The book is on the table
São estes os novos livros que estão sobre a minha mesa neste momento:
- Porca Miséria, de Hasier Exteberria e David de Jorge, editora Senac: os autores são bascos espanhóis e são escritor e cozinheiro, respectivamente. O livro devassa as cozinhas européias e faz referência aos grandes chefs da atualidade, tanto dos imensos egos quanto das pretensões. O subtítulo do livro, no entanto, já revela, logo de início, que a pretensão dos autores é apenas serem divertidos: "Recordações Gastronômicas de Um Par de Suínos". Comprei pela capa, pelo nome e pelo assunto, claro.
- Cozinha Confidencial, Anthony Bourdain, Cia. das Letras: Bourdain é mais badalado como polemista do que como chef. É o chef do "Les Halles", de Nova York. No ano passado, esteve em São Paulo e disse, sobre a cidade: "São Paulo é feia. Ou melhor, é feia à beça". Bem, antes tarde do que nunca, Bourdain, feia é a sua avó! "Alguém já disse que (São Paulo) é como se Los Angeles vomitasse em Nova York", adicionou. E ainda tem brasileiro que baba diante dele. Tenho vontade de ir ao "Les Halles" e vomitar no chão. E dizer, candidamente: "Sou de São Paulo".
Enfim, mas, creio que esse tipo de provocação barata não tem nada a ver. O livro, segundo a orelha, escrita por Nina Horta, conta as aventuras de Bourdain: "Com muita sinceridade, alguma crueldade e bastante graça, Bourdain narra sua vertiginosa vida entre panelas. Didático, envolvente, é um Jack Kerouac com o Larrouse Gastronomique na mão. Em meio a nuvens de fumaça de maconha, quantidades importantes de cocaína, outras várias drogas e uma animada atividade sexual, mistura lembranças e comentários, com direito a mafiosos e Frank Sinatra, muito derramamento de sangue, bebedeiras gigantescas, pitadas de suspense e uma alegria atordoante no ar."
- As Revelações Picantes dos Grandes Chefs, Irvine Welsh, editora Rocco: esse é um romance. O autor é conhecido. Escreveu "Trainspotting" e "Pornô". Assisti ao filme do primeiro e li ambos os livros. E gostei de ambos. Em "Revelações", Welsh faz uma parábola gótica das grandes obsessões da contemporaneidade: o sexo, a comida e as semi-celebridades. O autor explora o lado sórdido da cultura dos restaurantes e faz um exame da busca de uma identidade, da rivalidade masculina e da necessidade de pertencer ao mundo.
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