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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Daqui até o fim do mundo, temos mais 3 anos ou 59 anos?



Na dúvida, já dou de graça que não estou para brincadeiras. Aliás, digo errado. Estou mais é para brincadeiras, daquelas do tipo "vamos brincar de índio", "vamos ver o que existe atrás do armário", "quem tem coragem de tirar a roupa e correr nu pela praia" e outras, nada infantis. Ah! Sei lá! Faz parte de um lado lúdico meu, sabe, mais baseado em alguns fetiches do que propriamente em uma lógica na qual prevale o lúdico como conceito de pessoa saudável...


Enquanto no Brasil comemoramos a vinda da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, tem uma série de informações - terrenas e espaciais - que podem calar nossas bocarras antes de dizermos "Ai!". Há algumas previsões nostradâmicas que insistem na teoria de que o mundo acaba exatamente no dia 21 de dezembro de 2012. Ou seja, temos que pensar e agir a curtíssimo prazo porque faltam pouco mais de três anos.





Eu resolvi que liberarei uma face mais dionisíaca - sexo, drinks/drugs e tecno - antes que a "Foice" soe a toada e um vento frio me envolva e, glup!, já era! Não pretendo fazer a prova dos nove para ter certeza se as datas cabalísticas que anunciam o fim do mundo se confirmarão ou não. Existem sites específicos para isso, como Fim do Mundo 2012, cheio de conjecturas soturnas. Estou mais para as saturnais, os bacanais e quetais.


Lá do Havaí, onde o povo deveria estar preocupado com a altura da onda para surfar, alguns nerds da Universidade do Havaí esquecem que o mar está lá para isso e se entregam a um outro fetiche: o de espionar os vizinhos. É, isso mesmo: a isso se dá o nome de "voyerismo". Só que eles são voyers do céu.
  



Segundo esses doutos senhores que gastam o tempo precioso que lhes (e a nós) resta, há uma probabilidade catastrófica que coloca o asteroide Apophis em rota de colisão com a Terra para 2068, ou seja, em 59 anos. A se crer no aumento da expectativa de vida do homem (o homem como sexo, não como ser), estarei eu, daqui a 59 anos, fatalmente vidrado e sem reação (como um ser idoso, a essa altura, deverei estar amparado por andadores ou, no limite, preso a uma cadeira ou à cama), atemorizado com a proximidade do Apophis. Antes, previa-se que havia uma chance em 45 mil do Apophis dar um chute nessa bola chamada vulgarmente de 'Terra'. E o prazo de extinção era ainda menor: 2036. Depois, outra previsão reviu a primeira e deu outra dimensão para o fim dos tempos: haveria uma chance em 37 (glup!, de novo) da pedra nos acertar, no dia 13 de abril de 2029 (precisão!).





Se nada mudar, o Apophis mostrará suas garras mesmo assim: deverá rodopiar a 30 mil Km da nossa superfície em 2029 (os satélites de comunicação ficam 'estacionados' a 36 mil Km de altura). E, refeita essa previsão, a de 2036 também precisou ser corrigida: de uma chance em 45 mil, aumentaram a nossa sorte para a proporção 1/250 mil, com o Apophis a trombar com os satélites (a 32 mil Km de altura), e não conosco. O que nos deixava, afe!, um pouquinho mais confortáveis!


Mas, para contradizer Calderón de La Barca, de que "a vida é sonho", plagio Sartre e refuto com "o pesadelo somos nós", incluso nós mesmos, humanos, e a Terra, que nos há de comer se antes disso essa pedrinha chamada Apophis não tentar nos aphophar com sua superfície de mineral.





De forma que, segundo cálculos intrinsecamente complicados sobre os quais mantenho uma distância segura de 36 mil Km, essa batidinha que pode nos transformar em caipirinha cósmica, ficou para o ora longínquo ano de 2068. E, a se fiar nessa roca, haverá uma chance em 300 mil de uma colisão. Como a roca já fez dormir uma princesa, melhor não se fiar muito nesse artefato primitivo.


Claro que tudo isso são divagações porque nem mesmo o fato dos nerds do Havaí viraram os olhos para o céu ao invés de babar ante as ondas magníficas do local é capaz de dar conta de 6 bilhões de seres que se esfalfam feito formigas para sobreviver. O Apophis, como outros corpos celestes, sofre poderosas interferências gravitacionais do sistema solar. Neste momento em que escrevo e dou um peteleco na pedrinha, Apophis, impávido feito Apolo em cavalos de fogo, passa por detrás do Sol, às escondidas, de forma que nem mesmo nossos poderosos satélites de plantão, que espiam o Afeganistão em busca de um bin lad(r)ão, podem monitorá-lo.





Mas nossos problemas, ainda que eu amenize o anúncio do final dos tempos, não acabaram: em 2010, Apophis volta com pompa e circunstância e se põe a nu, sob nossos olhos aumentados por poderosos telescópios, o que nos permitirá (pelo menos aos havaianos nerds que não estão no mar) fazer novas e catastróficas previsões.


Até lá, creio que podemos sair para as saturnais e nos divertirmos. Não sei se você soube, mas outros cientistas voyeristas descobriram um novo anel, digo, um anelão, ao redor de Saturno, o que deu ao planeta uma conotação ainda mais anelada do que já sabíamos que Saturno tinha. Esse anel estava invisível, calcula-se (aqueles mesmos cálculos dos quais estou distante 36 mil Km), há 400 anos e somente agora, com lentes infravermelhas, foi avistado pelo olho humano curioso.


Se Saturno ganhou um novo anel, podemos celebrar as saturnais. E também as bacanais. Oras! Com tanta previsão sobre as nossas cabeças e tantas contas para saber se haverá diferença de proporções numéricas baseadas em 1/45 mil, 1/250 mil e 1/300 mil, não sou eu que vou me debruçar em ábacos modernos para constatar meu próprio fim. Um brinde e saúde, se você ainda tiver (a saúde) depois de tão alvissareiras informações!


4 Comentários:

FOXX disse...

um brinde então ao novo anel de saturno

João Roque disse...

Eu quero é ter saúde para gozar o dia de amanhã....

Redneck disse...

FOXX, brinde e saúde a este e a outros anéis, né! Valeu pela visita. Abraço!

Redneck disse...

Pinguim, também não importa se é daqui a três ou 59 anos, não é mesmo? Importa realmente é ter saúde para desfrutar o agora e, se possível, o logo ali, futurinho, digamos assim. Quanto ao futurão, se ateu eu não fosse, eu diria que a Ele pertence. Abraço!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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