Camafeu
Me meu vontade de morder para aplacar as mandíbulas. Vontade de adoçar. Cravar os dentes na carne branca. Como se vampiro no pescoço fosse. A escolha recaiu no antigo. No passado. Inconscientemente, em uma dimensão vitoriana que me é estranha.
O mordiscar tão-somente não resolveria. Tratava-se de fincar os caninos. De me saciar no doce.
Travar a língua e o palato com a sensação do doce na boca. Preencher os sentidos com algo comestível.
Que ando muito subjetivo e pouco objetivo. Pouco objeto. Nunca abjeto, porém.
Objetivamente, são pedacinhos de lembranças. Que simbolizam mortos. Estranho ...
Simbolizam pensamentos, fantasias.
Metaforicamente, são carnes brancas. Devora-me, pedem!
Foi o que fiz, sem complexo.
A despeito da falta de nexo entre as conexões antigas e a vontade, banal, de me embalar em camafeus.
2 Comentários:
Olá:
Achei bem interessante as imagens dos camafeus aqui - estava procurando por "imagens de camafeu"...bonitas mesmo!
Abraços,
Rodrigo Rosa (Porto Alegre).
Oi Rodrigo, legal, né! As mulheres antigas gostavam. Ao que parece, hoje ninguém mais se interessa por camafeus. Seja bem-vindo. Abraço!
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