Pela exclusão digital
Fala-se o tempo todo na inclusão digital. Primeiro, vou repetir o que já foi dito aqui, num post anterior: inclusão digital é o exame que o urologista faz quando vai ver se o reto masculino pode ter problemas de próstata. É, é aquele temeroso exame dos 40 para os homens. O termo certo é inclusão social. Digital vem de dedo, de digitar. Lembre-se de impressão digital antes de cometer a indelicadeza de pregar a inclusão digital de todos os brasileiros. Vai ser um tal de inserir dedos onde não se deve de uma tal forma que podemos ter uma revolução digital às avessas, com gente a ver estrelas ao invés de enxergar telas. Vamos com calma. Mas, depois desse nariz de cera apoplético, vamos ao que interessa. Ao passear pela blogosfera, acabei de ler um post bastante pertinente de um tema sobre o qual eu tenho me debruçado (ficou estranho me debruçar, com tantos dedos no texto) cada vez mais: a exclusão digital. O "blogue", como o autor define, é o "Eu e Meu Ego Grande". Não conheço o autor. Mas, achei ótimo o post "Exclusão digital: quem me dera ...", no qual o autor comenta o resgate da velha e boa agenda de papel e os problemas com o mundo digital: internet, PC, notebooks, agendas eletrônicas, celular etc. Por que não conseguimos mais ficar sem? O celular é novo na nossa vida: em São Paulo, chegou em 1996. O PC, até o final dos 80, era restrito, bastante restrito, às empresas. Por que agora são tão imprescindíveis? Não sou saudosista e já disse isso aqui também. Mas, a dependência de equipamentos que nos deixam na mão não é nada confortável. É meio esquizofrênico até. Perdi meu celular há pouco tempo e um monte de números. Bem-feito! Eu não tinha esses números em lugar nenhum mais a não ser no aparelho. Então, vou começar um processo de desintoxicação digital. Usar mais papel (não o higiênico, por favor, esse texto fica cada vez mais cheio de armadilhas) e confiar menos nas engenhocas. Prometo!
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