A China e a muralha da censura
A China continua a bloquear o acesso à internet no país. Além do acesso ao YouTube ter sido bloqueado em diversas cidades, foram criados mecanismos para impedir visitas às páginas do Google, Yahoo e Live, da Microsoft. Quando os internautas chineses tentam entrar nesses sites, são direcionados automaticamente para a ferramenta de buscas chinesa Baidu. O objetivo do governo chinês é impedir que os chineses acessem conteúdo considerado inadequado, ou seja, desalinhado com as políticas locais. Supõe-se que o controle mais rígido de acesso à internet tem a ver com a realização, nesta semana, do 17º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh). O Google, no passado, já ajustou seu conteúdo para entrar na China. O governo chinês sempre restringiu o acesso estrangeiro ao país. Quando visitei a China, em 2005, no consulado, em São Paulo, tive que escrever uma carta de póprio punho com garantias absolutas de que não carregaria comigo câmeras ou outros equipamentos que permitissem gerar imagens do país. Eu viajei na condição de jornalista, mas tive que omitir o fato - sugestão do próprio consulado - e me declarar turista. O engraçado é que, quando cheguei em Pequim, fui me encontrar com outros jornalistas latino-americanos que estavam num passeio na Praça da Paz Celestial e na Cidade Proibida. Lá, enquanto esperava pelos demais, tive a oportunidade de comprar uma câmera digital que gravava imagens. Em nenhum momento, fui impedido de fazer imagens. Achei uma grande incoerência. Também não vi, na rua, nada que se parecesse com restrições. E o povo chinês me pareceu tão caloroso quanto o brasileiro. Tenho pena do isolamento a que são forçados. Como disse antes aqui, a censura, sob qualquer formato, é ridícula.
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