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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Como ser sábio sem cicuta

Sócrates foi obrigado a tomar cicuta. Platão ingeriu o veneno deliberadamente. Como viver nos dias que passam sem que corramos o risco de tomar cicuta sem o sabê-lo, já que não devemos ser tão sábios a ponto de sermos condenados, ou melhor, não o sendo (sábio), podemos incorrer no risco de beber cicuta sem sabê-lo, já que não dispomos desse saber dos antigos?



Creio que a primeira coisa a se fazer é identificar a cicuta. É uma planta, com folhas que lembram, vagamente, outro vegetal, mais badalado. As flores da cicuta não são vistosas, mas, no conjunto, são um bouquet campestre, bem ao gosto de pessoas pastorais ou com resquícios de uma ruralidade inaudita. A cicuta moderna está na alimentação.



Em 1942, acreditava-se que a pirâmide alimentar (conceito que não existia; antes, prevaleciam as esfinges) era formada por carboidratos, proteínas e amidos. Hoje, como se sabe (ou talvez ainda não, depende da esfinge particular de cada um), a pirâmide alimentar é complexa, tomou ares de uma representação gráfica que somente aos abonados é dado o acesso da base ao topo. Enfim, sempre se pode retirar sua própria fatia da pirâmide.

A pirâmide é formada por carboidratos (açúcar, mel, farinhas - de vegetais, não a outra, processada - e tubérculos), proteínas (ovos, carnes, leites e derivados) e lipídios (carne vermelha, leite e derivados, manteiga, queijo).



Então, para que você seja sábio sem cicuta, eu sugiro que:

1) Você não tome cicuta, deliberada ou forçosamente;

2) Que você coma o que bem entender porque, a despeito de pirâmides, a esfinge sempre há de lhe lançar uma charada que você, certamente, não terá a sabedoria de Sócrates ou Platão para decifrar e o "decifra-me ou te devoro" vigorará, imediatamente, não sei se por sua iniciativa ou da esfinge, depende de quem tem mais fome do quê;

3) Que, independentemente de seguir todas as orientações de uma dieta saudável, comida é como a luxúria: quanto mais proibida, mais você quer;

4) Tudo o que é bom ou mata ou engorda (thanks, Groucho Marx) e você morrerá de qualquer forma ou engordará (e enrugará; e encolherá), com ou sem picanhas, chocolates, orgias etílicas e quetais;

5) Nem sempre entenda que o que está escrito aqui é a expressão acabada da experiência de Redneck (são só sugestões e tampouco eu tive que, em algum momento, lidar com a cicuta).

A temática venenosa deste post, muito apropriadamente, responde aos meus próprios anseios de envenenar com cicuta (ou qualquer outro veneno, desde que letal) seres que transitam em julgado no meu júri.

(esta postagem é baseada no capítulo de mesmo nome do título deste post, do livro "Como Cozinhar um Lobo", do qual destrincharei outras partes, desde que atendam às minhas demandas, como é o caso desta aqui, right here, right now!)

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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