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sábado, 25 de abril de 2009

Twitter: tudo ao mesmo tempo agora já

Tenho alguns problemas para dormir e, não raro, atravesso a noite e faço do dia a minha noite e da noite o meu dia. Só que o mundo não funciona assim, evidentemente. Pelo menos era o que eu pensava antes do universo do Twitter.



O Twitter é como a cidade de São Paulo: sempre haverá alguém, em cada uma das 24 horas do dia, interessante o suficiente para atrair a sua atenção e te manter acordado(a). Se as grandes metrópoles nos oferecem dezenas de alternativas, também o Twitter acena com (falsas) pérolas ou (verdadeiros) achados, numa espécie de cruzamento global que, por enquanto, envolve muito mais os norte-americanos e, em menor grau, europeus e australianos, do que os asiáticos, por exemplo, ou os povos do Oriente Médio, assim como ocorre com outras redes sociais.


O Brasil não se furta a nenhuma novidade na internet, dado que somos o povo que mais tempo passa conectado na rede em todo o mundo. Assim, toda e qualquer novidade é devidamente assimilada pelo usuário brasileiro e, de repente, os criadores dessas redes se voltam, surpresos, para nós. Foi assim com o Orkut. Tem sido, em alguma medida, com o Facebook e é, certamente, com o Twitter.


Alguém no Twitter comentou que era incrível o tamanho de informações que se obtém na rede de microblogging. Eu disse que parecia o Google vivo e agora complemento: parece o Google News ao vivo. Limitadas a 140 caracteres, as postagens no Twitter vão desde: "estou com fome" até redirecionamentos para todo e qualquer tema (Susan Boyle, os filhos ilegítimos do presidente Lugo, do Paraguai, e qualquer outro assunto que seja de domínio mundial). Rapidamente, todos têm algo a dizer.


Assim, é possível acompanhar o ator inglês Stephen Fry e saber que fizeram (seus seguidores) comentários sobre um eventual comportamento "assustadiço e nervoso por conta de uma febre do feno causada por pulgas, que me causa sofrimento", conforme postou o ator, ao desmentir o fato. "Sheesh", exclama e aproveita para dizer para todos que vai assistir ao musical de "Priscila, a rainha do deserto", em Londres. Ver aqui o link das fotos do ator com o pessoal da peça no backstage, postadas pelo próprio via serviço de fotos do Twitter.

Também participo ao vivo da 5ª. edição do Newscamp, coberto pela amiga Ceila, que faz relatos do que se debate na internet e de como a infraestrutura de conexão nunca funciona nesses eventos, enquanto se discute multimídia, blogueiros, jornalistas e, claro, redes como o Twitter.


A atriz Marisa Orth me diz que as postagens replicadas são de responsabilidade de sua produção, que é a mesma da atriz Lúcia Veríssimo e de outro perfil. Em geral, para quem está no Twitter e segue esses perfis, é possível verificar que os três perfis fazem os mesmos redirecionamentos simultaneamente. Ao contrário de Ashton Kutcher (o primeiro a atingir 1 milhão de seguidores), as celebridades pagam para que alguém faça suas postagens no Twitter. Vejo também as fotos do cachorro de Lúcia Veríssimo. Vejo gente que se canta (principalmente os gays), com troca de links que, em geral, têm fotos ou filmes de sacanagem. Gente que, aparentemente, fala sozinha. Que coloca uns pontos de interrogação (????), uns tracinhos (----) ou que fica em silêncio total.


O ambiente do Twitter é bastante aberto e, a cada dia, novos eventos surgem e dominam o cenário da rede. Ontem, sexta-feira, foi dia de #followfriday (maneira esperta e inteligente de indicar algum perfil que você goste para que outros usuários o sigam). Foi dia também de #twoonday ou #toonday (que consistia em trocar a foto do avatar/perfil por um personagem de cartoon ou desenho que você mais gosta).


O Twitter tem uma linguagem própria: para fazer referência a um assunto que é abordado a todo momento, usa-se o jogo da velha (#). E, portanto, para falar que determinado serviço falhou, pressupõe-se que se coloque o termo #fail (falha) para indicar o problema. Também tem uma linguagem que prima pela grafia incorreta: #comofas (como faz), #ficadica (fica a dica), #soporhoje (só por hoje), #rindoalto (rindo alto), #bjometwitta (beijo, me twitta) e por aí vai.


No aparente caos do Twitter, há regras que são autorregulamentadas: ou todos aceitam ou quem não segue é imediatamente isolado. OK, há muito usuário que tenta determinar o que é certo ou não no Twitter (#umporre): "o Twitter não é chat", "o Twitter não foi feito para isso", "quem quer falar muito, monta um blog" e assim por diante. Eu acho que é exatamente a flexbilidade dessas redes e o uso que se faz delas como se deseja é que as torna tão atraentes. Por que mesmo que alguns se arrolam ao direito de tentar impor regras quando nem mesmo os criadores as fizeram?


