Rastreio de Cozinha - 88

Você conhece o significado da palavra "saga"? Saga é uma história entre um grupo de pessoas. Para os nórdicos, é um gênero épico dos antigos vikings e também o nome de uma deusa do clã dos deuses da mitologia nórdica. Para os japoneses, Saga é o nome de uma província do país e de uma cidade do Japão e, ainda, o nome de um imperador que governou entre 809 e 823 d.C. Há outras definições: Saga de Gêmeos (personagem da série Cavaleiros do Zodíaco), a banda canadense Saga e a banda japonesa Saga.

Hoje, terça-feira, segundo dia de aula deste último módulo, posso afirmar com convicção que já tenho a minha própria saga, sem tirar nem pôr. Primeiro porque cabe na primeira definição: envolve cinco pessoas. Segundo, porque envolve uma atitude unilateral (da faculdade), uma reação (das cinco pessoas) e um único e funesto resultado: tudo fica como está.

Ficaremos, essas cinco pessoas (que compõem o meu grupo de TCC), na classe A2 (antes, éramos cinco, sim, mas da A3). Não houve negociação possível com a coordenação que, confrontada, argumentou com uma série de desculpas. Nada que, realmente, justifique a nossa migração forçada, a não ser o ganho que a própria faculdade obtêm de reduzir quatro turmas (A1, A2, A3 e A4) a três turmas (A1, A2 e A3). É o que se chama de "otimização", um neologismo bobo para dizer que "nós mandamos, vocês obedecem".

Engraçado que uma postura dessas tem o dom de tirar de foco o que realmente interessa (a gastronomia) e concentrar a nossa atenção (dos cinco envolvidos) nessa diáspora. O único critério alegado para nos separar dos nossos colegas de 18 meses é que fazemos (os cinco) parte do mesmo grupo de TCC. Não houve critério nenhum, é óbvio. Sugeri à coordenadora que sorteasse os grupos. Claro que ela recusou. Este assunto se encerrará com este post. É bem chato tudo isso e, para mim, resume-se ao espírito dessa faculdade: desorganização e falta de respeito comigo e colegas que, antes, assinamos um contrato de prestação de serviços pelos quais pagamos mensalmente.

Uma parte - nós - tem cumprido o contrato sob pena de figurar como inadimplente. A outra - a faculdade - age unilateralmente, conforme a necessidade de ganhar espaço e, portanto, obter maior lucratividade com turmas reunidas e salas ganhas.

Esta é a minha terceira faculdade (sou formado em jornalismo e fiz 3,5 anos de administração de empresas). Não sei de remanejamentos arbitrários. Nunca passei por isso. Nem na escola pública. Leitor(a), se você souber de caso equivalente, me avise. Quero dizer que estou estarrecido com isso e que discordo completamente da forma como fomos tratados.

Na impossibilidade de tomar qualquer atitude que implique em radicalismos (no limite, teria que sair da faculdade), encerro o assunto aqui. Mas, não a minha indignação com o modo como a faculdade nos conduz, como se um bando de carneiros fossemos.

Em função disso tudo, tive uma aula repetida hoje - Gestão do Conhecimento e Qualidade de Serviços (GCQS). Foram as duas últimas aulas. As duas primeiras foram de Enologia e Enogastro, disciplina que aborda o estudo do vinho e a relação da bebida com a comida.

Por enquanto, e hoje foi apenas o segundo dia, não absorvi nada de interessante, a não ser o fato de ter, a partir de agora, minha própria saga, devidamente codificada para estudos futuros.