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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Consumo consciente

Consumo consciente significa transformar o ato de consumo em uma prática permanente de cidadania. Quando assim exercido, extrapola apenas aquele ímpeto de satisfazer a necessidade individual, egocêntrica, de alimentar mesmo o ego. O consumo consciente leva em conta os reflexos do ato do consumo na sociedade, na economia e até no meio ambiente.


Por isso, se você compra produtos de uma empresa que usa mão de obra escrava lá da Ásia ou do Oriente Médio, você acaba por financiar práticas consideradas execráveis. Para se contrapor a essas práticas, você deve comprar, por exemplo, alimentos orgânicos, não adquirir produtos feitos por criancinhas e muito menos os enlatados e derivados que agridem o meio ambiente.


Existe até mesmo uma lista de princípios do consumo consciente, tal qual mandamentos a serem seguidos quando se trata de comprar. São 12 os princípios:


1. Planeje suas compras e compre menos e melhor.
2. Avalie os impactos do seu consumo no meio ambiente e na sociedade.
3. Consuma somente o necessário, reflita sobre suas reais necessidades e tente viver com menos.
4. Reutilize produtos. Não compre outra vez aquilo que você pode consertar e transformar.
5. Separe o lixe e comece a reciclar. Isso economiza recursos e gera empregos.
6. Use crédito com responsabilidade e não se jogue nas prestações (até 17 vezes na Casas Bahia) ou nos cinco cartões de crédito que você tem.
7. Valorize as práticas de responsabilidade social das empresas.
8. Não compre produtos piratas. Combata o crime organizado.
9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços e envie sempre sugestões e críticas às empresas.
10. Divulgue o consumo consciente. Desfralde essa bandeira assim como quem desfralda um varal inteiro de lençóis tamanho queen size.
11. Cobre dos políticos ações que valorizem o consumo consciente.
12. Reflita sobre seus próprios valores, reveja seus princípios e hábitos de consumo.


Me acompanhou até aqui??? Bullshit!E você acha mesmo que acredito nessa besteirada? Para mim, o tal do consumo consciente é invenção de mentes desocupadas. Alguém pode me dizer como consumirei de forma consciente se mal consigo respirar? E se consumo de forma desenfreada, acaso alguém pagará minhas contas? Tudo isso muito se me assemelha à maldita prática do politicamente correto.


Desenvolvido em um país que é dos mais politicamente incorretos, os EUA, o conceito é amplo o bastante para abrigar qualquer coisa que seja, exceto aquilo que os inventores descartam. Oras! Consumo consciente, tststststs!!! Abaixo, uma verdadeira lição do que é consumir. Consumo consciente de que haverá alguém pronto para satisfazer as mais primitivas necessidades. Em Paris, podemos conversar sobre a consciência e os efeitos do consumo no meu e no seu corpo!




As liquidações de Paris começaram hoje, 30. O Forum des Halles, complexo de 170 lojas que fica no centro parisiense resolveu inovar. Até sábado, 3, consumidoras (não entendi porque tal discriminação, mas nada que uma boa peruca e salto 15 não resolvam) terão 12 bofes treinados e uniformizados para acompanhá-las em suas compras. Por 1 hora, cada mulher que lutar para comprar terá direito a um desses bofes para segurar sacolas e esperar do lado de fora (!) do provador.


Os meninos - apropriadamente apelidados de "huge boy" terão uma imensa sacola, a "huge bag", para ser preenchida pelas compras. Os huge boys medem 1,90 e, de novo, acertadamente, foram escolhidos sob medida - under measure>: passaram por um centro de treinamento que durou meses. O serviço funciona por reserva - neste link aqui e aproveite e veja os bastidores do treinamento nos vídeos - e é gratuito.


