Rastreio de Cozinha - 65
Costa do Sauípe, Bahia - antes de tudo, devo dizer que estava com este post pronto. Só faltava incluir as fotos. Quando deslizei uma das teclas, o texto sumiu inteiro. Não consegui recuperar porque o estúpido Blogger não salvou nada o tempo todo. Não sei porquê!!! Estou indignado porque, evidentemente, não me lembrarei de todos os detalhes do post perdido.
Nesta quarta-feira, 4, eu teria aula de Cozinha Internacional Ocidental. Mas, a aula foi substituída por um evento de meio ambiente na Câmara Municipal de São Paulo, que vale presença e dois pontos no programa de estágio. Como não estou lá, e sim aqui, fiquei com falta e sem os pontos (até agora, tenho quatro pontos e terei que acumular 20 até o final deste mês).
Vim para cá resolvido a fazer um relato da gastronomia local, cheio de expectativas com a comida baiana. A frustração não poderia ser maior. Por imprevistos que não vale a pena relatar, não fotografei os pratos. Mas, descreverei o bastante para passar a impressão (e sabor) que os pratos me passaram.
No almoço, havia de tudo um pouco, exceto a comida local:
- Moussaka de Berinjela (prato grego)
- Spaghetti à Bolognesa (italiano)
- Escalope de Frango (francês)
- Escalope de Robalo (francês)
- Carne Grelhada
- Bolinhas de Batata (as melhores)
- Ratatouille (francês)
- Quindim (português)
- Torta de Chocolate (alemão)
- Mousse de Chocolate (francês)
Como você vê, nada de Bahia até aqui. Um horror!
No jantar, o cardápio sugeria um requinte maior. Mas, ficou apenas na sugestão. Assim como no almoço, os pratos foram desagradavelmente decepcionantes:
- Salada de Folhas Verdes e Salmão Defumado ao Vinagrete de Manjericão: as folhas verdes formavam uma espécie de arbusto, fechadas em torno de um tronquinho de pepino. Além de feio e brega, as folhas eram enormes. Não se usa mais isso. O salmão, que deveria ser finíssimo feito um carpaccio, era grosseiro e tinha gosto de salmão passado. O vinagrete, que parecia ser promissor, era um filete que mal dava para temperar o salmão com gosto duvidoso.
- Tournedos de Filé Mignon ao Molho de Pimenta Rosa, Batatas Rosti e Mousse de Cenoura: os tournedos estariam bons (ao ponto) se estivessem temperados. Faltou sal e a presença de ervas aromáticas. Para completar, o molho que encharcava os tournedos era feito de pimentas inteiras (!!!!). Ruim! As batatas rosti estavam murchas e a mousse de cenoura parecia aqueles sorvetes de groselha que, quando você chupa, ficam brancos e sem gosto algum. A mousse não tinha nem sal.
- Gateau Compromis com Caldo de Frutas Vermelhas: não tenho a mínima idéia do que seja porque, quando serviram, eu estava na entrevista do ministro (ver post posterior).
- Café et Petit Fours: oras! Café é café e petit four pode ser qualquer coisa, pelo menos neste hotel.
Como avaliação, achei tudo horrível. O hotel é caro (veja a foto). Não sei porque não investem em produtos da terra, terroir. O nome do restaurante é Terra Brasil, mas, não poderia estar mais distante do Brasil. O menu é tipicamente formado pela comida padrão dos restaurantes deste tipo: pretendem-se internacionais e produzem pratos que se repetem em hotéis de linha no mundo todo. Por que não aproveitar a cozinha da Bahia, tão rica? Não entendo!
O hotel em que estou é o Costa do Sauípe Conventions e forma, com mais cinco hotéis, o conglomerado Costa do Sauípe. O local é um empreendimento do fundo de pensão do Banco do Brasil (Previ) com empresas européias como o Grupo Espírito Santo, Villa Gallé, Ibero Star e Reta Atlântico. Realmente, é uma frustração!
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário