Rastreio de Cozinha - 58
Não rolou! Nada de aula. Terceiro dia consecutivo. Minha falta, minha grande falta ... Não vou subir no palanquinho aqui e reclamar feito um velho babão. Que isso, que aquilo blábláblá ... Não! Não rolou porque, nestes quatro dias, não fiz absolutamente nada por absoluta inépcia e inércia. Acomodei-me. Quase que atrofiei-me, de tanto encolhimento.
Por outro lado, a compensação: é quase meia-noite e concluirei um especial inteiro, um job de 26,5 mil toques. São quatro matérias entregues. Mais cinco matérias até quarta-feira. Bem-feito para mim.
Quanto mais prazo tenho, mais me comporto como brasileiro, a deixar tudo para a última hora. Pois que sou brasileiro e, ao contrário do horrível mote, desisto sempre. Tendo a deixar, deixar, deixar ...
E dá-lhe chá depois para acordar e enfrentar o horrível monstro dead-liniano que cospe fogo e quiçá em Liliput o tolerariam. Que meus editores não me leiam e tampouco me acusem. Dos sete pecados capitais (que agora são 13), o que mais pratico é a preguiça (depois, a gula). Com o que mais sonho é a luxúria. Percebe?
Eu disse sonho! O que mais? Nada, que não era para o post ser uma bula papal de contra-indicações e tampouco uma tábua da salvação. Só realidade!
Que também não vou me flagelar (mas, me deixar flagelar ... não ... mmmm ... talvez ... hhmmm, repara na foto e, me diz, o que fazer em tal condição precária?) em expiação porque não creio na ortodoxia judaico-cristã que instituiu a culpa e muito menos que vou repetir ad infinitum "mea culpa" como se fosse um jargão suficiente para me salvar da danação a que estou condenado desde a origem, qual seja, a de ser assim, talzinho como sou. Beijim! Ou melhor, beijo, que não quero, por conta de uma nota desafinada de jazz, não sincopada, soar como Beijing, que não respeita feriado, culpa, cristão, ateu e nada.
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