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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Rastreio de Cozinha - 79

Nesta terça-feira, 24, não houve nenhuma confusão quanto a horários de provas. Mas, tampouco houve facilitacões. A prova foi de Panificação e, se alguém duvida que gastronomia isenta um ser humano de entender de uma vez por todas de matemática, pode tirar o cavalinho da chuva.


Assim como o meu amigo Ferran (o Adrià) entende de química para fazer flutuar comida feito espuma, em panificação (e em todas as demais disciplinas) há que se entender de matemática e de regra de 3 para fazer as fichas técnicas.

Pois a prova dos 9 foi exatamente a prova: duas questões de matemática, de cálculo de rendimento de pão. Esse tipo de cálculo é feito para saber quantos pães serão produzidos com uma determinada receita. Como abomino a matemática e os conceitos abstratos dessa ciência me parecem inatingíveis, claro que, muito provavelmente, não acertei fazer os cálculos. Aliás, segundo meus próprios cálculos, acertei dois terços dessa conta, o que não quer dizer muita coisa.

(Este é o fungo Saccharomyces cerevisiae, mas, pelos íntimos, gosta de ser chamado de saprótrofo unicelular)

Hoje foi o dia dos erros: me lembro do que errei, ao contrário de ontem. Errei a Reação de Maillard (reação do açúcar com proteínas; respondi açúcar com gordura); errei o percentual da casca do grão do trigo (14,5%, e não 10,5%, como respondi); errei sobre a presença do açúcar no leite (lactose, e não sacarose); errei sobre os níveis de calor pelos quais a gordura entra em ebulição e atinge o ponto de fumaça (entre 35,5 ºC-39,5 ºC, e não entre 50 ºC-55 ºC).

Como você pode perceber, números, em definitivo, não são o meu forte. Em compensação, descobri que a leitura de uma apostila no metrô lotado pode ser altamente reveladora, ainda mais quando cercado por 556 olhos que lêem junto comigo pela absoluta falta de espaço para que os colegas de enlatado possam olhar para outros alvos mais interessantes: lembrei qual era o fungo do fermento porque li isso no metrô, entre uma encoxada e uma engulida de cabelos alheios: o maldito fungo chama-se Saccharomyces cerevisiae que, conforme a apostila de panificação, trata-se de um ser saprótrofo unicelular.

Talvez por relacionar a convivência forçada no metrô a um universo unicelular, onde todos os anônimos somos, por instantes, íntimos, lembrei até mesmo em que ponto da apostila estava escrito o nome do bichinho (rodapé). É incrível a habilidade da mente em divagar, não é?

Amanhã (hoje) tem Confeitaria que, a despeito de ser a parte doce de toda a história, tende a se revelar mais amarga do que os chocolates que são base de suas produções. Nhãnnnn!!!!

5 Comentários:

Anônimo disse...

Seu forte pode não ser a matemática, mas no português, manda bem, rsrsrss
Abraço

Reiko Miura disse...

Red,

sei como é esse negócio de ler o jornal alheio pra não olhar nos olhos dos outros. É por isso que eu gosto é de ônibus. Demora mais, mas você pode apreciar a paisagem e ainda por cima, de vez em quando, participar de algum barraco. Ah, e tem também aquela de você participar da conversa alheia pelo celular. Você fica sabendo de um monte de coisas sobre o que as pessoas pensam uma das outras.

Quanto aos números, sou como você. Parece que passei em branco os cálculos da aula de Panificação. O negócio tá mais pra comprar pronto na padaria...

bjs.
e boa sorte nas outras provas.

Redneck disse...

Beth, obrigado! Ainda bem, né, senão, estaria perdido. Beijo!

Andarilha, eu adoro esse negócio de barraco alheio e captação da vida privada que acaba pública em espaços idem. Quanto à matemática, que saco, não? Ainda bem que em um monte de coisas que, literalmente, você compra prontas. Beijo!

Sig Mundi disse...

Olá! Tenho te visitado, mas ando meio pregu... sabe? Vai passar, tomei vacina contra o bicho pregu... rsrsrs
bjs, andrea

Redneck disse...

Oi Andrea, que vacina que nada! Entregue-se, feliz, ao ócio. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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