And, the IgNobel goes to ...

Você conhece o prêmio IgNobel (ignóbil)? É uma paródia do prêmio Nobel, concedido todos os anos, há 17 anos, pela revista humorística "Annals of Improbable Research", que tem por objetivo premiar pesquisas que "não poderiam ou não deveriam ter sido publicadas". O prêmio é um troféu em forma de galinha e a cerimônia acontece nesta sexta-feira, 5, no teatro Sanders, da Universidade de Harvard, dos EUA. As categorias que levaram o prêmio são:
- IgNobel da Paz: os norte-americanos ganharam com a pesquisa sobre uma nova arma química que tornará os soldados inimigos irresistíveis uns aos outros, ou seja, gays. A guerra será substituída imediatamente por sexo - nas trincheiras, nos porta-aviões em pleno mar, nas areias do Iraque, nos campos tchetchenos.
- IgNobel da Física: os chilenos levaram o prêmio por estudarem como os lençóis ficam enrugados. A solução para isso é simples: nunca mais durma na sua cama ou, na necessidade premente de dormir, tire os lençóis e forre o colchão com jornal ou qualquer outro material que você ache apropriado.
- IgNobel da Linguística: de Barcelona, os espanhóis ganharam por provar que os ratos, às vezes, não diferenciam pessoas que falam japonês ou holandês de trás para frente. Já eu não entendo nem quando eles falam de frente para trás e isso sempre acontece. Se sou um homem ou sou um rato? Acho que sou um saco de batatas.
- IgNobel da Literatura: uma australiana levou o troféu para casa por estudar o artigo "the" (em português, "o" e "a") e os diversos problemas que esssa maldita palavrinha (no inglês) e letrinhas (no português) causam a qualquer pessoa decente que tenta colocar as coisas em ordem alfabética.
- IgNobel da Medicina: cientistas do Reino Unido e dos EUA ganharam pelo estudo sobre o engolimento de espadas e respectivos efeitos colaterais. E anais, pode ter certeza. Porque o objeto deve descer rasgando.
- IgNobel de Biologia: da Holanda, um cientista fez um censo completo de ácaros, insetos, aranhas, bactérias e fungos que dividem nossas camas. E você fica aí, a reclamar da solidão na cama. Que tipo de tara você tem, amigo(a), para levar tantos seres para a cama?
- IgNobel da Aviação: a Argentina conquistou seu primeiro IgNobel (e nós não temos nenhum). Eles descobriram que o Viagra recupera o hamster do jet lag (aquele efeito desagradável provocado pela diferença de fuso horário). Eu já cheguei da China e achei que estava no Brasil. Até hoje não passou o jet lag. Se eu tomar Viagra, acho que, além do efeito de rigidez e altividade, ficarei com vontade de correr numa rodinha feito hamster de laboratório.
- IgNobel de Nutrição: dos EUA, o pesquisador levou o prêmio por explorar a eterna fome dos humanos e criar um prato de sopa sem fundo que se enche sozinho. Nunca mais haverá fome no mundo.
- IgNobel da Economia: de Taiwan, o economista criou um dispositivo, patenteado em 2001, que joga uma rede e apanha ladrões de banco. No Brasil, essas redes terão que ser blindadas e de outro material que não o metal para não soar o alarme das portas giratórias. Ou os bancos vão jogar redes em todos nós?
- IgNobel da Química: um japonês conseguiu extrair a molécula que dá o aroma e o sabor da baunilha a partir do cocô de vaca. Eu acho ótimo. A baunilha é cara e nós não a produzimos no Brasil. Em compensação, o que tem de vaca neste país, inclusive nas cidades, não é brincadeira. Assim como fazemos com o etanol, poderemos ser líderes mundiais na produção de baunilha de cocô de vaca.
Gentem! Amei esses prêmios e mais ainda escrever sobre eles. Tenha uma ótima sexta-feira você também!