Blog Widget by LinkWithin
Connect with Facebook

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A ver o peso (*)


O Pará está na minha vida há anos (perto de 20, acho), desde que o meu tio, minha tia e meus dois primos migraram para Tomé-Açu (197 Km de Belém). Como eles, outras pessoas da minha cidade natal foram para lá (alguns voltaram, meus parentes permaneceram e fixaram raízes).

Ainda outro dia, a Andarilha esteve por lá e trouxe uma poçãozinha mágica que promete fazer milagres (você nem acredita o que tem de gente que anda a chorar nos meus pés!!!).

Pois este fim de semana, no sábado, mais uma vez, entrei em contato com o Pará. Tenho uma prima que tem uma prima, a quem eu também chamo de prima (volte ao início e leia de novo), cujo marido é do Pará.

Frequentemente, ele passa por Belém e acabou de trazer da cidade alguns produtos da terra, ou, em bom gastronomês, produtos terroir: caranquejo (carne e patinhas), cupuaçu e bacuri (frutas).


(Sopa de Caranquejo - foto iPhone)

Não há nada melhor, na minha opinião, do que unir as pessoas ao redor de uma mesa para conversar e comer e beber. Comer, beber e viver, com atritos, divergências, convergências. Seja lá do jeito que for, sempre que se juntam as pessoas ao redor de uma mesa, repete-se um ritual de comunhão (não o dogmático, e sim o pragmático). Comungar no sentido de alimentar-se, física e espiritualmente.


(Creme de Bacuri - foto iPhone)

Foi isso que fizemos no último sábado. Boa comida, boa (e muita) bebida e conversas despretensiosas, expectativas, experiências. Da minha parte, reencontros com pessoas que não via há mais de cinco anos.



(Creme de Cupuaçu - foto iPhone)

Se as mesas têm algum poder, declaro que é esse: o de unir em torno de si tão diferentes espécimes da mesma espécie e de demarcar, em anos, o que fizemos (ou não) de nossas vidas. O resultado está tanto nos nossos corpos (cabelos brancos, rugas, cinturas mais largas) quanto nos sinais exteriores (filhos maiores do que os pais, atitudes mais ou menos adultas).

A comida é pretexto, pode até ser. Mas, continua, na nossa e nas demais culturas, a ser um catalisador poderoso para juntar pessoas. Seja por meio da cozinha regional do Pará ou dos sabores diferentes do México, é sempre uma festa, para o corpo e para a alma.


(Chilli - foto iPhone)

O México está aqui no post porque me juntei a Patty e a um amigo comum num restaurante mexicano - No Quintal Bar - para comer burritos, chilli e beber morritos.

Não importa se o sabor é do Pará ou do México. O que me uniu a tão diferentes culturas, em dois dias, foram as pessoas. E é esse o encanto da comida.

P.S. Hoje, segunda-feira, 11, retomo a faculdade (acho!). O quarto e derradeiro módulo da faculdade de gastronomia recomeça, com final previsto para meados de dezembro. De hoje em diante, voltam os posts das aulas. Até mais tarde!

(*) Depois de toda a comilança, teremos todos que, literalmente, ver (e livrarmo-nos do) o peso excedente.

Seja o primeiro a comentar

Autor e redes sociais | About author & social media

Autor | Author

Minha foto
Redneck, em inglês, define um homem rude (e nude), grosseiro. Às vezes, posso ser bem bronco. Mas, na maior parte do tempo, sou doce, sensível e rio de tudo, inclusive de mim mesmo. (Redneck is an English expression meaning rude, brute - and nude - man. Those who knows me know that sometimes can be very stupid. But most times, I'm sweet, sensitive and always laugh at everything, including myself.)

De onde você vem? | From where are you?

Aniversário do blog | Blogoversary

Get your own free Blogoversary button!

Faça do ócio um ofício | Leisure craft

Está no seu momento de descanso né? Entao clique aqui!

NetworkedBlogs | NetworkedBlogs

Siga-me no Twitter | Twitter me

Quem passou hoje? | Who visited today?

O mundo não é o bastante | World is not enough

Chegadas e partidas | Arrivals and departures

Por uma Second Life menos ordinária © 2008 Template by Dicas Blogger Supplied by Best Blogger Templates

TOPO