Testemunhos dos tufões que agitaram o litoral do Estado de São Paulo (Guarujá e Caraguatatuba) dão conta de que nada parecido havia sido visto nesses locais.

    E, não sei se você concorda comigo, mas em São Paulo (capital e interior), há um vento constante que parece não acabar nunca. Vento que, antes, limitava-se, sobretudo, ao mês de agosto. E o verão? O verão começou em dezembro aqui no Brasil e há dias que se equivalem aos meses de junho e julho.

    O universo conspira a favor de quem, cara pálida? E não adianta se safar com uma saída à francesa do tipo "Não viverei até 3.000". Não, provavelmente, menos de meia dúzia de nós mal conseguirá chegar ao ano de 2100. Contudo, parece que a Terra não tem mais tempo para esperar. E nós todos, muito menos!

    quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

    É dose para elefanta!

    O bicho ´tá pegando´, ou melhor, foram pegos. Na Grande São Paulo, em Mairinque, uma elefanta ficou presa porque o circo foi embora para Sorocaba, interior do Estado, onde não é permitida a apresentação de animais em circos. E a pobre ficou sozinha. Já na Austrália, uma cobra python engoliu quatro bolas de golfe após concluir que as bolinhas eram ovos de galinha. As bolinhas haviam sido colocadas em um galinheiro por um casal de fazendeiros para encorajar as galinhas a botarem ovos. A cobra de 1 metro passou por um exame de raio-X e teve as bolinhas retiradas após cirurgia. Eu, por minha vez, confesso: matei (não por engano), neste final de ano, uma cobra-cega quando carpia ao redor de uma pequena árvore. O que eu posso dizer? Tenho medo de cobra, ora bolas (não as de golfe). Entre mim e a cobra, mato a cobra e não mostro nada. P.S. Antes que me corrijam, são aceitas as duas formas para o feminino de elefante: elefanta (mais usado) e elefoa.

    sexta-feira, 2 de novembro de 2007

    Confusões anais

    A Alemanha é uma referência mundial quando se fala em ecologia. Lá, o partido ecológico tem força, realmente. Depois de reduzir a Floresta Negra a um bosque, a Alemanha gosta de passar ao mundo que preocupa-se com o verde no planeta. Está na hora de olhar para o próprio umbigo. Ou, talvez, abaixo do umbigo, atrás. Em questionamentos de praxe junto ao Ministério da Defesa, o Partido Verde alemão recebeu como resposta que os militares alemães gastam 800 milhões de rolos de papel higiênico por ano. Por esse consumo, os 360 mil soldados e funcionários do Ministério da Defesa devem usar 8 rolos por dia cada um. Diante da confusão e do horror que isso pode significar em termos de geração de gás metano, o ministério reconheceu que errou nas contas e explicou que não são consumidos 800 milhões de rolos de papel higiênico, e sim 800 milhões de partes desses rolos. Sei, sei! Se forem 8 rolos por dia mesmo, o que fazem os soldados alemães? O que comem? Quantas horas/banheiro/dia são gastas? E como isso afeta a produção mundial de gás metano? Quantos eucaliptos são derrubados para sustentar esse vício indecente? A Alemanha deve contribuir com uma cota e ser penalizada pelo efeito estufa? Será que os poderosos salsichões alemães devem ser proibidos? Ou as batatas? Algo cheiro mal no reino da Alemanha.

    quarta-feira, 17 de outubro de 2007

    O balanço do Blog Action Day

    De acordo com o site que organiza o Blog Action Day, é o seguinte o balanço do evento: 20,603 blogs de todo o mundo participaram, com 23,327 posts (segundo dados do Google Blog Search). Foram 14,631,038 de leitores RSS (feeds). Dos blogs participantes, 19 estão no ranking Technorati's Top 100 blogs. As tags "Blog Action Day" e "Environment" foram parar no topo das expressões mais procuradas na blogosfera. Valeu a mobilização. No ano que vem tem mais. Até lá!

    segunda-feira, 15 de outubro de 2007

    Aves de São Paulo

    Em respeito ao Blog Action Day, reproduzo galeria de algumas aves da cidade de São Paulo e, proprietário de um iPhone, reproduzo também o vídeo que Patty Diphusa divulgou no O Quem. Pela água, pela terra, pelas árvores, pelas aves, pelas plantas, pelos animais, pelos humanos. Temos que parar. Por dia, são extintas 150 espécies da flora e da fauna. Que espécie de gente somos nós, afinal?

    É hoje!

    Bloggers Unite - Blog Action Day
    Hoje, 15 de outubro, é o dia D: é o Blog Action Day. E hoje os blogs de todo o mundo deverão postar qualquer coisa (notícias, links, fotos, vídeos, textos) sobre o meio ambiente. No dia 28 de agosto deste ano, quando me cadastrei para participar, havia pouco mais de 3 mil blogs mundiais participantes. Agora há pouco, às 2:30 horas, já éramos 15.512 blogs, com 12.504.965 de blog reactions (respostas de blogs). Faça sua postagem natural hoje. Além de postar, este ano já plantei pelo menos mais umas dez árvores. E não matei passarinhos, apesar de forças malignas que querem ressuscitar o estilingue. Mais tarde, postarei minha mensagem relativa ao meio ambiente.

    terça-feira, 28 de agosto de 2007

    Blog Action Day

    Aqui, assumo, fui na cola da amiga blogueira. Trata-se do Blog Action Day, marcado para o dia 15 de outubro. Na ocasião, os blogs de todo o mundo deverão postar qualquer coisa (notícias, links, fotos, vídeos, textos) sobre o meio ambiente. Não sou muito fã de movimentos ambientalistas extremistas (nada, para mim, deve ser extremo, seja à direita ou à esquerda). Mas, que é preciso fazer alguma coisa, é preciso. Eu já comecei (há pouco tempo, confesso!). Plantei árvores e ficarei muito feliz em vê-las crescidas nos próximos anos. Acessa lá para participar também. A amiga que me deu a dica, eu e mais de 3 mil blogs mundiais já estamos lá, esverdeados.

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