Mas corra, perua, corra: as agendas dos huge boys estão lotadas. Nos vídeos, os huge boys exercitam bíceps, sobem e descem escadas e a consumidora mais sortuda ainda terá um dia de "pretty Julia Roberts woman": uma limusine na porta de casa para começar a peregrinação a Meca, digo, Paris, ao lado de um huge boy que, além de ficar colado na maldita, ainda lhe dará 1 mil euros para as comprinhas. Isso é consumo consciente. Consciente de que consumir pode ser um ato insubstituível de prazer. E quem defender o contrário é porque não dispõe de cartão de crédito e sonha que um dia chegará a Paris. Então sonha!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quem é aquele que se tornaria meu seguidor?

Antes que você se apresse em me seguir (follow me, de qualquer forma) no Twitter, no Google Friend Connect, no Meme ou no FriendFeed, quero deixar claro que o título do post não tem nada a ver com redes sociais. Talvez tenha, sim, a ver com redes. Outras redes, tecidas de tramas finas, tão finas que se rompem ao menor sinal de movimentos bruscos. Mas são outras, essas redes... Antigas, cujos fios ligam-nos uns aos outros pelo mundo de alguma forma não-racional.




Inspirado por essa tessitura que me conecta nesta rede aqui, a internet (rede inter: internacional, interfronteiras, portanto), e pelo inesperado muso do outro lado do Atlântico, o Pinguim, do blog Why Not Now?, que me introduziu ao poeta português Jorge Cândido de Sena e me incitou ao resgate da poesia neste blog que anda falto de poesia, derramo-me, portanto, em versos.




Sou mais de prosa do que de poesia mas, admito, também a prosa anda a passar ao largo neste espaço. Sim, tenho os tido, os livros, por perto, so close, sempre. Mas a prosa do dia-a-dia, mais banal, tem me retido em outras linhas que não as de livros. Portanto, retifico um bocadinho essa ausência literária e coloco logo um clássico de quem gosto por puro gosto de gostar, de entender e de fazer dele as minhas próprias palavras, por vezes tramadas nas redes que acima citei de tal forma que mais são os nós do que a trama.


Walt Whitman nasceu em Long Island em 1819 e é tido como pioneiro e precursor dos versos livres e de uma abordagem abrangente de temas sociais (não as redes, ainda, por favor, pelo menos não as sociais), do erotismo, da guerra, capitalismo, escravidão e da liberdade sexual. Numa palavra: contemporâneo. Em 1855, aos 35 anos, publicou aquela que seria a sua obra-prima - "Leaves of Glass" (Folhas de Relva), que é uma coletânea de poemas. "Leaves" seria alterado constantemente: foram oito reedições. Whitman era homossexual e foi, como muitos outros antes e depois, vítima de preconceito por assumir na própria obra a sua sexualidade.




"Calamus", uma das quatro partes de "Leaves of Glass", é texto cultuado pelo público gay. Perseguido por diversos setores, Whitman viveu principalmente com o apoio dos amigos e já então de alguns fãs que lhe reconheciam o talento. Morreu pobre em 1892. Hoje, é considerado o maior poeta norte-americano. Sorry! Too late! Tarde demais para aquele homem. Para nós, nos foi legada a herança de sua obra. E é com "Calamus" que presto homenagem à ars poetica, ou seja, ao ofício da poesia.


Calamus (parte 3)


Seja você quem for segurando-me na mão,
Sem uma coisa tudo será inútil,
Aviso em tempo, antes que me insista,
Eu não sou o que você supôs, mas muito diferente.
Quem é aquele que se tornaria meu seguidor?
Quem se assinaria candidato às minhas afeições? Você é ele?


O caminho é suspicaz - o resultado lento, incerto, talvez destrutivo;
Você teria que desistir de tudo o mais - eu sozinho esperaria ser seu Deus, único e exclusivo,
Seu noviciado seria assim mesmo longo e exaustivo,
Toda a teoria passada da sua vida, e toda a conformidade às vidas ao seu redor, teriam que ser abandonadas;
Portanto solte-me agora, antes de se dar ao trabalho - Tire as mãos dos meus ombros,
Largue-me, e siga o seu caminho.