Tem algumas coisas básicas que um estreante deve saber sobre o Twitter (#ficadica): o símbolo @ (at ou arroba) precede o nome do usuário, sempre. Por exemplo, o meu perfil é @redneck_brazil (aproveita e follow me). Quando eu quero twittar (postar no Twitter), eu twitto; para replicar um tweet alheio (postagem) eu dou RT (retweet) e quando quero escrever uma mensagem direta para um usuário específico, eu uso DM (direct message ou mensagem direta). RT, DM e @.... podem ser digitados ou os próprios programas o fazem para você, conforme o tipo de aplicativo de Twitter que você tem.


Ainda não sei a utilidade do Twitter, admito. Os norte-americanos tomam a rede como se fosse a segunda onda das pontocom e fervilham com os serviços de marketing e #savemoney (ganhe dinheiro). É tudo balela, com milhares de perfis fantasmas. A todo momento, por exemplo, sou seguido por perfis que, evidentemente, não querem me dizer nada. Unfollow (parar de seguir) neles, que congestionam tudo.


Mas, uma coisa é certa nisso tudo (#ficadica). Para um profissional do jornalismo, o Twitter significa uma nova linguagem e o poder de sintetizar o lead (parágrafo principal da matéria que une o que, quando, onde, como e porque) em apenas 140 toques. Se eu aprender a fazer isso e aplicar para o dia-a-dia no jornalismo, posso garantir que está de bom tamanho.

E, claro, há os momentos de descontração total na rede como brincar com os nomes dos perfis como o do @OCriador, @capeta, @god, @deus, @suaconsciencia, @iphoneJesus etc. É engraçado ler - @suaconsciencia está seguindo você. E sem falar nas 'polêmicas' de alguns usuários que, efetivamente, não tem nada a ver, como a discussão entre o Marcelo Tas e o Diogo Mainardi que acabaram, literalmente, com a saída de cena do Mainardi do Twitter (#tonemai - não estou nem aí). Ou da Rosana Hermann para reivindicar a popularização do Buytter (compra e venda de perfis entre os twitters) na twittesfera nacional. #besteira!



O que eu quero dizer é que o Twitter, como outros eventos da internet, é uma linha do tipo que traça o antes e o depois. E é, no mínimo, interessante estar no meio desse torvelinho quando isso acontece.

4 Comentários:

Anônimo disse...

Tal como acontece às vezes aqui, em momentos de inspiração sua ou minha, acabo dizendo que mexeu comigo (# ?)... e desta vez mexeu porque fiquei triste. Por quê? Não acredito que mo diga o twittter ou lá como raio se escreve, nem qualquer outra instância entidade internáutica... a net tem um certo poder para atrair, porém, para um centro nervoso do ISOLAMENTO. Quanto mais "neto" (o que se resume a ler blogs, apaguei com tudo que "não era" meu, buscar informação, ler mail, nem msn tenho mais) mais longe vou ficando de mim mesma. Admito a minha tristeza mesmo sabendo que ela pode entrar em alguma rede de intenção, alta tensão, baixa pressão, sei lá. e que a tristeza que é minha se transforme em um cartoon, uma manipulação de imagens, uma falsa pérola ou autêntico poio... não devo me equivicar com isso nem mais importar. Sigo. Triste. (lembro de em quase-adolescente sair de casa ao encontro de uma amiga, que nem telefone tinha, e fazia um longo caminho, apressado, pois não sabia se ela estaria em casa... is na expectativa, ou esperança de encontrar minha amiga, pois disso dependeria a minha futura tarde. às vezes não estava... a campainha tocava e voltava um silêncio confrangedor... outras estava e... que bom que era!)...
Bom final de semana.

Anônimo disse...

cada vez estamos mais perto (já estamos lá?) dos argumentos de filmes vários que souberam prever a relação do homem com a máquina... esta que nós criámos acabaria por nos substituir, passando nós, humanos indesejados, a ser delas escravos, vítimas, impotentes, precocemente mortos, assassinados, suicidários... o homem usa a máquina e esta usa-nos... não fossem certas circunstâncias, nada maquinais, bem orgânicas, e ai que salto daria para longe desta INcivilazação de humanos-robotizados e robotizantes!!!

Redneck disse...

Anônimo/a, somente te digo que é a nossa era e, por mais que a evitemos, é inexorável que assim seja. Eu também já fui de um tempo sem TV, telefone ou internet. Mas, antes que a tecnologia me massacre, eu a usarei para meu benefício e não me deixarei frustrar com isso. Tudo o mais são ferramentas, assim como o foi o telefone um dia. Boa semana também, com ou sem o virtualismo da internet. Sem o qual, bom lembrar, não estaríamos a nos escrever por aqui, de qualquer forma e trocar impressões de um lado e outro do Atlântico.

Anônimo disse...

"trocar impressões de um lado e outro do Atlântico."
...

sabe melhor do que eu, pois mais desenvolto no meio, que tal é bem mais perverso do que "benéfico"... enfim, todos temos nosso lado "maso", vícios. Tento não fazer confusões entre dois mundos, atlânticos ou pacíficos, o meu e o desconhecido... para tal uso do mutismo. Outras, assumo um risco, sem demais ilusões. (portuga é tudo maluco, é não!?)
boa semana

que a minha preferia "virtual", quero dizer, longe longe longe.

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Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

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