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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Rastreio de Cozinha - 83

Tivemos nesta segunda-feira, quatro colegas e eu, que formamos o grupo de TCC, a primeira e única reunião para a apresentação na próxima quinta-feira, 3. Wish me locke! Eu precisarei, assim como os demais. Porque, nas situações extremas, uns jogam nos ombros Dele; outros, como eu, tentam essa entidade inanimada chamada sorte.


Sorte que eu não tive em algumas provas, ao desabrochar das primeiras notas. OK, seria covardia não dividir minhas notas com vocês depois de falar do mesmo assunto dias a fio. Mas, somente vou fazê-lo quando tiver todas as notas. Por enquanto, sei as notas de três disciplinas: Cozinha Contemporânea, Cozinha Ocidental e Confeitaria.


Surpresas??? Não, absolutamente. Porque cada um de nós sabe exatamente onde o sapato lhe aperta os calos ou qual cabo de panela, no caso, queima mais rápido. Melhor ainda, que queimador do fogão faz a água ferver mais rapidamente.

Os dados foram lançados e, de novo estou a tratar tudo como se fosse um jogo de azar. Mas, quero dizer que cada coisa a seu tempo. Finalizadas as provas, o que temos é apenas esta semana pela frente. A última do semestre na faculdade.

Não há muito o que se fazer: conferir faltas, notas, se fechamos ou ficamos para exame ou, medo total, para DP (dependência, e não Delegacia de Polícia que, ainda, não é o caso). 

Teremos, ao contrário do que eu disse antes, apenas mais uma aula de reposição. Será na quarta-feira, de Cozinha Ocidental, que abordará o Magreb (Marrocos e Tunísia). Antes, amanhã, apenas a verificação de nossas respectivas performances nas demais provas - Cozinha Brasileira, Panificação. Depois, talvez na quinta-feira, a nota final de Geografia Aplicada à Gastronomia.


Por fim, a avaliação final do TCC, assunto sobre o qual fiz pairar imensas pedras nas cabeças dos meus colegas de projeto e ameacei com os finais dos tempos para aqueles que não me acompanharem. Sei que agi feito um Antonio Conselheiro à beira da loucura, mas, se você não mostra sinais de que está à beira de um surto psicótico, parece que ninguém te leva a sério.

Eu, particularmente, sei dominar a arte do chicote e fazê-lo estrilar como se fosse um legítimo rabo de dragão. Se tem utilidade deter esse tipo de habilidade? Nem que for para usar na hora de um sexozinho violento, tudo é permitido quando a alma, e muito menos o corpo, não são pequenos (apesar de que alguns pequenos, por aí ...). Quer dizer, se o dono do corpo cuja alma insiste em habitá-lo pensar que nada vale a pena se a alma é pequena, posso ter problemas com chicotes, açoites e outras verdadezinhas obscuras.

Mas, em geral, como quase ninguém entende de Fernando Pessoa, todas as almas acabam por ser maiores e, quer saber?, ninguém se faz de rogado quando há algum jogo em jogo.

Pronto, falei tudo. Sexo, mentiras e DVDtape (acho que agora já posso chamar de BDtape, ou Blu-ray Disc), se preciso for. Porque, que o povo gosta de prevaricação, não tenha dúvida. E quem sou eu para contradizer a massa? Meu negócio é ir a favor do fluxo, não contra. Que, repito, se a plebe não tem pão, lhe dê brioches. Por algo equivalente, a bonitinha francesa viu ficar o colar e ir o pescoço.


Isso tudo que eu escrevo, admito, sem plexo ou nexo, mas, com sexo no meio, é para fugir da realidade que está aí nas entranhas: o TCC, To Co Cru, está aí, pela hora da morte. Cru e a pegar fogo. Uns, feridos de guerra, já arrastam membros decepados antes mesmo de serem atingidos pelos trabucos. Outros, valentes até o primeiro fogo amigo, deitam carreira quando o ar fica mais denso.

É uma pequena guerra e nem sempre há vencedores. Os há, perdedores, até mesmo dos dois lados: uns, avaliadores, que verão, mais uma vez, o apagar de qualquer indício de realização acadêmica aonde se supõe que panelas valem mais do que a fonte do tipo Times New Roman; outros, avaliados, que não sabem para onde dirigir o olhar e, na falta de alternativa, gaguejam meia dúzia de garatujas mironianas em forma de palavras e se calam, tomados de pânico repentino.

No final, entre mortos e feridos, acredito que quedamos todos mortos mesmo e fingimos que não. Só para, em outro ato de covardia, não ter que enfrentar Caronte e sua barca para o inferno. Que está superlotado e, ouvi dizer, ganha até mesmo do metrô no horário de pico (hoje, contei 13 trens entre a estação Brigadeiro e a Santa Cecília. Oh! céus! Oh! vida!).

2 Comentários:

Reiko Miura disse...

Que texto, heim? Parece que o medo te inspira mais. Sei que muita gente sofre mesmo por antecipação, e deve ser pirante se ver às vésperas de uma apresentação dessas. Passarei por isso no próximo semestre. Por enquanto tô torcendo por você na apresentação de quinta.

bjs.

Redneck disse...

Andarilha, obrigado pela torcida. Quanto à inspiração, digo que é mais ódio do que medo. Quando estou raivoso, palavras disparam feito raios! Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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