Quatro patas
O mundo anda tão confuso que, às vezes, não entendo porque evoluímos (se é que tal fato ocorreu, mesmo!). Você anda pelas calçadas, ruas e praças de São Paulo e constata que, se andássemos nas quatro patas, o comportamento seria o mesmo que temos agora, bípedes que somos (ou que achamos ser). É uma violência total na convivência social. Falo de ausência de pequenas gentilezas, de pressa, de olhares enviesados, de raivas contidas. Gosto muito de observar as pessoas quando cruzo por elas. Todas (inclusive eu) estão com tanta pressa e eu sempre imagino quem são, para onde vão, o que pensam enquanto continuam na inefável caminhada sem fim. Será que realmente temos objetivos a ser atingidos ali na frente? Se eu começo a duvidar muito disso, perco todo o sentido das coisas. Se começo a pensar muito nisso, penso também que não passamos de reses amontoadas, com pastos e pastos de cidades para serem cobertos e descobertos. Por enquanto, fico com a minha própria grama desse latifúndio.
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