Bug no Estado de São Paulo
Como se sabe no Estado de São Paulo, entre os dias 2 a 6 de julho, alguns milhares de usuários do serviço de banda larga da Telefônica (Speedy, aka Speedless) ficaram totalmente sem acesso à internet.
Os principais canais de atendimento ao assinante - central de atendimento, e-mail, site - simplesmente não funcionaram. Tente, agora mesmo, acessar o site da operadora. Tenho banda larga do concorrente Vírtua. Simplesmente não acessa.
A operadora, a princípio, sequer se preocupou em confirmar o problema e dar uma resposta ao usuário. Em seguida, passou a se defender para, em notas nos principais jornais do Estado, se declarar isenta dos problemas.
Houve uma série de vaivéns e nenhuma resposta foi satisfatória até o momento. A operadora tem 2,2 milhões de assinantes em todo o Estado.
Na telefonia fixa, é a operadora dominante, com 11,9 milhões de linhas em operação. Estive, nos últimos dias, em São Pedro do Turvo, região oeste do Estado, que fica entre as cidades de Marília e Bauru. No dia 8, terça-feira, a cidade simplesmente ficou sem telefone. Observe: sem telefone! Não se trata de um problema de roteador, conforme alegado pela operadora que, a princípio, paralisou o acesso de banda larga.
O Speedy funciona através dos fios de cobre (os mesmos utilizados pela rede de voz). Mas, a tecnologia é outra, o ADSL. A voz, coisa inédita, não funcionou por mais de 24 horas na minha cidade. Desde que Dom Pedro II falou pela primeira vez ao telefone, em 25 de junho de 1876 (há 132 anos), não havia registro de uma mudez desse porte.
Desde que a antiga Telesp operava com telefonistas na cidade (uma tia minha trabalhou como operadora) e que você encomendava ligações que poderiam demorar dias para serem completadas, mas, ao final, funcionavam, não se tem notícia de uma cidade inteira calada.
Claro que, dada a importância de Macondo (aka São Pedro do Turvo), ninguém, a não ser os próprios moradores (e assinantes) deu pela falta de voz via telefone.
Tampouco a operadora se prestou a esclarecer o motivo de tal mudez.
Alguém (Anatel, Procon, Telefônica) esclarecerá alguma coisa? Duvido!
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