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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Odeio gente feliz!

Calma, calma! Não sou um ser carregado de ódio feroz pelo mundo. A princípio, odeio gente feliz porque acredito que o estado de felicidade não existe, de fato. Somente imaginamos que existe e aí passamos a eternidade na busca dessa tal felicidade. Sim, existem momentos perfeitos, feitos de pequenos efeitos. Mas, são tão pequenos que não dá para configurar uma elevação espiritual duradoura. Quando digo que odeio gente feliz, me refiro, sobretudo, àquelas pessoas que te olham e lançam o petardo: Está tudo bem? Parece que você está pálido! O que aconteceu? Posso ajudar? Você tem algum problema? Se, antes de tal interrogatório, você até se sentia bem, aposto que depois da torrente, você estará com espuma no canto esquerdo da boca. E tem aquelas outras pessoas, total estranhos que você encontra na rua, no ônibus, metrô e insistem em conversar como se fossem vizinhos de longa data. Me poupe! Não, não me vejo numa bolha, isolado da convivência humana. O problema é que há uma gana coletiva de invadir tua privacidade que não tem fim. Por isso, uso o "odeio gente feliz" como mantra para ver se afasto espíritos de carne e osso do meu cotidiano. Quase sempre funciona. Agora, o pior é quando a vítima do mantra resolve que você será objeto de salvação. Aí, o melhor a fazer é se entregar e gemer de dor (às vezes, pouquíssimas vezes, quase nada, de prazer!).

3 Comentários:

Anônimo disse...

Outro dia eu discutia isso com relação à infância, ou a um certo conceito de infãncia que tem sido extrapolado pela sociedade e por bem-intencionados educadores e pais: "o da felicidade sem fim", que depois deve ser perseguida a qualquer custo na fase adulta.
É preciso criar um movimento: pelo direito de ser infeliz, de "não estar me sentindo nada bem", como o verso da música...

como felicidade e consumo são irmãs siamesas em quase todas as partes do corpo, o "consumo logo existo" já pode ser traduzido por "consumo, logo sou feliz" .
Há um texto ótimo do C. calligaris (nem sei se é assim que se escreve) sobre a pseudo-eterna-felicidade-sem-fim da infãncia e da indústria da felicidade, ou felicidade como bem de consumo

Viva a frustração!

Karen Frehley disse...

Eu tb acho um saco gente feliz demais...ninguém merece...às vezes até que vai...mas felicidade toda hora não tem graça.

Redneck disse...

Karen, seja bem-vinda a este blog. Essa felicidade atemporal e vã que é perseguida o tempo todo, à base mesmo de consumo como disse o Anônimo no comentário acima (me desculpe Anônimo, mas somente agora vi que não lhe respondi), é q felicidade que eu desprezo. Essas gentes felizes demais, que se esforçam para parecer felizes, são mais tristes do que querem aparentar. Precisam, com a felicidade supérflua, tapar o fundo das suas peneiras que vazam superficialidades e vazios existenciais. Felicidade é coisa legítima e rara. Beijo!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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