Fome
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou nesta quinta-feira, 22, que os alimentos, em todo o mundo, continuarão caros, e que não deverão retornar aos níveis baixos registrados antes da atual crise. Pela primeira vez na história, o custo total global de importação de alimentos deve passar de US$ 1 trilhão. Os países pobres que importam mais alimentos do que exportam serão os mais afetados, já que deverão ter de pagar quase US$ 170 bilhões neste ano para importar esses produtos, um aumento de 40% em relação ao ano passado.
Em todo o mundo, mais de 850 milhões de pessoas passam fome, diariamente. Até hoje, 22, às 18:00 horas, a população mundial era de 6,669.340.827 pessoas, ou seja, 12,7% da população global têm fome, todos os dias. Os preços dos alimentos básicos - arroz, trigo, milho, feijão, açúcar - aumentaram, desde o ano passado, em média, 40%.
Daí que há alguns dias vi no blog Tu Casa Mi Casa um trabalho do fotógrafo britânico Carl Warner, com uma série de fotografias nas quais usa alimentos para formar o cenário. As fotos são chamadas de Foodscapes, que é a união das palavras food (comida) e landscape (paisagem) e formam cavernas, bosques, praias e outras cenas cotidianas com frutas, legumes, queijos, massas e outros tipos de alimentos.
Seria muito bom se o mundo fosse constituído desse tipo de cenário, na vida real. As pessoas comeriam, enfim. Creio que, no princípio, se não era exatamente assim, no entanto, a natureza provia muito generosamente o homem de comida. Por inapetência e apetite por destruição, porém, o próprio homem perdeu o elo com essa natureza provedora. Agora, passa fome. Abaixo, algumas fotos de Warner, com os cenários idealizados com comida.
Nesta floresta, as árvores são feitas de brócolis, os frutos são ervilhas e o chão foi construído com cominho. A grama é feita de ervas, as nuvens são couve-flores e as montanhas são de pão.
Esta é uma cena rural italiana típica na qual o carro é feito da pasta de lasanha, os campos são de macarrão, as árvores são de pimentão e, ao fundo, as casinhas foram construídas com queijo.
Na caverna, as rochas são de pão e o fundo do mar é de couve-flor. As árvores são feitas da folha do repolho, as pedras são de batata-doce, o canyon também é de pão e o céu é de repolho roxo.
Aqui, o mar foi feito com pedaços de salmão. As batatas e o pão formam as pedras. O barquinho é de ervilha.
Nesta foto, grãos e cogumelos compõem o cenário desértico.
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