Bêbadas sem fronteiras
Acabei de chegar (4:45 horas da manhã) do TIM Festival e foi ......... chato, chato, chato! Chegamos, Patty e eu, mais ou menos à meia-noite porque não estávamos a fim de ver a Björk (amigos que encontramos lá nos disseram que foi uma performance sem fim, algo intangível, assim como ocorre com a Islândia para nós outros). Vimos, na ordem, Juliette and The Licks, Arctic Monkeys e The Killers. O atraso, ao final, foi de 3 horas. Vimos uma música do The Killers e nos mandamos. Às críticas: a Juliete Lewis, como cantora, fica bem de atriz. E não adianta se jogar nos guitarristas, se arrastar no palco e usar modelitos Bebel. Melhor investir na carreira de atriz mesmo. O som estava péssimo e a menina se esforça tanto que está até magra, coitada. Os Arctic Monkeys foram uma coisa meio assim. Entraram, atropelaram-se, parece que não sabiam a sequência das músicas e saíram tão rápido que não sei até agora se o que eu ouvi era bom. O telão falhou e o vocal bebia água a toda hora para ver se a memória refrescava. Quanto ao The Killers, tão aguardado, foi uma verdadeira pastoral americana: o palco foi transformado em altar de igreja no Natal: milhares de luzinhas (que devem ter sido compradas na 25 de Março) e flores, muitas flores, bem campestre. Se a referência foi Las Vegas, cidade de origem do grupo, sorry! Era muita luz, flor e ambiente festivo por demais. Não sei qual é a empresa que organizou o TIM Festival, mas, por favor, avisem a TIM: faltou água, suco, cerveja, o som era horrível e você comprava ficha de um lanche e descobria que não havia mais o tal lanche. Total desorganização. Mas, o melhor eu deixei para o final: Patty e eu, em determinado momento, ficamos bem próximos da área VIP (circulou um boato de que o Gael Garcia Bernal estava por lá, mas somente vimos um clone bem tosco). No intervalo que ficamos na área, uns 20 minutos, sete mulheres saíram dali carregadas de maca (duas) e amparadas por bombeiros (cinco). Era um tal de sair mulher bêbada que não tinha fim. Acho que não havia comida na área VIP e as fofas desmaiaram de tanto álcool. Uma saiu com o bombeiro e chorou copiosamente. A outra, com um salto 15 cm ou 18 cm, bamboleava e levava o bombeiro junto. Outras estavam completamente adormecidas, nada belas. Eu chamo isso de "A Casa das Sete Bêbadas". Pelo menos, na contagem, foram sete as vítimas de ingestão descontrolada de substância etílica. Deve ter havido mais. Não sei se foi uma histeria coletiva pelos bombeiros, numa verdadeira orgia fetichista, ou se foi o álcool mesmo. Mas, uma hora você cansa do ridículo alheio e saímos dali. Para resumir, que isso já ultrapassou os limites de uma crítica isenta, achei tudo ruim e chato. Ainda bem que não fomos ver a Björk. A islandesa viu tanto neve na Islândia que tem uma tara por cores, as mais berrantes. De tanto ver branco, Björk pensa que o mundo se resume a cores fortes, fosforecentes e que dão dor de cabeça. Me disseram que a roupa dela parecia um balão ou um garrafão cor-de-rosa. Se viver sem fronteiras é assim, vou fazer um cercadinho da próxima vez.
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