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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Hajj, uma tradição de 1.381 anos

Na semana passada, cerca de 3 milhões de muçulmanos fizeram a peregrinação de seis dias aos locais sagrados do Islã. Essa peregrinação faz parte do rito anual de orações, o Hajj, cujo destino é Meca, na Arábia Saudita. No século VII, o profeta Maomé proclamou o islamismo na cidade, o que a tornaria, portanto, importante até os dias atuais na história do desenvolvimento do Islã.






Anualmente, Meca recebe enorme contingente de muçulmanos para o Hajj (que significa 'peregrinação', em árabe). Hajj é um dos pilares da religião islâmica. Os demais são testemunho, reza, esmola, jejum e ramadan (também ramadã e ramadão, que é o nono mês do calendário islâmico).


A primeira caminhada em direção à Meca foi feita no ano de 628, quando o próprio Maomé conduziu 1,4 mil fiéis para a cidade. Segundo os fundamentos do Islã, Deus ordenou a Abraão e a seu filho Ismael que reerguesse os pilares da Caaba ('meteorito', em árabe, que é o colossal cubo em torno do qual os muçulmanos oram em Meca) e chamasse as pessoas para a peregrinação. Desde então, o ritual se repete com os fiéis a seguir os caminhos e reproduzir os atos de Abraão.






O Hajj (ou Hadj) deve ser feito, pelos muçulmanos, ao menos uma vez na vida e somente pode ser realizado uma vez por ano, entre o oitavo e o décimo dia do mês de Dhu al-Hijja (é o último mês do calendário islâmico). Se a peregrinação ocorrer em outra época do ano, será chamada de 'Umra'. No entanto, a Umra não substitui o Hajj.


Entre os rituais para a concretização do Hajj, o peregrino, a uma determinada distância de Meca, deve entrar no estado de 'ihram' (sacralização ou estado sagrado). Para isso, deve vestir a 'iharam' (duas peças de tecido branco e não cosidas e sandálias também não cosidas). Durante o ihram, o peregrino não pode cortar o cabelo e as unhas, não deve usar perfumes, matar animais, discutir ou lutar, manter relações sexuais e casar.








Ao entrar na Grande Mesquita de Meca, o fiel faz o 'tawaf', que são as sete voltas em torno da Caaba no sentido anti-horário (cada volta é chamada de 'shawt'). Durante essas sete voltas, o muçulmano profere orações. E as três primeiras voltas devem ocorrer em passo mais acelerado. E há mais uma série de práticas para encerrar o ritual cujo ápice é ir ao Arafat (referido como monte mas que é, de fato, uma planície a 20 Km de Meca). Esse é o ponto alto do Hajj. O fiel que cumpriu todo o ritual do Hajj pode adicionar como prenome as palavras 'El hajj' ou 'el hadj' ao nome. Por fim, alguns peregrinos aproveitam para visitar Medina, também na Arábia Saudita, onde está localizado o túmulo do profeta Maomé.







A Caaba (ou Kaaba ou Kabah) é uma construção cúbica que fica na mesquita de Al Masjid Al-Haram. Tem 15,24 metros de altura e é permanentemente coberta com uma manta escura com bordados dourados. Dentro dessa construção, está guardada a 'Hajar el Aswad' (pedra negra, em árabe), de 50 centímetros de diâmetro, considerada uma das relíquias sagradas do Islã. Supõe-se que a pedra provem dos restos de um meteorito.


Quando Maomé proclamou o islamismo, incitou, com o gesto, o repúdio aos deuses pagãos (politeísmo) e o culto a um Deus único (monoteísmo), que é Alá. Ao fazer isso, Maomé conservou a Caaba que, no paganismo, simbolizava o sistema solar e abrigava 350 ídolos (representação zodiacal).

domingo, 29 de novembro de 2009

Meu rugido dominical








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Reticência

s.f. Supressão ou omissão voluntária de uma coisa que poderia ou deveria ter sido dita: a própria coisa omitida: usou de reticências em todo o discurso. / Retórica Figura pela qual o orador, interrompendo-se, faz perceber o que não quer dizer expressamente. / S.f.pl. Gramática Sinal de pontuação, série de pontos (...) com que se marca essa omissão ou interrupção.

