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O destino do alemão Anton Raphael Mengs (1728-1779) estava traçado desde o nascimento: recebeu como nome de batismo um duplo apêndice. Anton veio de Antonio Allegri (pintor mais conhecido como Correggio) e Raphael, obviamente, veio de Rafael. Com esse duplo estandarte, Mengs pintou não apenas o sete. Pintor neoclássico, se mudaria para Roma e, mais tarde, para Madri, onde se tornaria artista oficial da corte espanhola e do rei D.Carlos III.
O quadro que estampa este post é "Perseu e Andrômeda" ("Perseus and Andromeda") e tem uma trajetória bastante tumultuada: foi feito entre 1774 e 1777, sob encomenda do lord britânico sir Watkin William Winn (precursor da WWW?!). Mengs produziu a pintura em Roma e, durante a transferência da obra para a Inglaterra, o navio que a transportava foi capturado por piratas e a carga, "Perseu e Andrômeda" incluso, foi vendida no porto espanhol de Cádis ao ministro da marinha francesa. O ministro levou a tela para Versalhes e, por fim, o quadro foi comprado por Catarina II, imperatriz da Rússia.
Na tela, enquanto Andrômeda encobre-se por pudor, Perseu está pronto para o interlúdio amoroso que ocorrerá. Portanto, o Cupido sai de cena. O dedo indicador de Perseu aponta para o monstro marinho que ele abateu para salvar a amada. Perseu usa a sandália alada de Mercúrio, o elmo e espada doados por Atena e segura as rédeas do cavalo alado Pégasus.
A obra faz parte, atualmente, do acervo do Museu Hermitage de São Petersburgo, na Rússia.
2 Comentários:
Linda pintura. Mais um daqueles exemplos em que poderíamos passar horas descobrindo detalhes (e com as moças gordotas...).
Gentil, a pintura é, ao lado da música, uma das melhores criações humanas. Só o fato de nos atrair de forma magnética prova para mim que ainda é possível ser feliz. Beijo!
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