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sábado, 7 de março de 2009

Repas de merde!

Ok! Eu mereço qualquer acusação que se faça contra mim por quaisquer excessos escatalógicos, pois bem sei que ando a falar muito de gente pelada ou de contextos mais fisiológicos que melhor ficariam se circunscritos a determinadas instâncias que lhes são naturais.


Mas, como disse Pedro Bial a respeito das interessantes conversas que se travam no Big Brother Brasil, não importa: mais cedo ou mais tarde, as pessoas começarão a falar de coco, de xixi e de outras necessidades inatas a todos nós. É inexorável ou, talvez, seja compulsão mesmo. Mas, de testemunho próprio, dou que esse tipo de conversa mais cedo ou mais tarde baixa à mesa. Quando não, como se verá, chega literalmente à mesa.


A propósito do post de ontem (aí abaixo), em que falei da vida de merda, hoje falarei sobre comida de merda (ou repas de merde, que soa mais sofisticado, mas, que vem a ser a mesma merda, em francês ou português).


Uma cadeia de restaurantes de Taiwan - "Modern Toilet" - resolveu levar a sério a ligação direta entre dois orifícios do corpo: a boca e o ânus, vulgo cu. Para lembrar aos comensais que tudo, absolutamente tudo, é provisório, ao tempo do processamento digestivo, o restaurante resolveu fazer uma decoração "original".


Tudo no "Modern Toilet" é inspirado (melhor que não seja respirado) em banheiro: as cadeiras e bancos são vasos sanitários, a comida é servida em miniprivadas e os nomes dos pratos são para lá de escatológicos, como a "Diarréia com Fezes Secas" e a "Disenteria Verde". Não me pergunte do que se tratam esses pratos. Não quero saber. Para completar a oferta, as bebidas são servidas em urinóis (ou penicos) de plástico que podem ser levados pelo cliente.


Para mim, gourmand aberto a novas e estranhas aventuras sápicas (de sabor), isso não é original e tampouco me soa como uma reinvenção na cozinha. Me soa muito mais a uma perversa constatação de quão perene pode ser uma refeição, por mais elaborada que seja. No caso, se a cadeia de restaurantes de Taiwan quis brincar com a dialética entre o repasto e a excreção, a meu ver, deu um tiro no próprio pé porque, de alguma forma, vende a ideia de que a comida que serve é merda. Uma metáfora talvez não pretendida mas que explica bem o que vai no cérebro dos criadores de tão inusitado tema para um restaurante.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Concordo contigo...Penso que o espaço valoriza muitíssimo a sensação de bem-estar e a forma como encaramos a culinária disponível. Não me agradaria ir a este restaurante porque literalmente sentir-me-ia mal disposta com a decoração. É uma falta de gosto tremenda e quando a novidade passar acredito que não resistirá muito tempo...(baseando-me eu na premissa de que a comida é igualmente horrível). Hoje fui jantar a um restaurante em que a decoração e, obviamente, a comida me fizeram querer voltar...Esse é o segredo do negócio. Quando abrires o teu cantinho, tenho a certeza que não cometerás nenhum destes excessos a este nível. Resta-nos registar este exemplo na lista das coisas a não fazer...

Beijo

Ana

Redneck disse...

Ana, a falta de gosto - estético, sensorial ou apenas e tão-somente do simples - faz com que algumas pessoas tenham ideias desse tipo e outras que lhes dão legitimidade. Ainda bem que você e eu não compartilhamos dessa breguice que insiste em poluir este mundo. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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