Reticente

adj. Em que há ou que manifesta reticência; que cala ou não expressa completamente seu pensamento; reticencioso: mostrar-se reticente.


sábado, 28 de novembro de 2009

Um estado de espírito nada pacífico

A Segunda Guerra Mundial terminou, oficialmente, no dia 2 de setembro de 1945, quando o Japão assinou o ato formal de rendição. Acabava um dos conflitos mais sangrentos da história da humanidade: estima-se que morreram mais de 50 milhões de pessoas e outras 28 milhões ficaram mutiladas. Em valores atualizados, a Segunda Guerra teve um custo calculado em US$ 1,5 trilhão, quantia que seria suficiente para acabar com a miséria na Terra ainda hoje.





Envolveram-se na Segunda Guerra 55 países de todos os continentes. O Brasil entraria na guerra no dia 22 de agosto de 1942. Atualmente, os conflitos são pontuais e as maiores guerras em curso acontecem no Afeganistão (invadido pelos EUA em 2001), Iraque (invadido pelos EUA em 2003), Paquistão (entre paquistaneses e militantes islâmicos talibãs) e entre a Somália e Etiópia. Claro que há centenas de conflitos menores em várias partes do globo. Mas nenhum desses eventos reproduz a catástrofe que foi a Segunda Guerra Mundial.





No ano que vem, portanto, serão 65 anos do final daquele que foi o período mais conturbado da história mundial. Mas o estado de espírito do homem, ao que parece, está longe de ser pacífico. Ao contrário, tenho para mim que somos, em primeira instância, criaturas bélicas, prontas a deflagar-se em discussões, conflitos, brigas e, finalmente, guerras. Porque o entendimento é pequeno ante tanta diferença. E se as divergências ocorrem entre famílias, vizinhos, bairros, cidades, imagine quando as proporções crescem e se multiplicam.





A Terceira Guerra Mundial sempre pairou no ar, como uma ameaça velada, pronta para desabar na forma de mísseis de alto alcance, de bombas muito mais poderosas do que as de Hiroshima e Nagasaki e de ataques por terra, ar e mar que não poupariam nem os mais recônditos cantos de qualquer nação. Com a derrocada da Cortina de Ferro, afastou-se o fantasma. Mas não em definitivo.





Em curso, há uma corrida armamentista que nunca deixou de acontecer. Ora é a Coreia do Norte, ora a China, ora o Brasil, ora os EUA, ora a Venezuela, ora a Rússia. Oras! Todos sabemos que, na eventualidade de conflitos de grandes proporções, ninguém será totalmente pego despreparado. Caças, submarinos e tanques nunca deixaram de ser fabricados e comercializados. Se a Segunda Guerra Mundial foi orçada em US$ 1,5 trilhão, nos dias atuais, calcula-se que valor equivalente seja gasto por todos os países, anualmente, para se equipar. Ou seja, a indústria bélica mundial gasta, por ano, quase US$ 2 trilhões.






Parece fora de propósito esse tema. Mas a guerra (e a paz) nunca são fora de propósito, não é? O tema me veio ontem, quando assisti uma chamada para a futura série da HBO, "The Pacific" (em referência ao oceano Pacífico). A série, ficcional, é produzida por Steven Spielberg e Tom Hanks e deve estrear na HBO no ano que vem, quando se celebram os referidos 65 anos do final da Segunda Guerra. "The Pacific" soma-se a outra série, exibida em 2001, em que Steven Spielberg e Tom Hanks também foram co-produtores: "Band of Brothers". A diferença entre ambas as séries é que o foco de "Band" era o teatro de operações de guerra europeu, enquanto que "Pacific" passa-se na região asiática.






Nas poucas cenas que vi, pensei, naquele momento: o cinema, a TV e outras mídias nunca deixarão de abordar a guerra, seja em produções futurísticas que preveem a guerra dos mundos, batalhas estelares e invasões alienígenas, seja em revisitas aos nossos próprios e terrenos conflitos.





Me recordei, também de um comentário feito pelo querido Pinguim, do blog Why Not Now?, de que a Segunda Guerra era muito pouco abordada na blogosfera, em geral. Concordo. A guerra, ao Brasil, nos parece distante. Nós, que nunca tivemos conflitos bélicos pesados no nosso próprio território - exceto por revoluções regionais e a ocupação do território da Bolívia que resultou na anexação do atual Estado do Acre -, o País nunca foi palco de operações de guerra em alta escala. E estamos bem assim. Pelo menos é no que acredito.





Mas, na minha própria casa, restam fragmentos da Segunda Guerra Mundial. Dois tios-avós foram convocados para a guerra pelo governo e, pela Força Expedicionária Brasileira, desembarcaram na Itália no dia 16 de julho de 1944. Um dia antes, os pracinhas brasileiros haviam avistado o monte Vesúvio e a baía de Nápoles. E, somente nesse instante, souberam que lutariam em território italiano.