Ou senão, apenas de leve, nalgum bosque, para tentar,
Ou atrás de uma pedra, ao ar livre,
(Pois em qualquer aposento coberto de uma casa eu não me mostro - nem em companhia. E em bibliotecas deito como um mudo, um parvo, ou não nascido, ou morto)
Mas apenas talvez com você numa alta colina - primeiro vigiando para que ninguém, por milhas em torno, se aproxime despercebido,
Ou talvez com você velejando ao mar, ou na praia do mar, ou alguma ilha calma,
Aqui botar seus lábios nos meus eu lhe permito,
Com o beijo demorado dos camaradas, ou o beijo do novo marido,
Pois eu sou o novo marido, e eu sou o camarada.


Ou, se quiser, me enfiando sob a sua roupa,
Onde eu possa sentir as batidas do seu coração, ou descansar no seu quadril,
Carregar-me quando atravessar terra ou mar;
Pois assim, apenas tocando você, é o bastante - é o melhor,
E assim, tocando você, eu dormiria em silêncio e seria levado eternamente.


Mas se você enganar estas folhas, corre perigo,
Pois estas folhas, e eu, você não entenderá,
Elas vão lhe escapar de pronto, e ainda mais depois - eu certamente vou lhe escapar,
Mesmo quando você ache que sem dúvida me pegou, cuidado!
Você já pode ver que eu lhe escapei.


Pois não é pelo que pus nele que escrevi este livro,
Nem é ao lê-lo que você irá adquiri-lo,
Nem aqueles que melhor me conhecem e admiram, e me elogiam com alarde,
Nem os candidatos ao meu amor, (a não ser no máximo pouquíssimos) serão vitoriosos,
Nem meus poemas farão só o bem - farão o mal também, talvez mais,
Pois tudo é inútil se o que você pode ter pensado muitas vezes mas não atingido - o que eu insinuei,


Portanto larga-me, e segue o seu caminho.


(tradução: Jorge Pontual)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Entre a nudez convencional e o nu artístico, todo mundo tira a roupa para tomar banho

A exposição "Nude Visions - 150 Anos de Imagens de Corpos na Fotografia" abre, uma vez mais, um debate que se estende entre juízo de valor e definições que cabem no mais amplo espectro do que é a nudez, de quando é artística, pornográfica, erótica, exibicionista e mais uma série de adjetivos que jamais poderão ser encerrados, dadas as diferentes opiniões que cada um tem a respeito.


A nudez é fator cultural e moral. Ficar nu, por si só, é fácil: nasce-se nu e, quando da morte, despe-se o corpo para o último banho. Ficamos nus o tempo todo: para tomar banho, para trocar de roupa, para transar. Na cultura indígena, naquela que restou ainda pura, a nudez é normal e o estranho é vestir-se de adornos como as roupas das ditas "civilizações". Assim como em tribos africanas e ainda em outras culturas.


Culturalmente, não há pudores para alguns países europeus quando se faz sol e tira-se a roupa em parques públicos para receber a luz. No Brasil, ao contrário, em que aparentemente se leva uma vida de lascívia, as praias nudistas são vistas com recato (e com risinhos escondidos sob falsos pudores) e um topless no Rio de Janeiro causa furor e acaba na polícia.

Essa exposição do nu artístico na Alemanha - no Münchner Stadtmuseum, de Munique - conta 150 anos das diferentes visões que se têm do corpo humano. São 250 trabalhos do acervo do próprio museu cujo tema está baseado justamente na investigação entre os limites da arte, da sensualidade e da pornografia na fotografia do nu. A exposição em Munique vai até o dia 13 de setembro e cobre um período na história da fotografia do nu entre 1855 a 2005.


