O gosto de Tóquio
Tóquio foi sede, entre segunda e quarta-feira desta semana, da Tokyo Taste, encontro mundial de gastronomia que reuniu alguns dos chefs mais famosos do mundo. É a primeira vez que o Japão realiza um evento desse gênero.
A gastronomia japonesa sempre esteve no topo: é considerada a comida mais saudável de todo o planeta. Nesta primeira edição, o Tokyo Taste valoriza sobretudo as técnicas de decorar pratos e esculpir alimentos (veja as fotos na sequência).
O Guia Michelin, que é a bíblia da gastronomia mundial, elevou o Japão a potência gastronômica: na edição deste ano, Tóquio ultrapassou todas as capitais do mundo no firmamento das estrelas de gastronomia: 9 restaurantes receberam a cotação máxima de 3 estrelas; 36 casas ganharam 2 estrelas; e mais 128 restaurantes da capital japonesa levaram 1 estrela. No total, 173 restaurantes de Tóquio cintilam ao brilho das estrelas Michelin, mais do que qualquer outra cidade, inclusive Paris.
O objetivo da edição do Tokyo Taste é popularizar a gastronomia japonesa e valorizar os detalhes que compõem os pratos. E, claro, atrair o turismo mundial para a cidade. Enquanto a meta do governo japonês é a de atrair 20 milhões de turistas a Tóquio, no ano passado apenas 8,5 milhões de pessoas visitaram a capital japonesa.
Culturalmente, no Japão, a gastronomia deve ser, antes, apreciada pela visão, e depois pelo paladar. Essa delicada relação com a comida faz com que a escultura de um determinado legume ou de uma fruta leve até uma hora para ser finalizada. Os grandes restaurantes de Tóquio mantêm funcionários especializados em decoração de pratos. É frequente o uso de flores e de ervas para colorir os pratos. No Japão, a estética é fundamental e os pratos podem, em muitos casos, se apresentar como delicadas gravuras japonesas, com a valorização de detalhes. O mesmo cuidado que os japoneses têm com seus maravilhosos jardins é replicado na apresentação de pratos.
Como evento mundial de porte, o Tokyo Taste recebeu chefs estrelados de todo o mundo: da França, nomes como Joel Robuchon (do restaurante homônimo), Pierre Gagnaire (do Pierre Gagnaire), Bruno Menard (do L'Osier) e Jacques Puisais (do le gout et les 5 sens). Da Espanha, Hervé This (do INRA), Ferran Adrià (El Bulli), Juan Mari Arzak (Arzak) e Andoni Luis Aduriz (Mugaritz). Da Grã-Bretanha, Heston Blumenthal (do The Fat Duck). Da Itália, Massimiliano Alajmo (do Le Calandre). Dos EUA, Grant Achatz (Alinea) e Nobuyuki Matsuhisa (Nobu). Da Austrália, Tetsuya Wakuda (Tetsuya's). Da China, Dong Zhenxiang (Da Dong Roast Duck). E, finalmente, do próprio Japão, Kunio Tokuoka (kyoto kitcho), Seiji Yamamoto (RyuGin) e Yoshihiro Narisawa (Les Créations de Narisawa).
Aprecie nas fotos abaixo a beleza dos pratos japoneses:
4 Comentários:
Nossa Redneck, esse seu post me deu aguá na boca!! Eu só saio do rodízio de japonês qd estou esplodindo.. hahaha... Abraço,
Ps.: Se vc tiver um button do seu blog, me passa o código pr eu botar lá no SHD.
Alberto publicou um post sobre.. Seja bem vindo ao Sexy Help Desk
Querido Red:
Agora estou com fome...Acho que todos esses Chefs são uns verdadeiros artistas: constroem obras de arte que não só são um regalo para os olhos, mas também para os sentidos! Obrigada por partilhares connosco estas delícias!
beijo
Ana
Alberto, a melhor releitura que o Brasil fez da comida japonesa foram os rodízios de restaurante japonês. Quanto ao botton, hehehe!, eu não sei fazer. Abraço!
Ana, minha cara, repito para você: venha ao Brasil para comer em restaurante japonês até se fartar. Garanto que o preço é bem mais acessível do que nos restaurantes japoneses da Europa. Beijo!
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