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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Como ser gay

A Universidade do Michigan, nos EUA, lançou um novo curso: "Como ser gay: iniciação e homossexualidade masculina". A seguir, a descrição do curso: "Só porque ocorre de você ser um homem gay, não significa que você não tem que aprender como ser um. Homens gays aprendem por si mesmos entre eles, mas, em geral, nós aprendemos como ser gay através de outros, principalmente pelo que vemos deles, seja por ensinamento ou porque eles simplesmente nos dizem o que pensam que nós temos que saber, tenhamos nós questionado sobre seus conselhos ou não. Este curso examinará tópicos genéricos sobre o papel que jogos de iniciação exercem sobre a formação da identidade do homem gay. Nós o abordaremos sob três angulos: (1) como uma prática sub-cultural - tênue, complexa e difícil de teorizar -, sobre a qual um pequeno, mas significativo grupo de trabalho começa a explorar; (2) como um tema na literatura gay masculina; e (3) como um projeto de aula, desde o próprio curso, que se constituirá em um experimento no processo inicial cuja expectativa é ser compreendido. Em particular, nós examinaremos um número de artefatos e atividades culturais que têm um proeminente papel no aprendizado de como ser gay: filmes de Hollywood, óperas, musicais da Broadway e outros trabalhos de música clássica e popular, assim como outras correntes como camp, diva-worship, cultura do corpo, gosto, estilo e ativismo político. Há um grande número de trabalhos gays, que, classicamente, a despeito das mudanças de gostos e das gerações, todo homem gay, de qualquer classe, raça ou etnia, precisa saber sobre isso, para ser gay? O que existe sobre a identidade gay que explica a apropriação dos gays por estes tipos de conceitos? O que aprendemos sobre a identidade do homem gay ao perguntar não sobre o que é o homem gay, mas sim sobre o que faz ou do que gosta o homem gay? Um alvo de exploração destas questões é aproximar a identidade gay da perspectiva das práticas e das identificações culturais mais do que da perspectiva da própria sexualidade gay. O que pode nos dar uma melhor visão do sentimento, do afeto ou dimensões subjetivas da identidade gay, inclusive da sexualidade gay, do que um exclusivo foco na sexualidade gay? No centro da experiência gay existe não apenas identificação, mas também não-identificação. Quanto mais rápido eu aprender como ser gay, ou talvez mesmo antes, eu também aprendo como não ser gay. Eu digo para mim mesmo "Bem, eu posso ser gay, mas, pelo menos, eu não gosto daquilo". Para além de tentar promover uma versão da identidade gay às custas de outros, este curso investigará os parâmetros das identificações e não-identificações gays, na busca para criar as bases para uma vasta aceitação da pluralidade de caminhos pelos quais as pessoas determinam como ser gay. Nota adicional: Este curso não é uma introdução básica à cultura masculina gay, mas sim uma exploração de alguns conteúdos que emergem desse mundo. O curso presume algum conhecimento de fundo. Os estudantes que desejam se informar sobre o homem gay e a cultura gay de forma preliminar podem se inscrever em um curso introdutório de estudos gays/lésbicos." Tenho um amigo que me disse há muito tempo que quando você coloca alguma coisa dentro de um ambiente acadêmico, você tende a limitar a criatividade disso, seja uma área, pessoas ou qualquer outro tema. Concordo com isso e digo, sobre esse curso, que ou é algo dejá vu, como confinar ratos de laboratório para traçar reações a determinados incentivos ou bloqueios, ou é algo inovador. Mas, por outro lado, não acho nada inovador que se estude um segmento da população. Por que não criar um estudo introdutório de "Como ser homem" ou "Como ser mulher"? Me parece que é mais importante do que o de gays, já que os gays são originados por homens e mulheres. Estudar um comportamento ou cultura é compartimentar determinadas atitudes, pessoas e estereótipos dentro de um ambiente acadêmico esquematizado, com direito a análises, diferentes graduações, nuances, notas de rodapé, ou seja, uma tese acadêmica. Ou eu muito me engano, ou isso foi feito na Alemanha nazista e os resultados ferem as pessoas até nossos dias. Tenho para mim que a Universidade de Michigan tentou polemizar com a criação desse curso. Não tenho maiores elementos sobre quem criou o curso, como foi isso e como os estudantes o receberam. Mas, em função de movimentos históricos semelhantes, o resultado final quase sempre foi desastroso. O que me soa mais estranho é que uma universidade, que deve disseminar o saber, crie algo assim. Aliás, são sempre as pessoas mais próximas que desenvolvem germes de idéias que, a posteriori, podem ser usurpadas e transformar-se em cruzadas histéricas. Espero que não seja o caso.Visite você mesmo a University of Michigan para ter uma idéia mais ampla sobre o assunto.

5 Comentários:

Unknown disse...

é o curso mais maluco que já ouvi falar na minha vida...nos resta saber qual foi a taxa de interessados pelo curso???

César Schuler disse...

caralho O_O

Henrique Miné disse...

cara
precisa di curso
e so..
enfim
como disse a moça ai de cima
a minha curiosidade e saber qual a taxa de interessados

como ser gay...
tsc tsc



http://palhacadasaparte.blogspot.com/

Julio disse...

Coisa louca...Acho que tentar mecanizar o amor é a coisa mais idiota que alguem pode fazer, sério!

Anônimo disse...

Agora é que eu não endendo nada mesmo. Eu conheco um gay, já conversamos foi muito, eu e mais outro amigo meu, nós aproveitamos a oportunidade da conversa, perguntamos como é que eles tomam essa decisão de ser gay, e eles simplismente diz que isso não é questão de se decidir, isso, de ser gay, já vem desde quando eles nascem.

Mas não acredito muito nessa história de já nascer gay, afinal, porque que eles só vinheram nascer gays agora no seculo XXI?

Um abraço

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