E nem doeu!
Fiz o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) hoje, domingo, das 13:00 às 15:00 horas. E, para falar a verdade, não doeu muito não. Estou afastado do ensino médio (ginasial, à época) há uns 57 anos e pouca coisa mudou. Foram quatro tipos de provas - branca, amarela, rosa e azul. Já comentei aqui que a mulher é rosa e o homem é azul e, portanto, não sei o que se passou na seleção das cores branca e amarela. Bem, pelo menos não hoje, não posso assumir nenhuma postura discriminatória. O tom dominante da prova, de 63 questões com cinco alternativas cada, foi sobre a diferença e as consequentes discriminações, sejam políticas, religiosas, sexuais, econômicas. Já no questionário socioeconômico, imenso, de 223 questões, que deveria ser respondido em casa e entregue no ato da entrada em classe, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), vinculado ao Ministério da Educação e responsável pelo ENEM, dava uma mostra do que seria a prova. Para mim, ficou claro que algumas questões predominaram: o tema da redação foi sobre as diferenças (todas e você deveria optar pelo tom e contextualizar o debate). Nas demais questões, as discriminações (indígenas, negros, gays, pobres etc.) também foram abordadas. Outro assunto bastante presente foi o aquecimento global e, por fim, o etanol, com um resgate rápido do tom patriótico "O Brasil é o país do futuro!". INEP é governo e o PT aposta no etanol, pois não? Numa classe com mais de 30 Sérgios, uns 15 faltaram, o que caracteriza uma abstenção alta. Não sei se isso ocorrerá em todo o País. A estimativa é que mais de 3,5 milhões de pessoas prestassem o ENEM hoje. Segundo me disse Valéria, a fiscal da minha classe, "se fosse concurso público, vocês (os presentes) estariam feitos". De qualquer forma, gostei da prova. Não gostei das contas de matemática que, claro, não consigo resolver e muito menos da última questão, que era sobre uma ilustração de Echer (voltarei ao assunto em posts futuros) e como um carpinteiro poderia fazer um objeto tridimensional com algumas ripas de madeira. Odeio matemática, sobretudo quando envolve geometria e cálculos espaciais. Ah! Por que prestei o ENEM? Porque quero me desafogar da mensalidade da minha faculdade e, para obter uma bolsa, preciso passar pelo Prouni e, para chegar ao Prouni, tenho que ter o número do ENEM. É burocrático, sim, mas, como disse, não doeu! Me desejem boa sorte!
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