Você é networker ou broadcaster?
Networker é o indivíduo que faz networking (relacionamento em rede, contato por meio de rede, que faz parte de redes sociais como Orkut, Facebook e outras). Broadcaster é o operador de broadcasting (radiodifusão como o rádio e a TV). Como você se posiciona dentro da rede?
Segundo a teoria do "número Dunbar", todo ser humano tem capacidade de relacionamento social limitada, ou seja, há um limite teórico de relacionamento (networking) entre as pessoas. Conforme o "número Dunbar", esse número é limitado a 150 pessoas.
A teoria "Dunbar" foi criada pelo antropólogo britânico Robin Dunbar e estabelece que o número de pessoas com as quais podemos estabelecer contato não passa de 150 indivíduos.
Esse teto de relações estaria relacionado à capacidade do cérebro humano em lidar com a complexidade das relações pessoais. Na falta de dispositivo melhor para medir as comunidades sociais da internet (Twitter, Facebook, MySpace, comunidades de blogs etc.), esse número é usado tanto para a network real quanto para a virtual. A famosa e exclusiva rede aSmallWorld, por exemplo, que é uma rede social para ricos, condiciona a entrada de novos usuários a um convite obrigatório, ou seja, a famosa "bola preta" de clubes exclusivos.
Dentro dessa premissa, a revista "The Economist" aprofunda os (frágeis) contatos virtuais e admite que a extensão dos contatos virtuais não ultrapassa os contatos da vida real. De forma que, ainda que integrados a redes sociais de todos os tipos, apenas mantemos proximidade com o círculo familiar da vida real, com trocas de mensagens limitadas somente aos contatos verdadeiramente conhecidos.
Ou seja, tanto faz você ter 47 mil seguidores no Twitter ou 1.098 contatos no Facebook, você, provavelmente, conhecerá, de fato, entre 120 a 150 pessoas. E quanto ao contato efetivo que terá com esse contingente de pessoas, isso será limitado a um número ainda menor de pessoas.
Isso significa que, ainda que você seja um(a) profissional de relações públicas, o seu verdadeiro círculo (ou rede) jamais ultrapassa o número de 150 pessoas. Claro que as empresas que fazem esse tipo de trabalho têm listas com milhares de nomes. Mas, note! São empresas, e não pessoas.
Na maior parte dos casos, a meu ver, a rede que cada um de nós temos, e digo rede com a acepção de círculo estreito e de contato íntimo, poucas vezes ultrapassa dez ou 15 pessoas. São aqueles contatos que estão na nossa vida quase que diariamente - família, amigos, par etc. Fora desse universo, qualquer contato é apenas superficial e, no mais das vezes, eventual.
No artigo, a revista "The Economist" afirma que quando se rompe a barreira das 150 pessoas do "número Dunbar" não se tem apenas mais uma rede de relacionamento (networking), e sim um serviço de transmissão (broadcasting). Pois que eu, se por meio das minhas redes sociais - Twitter, blog, Facebook, Orkut, MySpace etc. - atinjo um número superior a 150 pessoas e consigo atrair sua atenção, passo, em alguma medida, a formar opinião, e deixo de ser apenas um contato social para me alçar à posição de difusor de informação.
Creio que este blog, por exemplo, extrapolou os limites de networking e atualmente se assemelha a um broadcasting, com a atração de visitantes que veem por conta do conteúdo. Para concluir, as redes sociais virtuais nem de longe ampliam os contatos que fazemos na vida real. Ouso dizer que por mais que eu tenha contato com frequentadores do blog e dos sites sociais, dificilmente esse contato se supera ao virtual e passa a ser real. Na verdade, o contato íntimo somente se concretiza com as pessoas as quais eu já conheço na vida real.
3 Comentários:
Muito interessante, gostei do post.
Bem, sendo ou não um broadcaster ou networker, acho que o ideal é que tenhamos as melhores 150 pessoas dentro do nosso círculo :)
Quando estrapolarmos isto, o que vier é lucro :)
abraços an}omicos
Emerson, também concordo que o ideal é que as 150 de cada um de nós sejam as melhores. E tanto faz se 150 sejam 5, 15 ou 100. A quantidade, aqui, não prova nada. Abraço!
Com certeza parente :)
O lance é mesmo a qualidade e não a quantidade.
Abraços anômicos, como sempre :)
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