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sexta-feira, 6 de junho de 2008

Rastreio de Cozinha - 67

Costa do Sauípe, Bahia - Vitória! Conquista! Vitória da Conquista, já que estou no Estado da Bahia. Consegui, finalmente, provar a comida da terra, legítima, no terceiro dia de permanência na Bahia. Fomos - Patty Diphusa (sim Mara, você tem razão, estamos aqui juntos), duas amigas e eu à Praia do Forte, distante da Costa 20 Km.

Por obra e graça de um amigo de Patty, nos enfiamos num jantar para um seleto grupo de pessoas e provamos, finalmente, a gastronomia baiana em sua essência.



(Moqueca Baiana)

Trabalhamos o dia todo - das 8 às 17:30 horas - e, às 18:30 horas, resolvemos relaxar no bar do lobby desse horrível hotel (perceba o meu tom de ódio). Eu bebi dois uísques 12 anos (R$ 18 a dose) e fiquei bastante descontraído. Assim que enviei minhas notas para a redação em São Paulo, subi ao meu quarto, me troquei e me transformei, na definição de pessoas nefastas, num "pai de santo": calça creme, camiseta branca com a figura de São Sebastião e Havaianas. Totalmente à vontade e feliz por ter fechado mais um dia.

Bebemos até às 20 horas quando Patty resolveu que íamos de qualquer maneira para a Praia do Forte. Em dez minutos, subimos aos nossos respectivos quartos, tomamos banho, nos trocamos e o gentil amigo da Patty estava à nossa espera, para nos levar. No todo, fomos em quase 20 pessoas para a Praia do Forte, patrocinados pelo presidente de uma operadora que adora dizer Oi a todo mundo.


(Cozinha do Souza Bar)

Olha os pratos que experimentamos no Souza Bar:

-Bolinhos de Peixe (especialidade da casa)
- Peixe-agulha
- Camarão Salteado
- Casquinha de Siri
- Moqueca Baiana (de lagosta)

Comi, bebi, dancei - havia um grupo que tocou axé, forró e tudo o mais que você possa imaginar. Bebi mais meia garrafa de uísque. Voltamos ao hotel e, já no caminho, bebi cerveja. Aqui, bebi cerveja e conhaque Drambuie, de tal forma que fiquei em estado letárgico, feito um zumbi, ora com um sorriso nos lábios, ora com respostas vazias, dirigidas especialmente a ninguém em particular. É bom beber, admito, sempre. Me eleva a um estado de sublimação que nenhuma outra atividade mais o faz.


(Fritada de Peixe)

Ainda na Praia do Forte, aproveitei para conhecer o restaurante e conversei com o senhor Aires, gerente do local. Ele me disse que antes os pratos eram preparados no salão - não havia separação entre cozinha e salão. E os clientes podiam ver o prato sendo feito na hora.

O Souza Bar tem uma chef de cozinha e mais umas cinco cozinheiras. O ambiente é aberto e representa, de fato, a legítima Bahia que procurei todos esses dias - na comida, nos baianos e no clima. Aliás, é ótimo se ver livre do presídio Costa do Sauípe. Vi gente, vi movimento e vi a Bahia. E, claro, houve a troca com os baianos, muito gentis. Adoro os baianos, principalmente quando eles também gostam de mim.

Voltamos tardiamente ao hotel, como disse, e aí houve um episódio que me acordou da bebida. Tive que lidar com sangue e emergência (nada grave, please). Mas, fiquei surpreso com minha reação: me senti um profissional do crime a limpar a cena para que CSI nenhum venha a descobrir hipotéticas evidências. Creio que venci a batalha contra o meu medo primordial de sangue. Foi, literalmente, meu batismo de sangue.


(Robalo)

Entre a moqueca e o sangue, o resultado é que vi a Bahia, me senti na Bahia. Finalmente, eu disse oi para a Bahia. De fato, me reconciliei com a Bahia, com o povo baiano e com a gastronomia baiana. Nem que eu não voltar à Praia do Forte, já valeu a experiência de sair desse presídio em que se converteu a Costa do Sauípe. Estou feliz!

(Rastreie: depois de todo o acolhimento, só me resta indicar o Souza Bar e a Praia do Forte como opções para se conhecer a Bahia.)

1 Comentário:

Patty Diphusa disse...

Bem falado, quando a Bahia gosta da gente, nós gostamos dela. Quando não gosta, também não gostamos.

Meu, seu porre durou, hem. Entre o que vc bebeu e o episódio do sangue foram algumas horas. E vc foi perfeito no atendimento.

Bjs, amigo.