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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Rastreio de Cozinha - 78

Esta segunda-feira, 23, abriu oficialmente a semana das provas finais do semestre (as temidas P2). Claro que, como imaginávamos, nada nos foi facilitado. A prova estava prevista para começar, no máximo, às 19 horas. Começou às 20:30 horas. Coisas de faculdade altamente planejada.


Saí de casa atrasado, tomei o metrô lotado e, entre a estação Brigadeiro e a Paraíso, fui de "sardinha" que, pior do que o modo "lagartixa", consiste em ficar encurralado entre passageiros e o vidro da porta. No modo "lagartixa" você gruda onde dá, inclusive no teto. No modo "sardinha", você é acondicionado entre os demais "peixes" sem ao menos algum KY gel, ops!, um oleozinho. Alguns ratos devem ter guinchado diante da passagem da minha face amassada no vidro. Não havia espaço sequer para levantar a apostila à altura dos olhos e lê-la.

Devido a problemas com meus computadores, impressora e roteador, um técnico passou das 14 às 18 horas em casa para arrumar tudo. Agora, ao menos, tenho uma mini-rede Wi-Fi em casa, com tudo conectado: dois desktops, um notebook, uma impressora e o iPhone que, dentro da minha casa, funciona na rede Wi-Fi. Mas, por conta disso, me atrasei e, pela primeira vez, porcamente (não que eu me importe, óinc! óinc!), saí sem sequer tomar banho.

Para chegar lá e descobrir que teríamos que esperar duas horas. Claro que, nessa hora, há dispersão porque você não consegue se concentrar para estudar. E tampouco eu acho que em uma hora dá para assimilar alguma coisa.

A prova foi de Cozinha Internacional Ocidental. Tivemos, nesses quatro meses, aulas práticas do México, França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Países Nórdicos (Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia), Grécia e Líbano. E uma apostila imensa com todas essas cozinhas.

A prova não foi fácil, ao contrário do que o professor nos fez crer nas vésperas. Alguns exemplos de questões das quais me lembro e que acertei: as mais famosas regiões produtoras do legítimo champagne (resposta: Reims e Épernay); maiores regiões portuguesas produtoras de azeite (Trás os Montes, Douro, Beira Alta, Beira Baixa, Pinhel e Castelo Rodrigo); ilha que se tornou entreposto importante e produtora de cana-de-açúcar e de vinhos (Madeira); vinho de mosto de cepa branca (Riesling). Foram dez questões ao todo, desse nível. Somente a parte de conteúdo da apostila (exceto as fichas técnicas) tem 143 páginas.

Como você pode ver, não é nada fácil. Pra finalizar, claro que houve dispersão da classe enquanto aguardávamos a prova. Nesse meio tempo, fomos à padaria, não muito perto, para comer alguma coisa e tomar café. Uns 15 minutos depois, um dos celulares tocou e alguém avisou que a prova já havia começado (eram 20:30 horas). Saímos (cinco pessoas) e voltamos para a faculdade. Fizemos (a maioria) a prova em 15, 20 minutos (quando você não sabe nada, é melhor ir embora logo que a cabeça dói menos).

Os que ficaram, na esperança, talvez, de que alguma luz divina iluminasse a prova ou de que alguma cola miraculosa pousasse sobre as mesas (eram duas provas diferentes e muito rigor na fiscalização; parecia um exame final de admissão militar), foram devidamente enxotados da classe exatamente às 21 horas porque uma outra turma e prova aconteceriam naquele exato espaço.

Eu, graças à minha pressa de não me prender a questiúnculas (da prova), já havia saído. Esta faculdade é ou não um primor de organização? E isso porque somos, supostamente, veteranos (estamos no segundo e último ano). Respeito? Para que, afinal? Um horror! E amanhã tem mais!

2 Comentários:

Sig Mundi disse...

o pior q que essa desorganizacao atrapalha a concentracao para a prova... o melhor da noite foi o pulo na padaria! rsrsrs!! boa sorte com as demais provas!

bjs, Andrea

Redneck disse...

Andrea, nem me fala. O piro de tudo é querer estudar no meio de mais 25 pessoas, com cada uma a responder uma questão diferente da outra. A padaria foi tudo de bom e a maior correria. Não fica muito perto da faculdade e você bem pode imaginar que chegamos esbaforidos, com caras de culpado. A taquicardia era mais pela falta de fôlego do que por eventual chilique diante de prova abusada. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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