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sábado, 1 de março de 2008

Are you a stupid girl? I´m (a stupid boy, I mean)

Houve um momento, este ano, que decidi reclamar menos, ser menos rabugento, menos amargo. Em relação a tudo, a começar de mim mesmo. Isso aconteceu num dia de janeiro, quando saí para tomar um café com uma amiga. Aliás, o hábito do café em São Paulo é uma das coisas que eu mais gosto. O ritual de tomar café com amigos, em geral, se converte num evento bastante agradável. Mesmo quando estou no interior, quando vou a Ourinhos ou Santa Cruz do Rio Pardo, cidades vizinhas à minha, faço questão do cafezinho espresso (é com s, não com x).

Desde o dia em que tomei a resolução de ser menos choramingas, percebo que há mais fluidez. Não sou uma Poliana, sempre disposto a acreditar nas virtudes e ocultar as falhas, minhas e de terceiros. Ao contrário. Mas, isso não significa que tenho que ver apenas e tão somente o lado negativo. E isso tem funcionado bem para mim, seja em relação ao trabalho ou à vida, em geral.

Vejo as pessoas aflitas nas ruas. Que reclamam porque chove ou porque o sol está forte. Porque o trem demora demais. Que se comportam como animais nas plataformas do metrô só para pegar uma vaga espremida. É claro que estamos apenas no início do ano e posso, aos poucos, me transformar no velho monstro que habita dentro de mim. Mas, por enquanto, a estratégia de não me atormentar vence qualquer sombra.

Na semana passada, fui ao supermercado, fazer uma imensa compra. Desde o ano passado, eu me esquivei disso. Não gosto de supermercado a não ser durante a madrugada, quando todos os gatos são pardos. Mas, imbuído de uma responsabilidade que me cabe, e somente a mim, fui. O meu carrinho estava cheio, transbordava. As filas, imensas. Me preparei mentalmente e, com o iPod, resolvi me munir de toda a paciência disponível e mais alguma. Estava na fila. Abriu o caixa do lado e a atendente me chamou. Havia três mulheres à minha frente que praticamente me atropelaram. Houve um pequeno confronto de carrinhos (o meu e o delas), eu disse que havia sido chamado, elas recuaram, mas, fui vencido pela minha educação e cedi. Me agradeceram.

Depois disso, tudo ficou ruim: as compras das três resumiam-se a bacalhau e algumas peças de roupa. Pois acredite: demoraram quase uma hora para pagar. Elas tinham aqueles vales-desconto, que acredito ser de convênios com o supermercado. Apresentavam os panfletos para obter o desconto e a compra era dividida em três. Eu, sinceramente, resolvi não me irritar e consegui. O casal atrás de mim bufava. Depois, quando finalmente terminaram, olharam para mim e acenaram. Fingi que não vi. Estou mais ou menos zen, mas, isso não significa que sou amiguinho de três bruacas que não têm mais o que fazer e ainda são bregas a ponto de comprar roupinhas no supermercado. OK, OK, me descontrolei um pouquinho, mas, já voltei. Para encerrar, entre colocar a minha compra na esteira, empacotar e pagar, levei menos de 20 minutos. Sou bastante rápido para isso porque o faço há muito tempo. E ainda cheguei em casa e fiz um jantar. Estou ou não de bem comigo e com a vida?

Daí que, em nova conversa com a minha amiga (a mesma do café), resolvi que estou bem e também estarei aberto para as pessoas. Abrirei de vez o coração e outras partes do corpo (boca, ouvido, olhos, nada mais, pessoas nefastas, que só pensam naquilo!) para os outros. Se tenho uma atitude pró-positiva diante da vida, o farei em prol de mim mesmo.

Espero não passar pelo ultraje de ser uma stupid girl como insiste em afirmar a menina do Garbage no vídeo abaixo. Quer dizer, um stupid boy. Porque, quando se está aberto, tudo pode acontecer, inclusive, engolir um sapo gordo e estúpido (sem falar de outros corpos estranhos).

6 Comentários:

leve solto disse...

Incrível! Ontem passei por algo semelhante!
Instalado meu fogão, lá fui eu ao supermercado pra fazer uma super compra... Com muita paciência na fila e pessoas bufando rs
Rapidamente empacotei, paguei e fui... Mas, como sou distraída (todo mundo já sabe dã dã), quando cheguei na "porteira" do supermercado percebi que não tinha trocado o cartãozinho de entrada pelo de saída, sem o qual não conseguimos sair...rsrs
Juro, deixei minha mãe no carro levemente irritada comigo, e lá fui eu fazer minha caminhada noturna (o carro estava no final do estacionamento já) rumo ao caixa que me atendeu..rs
Entre mortos e feridos, cheguei em casa rindo e também fiz uma bela massa pra mim e meu filhote!

Red, vc tem toda a razão. Minha vida passou a fluir muito mais e melhor quando comecei a agir com mais positivismo e menos cara feia pro mundo...rs

bjo

Mara

PS.: Juro de pés juntos que não comprei nenhuma roupitcha nova no supermercado...rs

leve solto disse...

Red, afinal cumprí a tarefa que vc me passou... Passe por lá!

bjo

Mara

Anônimo disse...

Aí, caboclo vermelho,

gostei desse postinho, misturando em proporções corretas coisas do cotidiano com impressões pessoais; mais ou menos o que se chamava antigamente de "crônica de costumes".

Mas vou comentar os anteriores, mesmo sem tê-los lido (é muita cara-de-pau, não?). E é uma reclamação:

Você, que parece entender de gastronomia como faz uma pesquisa sobre a preferência das pessoas, sem levar em conta certas culinárias regionais, tão importantes na cultura brasileira?

Não quero puxar a brasa não, mas e quem gosta, por exemplo, de comida mineira? Tão peculiar e tão importante para a cultura brasileira, heim caboclo?

Redneck disse...

Mara, afinal, os mundos de todos nós são bem parecidos. No mesmo dia da confusão no caixa do supermercado, quando desci ao estacionamento, havia uma louca que esqueceu de validar o tíquete. Ela brigou com o manobrista, fez acumular uma fila de uns 15 carros, fez o filho ir lá em cima validar e saiu xingando o supermercado e o manobrista. Isso tudo aconteceu enquanto eu guardava a minha compra no porta-malas. O manobrista me falou que são sempre as mulheres que causam confusão no estacionamento. Viu? Hehehehe!! Beijos. P.S. Hoje, de madrugada, estive no Fran´s da Lorena.

rm, não é discriminação não. Já comi insetos em Pequim, buchada de bode em Canudos, Bahia, testículo de boi no interior de SP, caldinho de sururu em Maceió e um monte de outras comidas, inclusive o caldo de folhas venenosas em Manaus. Longe de mim discriminar qualquer comida. É que, na pesquisa, procurei colocar as macro-culinárias que dão origem a todos os demais pratos, ou seja, abranger o cardápio básico. Terei aula de comida mineira,a propósito. Abraço.

leve solto disse...

Red Red!!!!

Não são só as mulheres que esquecem de validar os tíquetes...rs A mulher em questão sou eu...lembra? distraída, bem humorada, que erra os caminhos pra chegar nos lugares e que não esquenta a cabeça se estão buzinando atrás..rs

Sou péssima pra experimentar novidades... Buchada não como nem a comum que dirá de bode.
"Bago" (é assim que se diz no interiorrrr) de boi... cozido e temperado? nem morta! rs Apesar de dizerem que é ótimo afrodisíaco...
Mas vc conseguiu me deixar salivando...hummm... caldinho de sururu... delícia!

A propósito da comida mineira, faço um frango caipira com macarrão e alho frito, servido na gamela, que é de comer ajoelhado..rsrs O RM está louco pra experimentar..rs Aprendi a fazê-lo justamente com uma amiga mineiríssima que morou em Lagoa Dourada. E normalmente ela faz um tutú de feijão preto com ovos cozidos enfeitando, tomate e cebola passados no azeite por cima como acompanhamento (parece estranho, mas é divino)... O tipo de dieta pra virar uma leitoazinha feliz!!!!

bjos

Mara

Raquel Moreno disse...

Hum, também faço esse treinamento de reclamar menos,a não ser quando estou naqueles dias, aí, não me peçam para ser um doce de pessoa. Beijos

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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