Dica do Chef
Você já almoçou? É canibal? Consumista? Aventureiro? Se sim para todas, vamos comigo para Kobe, no Japão. Em Kobe, está o bife mais caro do mundo, da raça de gado japonesa wagyu. O gado tem tratamento VIP para produzir a carne mais macia do mundo: massagens, dieta regada a cerveja e sessões de música clássica. O custo é um pouco alto: a média internacional do quilo é de US$ 1 mil. No Brasil (você encontra em São Paulo, Rio e Belo Horizonte, em churrascarias de primeira linha), o bife pode custar R$ 150. O bife de Kobe é uma das estrelas da gastronomia, assim como o foie gras, as trufas brancas e as ovas de esturjão-beluga. O gado wagyu tem bastante gordura e a forma como essa gordura se mistura à carne dá aos bifes suculência e maciez incomparáveis. O gado é originário da região de Hyogo, onde fica a cidade de Kobe. Até meados do século 19, essa raça era usada apenas para puxar carros de boi no cultivo de arroz. O consumo começou com a Revolução Meiji, de 1868, e aos poucos os japoneses descobriram as características únicas da carne e desenvolveram métodos especiais para potencializar essas qualidades. Os animais são alimentados com aveia, bebem cerveja e recebem três sessões diárias de massagem. Em algumas fazendas, toca-se música clássica para relaxar o gado, e os massagistas usam saquê para deixar o pêlo brilhante. No Japão, as autoridades criaram um índice para medir o nível de gordura entremeada à carne, que vai de 1 a 12. Os cortes que recebem notas acima de 9 são considerados os melhores do planeta.
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