Eu não os conheci. Mas a referência que tenho de ambos é que, depois que voltaram, nunca mais se ajustaram à pacata vida rural que tinham antes de partir. E que ambos foram afetados psicologicamente pelos horrores que presenciaram - e dos quais participaram - na Itália. Morreram, os dois, em meio a tormentosas lembranças da guerra, perturbados mentalmente. Esse é o meu contato mais próximo com a Segunda Guerra Mundial e assim deve permanecer: no passado, como uma lembrança que nem minha é, e sim de outras pessoas da família.


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quero um para mim



Já que não fui premiado por nenhuma categoria, por trabalho algum, por esforço qualquer que tenha feito, por omissão, ausência ou presença, por escárnio, piedade, ódio, compaixão, por ser simpático, por ser odioso, por bem ou por mal. Já que não fui premiado, me dou esse prêmio. Pode não ter nada a ver, mas eu resolvi que, assim como alguns ganham o Nobel, outros o Oscar e outros aqueles troféus de ridículos, eu me dei este porque gostei dele. Gosto do Bambi e do dourado e por isso basta.





Quem quiser saber mais detalhes, entre neste site (originalmente, em alemão).


Mas tem um outro que é muito mais interessante, o Who Killed Bambi?


E este aqui, que nem sei o que é ainda, de mesmo nome: Who Killed Bambi.


Com tantos a matarem Bambi, resolvi pegar o meu antes que o assassinem também.


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um conto que não foi inventado por Sherazade

O versículo está naquele que considero, literariamente, um dos maiores livros da civilização, a Bíblia: "todo aquele... será comparado a um homem insensato que edificou sua casa sobre a areia e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa e ela desabou, sendo grande a sua ruína".







Faço uso desse popular e válido alerta para o relacionar com a crise, mais uma, que, desta vez, como tempestade de areia, deve anuviar parte do mundo globalizado: a Dubai World, empresa estatal de investimentos dos Emirados Árabes, declarou, nesta quinta-feira, 26, moratória. A moratória, como bem podem recordar os brasileiros acima dos 30 anos, trata-se de um regime de exceção pelo qual o devedor pede alongamento a longo prazo de suas dívidas ao credor.







A Dubai World tem dívidas que totalizam US$ 59 bilhões - a moratória estende o prazo para pagamento para maio do ano que vem - e afeta todos os setores de Dubai, a rica capital do Oriente Médio incrustrada no meio do Deserto da Arábia.







A capital dos Emirados Árabes registrava, nos últimos seis anos, um crescimento magnífico e remetia o Ocidente aos contos das "Mil e Uma Noites". Mas em versão moderna: as maravilhosas construções em formato de palmeira sobre o mar, registradas por satélite, a estrutura mais alta construída pelo homem, o metrô mais curto e mais caro do mundo e outras obras do tamanho do ego dos xeques do emirado. Com algum atraso em relação ao resto do mundo, Dubai e seus castelos construídos sob o nada ruem no efeito cascata que assola o mercado imobiliário mundial.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Calmaria

Às vezes, o blog sofre uma forte queda de visitações de um dia para o outro. Até hoje, não consegui identificar as causas. Sei que acontece de tempos em tempos. Dessa vez, começou no último dia 19, véspera do feriado da Consciência Negra em algumas cidades brasileiras. De lá para cá, a frequência ao blog despencou: a média de visitação diária caiu cerca de três vezes.







Não sei se é o final do ano (já aconteceu isso na mesma época nos dois anos anteriores em períodos equivalentes) ou se o(a) leitor(a) cansa dos posts e resolve dar um tempo.


Ah! As moscas e insetos? Deve ser por conta dos bolos que ando a postar ultimamente...

A confeitaria da separação II

A despeito de protestos contra os bolos que celebram o divórcio, volto à tona com novas fotos, em adição a post anterior, dessas peças artesanais que, antes de tudo, são versões bem-humoradas do término dos relacionamentos. Ao contrário do que possa parecer, quem se separa e está com ódio do(a) parceiro(a) não vai vibrar, e sim calar.


Portanto, esses bolos, que têm feito muito sucesso na Inglaterra, são antes expoentes do típico humor britânico para dar leveza a um tema tão delicado quanto a separação. Se a pessoa encomenda um desses modelos é porque encara o divórcio com amenidade, e não com a amargura geralmente vinculada à separação. Para os que acham que é anti-natural comemorar o fim, repito: o fim de um relacionamento pode ser, sim, o começo de uma vida nova, e se alguém quer celebrar isso, não vejo porque tem que se calar.













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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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