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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tin tin por tin tin, Spielberg leva Tintin ao cinema

Tintin é belga de origem mas eu o conheci mesmo foi numa pequena cidade do interior de São Paulo. Especificamente, na biblioteca pública da minha cidade natal, São Pedro do Turvo, da qual eu saía sobrecarregado de 6, 7, 8 livros a cada semana. Desde o momento em que descobri as prateleiras coalhadas de livros, não passou semana em que eu não pisasse o asoalho de madeira velha daquelas salas.

Ou muito me engano ou, se for feita uma pesquisa, eu ganho disparado no rol daqueles que retiravam livros por empréstimo naquela biblioteca. Comecei modesto, com um livro. Depois, a assiduidade me deu ares de sócio e, quando vi, já carregava em peso o equivalente a pelo menos três paralelepípedos (outra história a ser contada). Mas os tijolos eram de outra cepa e para outra construção.

Feito um joão-de-barro, biquei por inúmeras vezes o barro que me daria consistência de concreto, tanta foi a literatura da qual eu me abasteci. E foi assim que encontrei Tintin, um belga no meio do interior caipira de São Paulo. O engraçado é que Tintin é repórter. Nem quero pensar que sou jornalista e, portanto, repórter porque li Tintin e enfiei isso na cabeça. Será?













Tintin é uma criação magnífica do autor belga Georges Prosper Remi (aka Hergé) que se aventura por vários lugares do mundo na companhia do fidelíssimo cão Milu (ou Milou, no original francês). Nasceram, ambos, em 10 de janeiro de 1929 (são 80 anos, portanto), nas páginas do suplemento "Le Petit Vingtième", do jornal "Le Vingtième Siècle". Tintin é popular no mundo todo: foi traduzido em mais de 50 línguas e vendeu mais de 200 milhões de histórias em quadrinhos até agora.

Os motivos são bem evidentes: as histórias têm enredo, ou seja, conteúdo e muito humor. Por conta da longevidade e por ter atravessado momentos políticos mundiais dramáticos - Segunda Guerra Mundial, Cortina de Ferro e países africanos que ainda eram colônias belgas -, o autor, Hergé, foi acusado de muita coisa: violência, colonialismo, racismo, fascismo e até mesmo de misoginia por não estampar mulheres nas séries. Oras! São apenas histórias de um personagem adolescente. E todas essas acusações foram feitas fora do contexto da época em que foram publicadas as histórias originais. Hervé chegou a ser acusado de apoiar a causa nazista por ter publicado Tintin em jornal aprovado pelos nazistas!

Por conta disso, muito da obra original foi alterada e alguns títulos foram proscritos em alguns países. Mas isso não arrefeceu o interesse por Tintin. O personagem engraçado tem cinco filmes no currículo: 1947 (de animação), 1961 (com atores reais), 1964 (atores reais), 1971 (animação) e 1974 (animação).

Agora, depois de décadas, deve estrear apenas em 2011 (humpf!) a versão mais esperada, filmada por Steven Spielberg e que traz o ator Jamie Bell (protagonista do ótimo "Billy Elliot) como Tintin. Spielberg comprou os direitos autorais para o cinema de Tintin em 1983, pouco antes da morte de Hergé, também naquele ano. Mas como Hergé se recusara a assinar qualquer contrato, não se sabia se Spielberg viria a fazer a nova versão.

Somente em 2002, a Dreamwors (empresa da qual Spielberg é sócio) comprou os direitos cinematográficos da série. E apenas em 2007 Spielberg e Peter Jackson (diretor da trilogia "O Senhor dos Anéis)  decidiram realizar uma trilogia de Tintin, a ser feita em computação gráfica e motion capture (que dá a sensação de 3D).














O primeiro filme dos três - "As Aventuras de Tintin: o Segredo do Unicórnio" - é dirigido por Spielberg e deve estrear em outubro de 2011 (e lá se vão mais dois anos até a estreia). No elenco, além de Jamie Bell, estão outros nomes como Daniel Craig, Andy Serkis, Simon Pegg, Toby Jones e Mackenzie Crook. Eu não vejo a hora. Vou pelo menos resgatar o belga que eu li durante muito tempo na adolescência, sem saber direito quem era e porque exatamente estava lá, nos fundos daquela biblioteca pública.

3 Comentários:

Anônimo disse...

... já esqueceu os eleitores!!???''''... agora não há postag J ens diárias? ... humpf!

Anônimo disse...

E A RUBRICA LA NO OUTRO BLOG DE SABADO?... CM É???? AI.

Redneck disse...

Anônimo, gostei da puxada de orelha. Mas a eleição ainda não acabou e, portanto, não pretendo deixar nenhum potencial eleitor a ver navios. Não agora. A ausência da postagem diária (como ocorreu nos dois últimos sábados) deve-se, sobretudo, ao trabalho. Estou bastante ocupado e tenho trabalhado inclusive aos sábados, o que me provoca, em algum momento, uma certa ojeriza ao computador. De forma que não tive disposição de escrever aqui ontem e sábado passado. Quanto ao outro blog, sei que estou mais faltoso ainda. Mas, garanto, esta semana o ritmo do trabalho arrefece e volto. Ah! Gostei do humpf! também. Até mais!

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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