As primeiras fotos de nu eram feitas em ateliês e retratavam homens, mulheres e crianças. No século XX, o nu artístico adquire personalidade e passa a ser visto com um gênero da arte. A partir das décadas de 1920 e 1930, são feitas novas experiências com perspectivas, distorções e ângulos. Depois, as fotografias de nudez ganharão glamour e poderão ser vistas em revistas de moda e atrairão, inclusive, as estrelas de cinema.

Atualmente, o nu está disponível de forma bastante aberta na internet e é difícil definir uma fronteira precisa que situe a fotografia artística e a diferencie do pornô. O que são as revistas Playboy, Penthouse e brasileiras como Sexy, G Magazine (para eles) e muitas outras publicações? A editora alemã Taschen, por exemplo, tem uma série de livros sobre o nu em seu catálogo, como o do fotógrafo Wilhelm von Gloeden que, entre 1890 e 1900, fez fotos de rapazes nus em Taormina, na Sicília, Itália, que, hoje, são vistas como clássicas do gênero. Se você vê o livro, efetivamente, não há nada (ao menos na minha opinião) que suscite a pornografia.


Mas a proliferação da indústria pornográfica dos EUA, do Leste Europeu e de algumas regiões asiáticas acabou com a tênue linha que separava o artístico do pornô e é quase impossível dissociar da nudez a pecha de 'provocativa' em qualquer sentido. E, no entanto, um corpo é apenas um corpo. Seja o corpo de um índio ou de uma estrela de cinema ou, ainda, de um jogador de futebol conhecido em todo o mundo, é apenas corpo.

Que, desnudo, talvez desperte a atenção porque, exatamente, é famoso e, por isso, se visto a descoberto, alimenta as mentes das pessoas da mesma forma que o(a) parceiro(a) o faz na cama, ou seja, revela apenas o desejo sexual. E por isso a nudez, convencional e artística, é tão controversa. O inusitado é que entre uma (convencional) e outra (artística), todos nós a praticamos, todos os dias (ou quase, conforme a cultura), para, no mínimo, tomar banho e isso não é nenhum escândalo. É tudo uma questão da mente, e não do corpo, em si.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A lábia irresistível do lábio

Me abrochou os lábios num comprimir de bocas que afrouxou qualquer tentativa de resistência. Os lábios que tocaram os meus estavam secos depois de tão longo inverno. Meus lábios procuraram os seus em silencioso consentimento. Ao olhar, seguiu-se o ritual de colar os lábios seus nos lábios meus. Com lascívia lábia, pousou sedosos lábios nos meus próprios e me calou.

E num movimento repentino, tascou-me um beijo mais do que roubado, quase invasivo. Deleitou-se nos meus lábios como se fossem seus. Tomou-me o fôlego ao selar minhas palavras com lábios mais contundentes do que mil palavras. Torceu-me pela boca ao me penetrar com lábios ferozes. Uivou gritos surdos de lábio a lábio.



















Secos, molhados, carnudos, finos, delineados, rudes, que revelam ou ocultam, os lábios são a melhor expressão, a troca mais íntima do desejo. Não o dizem como o dizem os olhos: fazem. Traduzem os olhares em atitude. Os lábios podem ser estéticos. E o são.

Sem fazer de rogadas, as mulheres cravam cores mais do que gritantes nos lábios. Aos homens, resta-lhes o enfeite dos pelos do rosto ou apenas os lábios crus, sem retoques. Os lábios não são condutores do desejo por acaso: tudo começa ali, para se estender em contatos os mais íntimos. O lábio inferior, para quem não lhe dava quase nada, oras, veja só, ajuda na seleção sexual dos genes.

Se os olhos servem para definir se é amor ou ódio "à primeira vista", digo que os lábios fazem a seleção seguinte, se vamos ou não para a cama. Objetivo assim.

(Este post é a segunda parte do meu "Projeto Frankenstein", que consiste em juntar as partes de um corpo para chamar de meu. A primeira parte começou com os olhos, neste link aqui.)

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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