Na caverna do dragão
Estou a poucos passos de me tornar efetivamente um dragão encurralado na própria caverna: como eu disse ontem, também hoje é dia de Maria: encerra-se à meia-noite o meu próximo deadline. São ao todo quatro matérias que somam pouco mais de 20 mil caracteres. Três já foram expedidas, com a graça da banda larga.
O dragão? Sou eu! Estou com uma barba bandida, sem comer nada a não ser umas maria-moles e tomar litros de café. O cigarro ajuda, confesso. E compõe o dragão, porque sou, antes de tudo, antenado com a mise en scène.
Acabei de ler no blog da Patty uns comentários sobre a viagem da fofa para Buenos Aires e as aventuras a que a pobre (!) foi submetida nos pampas. Alguém comentou sobre o incidente em Antares, ops!, Sauípe, e me lembrei que nos referíamos a ela como um dragão encerrado na caverna.
Patty, neste momento, em que me isolo para terminar o trabalho, creio que posso avaliar a extensão de se ser um dragão. Estou dentro de casa há mais de 36 horas e a única certeza que tenho de que há vida fora da caverna é que:
1. Tenho janelas
2. Ouço ruídos (ou serão da minha cabeça?)
3. O telefone toca
4. A internet funciona
5. O jornal foi entregue na porta
Fora isso, sei que estou mesmo com cara de dragão. Do jeito que levantei, me pus a escrever. Minhas pretensões de trabalhar madrugada adentro acabaram no instante em que eu pousei olhares de carinho para a minha cama.
Mas, admito que, se há um dragão cá dentro, faltam-me asas. Se eu as tivesse, as bateria e sairia a queimar algumas redações pela cidade. Não é cólera, Engraçadinha, é amor!
Quanto às chamas, essas as tenho e, teúdo e manteúdo, as mantenho, intermitente e continuamente, que nem mesmo a inexistência de dragões pode extinguir.
O calabouço auto-imposto, no entanto, está prestes a ser rompido: com o fim do cigarro, o dragão aqui terá que mostrar a cara e as garras na rua. Falta pouco (para o cigarro, não para o trabalho). Se cruzares comigo, desviais-vos do meu caminho ou te queimarei com meu fogo!
6 Comentários:
Red, amanhã fora dessa casa. Comemoraremos muito seu aniversário e a gerra vencida contra esse maldito deadline. Que já é dead de nascimento.
Pelo menos fico feliz em saber que vc consegue ir até a padaria comer algo sem que apontem para vc na rua. Se fosse meu tempo de dragão...
Bjs, toda a força pque queremos aliveline....
rá rá
otimo post
meda de voltar a essa rotina, mas sei q chego aí logo logo
Patty, dead cumprido, morte ao dead! Por 13 minutos, venci a pressão das horas. Beijo!
Gera, quanto tempo, hein! Você é jornalista também??? Então, volta logo que já tem pauta. Abraço! P.S. Você já não tinha voltado de férias (o curioso e abelhudo)? É que visito o seu blog.
Faça-me o favor, 13 minutos não é nada. Vc venceu e em alto estilo. Ueeeeeeba...
Bjs
Fogo???
Dragões não têm medo de outros dragões!!! rs
Parabéns! Relaxe e comemore o fim do trabalho...
Que tal um vinhozinho pra apagarr.. ou aumentar as chamas??? rs
Questão de opção..
Liga não, tô meio sem rumo também... Muito trabalho, muita tensão, e meu lado dragão super em forma! rs
bj
Mara
Patty, ao prazer de começar um trabalho, sempre tem o prazer dobrado correspondente ao se entregá-lo. Vocé sabe disso. Beijo!
Oi Draga! Tá vendo? Não sou só eu. Mara, agora já passou. O que não passa, nunca, é o o eterno fogo sagrado, não e? Beijo!
Postar um comentário